Tag onda
Um barulhão, uma confusão
Na minha cabeça os pensamentos... em turbilhão
Tirando tudo do lugar...
E você fala que fala...
E eu sem força de pedir pra parar.
Suspiro baixinho...
Imploro o fim desse redemoinho.
Só quero tudo de volta no lugar certo naquilo que chamo de meu cantinho.
Eu só queria era ouvir o barulho do mar
Trazendo as boas lembranças de um tempo que lá atrás ficou
Eu só queria que uma onda do mar
fizesse o que é sua rotina fazer: apagasse toda as marcas recentes
limpasse pra sempre a minha mente
fizesse tudo voltar a ser como sempre
colocasse tudinho, tudinho no seu devido lugar.
Amanhã eu só vou ficar à beira do mar
A onda certinha há de chegar
Foste, mas voltarás
Vejo meu sorriso lentamente a naufragar.
Águas revoltas a me cercar.
Um passado, com histórias tão lindas pra contar...
Vão acabar no fundo do mar.
Um adeus (in)esperado
Meu mundo acinzentou.
Uma onda que do mar veio
E teu nome da areia apagou.
Há uma imensidão de mar à minha frente.
Uma imensidão de céu a me cobrir.
Esperança tenho: ainda vou muito sorrir.
Espero que descubras bem rápido que embora não eras pra ir.
No teu Porto
Por que me olhas assim?
Não vês? Sou um barco à deriva...
Qual é a tua satisfação
se eu for engolida pela imensidão?
Imensidão do mar...
imensidão das trevas
imensidão da dor
é para tais caminhos que tu me levas...
A quem queres mentir?
Não vês nos meus olhos a agonia
de ir afundando pouco a pouco
um pouco a cada dia?
Por que me roubas dos bolsos o meu pouco de alegria?
Ajude-me a desatar os nós…
todos os nós...
Seja meu Porto seguro
e asseguro... o resultado será bom.
Deixaremos o vento soprar,
a maré nos levar,
a onda balançar,
tudo o que é ruim que está por perto pra bem longe arrastar.
Se a vida é como as ondas do mar: tudo que vai volta, então crie ondas de coisas boas, que elas voltam.
O tamanho da onda é como se fosse o tamanho de nossa coragem. Conforme a onda vai ou volta são os momentos de decisão, se seguiremos adiante ou não. E melhor, saber recuar quando necessário.
Hoje eu só quero a leveza de um dia de sol, o vai e vem das ondas acariciando meus pés e o vento morno de outono embaralhando o meu cabelo.
Entre uma onda e outra
Quis me abrir como uma flor e exalar o melhor perfume que pudesse te oferecer
Me vesti de estrelas; te dei abraços casa; te ofereci sorrisos bobos, soltos e leves; te ajudei a mergulhar um pouco mais fundo na ousadia e tentei te fazer viver um sonho seu
Fui falante, extravagante em toda forma de ser
Me despi pra você e te dei eu, o eu profundo, o eu absoluto
Nunca fui boa em superficialidades, aquelas de encantos breves e beijos com sabor amargo
Você... você se fechou, se limitou a não mergulhar mais profundo
Acabei te perdendo entre uma onda e outra
É que enquanto eu estava no mais profundo, a onda te alcançou na superfície.
vts - 30/03/2019.
Promessas Vazias
Preciso entrar nesse teu mundo de cabeça para tentar entender o que realmente está se passando. Nada até agora foi esclarecido. Tudo teve um significado sem muita importância. Uma onda que começou turbulenta e foi se desfazendo naturalmente. Por assim ser, nada ficou definido. Nada. Foi uma sucessão de palavras ao vento. Apenas palavras e nada mais. Não teve uma ação qualquer que levasse adiante essas promessas vazias. Só o tempo poderá me dar as respostas que espero. Só o tempo. Ninguém mais.
O QUE JOÃO ME CONTOU
João pescador assim me falou:
A maior boniteza que tem pra vê,
É quando a onda bate no mar e beija a pedra na areia.
É como se aquela beleza toda fosse pra avisar,
Que a onda nasce da água e pra ela vai voltar.
Mas também tem outra coisa, que mais formosa não há.
Até me fogem as palavras de tanto admirar.
É quando no mar, eu vejo os olhos de uma moça,
Feitio de estrela que não cessa de piscar.
Então eu fico confuso, sempre a imaginar.
Pro sinhô que gosta de estórias, eu lhe posso contar.
Já pensei em ajuntar a onda, com os olhos do amar.
Fiz até uma promessa, que vivo a suplicar.
Quando minha hora chegar,
Esperem a noite alta e me joguem inteiro no mar.
Vou virar mistura de lama, coberto de calcário, envolto de sal,
Para nascer como pedra, estendido a beira mar.
Então, nem queira saber, que alegria será,
Eu me vivendo banhado de ondas, a relembrar,
Toda a vida que viceja, quando se descobre um olhar.
Carlos Daniel Dojja
- Em homenagem a João que já virou Pedra no Mar do S
"....Fiz até uma promessa, que vivo a suplicar.
Quando minha hora chegar,
Esperem a noite alta e me joguem inteiro no mar.
Vou virar mistura de lama, coberto de calcário, envolto de sal,
Para nascer como pedra, estendido a beira mar.
Então, nem queira saber, que alegria será,
Eu me vivendo banhado de ondas, a relembrar,
Toda a vida que viceja, quando se descobre um olhar...."
Fragmento Poema O QUE JOÃO ME CONTOU
- Em homenagem a João que já virou Pedra no Mar do Sul
Dos meus Arquivos
Das jornadas em claro
E é claro que foi nessa luz
Dentro de mim que encontrei a saida
Nunca me perdi para que me encontrassem
Livre de naufragio
Construindo meu barco
Me fortalecendo ao remar
Sei que nunca seria fácil
É preciso se afogar
Para aprender a nadar
É como ser sereia
E aprender a andar com as próprias pernas
Tão fortes
E eu,terna,de mim
Onda, mar, tempestade
Dos meus Arquivos
Saudades
Tipo ilha
Eu encaro sozinha
Ancorei em mim
Para me permitir
Ser completa,ser a minha própria peça que faltava
Sou quebra cabeça
Eu sei me desmonto
E sozinha, me permito me montar inteira
FORA DE SÉRIE
Existem muitas coisas estranhas
É preciso um impulso na pista
Pra saber se o voo deslancha
Um rio infestado de piranhas
Vai corroendo sonhos da lista
Rastros do estrago ficam em mancha
Saber levar as coisas na manha
Sem a culpa de um egoísta
Bem escolher a onda e a prancha!
DIMO
Dentro de ti uma bomba
E tsunami é a onda
Levando tudo por terra
Não interessa quem berra
És um amigo que estimo
Reencontra sempre o caminho!
Onda de calor - (no cerrado)
No cerrado, o sol referve, em fulgor ardente
As copas dos pequis, na nuance estorricada
Tortos galhos nus. E a planície descalvada
Escaldado sertão, pela, a sensação da gente
Não há sombra, poeirento chão, céu luzente
Desmaiado vento e, o mormaço pela estrada
Buritis de braços abertos, geme, dita fadada
Súplice quentura, o purgatório sofregamente
E, inflamado, sussurrante, e tão inconstante
Ofega, quase sem querer, sem ter vontade
Para enfrentar, bravamente, o dia torturante
No prado corre o suor, ressumado, tom maior
E nesta verdade um rogo suplicante, piedade!
O cerrado, encalorado, arde na onda de calor.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 setembro, 2023, 16’54” – Araguari, MG
A onda do mar faz virar o barco dos arrogantes, enquanto que a dos sábios empurram o seu barco para a terra firme.
Muitos ficam na onda do passado, empurrando a preguiça mental com a barriga, enquanto outros milhares estão na onda do presente se esforçando mentalmente por conhecer, comunicar-se e se relacionar mais, para serem recompensados pelas ondas que virão do futuro.