Tag samba
Diga menino levado
Porque, deixou de me amar
Fiquei sonhando acordada
Pensando que era seu par.
Fui perguntar as estrelas
Ao sol –até o Arpoador.
O vento trouxe a resposta
O meu amor me abandonou.
Nas notas de um samba triste
Eu abri meu coração
Traga de volta oh vento o meu amor
Para essa canção..
Na Avenida desta vida
somos o casal de passistas,
Numa mão o pandeiro
você equilibra e gira,
E lá vou eu de miudinho
enquanto você se fascina,
Assim sou eu na sua
e você sambando na minha
sem mais nenhum segredo
o amor escreve o samba enredo.
Já sambei com velha guarda, descalço no calçadão
Ouvi fita, gravei fita, já fiz fita sem intenção
Fitas, discos e cds sempre foram minha paixão
Sabe que a vida corre
E a gente corre atrás da vida
Como se ela não voltasse mais
E ela roda como roda de samba
Onde a tristeza é camuflada com o sorriso
E o canto dos bares de jazz
Quando ela diz que Samba é o meu único assunto
Eu respondo quaisquer quais quais
E firmo:
“É lindo quando dois grêmios ganham juntos”
Maioral é o samba. Na moral. Eu sou um humano mortal. Um pensador anormal. Um aprendiz. Não jogo futebol. #revolucionáriosetorial
Tudo que quiseres te darei, ó, flor,
Menos meu amor
Darei carinhos se tiveres a necessidade
E peço a Deus para te dar muita felicidade
Infelizmente só não posso ter-te para mim
Coisas da vida, é mesmo assim
Vejam vocês
O rapaz como padece
Esquecer não se esquece
Do amor que lhe traiu
Já dei conselhos
Ele não quis me ouvir
Refugiou-se na bebida
Não quer mais sorrir
cansei
de segurar a onda
nas minhas costas largas
e aguentar as pontas
de quem não se desamarra
de fazer vista grossa
para essas almas rasas
de ficar no salto
se o meu corpo é samba
de manter a calma
nesse mar de lama
de conter o grito
meu bem mais bendito
de esperar o momento
precipício
para saltar dos trilhos
e não ter mais nada
a ver com isso
Sou
Sou a palavra cacimba
pra sede de todo mundo
e tenho assim minha alma:
água limpa e céu no fundo.
Já fui remo, fui enxada
e pedra de construção;
trilho de estrada-de-ferro,
lavoura, semente, grão.
Já fui a palavra canga,
sou hoje a palavra basta.
E vou refugando a manga
num atropelo de aspa.
Meu canto é faca de charque
voltada contra o feitor,
dizendo que minha carne
não é de nenhum senhor.
Sou o samba das escolas
em todos os carnavais.
Sou o samba da cidade
e lá dos confins rurais.
Sou quicumbi e Moçambique
no compasso do tambor.
Sou um toque de batuque
em casa gege-nagô.
Sou a bombacha de santo,
sou o churrasco de Ogum.
Entre os filhos desta terra
naturalmente sou um.
Sou o trabalho e a luta,
suor e sangue de quem
nas entranhas desta terra
nutre raízes também.
Entendo o que é arte, ao te ver sambar
Teus belos movimentos em harmonia
A poesia do poeta que vive a rimar
A graça do palhaço que traz alegria
Teu belo rosto, tua pele mulata
O balanço do teu corpo, beleza nata
Sedução dos teus olhos, tua covardia
Olharia pra você até raiar o dia
Qual o teu nome, nunca vou saber
Em meus sonhos estarás, sem mesmo perceber
Negra de fato, daquelas que canta Aragão
Deixou vazio o meu coração
Esse fraco poeta, que se atreve a poetizar
Rimar o belo com feio, no mais doce amar
Transformar em fantasia, o que nem de perto é a realidade
A chance de com você estar, te beijar, te amar de verdade.
A batucada vazia, sem a companhia do violão
Põe fim ao meu sonho, ao samba , ao show
Ao lar retornar com aquela sensação
De olhar, sem parar, pra que nunca me olhou.
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
Hoje, é um dia tão triste
Meu samba toca mudo
De partir o coração,
Veio a chuva forte
E derrubou o barracão,
Dona Teresa e os moradores daquela favela
Encontram-se debaixo dessa lama
Entre os escombros que a água levou,
Fui até o local encontrar o meu amor
Mas, só encontrei...
Lamento e dor,
Mais tarde veio o senhor delegado
Me avisar
Para ir no hospital
Fui trêmulo, mal pôdia caminhar,
Entre os corredores avistei
Coberto com lençol fino branco
Tomei coragem e olhei,
Era Rosinha, minha querida
Segurando em suas mãos
As cartas que lhe dei,
🎶 Chorei, chorei demais
A maloca onde eu cresci
Já não existe mais
Chorei, chorei demais
Rosinha, meu grande amor
Foi morar junto do Pai. 🎶
Vai Rosinha, vai com Deus,
Não se preocupe
Que daqui vou vivendo
E de saudades vou morrendo
Até estar novamente, junto de ti.
Eu vou pra casa, pois tenho que descansar, amanhã é outro dia
e tenho que trabalhar
Mas, já dizia meu avô:
"Não se aperrei não, é melhor gastar dinheiro com samba e cerveja
de que remédio pra depressão!"
Por isso eu vou de samba...
eu vou!
Amanheceu e estou aqui
há mais de uma hora
pra ver se meu samba toca por aí
E se tocar, meu coração é só gratidão
de um povo que canta a minha canção!
Dá pra comparar as eleições no Brasil aos desfiles de escolas de samba. Assim que termina uma, já se está pensando nos temas para as próximas, tamanha a proximidade entre essas eleições.
Quis faróis, tens que visam Salvador,
Vai-se soneto branco chamuscado;
Falais aos caranguejos e saguis,
Imitantes atores às marés, areias,
Num traquear desolado Atlântico:
Vens lufada abrangente e Carioca;
Branda a lufar — se nós lufássemos
— que sejais samba, roda de pagode.
Baianos cativados contemplam
As areias, caranguejos na ciranda,
Até saguis em marés. A elite levanta
E sai do Monte Pascoal a ver samba:
— Que fazeis esses? Longe; aqui na Bahia?
—Esses, acampar-se-ão no Farol da Barra.
