Tag renascimento
Cada renascimento é uma oportunidade para redefinir nossas metas, reavaliar nossos valores e redescobrir a alegria nas pequenas conquistas.
Sê-de a luz a iluminar-te o caminho. Que até o sol, por vezes esconde-se, e a lua perde-se à neblina. Nos mergulhos profundos, sê-de teu anzol. Nos mares escuros, sê-de teu farol. Por quanto te mantiveres consigo, não há relento sem abrigo. Por quanto firmastes teu brilho, não há o intransponível.
Bom dia amores, que até o inverno traz flores. Rosas negras, cotovias, vida cheia de sabores. Vento leve esfria a face às rapinas tão selvagens. Sopro raso de rebojo a que a água cobre as margens. Outro dia, cotovia, outro dia, alegria. Sê-de inverno, sê-de mundo, horizonte, céu ao fundo. Eu respiro, eu existo, não me rendo, eu insisto. Que onde há luz também há sombra e onde há inverno faço ronda.
Foi apenas quando aceitei que não encontraria paz em nada que pudesse conhecer no mundo, que abandonei o peso, dei adeus a ansiedade e a frustração e que, mais leve e distante de grandes buscas, passei simplesmente a experienciar a simplicidade da vida e, sem procurar, a encontrei.
Ontem mesmo, achava que sabia dirigir a jornada e, por décadas, lutei com a frustração de sempre estar errada. Porém, a saga do desvencilhar-me de expectativas, trouxe-me muitos aprendizados que, inclusive, foram fundamentais para a construção desse momento presente. Portanto, sou grata também a meus pensamentos ingênuos. Hoje, olhando os pássaros despreocupados brincando em meu jardim, fiz yakisoba escutando Phil Collins. E ficou muito bom. Paz na alma é tudo.
Depois que aprendi que, nesta vida, não se morre apenas uma vez, perdi o medo da morte. Entendi que, da mesma forma que o corpo físico, quando morre e se deteriora, transforma-se em parte da terra e dá vida a outros organismos, a morte de ciclos, escolhas, verdades, personalidades ou de posturas perante a própria vida, inevitavelmente faz nascer um novo capítulo e novas possibilidades. E também que, com a superação dos apegos emocionais, o fim de algo em nós que não mais nos serve amplia a gama de realidades possíveis dentro da breve passagem pela existência.
Na montanha russa da vida,
quando árduo parecer o adiante,
lembra que és carro, estrada infinita
e a própria montanha gigante.
Verdade que o mundo é carro descontrolado. Porém, também verdade, escolhe-se quem viaja ao lado. A turbulência do mundo já exige atenção demais para optar por displicência a afastar-se de sua paz.
Independentemente do elemento algoz ser um fator externo ou tua própria agonia, aprenda a observar seus sentimentos antes de aceitá-los como determinantes imperativos de suas reações. A mente é um mecanismo de teu corpo físico, não o que você realmente é. E a perturbação mental, a permissão da desarmonia desse aparelho, é opcional, portanto, disciplinável.
O "não consigo" é o conforto mais desconfortável do auto claustro. E o "eu sou assim" o alimento do que te enclausura.
A vitória é inalcançável para quem não entende que ela não se dá com a conquista de um objetivo desejado, mas é um estado de espírito. Vitória não se tem, se é.
Tudo na vida são escolhas. E,
por mais amor que tenhamos,
não podemos fazer escolhas
nas jornadas Ímpares de outras
pessoas. Cabe a nós apenas
respeitar e desejar amor e
felicidade.
Renascimento lírico
Dos meus avessos a “tiração” de pó
Das muitas versões em uma só
Dos elementos que me complementam
Dos espaços vagos e despretensiosos
Do que há em mim, do meu plural astral
Do resto de sal no meu corpo
Da marca do sol na minha pele
Das minhas marcas/cicatrizes
Do meu eu
Que nem eu encontro
Que no eu se perde
E renasce no lirismo
Pois até posso ser vaga
Mas vaga em poesia!
E na alegria de conseguir pensar além da caixa, além das sombras na caverna, levando comigo Eraclito e o seu Rio mensionado, pois entendo que era uma no início desse texto, agora não mais!
Texto 1
Já faltam as lágrimas
Já faltam as lágrimas que um dia neguei derramar por ti,
Já me faltam as lágrimas que suas lembranças tiraram de mim.
Resta apenas a poeira do tempo sobre os rastros que deixaste,
Um silêncio ecoando em meu peito, um vazio que não se abate.
Os sorrisos que outrora coloriam meus dias,
Se perderam entre as brumas da saudade que me invade.
Em cada canto, um sussurro do teu nome,
Em cada lembrança, um espinho em meu coração.
Ah, se eu pudesse voltar atrás,
Reviver cada momento, cada instante de amor.
Mas o tempo segue seu curso implacável,
E eu fico aqui, com a alma em pedaços, o coração em frangalhos.
Já faltam as lágrimas, mas a dor permanece,
Uma ferida aberta que jamais se cicatriza.
Em meus sonhos, te vejo ainda,
Tão real, tão presente, que ao despertar a dor se intensifica.
Que fazer com esse amor que não se esvai?
Que fazer com essa saudade que me consome?
Apenas seguir em frente, com o coração em luto,
Carregando comigo a lembrança do que um dia foi nosso.
E quem sabe, um dia, as lágrimas voltem a brotar,
Não de dor, mas de saudade serena, um amor que jamais se apagará.
Não há beleza em certas histórias, embora a intensidade as torne inesquecíveis. Em 2015, me vi perdido em uma paixão proibida: a namorada de um colega se tornou o meu universo por quatro meses. Era um fogo que consumia, tanto que o beijo dela se eternizou em meu pescoço, gravado na pele como um sussurro de memórias. Foi a última vez que senti algo tão avassalador... até que te vi. E então, o passado desbotou, porque você trouxe consigo o renascimento de tudo que eu pensava ter perdido.
Perder-se no amor é o sacrifício necessário para que o perdão das memórias seja efetivo e permita o renascimento em novas crenças.
Quanto tempo me resta? Quantos sorrisos darei?
Não sei... Mas sei que a cada verão verei o sol se pôr.
E a cada dia que passa, o mundo se transforma diante de mim,
Como se a cada experiência eu me remontasse,
Como se a cada fase eu renascesse,
E aquele que fui ficasse para trás,
Olhando para frente, esperando o sol nascer outra vez...