Tag poesia
Tão bonita...
Uma folha seca caiu
do pé de romã
do jardim
Ela partiu
Sua alma voou
transladou infinitos...
Tão bonito...
A folha secou
misturou-se ao húmus
do solo, deu brilhos às
pétalas de rosa do jardim,
brilho de carmim
Ela virou estrela.
Foi iluminar a constelação
de pégaso.
É o astro de maior grandeza.
...Tão bonita.
O amor é relativo ... Possui várias interpretações e nuances.
As vezes está tão perto e sequer enxergamos, mas ... se não enxergamos é porque não o queremos como está!
O amor pode ser apenas poesia!
Porém, o que vivemos em busca, ou no dia a dia é muito mais intenso e profundo!
É um amor que quase não rima com poesia, mas que vem com toda intensidade!
Minha epifania
Minha epifania
Minha fina sintonia
Meu âmago
Meu encontro
Não sei se te conto
Minha descrição indescritível
De algo que aconteceu,
De algo tão sensível
Minha epifania
Minha tênue linha
Algo tão singelo
Que só eu sei
Algo sem lei
Algo que não posso dizer
Minha epifania
Que pode ser com o Senhor
E com meu amargor
Ou comigo mesmo
No dia que percebi
De tudo que se passou
De tudo que perdi
Esta é minha epifania
Algo que não vou te contar
Algo que passou na vida minha
Quando você foi embora você não levou apenas parte de mim junto com você,
Você fez questão de levar minha inspiração de escrever,levou a pureza de ver beleza em tudo por mais simples que fosse.
Levou com você a emoção dos filmes,a magia dos livros,o ânimo de vida a mais.
Mas de coração eu espero que nunca lhe aconteça de alguém me prometer a mão mas nunca lhe enxugar as lagrimas com ela
Ser amigo é...
Dividir um sorriso
Viver juntos mil aventuras.
Ser amigo é poder sempre contar
com uma mão estendida
um ombro para chorar
Um coração que pulsa junto
e sonha contigo
Na mesma vibração.
Ser amigo é ter o peito aberto
e andar na mesma direção,
mesmo que estejam separados.
Ser amigo é
amar em total sintonia
E guardar o amigo nas tábuas do coração.
Paula Belmino
Há poetas que dizem escrever poemas psicografados.
E quais poemas não o são?!
... Quando não descrevemos nosso próprio inconsciente
descrevemos o inconsciente do outro que ousamos
fingir que conhecemos
Poesia e psicanálise.
Bela parceria!
EXCETO POESIA
Compara a poesia à tudo!
À filosofia
À psicologia
À teologia
À metafisica
E até à ginecologia
( leio muito disso por aqui)
Só não a compara à razão.
Poesia foge à qualquer tipo de razão
Tira os passarinhos dos versos
As borboletas dos jardins
O sol ou a ausência dele na janela da moçoila
e logo não haverá nada.
Não poderá haver nada
Ou melhor,
poderá haver tudo,
exceto
poesia.
Dois ônibus freiam lentos
e a gente dentro se imobilizou, atenta.
Eu buscava um afeto magro para aonde fora
e voltei de mãos vazias, com sons mais vazios nas mãos.
Cantem as ruas de medo
a noite calada é de fato cínica, dúvida, e o corte no céu foi profundo!
Contei cidades, bilhetes de ônibus, pequenos pães-de-queijo
peço que mantenha-me acordada a vida, ao menos,
e uma fileira de portas de padaria pichadas
tantos nomes lá, incluindo o meu próprio
sobre os filetes amontoados de retângulos cinzas.
Aos olhos de todo pobre homem, o mundo é excasso de riqueza, pois o pobre homem só enxerga o que deseja.
Trilhando nosso caminho,
cada um de nós seguimos
em passos firmes sobre pedras
ou em suaves tapetes de ilusões,
sem nunca esquecermos que junto
vão realidades, algumas difíceis de transpor,
mas que essa trilha seja
desenhada em sentimentos bons,
sob a luz do amor
Conseguimos abrir um portal
Transpassando níveis de imaterialidade
Ou somos uma simples arquitetura
Resumidas num retrato mais tarde
Como se fossemos troféus da morte do ego?
Sabe por que a fofoca existe? Há pessoas que usurparam tanto a vida alheia que tornaram-se altamente estranhas de si. Assim, a única maneira de não ter que encarar o próprio “eu” é perambulando a existência do “outro”.
Um som de dois sentimentos, uma emoção de único acorde. Simples como nossa pulsação involuntária, uma emoção incontrolada, um pensamento em branco pronto para ser colorido.
SEUS OLHOS
Embalam-me a alma de ternura
Elegância que acompanha minha trilha
Vejo neles reflexos de fadas que nunca ouvi
Em seus olhos as vi
No vagar do tempo
Vejo um fio de água descendo do seu rosto
Numa pisca já vão mil tristezas num só momento
A dor de todos os tempos
Levam-me à dejavu,
Os seus olhos negros
O encanto que reconta os seus contos
De mil maneiras de amar os outros
Triste é esse silêncio nos seus olhos
Empalidecendo seus lábios no seu semblante
A sua voz muda, gritando sua dor no augi da alma
Triste é sua dor, no silêncio dos seus olhos.
Ah! Não Posso
Se uma frase se pudesse
Do meu peito destacar;
Uma frase misteriosa
Como o gemido do mar,
Em noite erma, e saudosa,
De meigo, e doce luar.
Ah! se pudesse!... mas muda
Sou, por lei, que me impõe Deus!
Essa frase maga encerra,
Resume os afetos meus;
Exprime o gozo dos anjos,
Extremos puros dos céus.
Entretanto, ela é meu sonho,
Meu ideal inda é ela;
Menos a vida eu amara
Embora fosse ela bela.
Como rubro diamante,
Sob finíssima tela.
Se dizê-la é meu empenho,
Reprimi-la é meu dever:
Se se escapar dos meus lábios,
Oh! Deus, - fazei-me morrer!
Que eu pronunciando-a não posso
Mais sobre a terra viver.
Os crus dissabores que eu sofro são tantos,
São tantos os prantos, que vivo a chorar,
É tanta a agonia, tão lenta e sentida,
Que rouba-me a vida, sem nunca acabar.
Não queiras a vida
Que eu sofro - levar,
Resume tais dores
Que podem matar.
E eu as sofro todas, e nem sei
Como posso existir!
Vaga sombra entre os vivos, - mal podendo
Meus pesares sentir.
Talvez assim deus queira o meu viver
Tão cheio de amargura.
P'ra que não ame a vida, e não me aterre
A fria sepultura.
E as dores no peito dormentes se acalmam.
E eu julgo teu riso credor de um favor:
E eu sinto minh'alma de novo exaltar-se,
Rendida aos sublimes mistérios do amor.
Não digas, é crime - que amar-te não sei,
Que fria te nego meus doces extremos...
Eu amo adorar-te melhor do que a vida,
melhor que a existência que tanto queremos.
Deixara eu de amar-te, quisera um momento,
Que a vida eu deixara também de gozar!
Delírio, ou loucura - sou cega em querer-te,
Sou louca... perdida, só sei te adorar.
"Última Poesia"
Certa vez, eu à amei... Embora o sentimento tenha durado enquanto tolo eu era, fui feliz.
O tanto que chorei... É justificável por um rio que outrora seria um poço, mas ampliar-se com as lágrimas escorridas de meu rosto.
Aquela tão boa garota não passava de ilusão, desejava que ela fosse perfeita, como a havia criado em minha imaginação... O erro foi feito; desculpar-me talvez deveria, mas não há tempo, lamento, será esta a minha Última Poesia.
Vento, vento, de onde vens?
estás sempre ao meu redor,
que segredos trazes em teus lamentos,
seriam saudade de algum amor,
ou canseira de viver tanto ao relento,
arrastando folhas e mágoas
de quem te percebe e dá valor?
