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Quando velejarmos pelas águas deste mundo, provavelmente enfrentaremos tempestades no caminho, mas tenhamos a certeza de que Jesus passará pelas tempestades conosco e no momento certo, fará a tempestade se acalmar, e tudo se fará bonança.
Toda pessoa energúmena e assazmente boçal deve sofrer da síndrome da idiotice precoce, cujo medicamento eficaz é a solidão que se avizinha para os seus dias de tempestades.
O amor, o apego, o sossego...
Das almas calma...
É o meu o canto...
Vieram hoje dizer-me mentiras a meu respeito...
Diga lá companheiro...
Mostre-me o que tem no peito...
Só quero hoje a verdade...
Despida de vaidade...
Mentiras, fora daqui...
Deixai-me à vontade...
Vontade de sono no corpo...
Vontade de não saber de nada...
Apenas vontade...
De ficar longe das maldades...
Não sei aonde vou...
Nem vejo o que persigo…
Sou só um momento...
Deixai-me ser como sou...
Mistério alegre e triste...
De quem vive à parte...
Seguindo...
Sem temer as tempestades.
Sandro Paschoal Nogueira
A vida acontece por nós, não para nós.
Naveguemos, é necessário, mas que não enfrentemos tempestades desnecessárias para tal, mudemos o curso já, quando não pudermos evitar, confiemos em Deus, lembrando do Pescador que abrandou o mar.
Até que ponto está disposto abrir sua mente, para novas possibilidades?
Se queres mais entender, precisa mais conhecer.
Livros são grandes amigos de grandes pensadores.
A. Cardoso
Que aprendamos a lidar com as tempestades inesperadas da vida, com a certeza de que uma hora elas irão terminar. Afinal, que valor teriam os dias de sol sem elas?
Alguns carregam sombrinhas, outros carregam sombronas, mas todos estão assombrados pelas suas tempestades pessoais.
Lágrimas são o mar que escorre dos olhos quando o amor naufraga. Deixe o sorriso ser o Sol que transforma tempestades em auroras. Afinal, o universo reflete a energia que carregamos.
Nem todo conselho traz consolo, mas as palavras certas podem nos ensinar a andar sobre as águas turbulentas de nossas tempestades interiores, criando equilíbrio onde só se via tumulto.
Temperamentos, temperaturas e tempestades sempre passam, mas nós somos os verdadeiros temperos da vida.
Os verões e as primaveras passam, assim como os invernos e as tempestades também cessam, e não resta saída, senão superar as mágoas e os dissabores e reconstruir o futuro, com o que nos sobrou no presente, porque as coisas do passado não passam de lembranças boas ou ruins.
O DOMADOR DOS QUATRO VENTOS
O que querem de mim quatro ventos?
Escadear os meus brios?
Certamente que não me farão ficar nu diante dos meus próprios ossos...
Antes, sabeis que guardo garbos no banco da minha ancestralidade.
Onde vós não tereis mais o acesso como naqueles tempos em que roubardes os valores morais escondidos nas melenas dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo.
Sim, meus velhos de mim mesmo, pois se não foceis vós, os esculpidores deste meu eu de antes, o eu de hoje, não seria este ninguém dos meus ancestrais.
Vós sois os quatro ventos do caos, eu bem sei...
Vós sois diabólicos? Então, tanto quanto eu...
Eu que me caotizo inteiro, em busca dessas partes que me foram roubadas.
As perdi por conta dos mesmos ventos que eu mesmo sou capaz de soprar.
Tenho as minhas narinas livres e incendiadas pelo primeiro elemento que me ergueu da terra. Sim, eu era um pequeno e enorme ser capaz de causar ventanias tão intensas que mudaram os rumos de vós - oh quatro ventos.
Oh demônio, que vento dos quintos!
Oh Céus, oh Deus, oh deuses!
Que diabos de ventos são esses que me arrancam do meu lugar de conforto e me jogam em territórios tão fartos de mim mesmo...
E eu, o que farei, me farto de tempo e de espaço, e me eternizo nas quatro direções para então ser um domador dos quatro ventos?
Eis que agora vêm estes quatro ventos...
Lisonjear-me-ão estranhamente como se fossem meus velhos que se foram pelas ventanias dos tempos.
Que me doem estranhamente porque me cobram direções que não são minhas.
Que me arrastam para estranhos territórios que eu se quero conheço, que muito menos desconheço, exatamente porque são seus em mim.
E assim, vós, 4 ventos, me jogam para lá e para cá...
E eu, que me considero um causador de outros ventos...
Eu, que os enfrento com toda a minha estranha estupidez genuína que se quer é tão somente minha.
Eu os enfrento com os meus próprios temporais, porque os identifico como uma afronta, exatamente para escadear os meus brios.
Que importa isso...
Eu posso desenvolver outras honras ocultas e escondê-las de vós na minha ancestralidade inseminando todos os óvulos da minha própria curiosidade com o meu modo de bajular os meus próprios estranhos sagrados e a minha capacidade de construir deuses em larga escala.
E quando vós menos esperardes, surpreendê-los-ei na curva dos ventos, e amansá-los-ei com o meu próprio canto, com o meu assovio misterioso grifo, ou um sátiro divino da floresta que veio para inseminar ideias em larga escala.
Quem sois vós? Quatro ventos? Sois os versos, as rimas das quatro direções?
Pois saibam que eu não vos temo, bajulem-me o quanto quiserdes.
Porém, cuidado, evaporo-me, e transformo-me em essência.
Eclipsar-me-ei dentro do meu próprio bojo de ancestralidade, e incorporar-me-ei a vós, 4 ventos, e vos contaminarei com o meu próprio veneno de Eva e da Adão, de caos e de cosmo, do bem e do mal, herdado do meu Eden.
Eu sou o cupido do pecado sagrado que balança vos balança, oh quatro ventos que sois eu em movimento.
E num instante qualquer eu vos falo das coisas que eu sei de milhões de anos atrás e cavalgo em cada um de vós como um verdadeiro cavalariano, o ogum que sou.
Amanso-vos, um-a-a-um, em mim mesmo...
Só por amá-los de alguma forma estranhamente platónica.
Pois vos nego enquanto a minha inconsciência vos atrai como se fosseis meus próprios fósseis.
Será que vós sois realmente os velhos homens e mulheres que estão a roubar-me brios ou afagos?
Ou porque vós sois EU também...
Agora, amansados, devolvam-me os meus brios.
Estes brios são de meus velhos homens e mulheres por quem eu sinto muito!
Vós sois os quatro ventos, eu sei...
Muito prazer!
Raras as vezes eu vos rezo, normalmente sempre que me transformo em fogo e vos aqueço com a minha capacidade de me incendiar inteiro de essências combustivas o suficiente para queimar as quinquilharias dos resíduos produzidos pelos meus cárceres privados.
Quase sempre faço isso sem perceber e muito menos sentir o cheiro da fumaça daquilo que queima e que se transforma em minerais novamente nessa loucura incrível que é existir plenamente.
Eu sou a ventania!
Vós sois os quatro ventos, sim, eu sei...
Mas eu sou a ventania os redemoinhos na cabeça do meu próprio sagrado, que ondula os meus próprios brios.
Eu sou o sinal avesso, o que deixa claro que não cabe...
Sou aquele enorme redemoinho nas cabeleiras do meu próprio deus
Sim, sou eu, sou capaz de girar todas essas coisas, desde o caos até ao cosmo.
Eu sou o domador de ventos!
Sim, sou domado pelos ventos, pois eu sou todos estes homens e mulheres de mim mesmo.
Eu sou esse todo!
Eu sou tudo!
Eu estou cavalgando nos quatro ventos, mesmo que dilacerado em quatro partes, quatro corpos e que cada uma dessas partes esteja em uma das quatro direções.
Eu juntarei cada uma dessas quatro partes, agitando os meus quatro elementos dentro de mim mesmo.
Sim, farei grandes agitações, pois o meu destino é retornar ao centro, inteiro, com todas as partes de ancestralidades de mim que foram arremessadas às quatro direções.
O centro cósmico é o meu lugar!
Não serei mais apenas esse fogo louco que sou!
Serei um grande aglomerado de forças!
Uma junção de Fogo, de Terra, de Água e de Ar que serei!
E como uma graça de um deus que eu mesmo criei ainda quando eu era o meu próprio ancestral, meu velho, minha velha, eu explicarei o meu próprio “bio”, pelo meu próprio “brio” ou não me chamo domador dos quatro ventos...
Voltarei ao núcleo de onde eu me originei sozinho, assim como os meus velhos homens e mulheres de mim mesmo!
Todos como pobres demônios originando-se para se dilacerarem e serem arremessados nas quatro direções, e contarem com a boa sorte de possíveis bons ventos.
Meu pobre destino que ironia mais incana e essa?
De tanta dor pela minha própria dilaceração, mais tarde eu mesmo criei um deus que deveria me adorar...
Mas tão logo criado, a criatura me exigiu adoração, servidão e me expulsou das minhas zonas de conforto, me proibindo de ter os meus próprios prazeres.
Oh céus que diabos que eu criei?
Se criei um deus, acabei criando também um diabo para que fosse por deus enviado a mim para me torturar?
Isso é profano demais!
Então eu dividi esse deus comigo mesmo lá no futuro.
Apostei na possiblidade de que esse meu deus também se tornasse tão divino como eu era.
E advinha, deus meu ganhou céus e terra, e eu me tornei a sua criatura.
Com o tempo esse deus se tornou minha grande inspiração, consagrando-se como divino tanto quanto o cosmo de onde eu me originei.
Esse deus saiu da minha própria carne, mas isso não foi de agora...
A minha carne lembra de tudo isso...
As vezes ainda sinto a dor da dilaceração que me ocorreu por conta dos invasores, os seres de outros mundos, infernos talvez, quando eu fiz a doação de órgãos para que deus fosse criado de mim mesmo.
Depois disso eu fiquei um ser que lagrimeja versos e poesias.
Será que é falta dos órgãos que me foram retirados para a composição de meu deus?
Ou será que é esse deus criado por mim mesmo que tem a capacidade de me inspirar?
Sim, eu não sei a resposta!
Meu Éden nunca mais deixou de ser um caos...
Parece que foi ontem que tudo isso aconteceu!
As vezes eu choro de saudade dessas partes dilaceradas em mim...
De uma coisa eu tenho plena incerteza; de meus ancestrais sobraram apenas estes pobres ossos resmunguentos que morrem de medo de perderem seus brios pelas travessuras e dos atrevimentos destes quatro ventos. Os demais, todos evaporaram como se nunca tivessem existido, como se fossem uma só essência, sabe, uma espécie de fragrância que acabou sendo atraída pelos cabelos ou pelos poros do deus criado, e desde então ele se tornou o criador de tudo.
Dizem por aí, nas esquinas do Eden que a força, a capacidade de criação de deus vem exatamente disso...
Dizem que é exatamente dessa essência dos meus ancestrais que tudo tem origem, que o tal deus é só rótulo desse aglomerado de amor que esses meus ancestrais sempre tiveram.
Reconheço-me forte e fraco com estes ossos e ao mesmo tempo com saudades dos amores ancestrais que evaporaram, como se não bastasse as dores da amputação de meus órgãos para a criação do deus.
Talvez seja apenas impressões de mim mesmo ou dos meus ancestrais, como pode doer um órgão que eu nem se quer lembro de ter?
O que mais me faz falta é a minha terceira visão, dessa eu acho que lembro sim, mesmo não a tento em mim, as vezes ela se revela e me leva a ver coisas de outros mundos.
Que isso fique aqui, cá entre nós, não se atrevam espalhar isso aos céus e terra...
Aqui por enquanto, falar disso é insanidade, estão novamente prendendo os que veem essas coisas, sim, e o tratamento a eles é de “chocar”.
Veja como é cruel nascer do acaso?
Recomponho-me quando caio em consciência de que essas partes arrancadas de mim serviram para criar um ser que se tornou divino.
Por isso sou a imagem e a semelhança de deus...
Foi de mim mesmo que ele nasceu.
Ele é o meu filho amado, o que virá de mim, depois que eu vencer os meus dragões e fazer com que os meus ossos possam também evaporar.
E lá nos cabelos ou nos poros de deus eu estarei oferecendo-lhe o melhor que há em mim...
Enquanto isso não chega, e nada chega ou basta!
Inquietação, é a profanação dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo, pois deles me sobraram apenas o que sobra nos ossos, ritos, mitos, crenças e doenças.
Dos bons nem ouvi falar, pois que nunca quiseram deixar qualquer rastro de existência ou de personalidades.
E eu que escolhi seguir a passos largos os exemplos dos meus próprios ossos.
Porque é tão difícil abandonar os meus brios?
Porque são ossos do meu sagrado oficio?
Acalento-me aqui, então, falando com os meus brios que nunca me abandonaram...
E quanto a vós, quatro ventos, fosseis os grandes percursores de tudo isso?
Pois bem!
Junto-me a vós recolho-me nas minhas esperanças de voltar ao meu centro.
Não mais como domador dos quatro ventos.
Talvez como domador das minhas próprias tempestades.
Provavelmente for exatamente isso que o meu deus tenha feito tão rapidamente!
Farei isso então!
Serei como um ogum de mim mesmo!
Vencendo os meus próprios dragões.
Salve os quatro ventos!
Autor: Pedro Alexandre
26 de agosto de 2021.
Carreguei tempestades no peito sem alagar ninguém, atravessei madrugadas de insônia sem cobrar alívio alheio, dei sem pedir troco e caminhei entre espinhos sem lamentar as feridas. Agora, se me virem colhendo minha própria paz, não me julguem, pois aprendi que doar sem medida a quem não valoriza é cavar a própria ausência.
Para conviver comigo é preciso compreender das minhas tempestades. Não tenho previsão climática, vivo o sentir sem me importar com o que as águas lavam e levam. E você mesmo diante os trovões faz o sol acender e refletir nas águas. É por isso que mesmo seguindo o fluxo, contornando os obstáculos, as águas sempre se renovam em sua nascente. Fluindo!
Há coisas na vida que não temos como evitar.
Algumas vezes ousamos planejar algo, e o acaso acontece.
Como a força dos ventos e da chuva nas tempestades.
Quando sentimos que somos apenas seres humanos.
Precisamos entender o que o universo nos revela todos os dias e noites...
A natureza e a mudança dos ventos!
A natureza não é contra os seres humanos, todos os seres que habitam neste planeta fazem parte dela. Nossa relação com ela tem que ser harmoniosa, com muito respeito e admiração.
Respeitar o meio ambiente é realizar obras nas cidades onde habitamos interagindo com a natureza.
Na mudança dos ventos a vida vai se renovar e tudo voltará ao normal...
Tempestades noites de efeitos
Tempestades essas noites sobrias
De ventos escuros
Raios e relâmpagos acendem o céu
Céu tão escuro, que a nuvens escondem
O virar de uma chuva abundante.
#
Vigie os seus pensamentos,
eles vivem tricotando absurdos
e o negativismo,
e teu coração
é um tolo que faz coleção
de tempestades...
#
*
✍️
"Poesia por exemplo,
me mantém
além
das tempestades
e dificuldades,
quando essas se aproximam me encontram navegando em águas tranquilas através de versos e rimas
construindo navios e barcos de salvação."
***
"Um dia eu quis
ser ventania..."
*
Sair levando tudo pelos ares,
engolindo o meu choro e ais,
quis ser tempestades,
arruinando e ruminando revoltas,
pra silenciar os horrores
a minha volta e punir
todos os infratores...
*
Mas o temporal acalmou
e fui andar descalça na areia,
da praia...
*
E o vai vem das ondas
me acalmaram, olhei o céu
e observei as nuvens
em suave dança ao léu,
desfazendo o cinza chumbo
para uma tranquila paisagem,
que indicava calmaria,
e assim relaxei e deitei na areia,
e afinal amanhã é outro dia,
com ânimos mais refletidos.
*
😣💭⛈️
***Francisca Lucas***