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"Pena que os túmulos mintam ou, no mínimo, omitam. Se contassem a verdade, permitiriam que os mortos fossem professores dos vivos: 'Aqui jaz uma besta que pagou com a vida para aprender a não ser otário'."
("Eu matei JK". Editora Pandectas)
O maior milagre não é ressuscitar quem está morto. O maior milagre é quando os vivos morrem! Mateus 16.24-26.
Honramos os mortos contando histórias e mantendo vivo o “wailua” deles, o espírito deles, com “aloha”.
Vida e morte estão entrelaçadas em uma mesma sinfonia. Ambas são somente passagem e não estado definitivo. Quem se foi ainda está em algum lugar e em nossos corações.
Soraya Rodrigues de Aragão
A qualquer momento, ele vai dizer que é amor
Você nunca chamou isso do que era
Até estarmos mortos e enterrados
Dizem que, quando alguém morre tragicamente, seu espírito permanece algum tempo no lugar onde morreu. E às vezes, por alguns segundos, os vivos podem sentir os mortos que um dia amaram.
Fazer ou praticar algo irrelevante e tão pertinente quanto aguar e colocar uma planta de plástico pra tomar sol!
" Vivi uma guerra. Vi camaradas e amigos mortos por balas e minas.
Sei hoje de mortos sem tiros disparados nem bombas destruidoras.
Viver é aprender… "
Não há papel que conte a minha vida...
Eu caminho por eles...
Eu sei que há diferenças
E ainda bem que as há...
O meu desejo canta...
Onde estás?
O vento levará os meus sonhos?
A noite cai de bruços...
Como existir esquecimento ?
Mas o que vejo?
A luz escurecer...
A amargura de olhar e não ver...
O ter e o perder...
Vago dia após dia...
Estranha quimera...
Estranhas fantasias?
Quais ruas escutam meus passos?
Quais estradas colhem meu olhar?
Aos solavancos do destino...
Onde estarão aqueles que me embriagam de calafrios?
Os ventos recolheram...
E diante de mim...
Até as estrelas emudeceram...
Em mim a vida força sua invasão...
De onde vem a voz que me rasga por dentro?
Sem luz nem eco...
De onde vem esse aperto no peito?
Entro abandonado...
Nesses muitos corações que encontro desavisados...
Mortos aos caminhos...
Por onde insisto e também sigo...
Não quero ser quem sou...
Sandro Paschoal Nogueira
"Sou uma lenda em minha mente; Lá e somente lá, mantenho os mortos, vivos e alguns vivos, mortos; Lá e somente lá, meu navio dos sonhos não ficará à deriva e chegará ao seu destino em tempo hábil."
Em vez de velar os mortos, ilumine-os para despertá-los — amando os vivos intensamente e inspirando os que estão adormecidos a viver plenamente.
Invocar os nomes de espíritos mortos, gurus, padroeiros e todos aqueles que pecaram perante Deus é o mesmo que acender velas no cemitério para o morto da família e pedir para baixar em espírito em sua casa para ajudar nos seus sofrimentos, aflições e desesperos durante a madrugada.
Nem os mortos são privados do direito de existir, pois até mesmo eles, sempre viveram e sempre existiram nas mais profundezas intimidades da consciência humana.
"Eles só me convenceriam de que eu deveria viver à vida do jeito deles, se me provassem que muitos mortos se lamentam por não terem feito o mesmo."
A vida foi feita para dançar, não para ficarmos parados, meio mortos e meio vivos. Quando chegamos aqui, cada momento se torna uma celebração incessante.
Não se pode morrer com os mortos; o luto é uma coisa, a fome é outra, não deixe a dor lhe consumir, devemos continuar vivendo.
Múmias e zumbis zombam da vida, divagando mortos-vivos pelo mundo, ao contrário dos vivos que, com paixão e propósito, exploram o mundo com a chama da vida acesa em seus corações.
