Temerei pela minha Espécie
Penso que a inspiração não seja uma espécie de ‘acaso’, ou algo de fora que nos invade. Acredito que, depois de nos permitirmos conectar com a sensibilidade do mundo, ela simplesmente aflora do fundo do nosso interior e transborda para além de nós.
O PT é uma espécie de rio sangrento que corre debaixo da neblina. Quem passa por ali só sente a temperatura da água, mas não podem opinar, não veem sua cor vermelha, nem sentem seu cheiro podre.
Esse rio foi preenchido por lágrimas de crianças inocentes e adultos descontentes.
Mas uma dúvida assombra: quem abriu caminho para essas águas passarem?
Desde o alvorecer da nossa espécie, o avanço tecnológico tem causado resultados benéficos e maléficos à humanidade, mas nenhum deles me pareceu ser tão constante e garantido quanto a maléfica "concentração de poder exploratório". E isso não pode dar em boa coisa.
Ninguém sabe quando e por qual meio ocorrerá o fim da nossa espécie, mas não há dúvidas que ele decorrerá dos implementos tecnológicos humanos que, somados, resultaram na concentração de poder e na potencialização dos nossos atributos morais. O que não significa que nossos atributos nocivos sejam mais recorrentes que os benéficos, mas que causar estragos é incomparavelmente mais fácil e rápido do que causar benefícios.
Tal regra dificilmente será quebrada, o que parece apontar para o "fim dos tempos" da nossa espécie. Nesse fim, imagino que a humanidade não conhecerá Deus, mas justamente demônios.
"A Terra não pertence a qualquer espécie, sobretudo aos humanos. Todas as espécies pertencem à Terra."
Qualquer espécie de poder ou entidade que priva o direito de ir e vir, de livre pensamento crítico e de expressão, confinando o ser e sua essência a uma gaiola social, deve, sem sombra de dúvida, ser extinguido.
A extinção da espécie humana já começou !!!
Com a perda de mais de 60% da vida selvagem nos últimos anos, não há futuro
A espécie humana é um labirinto de ingratidão. Suas injustiças são tão complexas que desaliam nosso coração dos neurônios.
Ele é feito de carne, osso e sentimentos. Igualzinho a mim. Embora biologicamente sejamos de espécie diferente, somos iguais no sentimentos que nos move. Ambos sentimos.
Somos a única espécie capaz de refletir sobre si mesma, A única espécie que no código genético tem a toxina de duvidar de si mesma.
Os seres humanos são a única espécie que deliberadamente se priva do sono sem nenhum ganho aparente. Muitas pessoas passam suas vidas em um estado de falta de sono, sem perceber.
Ninguém realmente é punido pelo oque faz contra a própria espécie, de acordo com a bíblia o Diabo ainda está vivo...
Parece que de uma maneira ou outra temos uma espécie de inocência inconsciente para aliviar nossa própria arrogância. Será que as palavras e atos perderam o poder transformatório?!
Minha felicidade vem de quando estou só
e ninguém me interrompe no poema,
essa espécie de transfusão
do sangue para a palavra,
sem qualquer estratagema.
A palavra é meu rito, minha forma
de celebrar, investir, reivindicar:
a palavra é a minha verdade,
minha pena exposta sem humilhação
à leitura do outro,
hypocrite lecteur, mon semblable.
O que é a vida, senão um modo de viver; um conjunto de hábitos, de toda espécie, nela, todavia, está a magia a grande obra do Senhor...
O afeto não deve ser uma prisão, muito menos ser uma espécie de desejo cego do qual desejamos ser alimentados tentando saciar nosso abismo de carência ou costume. Conceder a alguém essa responsabilidade é uma aposta de alto risco, onde muitas vezes fechamos os olhos para nós mesmos, na esperança ou ânsia de que outra pessoa complete aquilo que só pode ser preenchido por nós. Vagam por aí milhares de pessoas na busca de um afeto real, que console seu ego, como também amenize sua solidão aguda. Há também aqueles que formalmente fogem e nem sabem como transmitir isso, perdidos em seu próprio deserto de orgulho e angústia. O nosso tempo fragmentou o afeto, procuramos seus pedaços em mil coisas diferentes, pessoas, lugares, momentos...
Lutamos contra a noção de que uma nação, um povo, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar a outra com impunidade.
Cada ser humano busca mostrar uma casca forte ao redor de si, Uma espécie de armadura quase que impenetrável, quando o assunto é a vida particular. Tentamos omitir as nossas fragilidades e acentuar nossas qualidades na esperança que os nossos defeitos não sejam notados e assim não interfira no nosso dia-a-dia. Na verdade somos tão fracos que o simples sopro da notícia do fim de um relacionamento faz desmoronar toda nossa estrutura interior.
