Tag profundo
Você sabia que a depressão é que nem uma sereia?
muitos caem no seu canto encantador, porém quando você chega muito perto ela te afoga no mar fundo e vazio
Apesar de a neve estar embargando seu coração agora, sua essência ainda está orientada para o sol que dissolverá a neve no momento que você abrir a porta de lá dentro. Eu sou a lua, você é o sol, eu sei que não podemos existir ao mesmo tempo, mas quando o eclipse engendrar, segure minha mão.
Sou um demônio do tipo desesperado, um desespero mais profundo do que o mais profundo oceano escuro.
As esplanadas enchem-se de gente, os invejosos parecem doutores de filosofia e a maledicência tem ares de debate profundo.
Coisas que não entendo.
As coisas que não entendo,
Em vãs empresas, são boas;
e, assim as compreendo.
O ato de não entender,
às vezes traz, ou não,
calma a esta alma solitária.
Como se preso fosse
retido no meu ser profundo,
que insiste em querer,
abrir portas e se ver.
Talvez nas marcas do rosto.
Talvez no amargo desgosto.
A porta aberta, escancarada,
nesta longa jornada,
em detrimento do entendimento,
nenhum discernimento.
Desejos e paixões.
Desalento.
A vida interior é uma experiência evidenciada pelo fundamental de encontrar a si mesmo. Não há quem tire o que foi construído com bases sólidas da experiência e busca constante de conhecimento. Os galhos se vão, as raízes sempre ficam em árvores com sustentação.
Eu queria falar, mas já nem sei o'que transborda tanto
Eu queria voar, mas às asas já pesam tanto
Eu queria cantar, mas minha voz já se desgastou tanto
Eu leio, escrevo
Tanto
Uma mente perdida em meia à tantas referências
Proucurando seu próprio canto
Versão, visão
Quero tudo além de uma canção
Além de palavras que falam tanto, soando tão importante
Mas não o suficiente para essa mente tão insuficiente
Além de atitudes, que marcam tanto
Desejo morar nesse verso
Nesse silêncio que se torna tudo
Paz e poder
Sonhar e vencer -o que?- .
03:11
10 de fev de 2020
Socorro, estou flutuando
Eu não sou da "pegação"
Eu quero afeto
Profundo e reto
Eu me apego
Pra esgotar os sentidos
Quero que se importem comigo
Ouvir da mesma pessoa
Palavras virgens pr'os ouvidos
De tanto conhecer
Acertar a próxima frase
Ou gesto
Tanto como
Me surpreender com o que vêm
Eu sou do profundo,
Meu produto é saudade
Forte, que arde na falta
Não tem nada pra uma noite
Sou cientista da relação
Vou inventar todo dia uma razão
Em que queira ficar comigo
Em que faça mais sentido ficar
Do que não.
Quantas vezes caminhamos lado a lado?
-Todos os dias meu amor....
Desde que me sou vida e entendo as palavras
que definem este âmago profundo do meu ser
em que sou tanto e tudo, quando não há mais nada
para ser fora de mim.
(Alice Vaz De Barros)
É o amor que me conduz, força linda poderosa que toma conta de tudo, água tranquila serena, espelho que reflete o rosto encantado por ser tão belo esse sentimento.
O amor muda tudo, deixa tudo mais cheio de luz e de cor.
Então caro poeta, deixa-te envolver por essas profundas águas, que te levaram ao paraíso, e escreve-as em teus lindos poemas, tuas linhas sagradas, como só tu sabes fazer.
Íntimo, intenso, profundo, belo e triste... e nessa arte de poetizar a vida; a morte, a dor, paramos para observar; sentir, tentar entender, meditar, tomar alento e depois; depois prosseguir. Há quem ignore que só compreendemos os sinais, quando já é tarde. Difícil é sentir na pele e não ter mais o abraço.
Quem compreende de fato a vida, está com ela, está nela desde o mais alto do cosmo ao mais profundo abismo.
Meus pensamentos
A essa hora meus pensamentos voa,
E no silêncio da madrugada apenas ecos se pode ouvir...
Ecos barulhento e dispersos pelo vento,
Que me faz acreditar que seja um caos eterno.
Fica uma confusão em minha mente, como se houvesse uma grande multidão aqui, o incrível é que não há ninguém ali, muito menos aqui.
Há somente eu, apenas eu! Que no meio desse vazio se perdeu em pensamentos, e agora anda a espera de uma luz que conduz.
Conduz essa angustiante solidão. Conduz a não deixar esses pensamentos pairar em minha mente. Conduz a levar tudo isso para bem longe desse quebrantado coração.
Preciso mim ocupar, sair dessa vida fria, e refazer tudo o que está por um fio.
BREU PROFUNDO (soneto)
Em cada estrela no céu a palpitar
Na imensidão do breu profundo
Me sinto agora em outro mundo
Quase sem ruído, tudo a silenciar
Noite. De um negror moribundo
O veto proceloso na greta a uivar
E o sonho sem ter como sonhar
As horas mais lentas no segundo
E a voz da solidão no abandono
Que nas sombras se escondem
Azoado, sinto o hálito do sono
Minha alma tal como um refém
Devaneia na saudade sem abono
Na escureza velando por alguém
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 19’29” - Cerrado goiano
Pensamentos
Madrugada sórdida, eólica e pródiga,
que me vejo sem paz.
Canção melancólica, alcoólica,
e sempre tão sem graça,
que cada lembrança traz.
Mas quem pudera um canto garrido,
que traga o sorriso, isento de,
machismo, feminismo, eufemismo,
livre até mesmo do “ismo”,
inventado por idealismo,
tais “sapiens evoluídos”,
que o canto não os toca mais.
Tenho mais perguntas do que respostas,
um questionador repleto de propostas.
Guardando para si, por não haver debate,
apenas lados e falta de honestidade.
É evolução ou retrógrado,
é idiotice ou monólogo,
todos esses pensamentos,
que me privam de sentir do ar.
Apesar de sem sentido,
não deixa de ser eólico,
o vento traz males e bens,
carregando as energias,
no desequilíbrio do vai e vem.
Em uma noite gélida, calma como o mar, nos banhando pelas luzes da cidade. Olho para o céu e não vejo a lua. Embora nao tenha uma nuvem no céu, elas ainda se escondem. Assim como nós, o falso brilho nos apagam. E eu me questiono... Aonde estarão as estrelas?
Desperto contra meu próprio olhar
Entre as brasas frias de um sonho
Queimando no céu com ínfimo pesar
Fugindo de um semblante tristonho
Em situações de conforto traiçoeiro
Meu cérebro encontra suas ruínas
Entre as gélidas garras do nevoeiro
E na distância de uma voz trêmula
Meio ou totalmente ofuscada
Tento me erguer perante à flâmula
Envolto em sua bruma dourada
Em pisos de vidro num jogo mental
Cegado por seu olhar sorrateiro
Me encontro em um desejo carnal
Entre eu, eu mesmo e o nevoeiro
Agora sou um corpo que navega
Em um riacho vivo em tormenta
Dedilhada em uma onda incerta
Confundido em cinza e magenta
Navegando por sóis em inércia
Ordenado por lascívia e desejo
Despejado em escárnio e covardia
Me encontro no calor de um beijo
Abaixo de uma lua outrora fria
Flutuando no tártaro do nevoeiro
PINGOS DE SANGUE
Às vezes me deixo magoar
Por pessoas insignificantes
Pessoas que juram amor
De maneira apedrejante
As perguntas sobre meu avesso
Parecem óbvias aos meus olhos
E não conheço uma resposta
Que satisfaça meus anseios
Mas sou poeta, sou poeta!
Posso me transformar no que quiser
Por ser poeta sou profundo
Sou pobre, sou rico, sou imundo
Mutações são necessárias
Quando há insignificâncias
Que perturbam a mente
Talvez o que me incomoda
Esteja na importância dada aos fatos
E há uma força incrível
Que me mantém de cabeça erguida
Mesmo pingando sangue.
O verdadeiro amor não cobra correspondência porque em sua sabedoria enxerga que a reciprocidade se dá na medida em que se desperta do sono profundo das ilusões.
A vida é como águas profundas. A maioria apenas conhece a superfície, poucos mergulham mais profundo... e haverá sempre um mundo ignorado por nós.
Beleza para mim é algo mais profundo, que vem de dentro para fora.