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ABRAÇO APERTADO
Tá em falta no mercado,
na pandemia está proibido,
só se produz pra estocar.
Mesmo em falta,
anda bem desvalorizado,
já que muitas vezes
ele foi negociado como porta de entrada
de um golpe lascado.
Abraço apertado é que nem café:
só serve quente e na hora.
É também que nem sorvete:
derrete fácil quando demora.
Não existe coração humano que resista
a um coração abraçando o peito
de forma bem apertada
com braços reforçando o ato.
Ele é como um sorvete com sal, porque é doce e irritante. Ele é legal e irritante como unhas arranhando a lousa! Certo, ele é principalmente chato pra caramba. Mas este chatinho aqui é meu amigo. E ele não merece morrer.
"Em meio a aridez dos nossos dias, encontrar momentos de refúgio e descanso para nossa alma é uma necessidade, e eles sempre estarão à nossa disposição, só é preciso querer, como em um singelo bate papo com verdadeiros e sinceros amigos, nas páginas de um livro que entusiasma, em um sorvete pra arejar a saudade de quem se ama, ou simplesmente no contemplar e sentir o lirismo e as delícias de estar vivo."
Livros são mil vezes mais perigosos que sorvete. Eles podem estragar a cabeça de uma pessoa. Ou, pior ainda, podem estragar o coração.
"Em meio às batalhas do nosso dia a dia, é preciso encontrar momentos para relaxar e encontrar refúgio nas distrações e alegrias dos momentos fugazes, como um bate papo descontraído entre amigos, tomar um sorvete de um sabor preferido, ou fazer nada ao lado de quem tem prazer por estar contigo."
Perder um amor é infinitamente mais delicioso do que nunca ter tido um. Sim, perder doi, mas você por algum momento teve na pele a sensação de ser amado. Teve histórias, teve vivência, teve fim, mas teve começo e meio. E é disso que você é feito.
Pobres os que nunca amaram, pobres os que nunca sofreram por amor. É sob pressão que se fabricam os diamantes e são sob perdas que nos criamos. Antes tomar sorvete uma única vez do que nunca conhecer o seu sabor.
É difícil construir uma relação de confiança com qualquer um quando você vai na sorveteria e o sorvete de limão é branco e não verde
No meu caminhar, formiguinha fui
Olhei para o alto, pedi socorro
Cade meu amor que tanto esperei?
Plashhh !
Caiu uma bola de sorvete
Minha futura namorada, tem tanta coisa que eu quero compartilhar com você… o que acha de a gente começar com sorvete e Netflix?
A notícia da partida da vovó que vendia sacolés pelo portão da casa verde no Sana desceu amarga. Como eram gostosos os sacolés vendidos por aquelas mãos. Podiam não ser lá muito higiênicos, isso é verdade, mas que eram gostosos eram. Aliás, essa questão de higiene, àquela época, não era muito levada em conta. Não que isso fosse coisa do século passado, quando ainda não se sabia muito sobre vírus e micróbios. Não. Mas também fiz uma pesquisa e vi que sacolés eram vendidos na década de 20, e, já então, as autoridades sanitárias faziam exigências que ninguém cumpria, como hoje. Daí, aquela gente imunda e encharcada com a água que lhes descia pelo corpo proveniente do degelo mal contido nas sorveteiras que equilibravam os isopores carregados de sacolés na cabeça. Mas, gula sempre foi gula. Voltando aquela senhora do Sana: os dedos que tocavam o dinheiro transportado por uma bolsa de coro que andava com ela eram os mesmos dedos que apanhavam pra mim dois guardanapos, que eu sempre pedia. Era daquela mesma bolsinha onde guardava o dinheiro que puxava os guardanapos. Me limpava como um pinto no lixo após degustar sempre a dobradinha: "um de coco e um de baunilha vó". Era o sacolé gostoso que compensava depois daquela manhã inteira torrando no sol na cachoeira. E o mais engraçado é que era tão bom, que até engolir pedacinhos de plástico mordendo o sacolé a gente engolia. Aquela casinha verde fica logo atrás da pracinha, do coreto. Quando ela abria a porta, dava pra ver lá dentro uma forma cilíndrica, de zinco, onde ela acondicionava todos os sacolés. Em torno desse cilindro, gelo picado e sal grosso com um pouco de serragem. Eu perguntei preocupado com a cor avermelhada da serragem. Coroando isso tudo, uma espécie de rodilha de pano, sempre suja, protegendo a tampa, impedindo o ataque de insetos durante a madrugada. A última vez que estive com a vovó do sacolé no Sana, custava R$ 2. Funcionava todo dia até às 18h, mas nas noites quentes de verão era comum ver-se à porta da casa aquela senhora se abanando com uma folha de bananeira estendendo mais um pouco o horário das vendas pra nossa alegria e dos colegas no camping, que nem esperavam que fossemos lembrar deles, de tão bom que o sacolé era. Uma vez, no desespero, bati palmas em seu portão 1 hora da manhã, bêbado, pra pedir sacolé. Tomei um esporro da vovó, mas pergunta se ela deixou de me atender e, depois do esporro, lembro que passou docemente a mão em minha testa e avisou que amanhã estaria mais cedo vendendo os sacolés. Os sabores eram: laranja, abacate, manga, caju e, nos últimos anos, começou a ter de chocolate, além do tradicional coco e baunilha. Mas, nenhuma delas, superava o coco-baunilha, que eu ia degustando ao mesmo tempo. Que me perdoem a propaganda, mas hoje, com todo progresso e processos modernos de fabricação mecânica, como toda e relativa duvidosa higiene no fabrico, o sacolé da minha vó do Sana continua insuperável. Os picolés de hoje, ridículos até no nome, as conchas novas que têm dado forma empírica aos sorvetes, não irão conseguir nunca matar a saudade que comecei a sentir a partir deste momento, quando recebi a notícia. Não sei se exagero ao afirmar que os sacolés do meu tempo, até os extravagantes e alcoólicos que começaram a pegar moda nos blocos de carnaval, nunca serão mais gelados do que aqueles sacolés de coco-baunilha. Faltarão neles agora, eternamente, o perfume delicioso de sabonete que vinha daquela senhora. Faltarão neles, inclusive, a poesia do pedido batendo palmas no portão, e do sorriso carinhoso e aconchegante na entrega. Siga seu caminho vovó. Novos sabores chegaram pra senhora. Delicie-se.
Não tô te pedindo cama, um sorvete já me faria feliz ! Nós dois tocando os olhos, mãos... nós dois sorrindo do nada. Um sorvete esquentaria corpo, alma...um sorvete, palavras, risos. Confidenciar nossos medos, segredos...contar de nós !
Sem você me desespero
Minha vida sem você
É queijo sem goiabada
Não consigo te esquecer
Pra mim é tudo ou nada
Você longe de mim
É sorvete sem cobertura
Não tem graça assim
Te perder é loucura
Sem você me desespero. Vivo a chorar
Meu amor eu te espero. Quero te abraçar
Sem você me desespero. Fico sem chão
Meu amor eu te espero. Cura meu coração
Tô aqui no colchão
Vem matar meu desejo
Estar sozinho na solidão
É macarronada sem queijo
Sou metade sem você
Vem me completar
Não faz sentido viver
Se não for pra te amar
Sem você me desespero. Vivo a chorar
Meu amor eu te espero. Quero te abraçar
Sem você me desespero. Fico sem chão
Meu amor eu te espero. Cura meu coração
Dia do Sorvete
Hoje é dia dessa sobremesa
Que anima seu dia com certeza
No calor todo mundo quer
no frio também aceito se vier
Pode ser de fruta, multi sabores ou de leite
Muito amado. Vamos tomar um sorvete!
Se você não consegue convencer a um cristão que matar é ruim, desista dessa alma e vá tomar um sorvete
Eu queria um poema bonito
Daqueles que deixam a gente feliz
Poema com cor
Cheiro
Com gosto de quero mais
Logo cedinho o encontrei descansando no fundo da xícara do meu café
Andando em uma calçada o vi no sorriso banguela de uma menina lambuzada de sorvete
Quando a noite caiu o encontrei dormindo a meu lado
Parecia feliz.
Repousando no travesseiro
Todas as vezes, que eu penso em felicidade é o caminho da geladeira que eu sigo e, por incrível que pareça é lá que me lambuzo dela em um pote de sorvete de chocolate.
Sorvete de Guabiroba
Um sorvete de Guabiroba
para refrescar o paladar,
conversa carinhosa para alegrar,
ter você para acarinhar,
Não existe coisa melhor
para sonhar e na vida para amar.