Tag fantasma
Você nunca me olhou nos olhos
Sempre que olho para sua triste eu perco toda a fé em mim. E eu desistiria de minha felicidade para poder mudá-la por seu sorriso, porque sei que você ainda me sente. Sim... Você foi o mais próximo que cheguei do paraíso. Mas tudo que eu posso sentir neste momento é o que você sempre sentiu, que mais cedo ou mais tarde isso tudo irá acabar! E eu não quero sentir sua falta... Eu não quero que o mundo me veja chorar, porque dizem que eu nao tenho motivos pra isso. E quando tudo estiver destruído dentro de mim, eu só queria que você soubesse que você teve tudo que pude ser. Mas já não dá para lutar contra as lágrimas que vem e vão, você nunca entenderá aquela noite... Não sei descrever ao certo o que senti, mas superficialmente vos digo, eu morri ali! Naquela esquina ficaram minhas histórias, simbolizadas por uma cruz abstrata ou pelas suas fortes palavras sobre minha dor. E de todas as vezes que sangrei, apenas foi para saber que estou vivo.
Eu vivi através deste romance para buscar a verdade entrançada sobre todas as nossas mentiras.
E também entendi nesta distancia os motivos que te levaram a me esconder seu olhar. Você já se deu conta que nunca me olhou nos olhos? Nunca!
Peço-te que aguente firme antes que seja tarde, até nos deixarmos pra trás. Não caia, não se abandone, porque por muito tempo estive morto pra mim, e o que poderíamos levar disso... A vida que não foi compartilha ainda. Viva da sua forma e ame profundamente como eu vos amei. Porque acredito que o amor é capaz de nos anular pelo outro, e eu morri pra mim, por nós. Mas foi uma pena você só está ligada se isso era o suficiente pra si, fixada em uma ideia de um amor do passa, transferido como fantasmas que assombraram nossas vidas, dos quais fizeram você nunca me olhar nos olhos.
Ajustado
Sinto pena dessa vida,
que um dia deve se acabar...
Por isso ando tão distraída,
Que acho que nem vou notar.
Foi numa madrugada dessas, sem sono, me levantara para ir ao banheiro quando de repente, no corredor entre o banheiro e a sala me deparei com um ser de outro mundo.
"Quem é você, posso te ajudar em algo?"- perguntei. Depois de um breve sorriso largo e amarelo, ele me respondeu.
"Sim, sou um fantasma, fui enviado para atormentar alguém aqui nessa casa hoje, procuro a Denyse, conheces? sabes em que quarto ela se acolhe?"
"Sei sim, é a minha irmã! Dorme bem alí na frente" - e apontei para o quarto.
"Acho que ela não está"
"Não custa nada tentar" - encorajei-o
"Certeza? Então vou tentar." - concordou ele. E continuei indo ao banheiro, terminei, voltei e passando por ele, o vi batendo na porta, chamava o nome dela bem baixinho com a boca encostada na porta e nada, esperava um retorno dela, batia novamente na porta e nada. Já deitada ainda continuara a escutar as batidas dele na porta, chamava o nome dela bem baixinho com a boca encostada na porta e nada, esperava um retorno dela, batia novamente na porta e nada, virei pro outro lado da cama, e as batidas continuara cada vez mais insuportáveis, primeiro as batidas, depois gritos, depois batidas de novo, depois gritos, gritos, gritos, gritos, choro, choro, grito, batidas de novo, gritos, toc toc, me atende, toc toc, choro, gritos, gritos, gemidos e gritos.
Na verdade, na verdade, meus amigos, quem recebera todo o tormento daquela noite era eu.
Moral: Quem muito entrega também se ferra.
A diferença entre fantasma e assombração?
Fantasma aparece uma vez por mês,
no dia do pagamento.
Assombração aparece a cada quatro anos,
em época de campanha política.
Destru...imos?
Sempre fecho portas entreabertas,
Com medo da invasão de fantasmas,
De monstros escondidos, os meus.
Se ocultar à sombra de uma imagem é no mínimo deixar de ser uma personalidade para ser apenas um personagem. A autenticidade é sinônimo de credibilidade. Apareça...
nao vou mentir
eu esperei por esse momento
como uma mae espera pelo nascimento de sei filho...
mas agora diante de seus olhos me vejo perdida...
frustada como se tivesse tido um aborto de uma crianca programada.
eu tinha uma escolha,
escolhi viver e pra isso tive que te matar...
como pode aparecer agora depois de todo esse tempo..
um feto nao surge no meio da noite chorando,
entao e burrice sua aparecer agora,
nesse momento em que eu tinha certeza que te vi da o ultimo suspiro em minha mente.
Ela soltou uma pequena exclamação abafada de alegria antes que a boa do homem a esmagasse, forçando-a ao silencio. A sua taça da vida transbordava com todo o amor que sentiam um pelo outro. Uma satisfação maravilhosa inundou Diana quando o beijo acabou, e a mão continuou a traçar-lhe o contorno das feições, Meiga e Amorosamente.
Porteiro Fantasma
Autor: DANIEL PERATO FURUCUTO
A Norma, era uma menina tão brilhante, esoberante, estravagante e toda agente admirava da sua postura, das suas atitudes, do seu modo de olhar, pois era um olhar soslaio que deixava toda a comunidade a comentar dela, meia baixinha, forte e sorridente por ai podia ter 17anos de idade.
- As boas aparências convencem todas as pessoas...é, meu amigo. Todos os dias a Norma fazia o trajecto de Escola à Casa assim vice-versa. Os jovens ficam bastante hipnotizados com o lindo visor da pequena Norma, cada um deles queria meter o seu curriculo. Os jovens preocupavam muito em conhecer o cara que namorava a Norma, mas o certo que não podia o conhecer porque ainda não estava na idade núbil para namorar.
Certo dia, apareceu na aldeia um jovem mágico que podia estar em dois meios ao mesmo tempo e de roupas diferentes. Quando a Norma saia de casa para a Escola, cruzou com Nataniel (jovem mágico), de facto aquela menina era uma Luz aos olhos, uma luz viva.
- Bom dia menina, prazer imenso de conhece-la, eu sou Nataniel vim de Bazaruto - disse o Nataniel, com tanta alegria no rosto, lambendo seus lábios e brincando com seus bigodes.
- Prazer é todo meu em conhece-lo, sou a Norma, moro ao lado esquerdo de si, logo no portão verde - respondeu a Norma, apressada com as aulas.
- mais logo conversamos, desculpa - me estou atrasada na escola - replicou a Norma olhando para o Nataniel Fixamente, e de coração irreversível e depois distanciou do rapaz.
- Como encontra-la novamente...! pensou o Nataniel, ficou estático pensando numa coisa que ele mesmo tinha solução. Resolveu embusca-la, ficou na mesma posição até que a Norma voltou da escola e encontrou ele parado naquele local, enquanto já estava em outro lugar.
- Hei...! Que se passou consigo ainda está aqui parado?!
- Não dá tanto valor nisso, era antes de conhecer menina tão linda como você, quando foi embora não consegui mais movimentar daqui, de repente fiquei imóvel - respondeu o Nataniel.
- Se você diz isso, então que fará agora, vai continuar ai parado, estático como se tivesse morrido de pé?
- Se quiser me ajudar para sair daqui, vou lhe pedir que aproxime aqui e toque no meu braço esquerdo e vai para casa. A Norma, tocou lhe o braço esquerdo e foi para casa. O Nataniel desapareceu do lugar, quando a Norma chegou à casa, deixou a pasta e voltou onde estava conversar com Nataniel para ver, se o jovem continuava parado no local. - Ah...! Rapaz mimado- murmurou a Norma, quando viu que o rapaz já não estava no local. Voltou para casa, antes de chegar no Portão, o portão abriu-se, ela ficou assustada e convenceu-se que nada havia acontecido. Ao chegar na porta do seu quarto, a porta abriu-se sozinha e entrou. Todas as vezes que ela quiser sair ou entrar a porta abria-se e fechava sozinha. - que Maravilha, quase todas as portas de casa já sabem que eu quero entrar ou sair, abrem e fecham-se, sem precisar de eu empurrar ou fechar.
Mais as coisas viravam um pesadeiro para ela, como isso sómente podia acontecer com ela e não com os outros membros restantes de casa, conversou com os pais se haviam feito algo com ela para isso acontecer, os pais disseram que não fizeram nada a respeito. Na mente dela, não se lembrava mais de Nataniel.
Um dia quando saia da Escola, como de costume o portão abriu-se e viu uma carta com um presente no portão, eram flores num vaso bonito e a carta dizia: - Oi Norma. Acho que está muito preocupada com tudo que acontece nos ultimos dias, mas não se preocupe que logo vai me conhecer, lembre-se que agente vive em dois mundo de fantasia e real, não procura julgar cada coisa que acontece na vida, senão será mais infeliz. Para terminar a minha escrita, vi - lhe dizer que você é Maravilhosa, se conseguiu encantar meu coração, então consegue lembrar de mim Norma, você não está viver fantasia, mas uma realidade, não sei dizer que amo-lhe, mas meu coração encantou - se por si. Beijos até logo Norma. A menina pegou as flores e correu para o seu quarto muito nervosa, chateada, e as lágrimas enchiam os catetos das suas sobrancelhas, não parava de reler a carta.
Contou para os seus pais, estes disseram que não é possivel que isto aconteça sem ela conhecer o sujeito que está a fazer isso. contou para as amigas, também disseram o mesmo, que ela estava lhes manipular, sabe perfeitamente quem está fazer isso.
- Descobri que há coisas estranhas que podem acontecer conosco, mas as pessoas não acreditam, pensam que está tudo bem...é, não pode estranhar disso.
A menina já estava traumatizada, ninguém acreditava no que ela dizia, os pais levaram ela para estar com os avós em Inharrime.
A história não mudou, sempre que quisesse sair a porta abria e fecha sem ela tocar. Não é possivel fugir um mágico, Nataniel estava a viver com ela todos os dias.
- Olha a beleza atrai muita coisa, não se difere com limalhas de ferro e íman.
A Norma estava descansar na cama, quando acordou viu uma carta, dois âneis de ouro, um par de brinco de ouro e uma bolsa na sua cabeceira, a carta dizia: - Eu devo estar a entender o que está acontecer consigo Norma, não quero fazer lhe chorar todos os dias, aliás, devo me culpar por si, é verdade estou a usar um meio tão complexo para chegar perto de si, você me conhece, não faz nada, deve usar o que estou lhe entregar, não procure a felicidade, nos lugares onde sabe que não irá lhe alcançar, viajou para cá sem me dispedir, entendo tudo isso, na vida tudo acontece, se conseguisse explicar como surgiu o mundo, conseguiria prever o seu futuro, o que existe no mundo apenas são corpos celestiais. Amanhã venha me conhecer na estrada que desvia para a sua casa, logo na madrugada, e estou a lhe pedir para não comentar isso com alguém.
- O medo, curiosidade e ânsiedade são três coisas que se contradizem. A Norma estava curiosa em conhecer o tal individuo que somente conhecia por meios de cartas e fantasias, ao mesmo tempo estava com medo e ânsiosa. - O medo vence tudo que quer acontecer. Ela não conseguiu ir no sitio combinado, Nataniel ficou parado durante toda a madrugada e não viu alguém chegar. Ele sabia que a Norma estava com Medo e também curiosa em conhece-lo.
Enviou-lhe uma voz dizendo: - Se o mal quiser acontecer, não escolhe o lugar, mesmo aqui onde está pode acontecer o mal, por isso não tenha medo na vida, a condição principal para você morrer é preciso estar viva. Venha agora no lugar que eu disse estou a tua espera. Ela saiu do quarto correndo como se estivesse desorientada até aquele lugar, não encontrou alguém, de repente um som esqueiroso disse: - bravo menina...! Sou Nataniel lembra de mim? Viu o jovem aproximando dela, não acreditou no que via e disse:
- passei minha vida bestial, mal que lhe conheci naquele dia eu fiquei sem valor por culpa sua desgraçado...!
- Quís lhe mostrar que a vida não passa duma invensão do homem, as vezes pode viver o que as pessoas querem...e não o que você quiser.
- Porque foi tão grosseiro comigo assim Nataniel, será que lhe fiz mal?
- Nada disso Norma, so vim aqui para lhe pedir em casamento, a sua resposta independe do seu futuro, não tenha medo de dizer o que quiser.
- Antes responda a minha pergunta, porque foi tão grosseiro comigo...o que lhe fiz de errado?
- Brincadeira...! Mas um dia será rica, terá uma casa propria, terá carros, pensões, tudo de bem e não precisará nada de alguém, vou fazer isso por você.
Tudo parencia um sonho, Nataniel foi embora, e ela viu o tal luxo em sua volta.
Massinga
2017/04/02
Nossas vidas foram feitas de erros,
Nos escolhemos o caminho que seguimos até aqui,
Eu queria te reencontrar
Só pra dizer que tá tudo bem
Que eu cresci
E que agora sou mais mulher,
A muito tempo estava pronta pra dizer muitas coisas
E hoje tenho forças para guardar elas pra mim
Não sei se ainda pensa em mim
Mas ao contrário de você
Eu me pego pensando em você todos os dias
Não sei se é costume ou saudade
Mas sei que as vezes me faz chorar
Não me pergunte nada
Eu não vou saber responder
Você acabou sendo o fantasma
Que vai estar sempre aqui
Me assombrando
Não importa para onde fuja
Eu vou te ver no rosto ou no jeito das pessoas
Isso é bem louco
Por que sei que você tá com ela
Ela não é eu, mas te faz feliz como eu nunca fiz
Nos meus sonhos você vem me procurar
Diz que tá tudo bem
Me abraça e me beija
Diz que nada vai nos separar
Mas é só um sonho
Nada disso é real
Ei meu fantasma
Não demos certo
E a culpa é minha
Por querer de mais
Amar de mais
E não saber ser
Mas quer saber
Eramos muito imaturos
Eramos tão inseguros
E quando aprendemos
A ser adultos não estávamos perto um do outro
E quer saber ?
Foi bem melhor assim
Porque se um dia acontecer de você voltar a olhar pra mim
Vamos começar do zero e nada do que aconteceu vai mais existir
vai ser tudo a primeira vez
Primeiro olhar,
Primeiro encontro,
Primeiro beijo,
Primeiro amor...
Todo mundo tem seus fantasmas, a diferença é que alguns os dominam ao invés de serem assombrados por eles.
Porque tem gente que a gente não supera — a gente aprende a conviver com a ausência. Como quem mora com um fantasma que já virou parte da mobília.
Saudade é isso: dançar sozinho com as lembranças.
Com o peito apertado e o coração bêbado de passado.
O Passado não existe,
pois já aconteceu,
mas, ironicamente,
insiste em se fazer presente,
como um fantasma inconveniente
que não percebe que morreu
e fica vagando em pensamentos, lembranças de momentos marcantes por algo bom ou desgastante,
portanto, precisa ser liberto,
pode até continuar visitando,
todavia, só de vez em quando,
agora é o momento do Presente
e o Futuro ainda está esperando.
(página solta, sem data, do manuscrito jamais finalizado)
As paredes não falam.
O teto range.
O chão me reconhece — como se já me esperasse há séculos. E de fato, esperava. Pois sou feito dessa espera.
Sou o vulto que atravessa corredores de casas sem nome. Sou o passo que retorna sempre ao mesmo degrau onde tu, Camille, foste ausência e juramento.
Disse-me o silêncio:
“Ela não virá.”
Mas eu conheço tua forma de vir:
É quando a dor se torna bela.
É quando a sombra assume feição de vestes esvoaçantes.
É quando uma lembrança toca minha nuca como sopro — e não há vento.
Eu sou só.
E isso me basta, Camille.
Porque o que me basta não é viver...
É te carregar onde ninguém mais entra.
Faze em mim a tua vontade.
Se quiseres que eu enlouqueça — enlouqueço com dignidade de mártir.
Se desejares meu silêncio — calo como um sino afogado em cera.
Se queres que eu escreva — escrevo com o sangue dos sonhos interrompidos.
Mas não me peças que te esqueça.
Isso não sou.
Tu és a cruz que não sangra,
o vinho que nunca embriaga,
o leito onde a morte se recusa a deitar-se.
Camille Monfort, minha dama da noite que não amanhece:
Faze em mim tua vontade.
Faze de mim um relicário, um espelho partido, um véu sobre o corpo de ninguém.
Porque, mesmo entre mundos, mesmo no exílio das estrelas apagadas,
eu te amo com a força de quem aceita o destino de nunca ser tocado —
mas de sempre pertencer.
Assim como existem casas fantasmas, no Estado do Rio de Janeiro, temos praias fantasmas. A triste exemplo disto, temos as do Valongo e a do Peixe, local que desembarcaram a maior quantidade de negros escravos no Brasil.
Fantasma da Figueira
A memória do fantasma
da Figueira navegantina
continua mais viva do que antes,
Quem sabe possa ser
o mesmo fantasma
que de Figueira em Figueira,
de cena em cena,
virou lenda brasileira
e também virou este poema.
