Karine Bassi.

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DA LUTA DO POVO NINGUÉM SE CANSA

A luta doí
Às vezes sangra
É grave
Gravitacional
Sem greve.
Fere
Arde
como navalha na carne
Como a chibata na pele
Às vezes é tão pesada
Que desanima
Desafina o coro do batuque.
A luta te cospe na cara
Escarra
E te peita com falsos argumentos
Na luta se ouve nãos
Perde amigas e amigos
Levanta cedo
Dorme tarde
Cria projetos
Trabalho de base
Mas não se cansa
Porque na luta do povo
Pelo povo
Tem sempre um braço que te levanta
E põe de pé
E põe no colo
E põe no abraço
Do peito de aço
Que geme, e ainda assim vai no compasso
De mãos dadas
De almas dadas
De desejo por igualdade entrelaçados.
Na luta se aprende
A ser forte.
A ser gente da gente pela gente.
Entende que não é só por você
É por todas pessoas sem condições de gritar
É por amor
E com amor
Então a ferida sara,
Cicatriza
vira tatuagem da história
E você desiste de desistir.

PARA TODAS AS MÃOS DO MUNDO

As mãos que tocam
As mãos que escrevem
Que se erguem
As mãos que se enconcham
E as que pede paz.

As mãos que se acariciam,
As mãos que decidem
As mãos que se fecham
Em um aperto de mão.

A todas as mãos que agarram
O pico,
O martelo,
A enxada,
A caneta,
A batalha
O facão,
A lavoura,
O instrumento,
A tesoura
Mãos que unem amigos e anexam
O desejo e a revolução.

E a todas as mãos,
Que o destino pôs diante dos nossos olhos
A criar pulsações fortes, no coração.

CLASSE TRABALHADORA

Carrega nas mãos alguns calos;
Da luta diária,
Labuta,
Trabalho.
E quando cai a noite,
Em seu leito precário
Se deita em descanso do seu malho
E a noite é quente-
Em seu barraco.

Antes que a vela se apague no sopro
Traga o último gole amargo
O gosto, seu suor operário.
E a luz que ilumina bem pouco-
Clareia em seu rosto ferrado
Vestígios da fome que tem seu salário!

Inserida por KarineBassi

Quando minha loucura
Tocou na tua
Pela primeira vez,
Meu peito foi responsável
Pela batida
Do samba
[enredo
De mil carnavais.

Inserida por KarineBassi

Tenho um coração inteiro,
florido de afeto e harmonia.
flores de fé,
teto dos sonhos,
jardim colorido por mãos variadas
algumas inté calejadas
pela luta do povo.
regado a cada suor derramado
e a cada terra batida.
semente plantada por nossos ancestrais,
na construção de um mund novo
da baixada ou do alto do morro
avista-se o caule da flor
flor combativa,
embora serena.
da via campesina e das ruas de asfalto
A cada nascer do sol uma esperança se abre
Gira, gira
e na peleja,
novos brotos a crescer.
e quem diz que a flor não nasce
no meio da pedregueira
quando se luta para flor-e-ser?

Inserida por grasypiton