Coleção pessoal de miriemo

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⁠"O capitalismo falhou, falha e falhará em cada uma das sociedades aonde ele colocar os seus tentáculos que se baseiam na expropriação e na exploração do homem pelo homem. É isso que nós combatemos!"

Em breve, iremos mais longe e mais depressa do que as nuvens, até o fim do mundo, e depois você me abandonará, Raoul.

Veja, Raoul, esses muros, esses bosques, esses arcos, essas telas pintadas, tudo isso testemunhou os amores mais sublimes, pois aqui eles foram inventados por poetas que se agigantam diante do tamanho dos homens. Diga que nosso amor também vive aqui, meu Raoul, pois ele também foi inventado, e que ele também é, infelizmente, apenas uma ilusão!

...nunca ouvira nada neste mundo de mais suave, de mais insidioso, de mais delicado na força, de mais forte na delicadeza, enfim, de mais irresistivelmente triunfante”.

“Por certas maneiras aloucadas que tinha tido, durante a cena, de me olhar, ou melhor, de aproximar de mim os dois buracos negros do seu olhar invisível, eu tinha podido mensurar a selvageria de sua paixão. Para não me haver tomado nos braços, quando eu não podia oferecer-lhe nenhuma resistência, era necessário que esse monstro fosse metade anjo e quem sabe, afinal de contas, ele não era um pouco o Anjo da Música, e quem sabe ele o tivesse sido inteiramente se Deus o tivesse vestido de beleza em vez de trajá-lo de podridão!”.

Mesmo quando ele não está mais presente, os meus ouvidos estão repletos dos seus suspiros.

O Fantasma da Ópera existiu. Não foi, como muito tempo se acreditava, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores, a criação aloucada de cérebros excitados de donzelas do corpo de baile, das mães delas, das “lanterninhas”, dos funcionários do vestiário e da portaria”.
Frase retirada do Prólogo do livro.

Um pouco de vida na casa dos mortos.

... Para mim, é impossível continuar a viver assim, no fundo da terra, num buraco, como uma toupeira! Don Juan Triunfante [uma música que Erik compôs] está terminado, agora eu quero viver como toda gente. Quero ter uma mulher como toda a gente e iremos passear aos domingos. Inventei uma máscara que me faz ficar com o rosto de qualquer um. Não vão nem virar para trás. Você será a mais feliz das mulheres. E cantaremos só para nós, até morrer. Você está chorando? Tem medo de mim? No fundo, entretanto, eu não sou mau! Ame-me e verá! Só me faltou ser amado para ser bom! Se você me amasse, eu seria doce como um cordeiro e você faria de mim o que quisesse

Ninguém será um verdadeiro parisiense se não souber usar a máscara da alegria quando estiver triste.

A vida é uma ópera, e uma grande ópera. (...)
Deus é o poeta; a música é de Satanás. (...)
O êxito é crescente.
Poeta e músico recebem pontualmente os seus direitos autorais,
que não são os mesmos.

Tenta Esquecer-me

Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma... Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!

O Espectro

Anda um triste fantasma atrás de mim
Segue-me os passos sempre! Aonde eu for,
Lá vai comigo…E é sempre, sempre assim
Como um fiel cão seguindo o seu Senhor!

Tem o verde dos sonhos transcendentes,
A ternura bem roxa das verbenas,
A ironia purpúrea dos poentes,
E tem também a cor das minhas penas!

Ri sempre quando eu choro, e se me deito,
Lá vai ele deitar-se ao pé do leito,
Embora eu lhe suplique:Faz-me a graça

De me deixares uma hora ser feliz!
Deixa-me em paz!…” Mas ele, sempre diz:
“Não te posso deixar, sou a Desgraça!”

Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum — uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que, a minha, que perceba, nas circunstâncias a que me refiro com terror, nada mais do que uma sucessão comum de causas e efeitos muito naturais.