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Ventania
Agora quero é movimento, ventania...
chega de monotonia...
Um mundo parado.
Tudo errado.
Um mundo quadrado.
Desesperado.
Um mundo rodando...
Tudo de lugar sempre mudando.
Venta longe daqui
Vai, vento, vai... vai ventar longe daqui.
Vai e não volte... ou volte bem devagar...
Flores azuis na cortina a balançar
Quem me dera…
Quem me dera em quimeras… sonhos, fantasias, ilusões… acreditar
Que bem fariam ao meu coração.
Quem me dera… quem me dera.
Vai, vento, vai... vai ventar em outro lugar
Quem sabe... perto do mar?
Você vai amar, vento...
Fazer o mar em grandes ondas se demudar.
Há pessoas que são como vendavais, entram na sua vida, bagunçam tudo e rápido passam, deixando um rastro de desordem.
Já fui ventania
que trazia coisa boa,
já fiz vítmas
de minhas boas intenções.
Hoje sou errante na filosofia
do aprendizado.
Tem dias que são como uma ventania — tudo parece instável. Céus e terra podem até passar, mas a Sua Palavra permanece firme para sempre.
Teus versos
A poesia compartilhada,
É como a maresia vai e
Volta. A sua poesia é
Ventania faz tremer a
Minha alma, de tão perfeita,
Que ao mesmo tempo abala a
Minha estrutura e leva a loucura,
Quando leia-o teu verso a tua rima,
A tua alma encarnada em poesia em
Poemas, traz alegria e esperança para a Minha alma.
Ventania
Colocar no Mate da Cuia
a Ventania com honraria,
para brindar a surpresa
que a vida concede,
Deixar o Chimarrão
se encarregar de devolver
o quê o dia levou,
Manter firme a alegria de viver.
V entia impulsiva,
I ntensa vontade,
T ão bela e viva,
Ó tima graciosidade,
R adiante carisma,
I nstiga a simplicidade,
A mor sem medida, preciosidade.
Ante a uma grande ventania, o que um pé de bambuzinho verde pode fazer. Se quebrar, desaparecer do local onde está, sacrificar se até a ultima folha. Não, deixa se dobrar perante ao vento poderoso e aguardar por dias melhores de brisa fina, que hão de vir e onde aos poucos pode se tornar vida, outra vez.
ENCUBADORA
(Alfredo Bochi Brum)
Sábio conselho
De amor recebi
Encubar o sentimento
Alegria ou lamento
Deixando que o tempo
Ao verbo amadureça
Bem assim sem pressa
Mas, porém, contudo,
Entretanto, todavia
Logo ali sentia
O momento urge
Porfia fria
A ideia surge
Precisa calor
E esse Louvor
Ventania
Não quer calmaria
“Risco” e ousadia
Imediatamente Cria!
vento
o vento no cerrado, chia
acaricia grosseiramente
pelos pequizeiros rodopia
e assobia ansiosamente
nos buritis, e em romaria
de repente, se faz ausente...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
POETANDO O VENTO (soneto)
Melancólico, gemem os ventos, em secas lufadas
No cerrado do Goiás. É um sussurrar de ladainha
Em tal prece, murmurando em suas madrugadas
Do planalto, quando a noite, da alvorada avizinha
Sussurros, sobre os galhos e as folhas ressecadas
Sobre os buritis, as embaúbas, e a aroeira rainha
Que, em torpes redemoinhos, vão pelas estradas
Em uma romaria, lambendo a sequidão daninha
Bafejam, num holocausto de cataclísmica rudeza
Varrendo os telhados, o chão, por onde caminha
Em um cântico de misto de tristura e de euforia
E invade, o poema, empoeirado, com sua reza
Tal um servo, em súplica, pelo trovar se aninha
O vento, poetando e quebrando a monotonia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2020, 05’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando