Tag recordação
AMIGOS DE INFÂNCIA
Do meu tempo de criança,
Muita coisa não sobrou.
Brinquedo não tenho mais,
Mas o amigo perdurou.
Hoje juntos viajamos,
E às vezes nós brincamos
Como tudo começou.
Por vezes uma pessoa querida sai de nossa
convivencia, sempre deixando uma doce recordação...
UMA DOCE RECORDAÇÃO
Marcial Salaverry
Lembrar daquela amizade,
que me trouxe felicidade,
é uma doce recordação,
a embalar-me o coração...
Gostosos momentos,
que apagavam meus lamentos...
Aquela presença querida,
que agora é uma ausência sentida...
Amigos quando presentes,
são nosso maior presente...
Quando ausentes,
não há quem não o lamente...
Nesta telinha, agora um dilema...
Onde está aquele poema?
Onde aquela mensagem,
que me devolvia a coragem...
Onde aquela linda convivência?
Por que esta sentida ausência?
Onde estará aquela presença boa,
de tão linda pessoa...
São coisas da vida,
essa falta tão sentida,
de um alguém tão querido,
que não deveria ter partido...
Marcial Salaverry
Poema dedicado a amizades poetais queridas que,
atendendo ao chamado de Deus estão agora
poetando ao lado Dele...
A infância é o tempo
de brincar com alegria
em castelos de areia
sob os raios da magia.
É surfar na ilusão
e não ter obrigação
até o final do dia.
Fotografias
Alguns momentos foram congelados,
para serem guardados pela eternidade.
Não basta estar na nossa mente copilados,
são fotos impressas, digitalizadas e armazenadas,
que vêm nas lembranças, nas redes sociais
e que nos fazem meditar, em quem fomos,
no que hoje somos, e se está bom assim.
Cada uma com uma história vivida,
guarda segredos, provoca indagações,
sentimentos e até sensações.
E assim colecionamos os momentos,
histórias e pessoas que entram e saem
De nossas vidas, ou da própria vida.
Talvez nunca escrevamos um livro,
Contando nossa trajetória,
mas quem tem um álbum de fotos,
tem sua biografia, registrada
em fotografias.
"Meu coração está tão feliz! Fecho os olhos e vejo seu rosto, te dou um beijo no rosto, te dou outro e mais outro e vou até a sua boca... Te dou um beijo, bem devagar, bem carinhoso, bem intenso, me perdendo nos seus lábios, sentindo todas as emoções envolvidas... Sinto você e gosto do que sinto, então te abraço forte, sinto que não posso te soltar mais, sinto que devo te proteger e te amar, sinto que devo te fazer a mulher mais feliz do mundo! Uma missão tão honrosa para mim... Agora paro de beijar sua boca e vou te dando vários beijos até o seu ouvido... Quando chego lá, te dou novamente outro beijo e te falo a mais sincera palavra, a que mais resumiria todas as emoções e sentimentos acumuladas e envolvidas nesse momento... EU TE AMO! Nesse momento explode em mim uma felicidade imensa, quero viver isso intensamente pro resto da minha vida. Ai então eu abro os olhos e os fecho novamente, recomeça tudo em minha mente... Eu vejo seu rosto!"
Árvore de Natal 2.0
Natal está chegando,
e minha casa irei enfeitar,
Tempo breve e especial,
que marca a passagem,
Seus enfeites pendurados,
Me fazem lembrar,
O passado dos que estiveram,
O presente dos que estão,
O futuro dos que estarão,
Tudo é tão decorado,
Os detalhes com cuidado,
Natal é um momento mágico,
O passar dos anos,
Vai mostrando,
Que não é apenas uma data,
Da mesa colorida,
Dos enfeites colocados com entrega,
Da casa cheia à luz de velas,
E com o tempo vai se esvaziando,
Quando se monta a árvore,
Bate a nostalgia da saudade,
Das gargalhadas da ceia,
Dos sinos natalinos soando,
Dos anjinhos pendurados,
Das bolinhas balançando,
Dos piscas-piscas,
Acendendo e apagando,
Como estrelas,
Que enfeitam lá em cima o céu,
Que também acendem e apagam,
Com o tempo quem monta árvore,
Vai entendendo o significado,
Da noite de Natal.
Avenida lenta,
No meu caminhar tão agitado,
mas numa avenida tão lenta…
nesse domingo de manhã,
um café amargo,
um gosto saboroso
de um sonho tão esperado,
vi fotos, brilho no olhar,
vi um aconchegante sorriso,
esse que acalma o meu corpo,
adormece minha insatisfação,
exalta minha esperança
e me faz repensar na minha lida,
nas minhas companhias.
Nesse sorriso que se alarga,
mas se cala, e não me permite
entendero que se passa no coração,
passo horas, dedico toda minha atenção.
Mas o corpo não pode perder
a noçãodo tempo,
nem a razão do destino.
A alma precisa tomar decisão,
criar um espaço para que a unicidade domine,
para que os nossos corpos se aproximem
e prosperem.
Nessa manhã de domingo,
nada pode ficar ao caso, ao esquecimento,
porque a recordação que vem agora,
ela não deve ser esquecida,
não pode ser adormecida.
Meus olhos alcançam os seus e, você,
nesta manhã de calor e de monotonia,
poderia mergulhar nas águas frescas
dos meus pensamentos,
das minhas vontades de estar
ao seu lado.
Poema
Se um dia você sentir saudades já nao sera mais possivel matar a saudade com um simples abraço pois já estou muito longe longe dos seus braços e olhos apenas será possível lembrar dos momentos bons e alegres que tivemos, mais não fique triste isso faz parte da vida vivemos em constante mudança por isso devemos dar mais valor aos momentos e assim tornar los eternos em nossa mente e coração. E em cada recordação boa ao invés de ficar triste abra um belo sorriso e agradeça por ter vivido momentos especiais na vida.
Recordação
Na madrugada fria
Triste e vazia
Releio nossas conversas
Relembro suas palavras
Busco uma esperança
Em cada lembrança
Levo no coração
Momentos de paixão
Hoje uma recordação!
As memórias ficam contidas em lugar fechado. Por vezes as de bem longe aparecem e nos assaltam com a nitidez da recordação... Maravilhosa é nossa memória!
RECORDAÇÃO DO MEU TEMPO NO SERTÃO
Versão Urbana ou Pardal
Eu já fui Curió,
Que só vive no mato,
Não vive na cidade.
Hoje sou Pardal,
Que não vive no mato,
Só vive na cidade,
Por circunstâncias,
Ou por necessidade.
Acho que sou um Curial,
Mistura de Curió com Pardal.
Acho que sou um Pardió,
Mistura de Pardal com Curió.
Como não consigo definir,
Deixa assim que é melhor.
Vez em quando dói o coração,
Na cabeça vem recordação,
Do meu tempo no Sertão.
Quando não aguento a saudade,
Junto vara de pesca e carabina,
Deixo a cidade e vou pro sertão,
Pescá recordação e matá saudade.
Minhas filhas me dão tanta alegria,
Enviando fotos e vídeos de pescaria,
Ver os nétos aprendendo a usar vara,
Prá pesca lambari, bagre, lobó, piapara...
Não importa tipo e modelo de vara.
Nem espécie e tamanho de peixe,
Mas só a alegria de pescar,
Escutando seus pais falar:
Sobre catar e chupar guavira,
Guabiróba, guapeva, jaracatiá,
Coquinho pindó, macaúba, bocajá,
Comer marolo, goiabinha do campo,
Comer ariticum cagão,
Pouco prá não dar diarréia,
Comer jabuticaba do mato,
Pouca prá não entupir,
Tirar palmito, mel de európa e jatei...
Essas e muitas coisas que eu vivi...
Por isso é tanta recordação...
Quanta saudade do sertão...
Saudades dos parentes,
Povo bom e boa gente,
A grande maioria vivia,
Em sítios e fazendas,
Dentro dos sertões.
Longe das cidades.
Tantas recordações,
Quantas saudades...
Marsciano
ENTRE RIOS
Vivo a vida a caminhar,
vejo os rios da cidade,
muitas pontes coloridas,
retratos da mocidade.
Ando muito apressado,
mas, quando olho pro lado,
me encanto com a beldade.
Impossível esquecer
os encantos do sertão.
Mesmo saindo de lá,
fica na recordação.
Feito uma tatuagem
gravada no coração.
Há momentos onde gostaríamos de morar, tornar abrigo, mas o tempo corre rápido demais. O que sonhou-se há pouco, agora já é recordação.
Nós somos os fragmentos
das histórias que guardamos,
os pedaços que deixamos
pelo caminho e
as coisas inúteis
que deveríamos
ter deixado para trás.
O tempo não apaga coisa alguma, apenas vai cobrindo de poeira e desbotando as cores das nossas lembranças.
Se em nós corre mais do que sangue, se temos mais do que pele sobre músculos e ossos, se o toque for mais do que o mero contato entre dois corpos e tiver profundidade para nos tirar de um vazio sem fim, então os beijos ecoariam como gritos dentro de nós, por muito tempo.
COLCHA DE RETALHOS
Retalhos, numa colcha alinhavados
De acasos, e os momentos de aparos
Bordando o tempo, e seus preparos
De distintos sentimentos passados
Aqueles bons, e aqueles de agrados
Que se encaixam total, sem reparos
Que se faz com que, sejam tão raros
Também, os que nos traz os enfados
Detalhes duma sorte, irregular e doída
De uma sensação, o todo ou metade
Engano ou certo, na quimera garrida
Ah a vida! Vivida! Partes de felicidade
Entrelaçados numa chegada e partida
Todos eles ornamentando a saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 setembro, 2022, 15’17” – Araguari, MG
NOS BRAÇOS DA SAUDADE
Olhando pelas gretas do passado
Que já se foram pelo tempo afora
E tão recente me é aquela aurora
Que chora o sentimento. Povoado
De recordação. Ó gosto salgado
Que escorre do suspiro e implora
Os momentos idos, já sem hora
Cheios de memória e significado
Ah! dias meus que se foram, traste
Deixaste doce emoção, guardaste
A sensação do que foi a jovialidade
E resta-me agora, apenas recordar
As várias estórias e nostálgico pesar
Cá a reviver, nos braços da saudade.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 novembro, 2023, 15"43" – Araguari, MG
*paráfrase Sá de Freitas
A vida só vale a pena quando a vivemos de tal forma que, ao olhar para trás tenhamos motivos para recordá-la com saudades.