Tag espaço
EQUILIBRA SEU ESPAÇO
É tempo
De refazer as coisas
De preparar a mala
E viajar
Conhecer o mundo lá fora
Ir atrás da aurora
Vendo o sol raiar
De qual lembrança?
De qual embrança vem este som,
que não consigo reconhecer?
Remete-me a algo,
outro tempo,
outro espaço.
Não sei qual,
não sei onde.
Sei que saiu do meu corpo,
habito outra dimensão.
Lá onde recolho saudades,
e planto gratidão.
Lá posso voar,
dançar como se chuva fosse.
E das lamurias sofridas que ouço,
Faço vento, para planar.
Sou pedra,
montanha,
encostas do mar.
Sou lua
Estrada,
E a força de um cantar
Aquele que ouço
Mas não consigo identificar.
Enide Santos 07/11/14
O que faço
com tanto espaço
com tanto tempo
bem que tento
tudo completar...
mas há tanta vida a sobrar.
São 24 horas por dia
eu bem que podia
mais tarde acordar,
ou mais cedo dormir...
ou mesmo no espaço sumir...
Tantas dúvidas me assaltam,
não sei nunca o que fazer
acordar,
dormir,
desaparecer?
"Na dúvida, durma.,"
sem dúvida
é o melhor a fazer
[ e s p a ç o ]
nestas paredes cômicas
vejo:
tijolos,
tintas e pudores
neste espaço que não resido
permanecem meus resíduos...
papéis que represento
dígitos, tinteiros,
máscaras
- comédia -
a descabida e sem medida
liberdade
Amar não é sufocar, aliança não é algema, amar é oferecer ao outro liberdade, respeito e espaço pra crescer e ser feliz.
Era uma vez o ser humano, eram seres que não se entendiam, uns queriam uma coisa, outros outra coisa e no final acabava em guerra. Acabaram também com o planeta que habitavam, sem ter onde ficar entraram todos em um foguete e partiram para o espaço, dentro daquele pequeno foguete tiveram que se entender. Quando chegaram no novo planeta, pensava-se que agora sim tudo seria organizado, que não acabariam com a nova terra... mas isso não aconteceu, mesmo depois de destruir a Terra, continuou a destruir todo o resto. Moral da história: o homem é um destruidor
Alma
Portas abertas
para quem deseja partir.
Novos espaços
para quem decidi entrar.
Janelas escancaradas
para que respirem melhor
aqueles que escolhem ficar.
Se você não cuida de delimitar seu espaço, com toda certeza, facilmente alguém vai cuidar para você...e delimitá-lo de acordo com a conveniência dele...
A legislação não deveria dar espaço para propaganda política a um candidato que disputa reeleição. Se o candidato já teve um período de quatro anos para provar sua competência, por que conceder-lhe tempo no horário político? Quem aprovou o trabalho executado vai continuar apoiando, naturalmente. Este segundo tempo de horário político para esse candidato seria para fazer a mágica de iludir quem até então não se deixara iludir...
Eu carrego o caos dentro de mim. É uma força selvagem que sempre grita por mais espaço, pretendendo me seduzir até tomar o controle. Em minha débil resolução eu a mantenho presa do lado de dentro. Mas há momentos em que tudo o que eu quero é que ela me domine.
Entre passos curtos ou longos, passos. Tamanhos sempre ideais aos meus ideais. Muitos me quer bem, muitos me quer mal, muitos me quer e escolho o que quero. Quero o que é meu, você quer o que é seu, nós queremos. Como na lei da física, nenhum corpo ocupa o mesmo lugar no espaço, nossos espaços não ocupa o mesmo corpo. Eu venço, você vence.
Ao lhe estender a mão, toque-a, há nela somente o calor do meu corpo expressado em um "eu te quero bem". Não posso entrega-la, é com ela que meço meus passos. Não posso medir os seus. Mas porque não dividirmos a mesma trilha? Em passos curtos ou longos, um passará de cada vez, porque dois corpos não ocupa o mesmo lugar no espaço.
Tudo em volta fala. Cada espaço, cada coisa tem uma história. basta apenas compreendê-las e poucos são os capazes de notar.
Me perguntaram:
- cadê você?
Respondi:
- estou aqui.
Voltaram a inquerir:
- fazendo o quê?
Falo:
- vivendo.
Disseram:
- mas você sumiu!
Sorri e disse:
- é que a felicidade precisa de espaço.
Sabendo-se que o espaço e o tempo são entes conexos e inseparáveis, é erro (da necessidade ou ignorância) ou ilusão (da carência) supor que uma fita métrica eufemizará o que o relógio não houve resolver.
O que o amor tira.
Eu queria falar sobre o amor hoje. Pelo menos sobre essa visão tão perdida e estranhamente vivida que eu tenho dele. Eu estava lendo a Marla de Queiroz numa dessas manhãs antes de ir ao trabalho, e ela dizia: “O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora”.
O amor tem seus sintomas. Um amigo está conhecendo uma garota, e sempre que terminam de se falar ele sorri pra mim e diz: “Cara, acho que me meti numa roubada”. Nem presto tanta atenção nas palavras dele, mas no sorriso. O amor é sintomático. Ele tira o nosso olhar sisudo sobre o cotidiano, e nos faz lembrar de sorrirmos mais, nos importarmos mais, nos enfraquecermos. Ele se esgueira em nosso dia a dia extremamente igual, e o torna diferente. É a tinta colorida de um dia preto e branco, e a pitada secreta de anis do meu molho bolonhesa.
Esses dias me disseram: "Depois de tudo que eu amei, eu descobri que tenho um coração de pedra". Eu quase o abracei e disse: “Tamo junto”. Mas estou tentando ser diferente agora. Penso que, ainda assim, o amor faz doer pra lembrar que ainda estamos vivos. Por isso não gosto da “lei do desapego”. Ela não se paga. As mesmas pessoas que têm se declarado desapegadas, no fundo não escolheram isso. Elas não praticam o desapego, são reféns dele. Para elas amar pra valer doeu demais.
Então, eu também gosto do que o amor tira de mim, Marla. Ainda que seja meu chão, ou um sorriso eventualmente. Não somos feitos de pedra para vivermos à sua regra. Pois no curso natural da vida precisamos aprender que o correto nunca será desistir das coisas, mas amá-las profundamente. Porque esse é o paradoxo: Se amarmos até doer, talvez não sobre espaço mais para a dor, mas só pro amor.
O espaço progride sob as coordenadas do esquadro, e o tempo evolui sob o traçado do compasso, porque o compasso é senhor do esquadro.
Se forem constantes as mudanças no mundo e nas pessoas que o habitam, também há de serem constantes as mudanças nos espaços em que estes seres são “ensinados”.
O autoconhecimento é um ciclo que respeita o tempo e o espaço. Acredito que, com a certeza da nossa finitude, toda a nossa força [interior] é redobrada para a descoberta! A certeza da morte é algo vago para muitas pessoas que fogem desta realidade. Precisamos viver bem. Devemos existir e sermos não só sonhadores, mas construtores de nossos sonhos.