Tag personagem
Não estou na vida pública para encenar um personagem, e sim para bem representar a gente do meu Pio IX.
Critique o filme, mas não critique o personagem, já que para viver a minha história tem que ser artista.
É injusto comigo. Talvez a injustiça seja uma personagem coadjuvante na cena do amor. É injusto você simplismente chegar, achar que tem o direito de bagunçar meus sentimentos, provar a inadimplência das minhas verdades e me tornar um incurável dependente das suas opiniões, suas crises, seus sorrisos, e ainda mais do seu "eu te amo" de um amor incoerente, inexistente até certo ponto, ou em todos os pontos. É uma injustiça tremenda você fazer alarde para os meus erros, sendo que todos eles são cometidos em seu nome, numa tentativa igualmente frustrada de lhe chamar a atenção. Injustiça maior ainda é você me ter, eu te pertencer, ser vassalo de suas vontades e de prazeres que eu nunca poderei saciar. Quem diria que, de tanta injustiça, meu maior crime impune seria te amar assim, com tamanha imprudência e sem nenhum código penal pra me impedir de te querer descaradamente. Eu deveria não querer te querer assim, mas já aceitei que a vida é mesmo injusta.
Minha personagem...
(Nilo Ribeiro)
Não posso versar o amor,
não posso poetizar o prazer,
não posso rimar a dor,
mas não posso deixar de escrever
este é o meu dilema,
a poesia me sufoca,
mesmo não tendo um tema,
ela pouco se importa
porque não o amor,
porque não o prazer,
o vento não está a favor,
não tenho mais você,
mesmo assim preciso escrever
vou criar um personagem,
mostrar minha outra faceta,
uma mulher que parece miragem,
pois é a mais bonita do planeta
pronto, agora a poesia tem dona,
ela tem uma direção,
vai para a mulher que aprisiona,
que arrebata meu coração
para ela vai a minha palavra,
para ela vai a minha lira,
em troca não quero nada,
quero apenas entregar minha vida
para personagem que criei,
dou tudo que ela quiser,
para ela até palavra inventei,
para que seja a minha mulher
uma estória que começou vazia,
absolutamente sem teor,
se transformou em poesia,
um lindo conto de amor
para você o poeta dedicou...
Meu segredo de viver razoavelmente bem na escola: é o fingimento! Sou o melhor dos hipócritas, só assim me sinto livre, porque posso me esconder na personagem que eu quiser.
O ruim de ser um "personagem" é que você terá sempre que estar disposto para atuar
independente da cena, plateia ou ocasião, sempre irão esperar seu "espetáculo" e claro
pagarão bem pelo ingresso
Só quero ver quando o filme acabar...
Somos sempre mais um personagem vivo de um de nossos contos ilógicos, fantásticos e imaginários do que um resultado mau fadado, um mamulengo mau confeccionado com tantas coisas redundantes e retorcidas que impensadamente colocamos por tempos dentro da gente e que uma hora enfim, não temos mais um bom lugar dentro de si, para guardar. Então contracenamos com a vida por mais realista que seja.
O amor chegou em uma tarde de inverso — ou era primavera! Não me lembro bem. Aqui no espaço a gente não tem muita noção de calendário. Ele chegou e foi se assentando perto da lareira. Perguntou-me se já o conhecia pessoalmente ou só tinha ouvido falar. Respondi que algum tempo atrás eu o tinha visto de longe.
— Foi rápido — disse. Você sorriu para mim e passou como um vendaval.
Falei ainda que aquele sorriso havia me provocado um turbilhão de pensamentos e que imediatamente cai doente de paixão por uma pessoa que sorria igual. E que até guerra eu havia declarado por aquela paixão.
O amor me olhou com cara de quem não gostou do que tinha ouvido. Seria ciúmes da paixão ou realmente o amor era da paz? Aí eu disse para ele ficar tranquilo porque isso já fazia tempo e eu tinha me curado da cegueira da paixão.
— Ainda bem — disse ele se ajeitando próximo ao fogo. E de olhos cansados, ainda sorriu lindamente: — É porque sou muito ciumento, se é isso que você quer ouvir. E adoro guerras também...
Percebi que o Amor também tinha senso de humor. Não era aquele sentimento chato que eu achava que conhecia. Era tímido. Educado. Distraído, mas de uma inteligência de outro mundo. Falava doce e de vez em quando, gargalhava-se, trazendo todas as estrelas para dentro de seu olhar. Ficou a tarde toda comigo conversando, sorrindo e dizendo poesia. Isso mesmo, o amor só fala em poesia.
Leandro Flores
Julho de 2013
Por se tratar de uma linda existência em várias versões, no âmbito humano, pode-se dizer seguramente que muito engana-se quem pensa que a conhece de fato, pois cada uma delas tem suas próprias emoções, seus aspectos e distintos significados, ativas em diferentes ocasiões, usando a que achar necessário de um jeito espontâneo.
Romântica sonhadora, às vezes, uma de época, em outras, uma da atualidade, mostra uma postura discreta, mas também uma mais atrevida se houver necessidade, podendo ser reservada ou espirituosa, desde que esteja onde consegue ficar à vontade, seja só ou com as pessoas a sua volta, demonstrando sua verdade.
Mulher profundamente interessante, que prende com facilidade a atenção semelhantemente a uma rica personagem de um bom livro de romance, que ama com vontade, é esperta, possui coragem, é engraçada na dose certa, agindo durante a sua história com muita espontaneidade, uma alma intensa e aventureira.
De uma mente profundamente criativa,
uma personagem linda e inspiradora felizmente ganhou vida
e trouxe com ela, lindos cenários
que coloriram muitos pensamentos
de sua amável criadora,
alguns diálogos sem palavras,
mas repletos de sentimentos,
uma interação, de fato, transformadora.
Foi ficando cada vez mais viva
ao ponto de transcender
os limites de um belo quadro,
pois sua presença até hoje
não passa despercebida,
uma natureza enriquecedora
de bom grado
com sensações agradáveis
tão expressivas que geram entusiasmos.
Quando a arte ganha vida,
sentimentos verdadeiramente intensos foram aplicados
numa medida autêntica,
típica da sensibilidade de artista
que tem o seu amor externado
de maneiras distintas
com muito primor em cada traço.
“Quanto menos você se identifica com o personagem (Ego), mas livre sua alma fica para expressar suas verdadeiras cores (Ser)”
O advento da internet em todo planeta propiciou o crescimento marginal de uma maior população de personagens e pseudo profissionais do que o cadastramento natural e oficial de trabalhadores e de pessoas.
