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Meia noite
Ô excelentíssimo Rei Jesus, o ungido, ô magnífico Mestre dos mestres, ô magnânimo príncipe da paz, é a ti que eu venero, é a ti que eu espero, tão ansiosamente pela sua volta, não sem azeite, com azeite a esperar sua demora clareio em meio a escuridão, meia noite a dentro, é a ti que me separo e aparto do mal, das densas trevas, e na esperança de resgate certeiro que confirmo meu nome no livro da vida.
Poesias Líricas ao Rei Jesus
de maré a maré
você sabe que eu vou
deixo o meu amor
sigo em frente meu voo
pra nunca mais voltar
mas de maré a maré
talvez eu volte pra lá
talvez eu sinta saudade
e na minha meia-idade
eu volte a amar
Sou alguem intenso, a quem emoções a meio termo nunca me satisfazem. Eu não sou um poeta obsessivo,apenas um irônico e despedaçado escritor.
A partir da meia-idade quase todas as pessoas que vamos conhecendo de novo fazem-nos lembrar alguém que conhecemos antes.
Há que se dar meia volta e voltar à razão
O Brasil e o mundo vivem um momento ímpar, e perigoso, muito perigoso, da história da humanidade.
O princípio da autoridade democrática se esvai e valores como dignidade, trabalho, honra, estudo, disciplina, respeito ao semelhante, ao bem público, à propriedade material e intelectual, respeito à criança e ao jovem, direito de ir e vir, gratidão (ah! A gratidão), foram substituídos pelos valores materiais.
Simples assim!
Os interesses menores, que nos voltaram para nossos próprios umbigos, nos tornaram céticos, como diz o Chaplin em seu discurso.
Vou além, nos tornaram amargos! Graças a tanta propaganda, passamos a valorizar a casca, não o interior; passamos a nos deter no contentor, não no conteúdo; passamos a comprar pacotes, não presentes; passamos a dar valor às grandes festas, não às singelas reuniões de amigos; passamos a levar para casa o discurso, não o foco da questão; passamos a comprar o livro pela capa, não pelo escritor ou pelo que escreve; passamos, enfim, a ficar no supérfluo, não nos aprofundando na alma da pessoa que nos fala.
Perdidos nesse emaranhado de ilusões que construímos para nós mesmos, passamos a ver valor nas pessoas “saradas”, homens e mulheres; a ver como companheiro ou companheira ideal, a pessoa que se enquadre no “padrão” que nos foi vendido durante toda uma vida.
Usamos de todas as artimanhas, malhação, emagrecimento, operações das mais diversas, tingimentos e fingimentos, mas não saímos do quadrado!
Assim, “nos enquadramos” em uma Sociedade que se esqueceu como Humana, que se esqueceu como reflexo de um ser maior, bondoso, incrivelmente gentil, incrivelmente amoroso, eterno em sua sabedoria.
O que era para ser complemento passou a ser o principal, e o principal ficou esquecido em um canto de armário, cheio de poeira e teias de aranha, pedindo, clamando, por limpeza e arrumação, voltando, assim, as coisas aos devidos lugares.
Uma vida segura é construída de realidade, de leitura séria, de estudo, de trabalho, de “jogo duro”, de responsabilidade, de honra, de gratidão, não de fantasia!
Perdidos em nós mesmos esquecemos nossas origens, esquecemos que fomos feitos com o que há de melhor no Universo – Espírito, Filosofia, Sentimento e Matéria, um apoiando ao outro na medida certa, e no momento certo.
Esquecemo-nos que Educação não é a imposição de nossos conceitos, não raramente ultrapassados, mas, sim, a arte de se colocar no lugar do outro, de caminhar ao lado, para compreender a fala e as necessi-dades do educando.
Não estamos mais acostumados à bondade, à gentileza, e deveríamos
Não estamos mais acostumados ao “deixa prá lá”, ao perdão, que nos redime e eleva.
Isso é fundamental!
E não estamos mais acostumados à felicidade que, quando alcançada, nos mostra o que é a vida, de fato, nos mostra o que é SER HUMANO.
Esquecemo-nos do que é ser amigo, mas amigo de fato!
E, infelizmente, nos esquecemos dos verdadeiros amigos, nos esquivamos do afeto, nos esquivamos da alegria de uma conversa interminável, de um afago, de um sorriso, de uma dança com a pessoa querida, de uma visita, um almoço com os “velhos”, um convite para um passeio...
Nossos idosos, nossas crianças, nossas mulheres e nossos homens, precisam deste humano.
Nosso país, e nosso mundo, precisam de nosso trabalho, e de nosso grito de alerta, para que as coisas voltem aos devidos lugares.
É preciso, e urgente, que voltem!
Há que se dar meia volta.
No Brasil é tanto bolsa isso, bolsa aquilo... Pé de meia... Que o trabalhador está ficando de bolsos vazios e descalço enquanto as meias sem pares vão sendo jogadas fora!
”A saúde só será alcançada quando compreendermos e respeitarmos o meio ambiente como base da vida humana.”
Já vi poucos trocar seus por meia dúzia, mas, impressionante como muitos trocam seis por um quarto de meia dúzia.
E assim, as meias palavras,
as meias perguntas,
e as meias respostas
fizeram-me sentir
como se eu fosse uma meia coisa.
Não existe meio amor, meia vontade, meia coisa de nada. Existe o tudo, ou melhor não existir nada. Ninguém sofre.
Não tenho crise de meia-idade, já passei por isso. Minha crise atual é colocar a meia no pé, sem ajuda.
Eu odeio, essa gente que se faz de coitada e carente. Veja bem, você não é o primeiro e tampouco será o último a sofrer. Dê meia volta e volta pro colinho da mamãe.
O monstro dentro de mim estava revolto, mas o tranquei bem lá no fundo. Em um abismo dentro de mim, do qual apenas eu tinha a chave.
Suas mãos estavam fixas no volante, como se fosse uma tabua da salvação. E eu em minha mochila, como se fosse a minha.
—Pare de relutar... Não irei matá-la... —Falou lentamente em meu ouvido, com a voz afogada. —Só quero um pouco...
No luar da noite, lá está eu, sufocando em meio própria suor, em um quarto escuro e sem vida, refletindo sobre a boemia da vida e seus percursos, me encontro refletindo no sentido da vida. Caindo a cada segundo em meus mais profundos e perturbados pensamentos, lutando para sair desse quarto escuro no sonho de encontrar uma luz que me guie de volta aos brilhos das estrelas.
00:00
Meia noite, a hora que pode dar tudo certo, a hora que eu posso ser sua, a hora que me dá a chance de segurar sua mão e chamar de minha
