Tag vidro
Quando eu era criança...
Membro me com muita clareza
Adorava empinar pipas,
Os dedo machucados e cortados com cerol
Batia no poste olhando pra cima
Furava o pe em prego
Cortava em cacos de vidro
Me furava em espinhos
E ainda mais quando meu pipa era cortado eu ficava muito triste e chateado...
E pensava munca mais soltar pipas...
Me aquietava dentro de casa fazendo qualquer outra coisa
Mas quando eu olhava na janela e sentia aquele vento no rosto...
Corria pra pegar o pipa e novamente correr o risco de me ferir ou ficar triste com um possível corte, mas não importava, a felicidade de soltar pipas era muito maior doque os ferimentos
Hoje em dia não me vejo tão diferente...
Não me importo com o furo no pé né com as pipas cortadas
Basta um vento sobrar no meu rosto que a criança que sempre amou soltar pipas, fala mais alto as vezes até grita... MANDAAA BUUUSSSCAAAA
Quanto dura uma paixão?
Uma paixão não dura nada... Apenas dura a eternidade do sorriso que te cativa...
No fim de um dia...
No meio da madrugada...
Depois...
A alegria se torna amarga...
Caco de vidro que sob o sol...
Cintila e se apaga...
Agora...
Na superfície da luz procuro a sombra...
Seguirei a estrada...
Não deixarei para depois...
Abrirei as janelas de minha alma...
Para que entrem as estrelas...
Na rua, onde os ventos se cruzam, quem sabe, talvez...
Outra paixão desponte...
Os destinos se decidem...
A vida que tudo arrasta...
Arrasta os amores também...
Veneno absorvido pela ingratidão...
Vieste...
E fora vencida minha solidão...
Mostrate-me o que eu não conhecia...
Mas partistes...
De forma tão fria...
Levando consigo pedaços de meu coração...
A qual brincaste jogando-o no chão...
Vencido o sofrimento...
Da sorte sem piedade...
Sem ti correrá tudo sem ti...
E mais uma vez passarei...
Por essa tempestade...
Sandro Paschoal Nogueira
Janelas
Sou feita de vidro
Vidro, composto de areia
Como verá o lado de fora,
Sem uma janela?
Abro-me, fecho-me
Todos passam por mim
Fecho e abro
Vêm a paisagem
Eu abro e fecho
O ar precisa circular
Sou necessária
Pra proteger da chuva
Existo em todo prédio
Alguns para decoração
Eu faço o ar circular
Transparente pra ver a paisagem.
Eu te quebrei feito copo
Eu te pisei feito vidro
Estilhaçado feito corpo
Mal-amado, aos meus pés
Eu te fiz pó
Limpe o espelho da alma, para revelar reflexos de luz pura, dispersando as sombras acumuladas no vidro.
Apenas nos vemos através de imagens produzidas por lentes de vidro, transmitidas por fibras de vidro e exibidas em telas de vidro. E, devido a essa fragilidade, um dia as relações se quebram!
Escolho quem adentra as portas do meu coração e faço todas as honras da casa. Faço uma faxina no passado, cicatrizo as feridas, coloco minha essência no ar. Me renovo em cada recomeço. Porque sou de escancarar as transparentes portas de vidro no meu interior. Faço do sentir uma música em tom maior. Eu canto, danço, falo e vibro amor. Por isso, meu silêncio é ensurdecedor.
Vidro quebrado
Vejo a intensidade
Detritos ocos
Quebrado em estilhaços
Alma destroí em pedaços desse caos
Caos da sensações e cansaço do idealizador
Idealizador quebrado em sonhos.
Talvez
Substituíveis sim, esquecidos talvez nunca.
Entre o mínimo e o máximo a uma pessoa, a um coração, então cabe a cada um saber levar na balança do equilíbrio.
As vezes o que se revela concreto pode ter reflexo, pode ser de vidro.
A neve é bonita e fria, um coração quente não esquece nunca mais da sua alma gêmea, já um coração nevado esconde seus sentimentos e se demorar bastante talvez consiga até faze-los desaparecer.
Castelo de vidro
Num castelo de vidro construído em cima de uma duna gigantesca o tempo oscila penosamente entre as enormes diferenças diárias de quarenta graus,
a beleza estonteante do deserto é vigiada constantemente pelo Sol, a Lua e as estrelas,
o tempo anda lentamente vagando por entre as poucas sombras existentes,
dentro do castelo de vidro, as flores de diversas cores são rainhas, os inúmeros vagalumes presentes são os que dão vida e beleza as noites com seus flashs repentinos,
apenas duas almas apaixonadas desfilam pelos corredores iluminados deste castelo e suas vozes soam atravessando as paredes das dunas imponentes,
nada é mais rico e mais vivo no deserto do que a força herdada por esse amor.
Rachaduras
Alguns vínculos emocionais possuem o teto de vidro e o piso de gelo, pois podem ser quebrados com facilidade se deixarmos a coragem abrir espaço.
Tenho sim pendencias da nossa história que viraram rascunhos sem sentido, bastou o mínimo de aceitação do tempo para o status da relação ser substituído por aquela que me trouxe mais valor, mais princípios e mais privilégios ao coração.
Lágrimas de vidro
Sou como vidro,
Frágil e quebrável,
Fácil de ser contida,
Algo controlável.
Mas também sou como lágrimas,
Derrama as vezes sem motivo,
Sempre nas lástimas,
Sempre na conflito.
Lágrimas de vidro,
Muitas vezes insuficiente,
Porém em alguns momentos,
Sou o eficiente.
Meu coração é como vidro quebrado no chão
Cada pedaço traz sua própria dor
Reconstruí-lo não é uma opção
Cortes, sangue, agonia
É tudo que sinto quando tento, outra vez
Ter meu coração.
Há momentos que nem eu mesmo
me compreendendo,
vezes, estou imerso na minha solitude,
outras, envolvido pela minha solidão,
meu coração é como um vidro
transparente
onde uma luz de entusiasmo transcende
acendendo o meu semblante,
mas, às vezes, é semelhante
a um espelho embaçado
com um reflexo desgastante
de um desânimo inexplicável.
Grande é a minha complexidade,
uma mente inquietante,
encontro alívio na simplicidade
em meio às adversidades,
um socorro divino
que desperta a minha felicidade.