Tag crônica
Crônica da Fronteira: Saudades de um domingo qualquer da infância!
Por: Prof. Me. Yhulds Bueno
Era um domingo como tantos outros, mas ao mesmo tempo, único. Acordávamos com o cheiro do café fresco e o som das risadas que ecoavam pela casa. O sol brilhava lá fora, convidando-nos para mais um dia de aventuras. Não havia preocupações, apenas a inocência de viver cada momento intensamente.
Os domingos eram especiais porque a família estava toda reunida. Pai, mãe, irmãos, e a visita tão esperada à casa dos avós. Lá, os tios e primos já nos aguardavam, e a alegria era contagiante. As brincadeiras de rua começavam cedo, com corridas, esconde-esconde e tantas outras invenções que só a criatividade infantil podia proporcionar.
Ao meio-dia, todos se reuniam em volta da mesa grande e farta. O almoço era um banquete, não só de comida, mas de histórias, piadas e anedotas. Cada um tinha algo a contar, e as risadas eram garantidas. Era um momento de celebração, de união, onde cada detalhe fazia aquele domingo ser inesquecível.
Depois do almoço, mais brincadeiras, agora no quintal, sob a sombra das árvores. Os adultos conversavam, enquanto as crianças continuavam a explorar o mundo ao seu redor, sem pressa, sem preocupações. O tempo parecia parar, e a felicidade era simples e pura.
Hoje, esses domingos são apenas lembranças. A saudade aperta o peito ao lembrar daqueles que já não estão mais aqui, dos que seguiram seus próprios caminhos, agora cheios de responsabilidades e deveres. A infância ficou para trás, junto com o colo da mãe, o abraço do pai e a companhia dos parentes que hoje são apenas memórias.
Mas, ah, que bons tempos eram aqueles domingos qualquer. A saudade é grande, mas as lembranças são um tesouro que guardamos com carinho, revivendo cada detalhe em nossos corações.
Prof. Me. Yhulds Bueno
Problemas mentais:
Como doem essas crônicas
não essas doenças físicas ou esses textos infantis
mas doenças mentais, que assolam meu cérebro desde sempre
desde meu primeiro respiro, a dor me acompanha na minha fútil e medíocre existência e vai me acompanhar até o meu último inspiro, por que uma dor crônica não abandona
ela te destrói aos poucos, te leva ao pior estado de ser
o estado do momento de perecer.
O que faz um escritor ou artista eternizar sua arte num determinado formato pré-estabelecido? O que o faz pensar que uma arte vai se tornar poema, ou vai se tornar uma crônica, ou uma música, ou uma simples frase? O que caracteriza que em um momento algo se torne um poema, e não uma crônica por exemplo?
Como posso te amar?
Não posso.
Mas amo?
Acho que não. Espero que não.
Não é medo, é incerteza.
Compatibilidade de almas, incompatibilidade de corpos.
Não é uma miragem vivida,
é apenas uma realidade estendida—
como se o tempo fosse o mesmo para nós.
Mas não é.
Há uma vida de distância.
Talvez mais do que uma.
O que devo fazer em meio a essa realidade assustadora?
Nunca cheguei nessa parte.
Não sei ao certo pelo que me apaixonei,
se é que me apaixonei.
Seria seu riso doce, seu olhar de abrigo,
seu tom de intimidade, sua escuta ativa?
Talvez eu tenha me apaixonado pela forma
como me vi pelos teus olhos—
como se meu coração pudesse bater
e, pela primeira vez,
não houvesse nada de errado nisso.
Mesmo que não seja platônico,
preciso que seja!
Preciso ser como a Branca de Neve,
mas sem o príncipe.
Que ele nunca me beije.
Que eu nunca acorde.
Que isso fique aqui, onde é seguro:
dentro do meu próprio sonho.
Demorei a entender, mas percebi que não é só o mal que passou a ser visto de forma genérica, nossa própria vida também se tornou assim.
Nos acostumamos com o extraordinário.
Algo novo nos encanta nas primeiras três vezes, e depois… vira ruído de fundo.
Nós mesmos apagamos o brilho das coisas.
Antes, ir ao mercado era quase um evento.
As prateleiras cheias, os rótulos coloridos, o frio da geladeira nos dedos, o som dos carrinhos deslizando; tudo era diferente, quase mágico.
Até mesmo a fila era motivo de conversa e expectativa.
Hoje, mal reparamos.
Não se trata do mercado, é claro.
O ponto é que o que é raro nos encanta, mas o que se repete demais, a gente aprende a ignorar.
E à medida que tudo fica mais acessível, mais automatizado, mais rápido… mais indiferentes nos tornamos.
Vivemos correndo.
Sem tempo para ver o pôr do sol, para rir até tarde, para ouvir com calma quem amamos.
A vida virou repetição.
Virou genérica.
E a culpa?
Não é da tecnologia, nem do progresso.
A culpa é nossa, por vermos tudo à nossa volta evoluir, enquanto deixamos nossa alma estacionada.
Esquecemos de valorizar.
De agradecer.
De viver o hoje como se fosse o único.
O tempo é eterno, mas não para nós.
Não para esses corpos frágeis e passageiros.
A vida não é uma fita que se pode pausar, rebobinar ou regravar.
Ela é agora.
E o agora não é o passado.
“A saudade que inventei para não esquecer você” — Análise de um poema de Leandro Flores
“Senti saudade do que nunca existiu.
Beijei bocas que sabiam seu sabor.
Num entardecer calado, fui canção sem ouvinte.
Era amor, mas era ausência — e eu provei.
O vento trouxe teu nome, mas não tua voz.
E a tarde morreu com um verso engasgado.”
Fonte: Leandro Flores – site Pensador e canal Café com Flores
Sobre mim
Oi, eu sou a Valkíria, professora e pesquisadora, e hoje trago um poema de Leandro Flores com um título belíssimo, original e poético:
“A saudade que inventei para não esquecer você | Te amando antes da primeira página...”
Agora minha análise
O poema de Leandro Flores é uma confissão breve, mas intensa, construída sobre a ausência. Logo no início, o paradoxo “Senti saudade do que nunca existiu” traduz a falta como presença imaginada, diálogo direto com Cecília Meireles: “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...” (Crônicas de Educação, 1954).
Cada verso revela a impossibilidade do amor: beijos que não preenchem, a canção sem ouvinte, a dor provada como sabor. O desfecho, com o nome sem voz e o verso engasgado, sela a incompletude — o amor que não pôde nascer.
É um poema curto, mas que carrega a densidade de um romance inteiro. Ele mostra que a poesia pode surgir do que não se viveu, transformando o vazio em palavra. Afinal, quem nunca sentiu saudade do que não viveu?
Cavalos e palavras
A palavra é um meio. É forma. É uma ponte por onde atravessam os nossos saberes, nossas deduções, os nossos pensamentos. A palavra não é conteúdo, nem essência, nem música. Ela é um mero instrumento através do qual revelamos a voz da alma. Sem a palavra ainda existe música. É uma composição secreta, silenciosa, que soa apenas dentro de nós.
Eis o segredo da escrita: entender que a essência não se domina, mas se deixa fluir. A essência vive em nós desde a nossa primeira respiração. O que nos cabe é optar por um meio que possa revelá-la. Escolhemos que instrumentos preferimos tocar. O que se domina é o instrumento, a própria palavra, a gramática. Não o conteúdo.
Há pessoas que sonham em escrever, mas não revelam a poesia que carregam. A mudez de ações impede a essência de existir. A falta de prática, de comprometimento e de disciplina cala a voz da alma. Bloqueia a literatura no interior das mentes incessantes, transformando-as em prisões de segurança máxima.
A ideia é como um cavalo selvagem correndo solto por um gramado infinito. Ela é tão livre, tão cheia de possibilidades, que não consegue decidir por si só. Ela não sabe por onde ir. Nós existimos no plano físico para orientar a ideia. Nós conduzimos a ideia através da escrita. Damos nome ao cavalo, alimentamos, montamos nele e descobrimos o que nos espera quilômetros à frente.
A palavra é uma corda, uma sela, um balde de água potável. Só dominamos o cavalo quando sabemos do que ele precisa. Enquanto não entendermos o cavalgar da nossa própria mente não conseguiremos escrever. Porque nos prendemos facilmente à forma. Achamos que um texto bonito é mais importante que um texto que faça sentido. Mas o único texto verdadeiramente bonito é aquele que flui em sua essência, que se revela em sua forma mais pura.
O livro que você quer escrever já existe. Ele está aí dentro correndo solto, descontrolado, sem rumo certo. Se o seu desejo é escrever, é de sua responsabilidade parar para ouvi-lo, entender o que ele precisa, praticar o instrumento. Enquanto você não fizer isso, a música permanecerá muda. O cavalo permanecerá solto. E o livro permanecerá preso.
Meu tipo de gente
Eu costumava aplaudir gente famosa. Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado. Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente. Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.
Meu tipo de gente é quem me ensina. Quem faz com calma. Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer. Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas. Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida. E eles não têm medo dizer o que pensam. Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.
Gosto de gente bem resolvida. Que escolhe por si e não depende de conselhos. Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas. Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros. Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar. Compartilha, se quiser. Apenas se o assunto somar.
Meu tipo de gente é de verdade. Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha. Tudo numa mesma medida. Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho. Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja. Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.
Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém. São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo. São só elas. Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.
Aplausos. Vocês merecem.
21 (ou memórias limitadas)
Hoje eu completo 21 anos. Que maravilha. Vou confessar que nunca me imaginei com 21 antes. Já me imaginei com 70, aposentado, deitado numa cadeira de praia em Bahamas. E também com 30, estabelecido, quem sabe formando família e financiando um apartamento. Mas jamais pensei que chegaria aos 21. Que idade! Não sou tão jovem como quando tinha 20, nem mesmo um brotinho de adulto aprendendo a pagar contas. De repente pulei um degrau e caí no mundo real. Bum. Estou aqui. Tenho 21 anos e sou um adulto. Cem por cento consciente e responsável pela minha própria vida.
Com 17 eu olhava os de 21 e achava-os velhos demais. Pensava: “falta um cem anos até eu chegar aí”. Mas o século passou como um piscar de olhos. Olho ao redor e noto que o imaginar virou realidade. O tempo passou. A criança cresceu. Já não dá pra fingir que sou adolescente. Pela primeira vez eu percebo que cada uma das minhas idades, aniversários, velinhas sopradas e presentes abertos jamais voltarão. São só memórias limitadas (que com o correr dos anos vão se esticando, se rasgando e se perdendo no esquecimento).
Percebo que talvez eu não crie uma memória aos 22. São 365 dias que me separam do meu próximo aniversário. Nesse meio tempo eu posso ser atropelado, esquartejado, me afogar, levar uma bala perdida, ou ser vítima de um desastre natural. Até se o meu corpo falhar, o diagnóstico: “no máximo 3 meses” pode ser dito por um médico. Isso existe, não? Ou as doenças terminais afetam só os idosos? Não sejamos hipócritas.
Fazer 21 significa estar atento às mudanças do mundo. A própria idade é um alerta. É como se o calendário dissesse: “Agora perceba o quanto mudou. Nada jamais se repete” . E assim me dou conta que nenhum apego valeu a pena. Nem as aversões tiveram sentido algum. Pra quê me apeguei tanto a uma ideia, um sonho, ou um relacionamento se tudo acaba um dia? Pra quê me ceguei de ódio por aquela pessoa? Também de nada adiantou eu me frustrar demais pelas derrotas, ou estacionar nas minhas vitórias. As coisas mudaram. E a tal “estabilidade”, na realidade, nunca existiu. É um mito. Tudo nesta vida está em constante transformação.
Percebo agora que não existe um Gean criança, um Gean adulto e um Gean idoso. Somos vários tempos numa só pessoa. Sou o mesmo adolescente envergonhado por cantar em público. Sou a criança sensível que um dia observava as abelhas no jardim. A sensibilidade é a criança que já fui e ainda vive no meu interior. Reconheço outras idades em determinados medos, traumas, sensações, arrependimentos e aprendizados. O antigos eus continuam aqui. Alguns deles até estão mais presentes que outros – esses pode ser que me acompanhem até o definitivo fim.
Só me resta agora sorrir e agradecer. Que bom estar vivo. Que maravilha poder celebrar mais um ano de amizades, descobertas, tristezas, erros, lições, amores e temores. Que alegria entender que não pulamos de fases como num jogo. Mas deslizamos pelas idades feito o correr das águas de um rio. Por vezes mansa, por outras transbordando pelas margens. Enquanto houver água, que haja vida. Já se foram 21 anos da minha. Tempos que desaguaram em belos lagos cintilantes, oceanos profundos e em cachoeiras paradisíacas.
COMIDA E POESIA
Proteínas, minerais, sais, açucares, fibras, etc., etc. Imagine que todos esses elementos fundamentais para a alimentação, cada um deles em suas respectivas quantidades necessárias à manutenção diária do corpo, estivessem dispostos em um grande prato, bem na sua frente, sintetizados e misturados aleatoriamente e prontos para serem ingeridos. Quem sabe o resultado não fosse apenas uma grande massa disforme e estranha, de múltiplas cores e sabores, aromares, texturas, uma riqueza suficiente para confundirem-se os sentidos e acabar por não identificar a peculiaridade de cada um. Não parece algo muito apetitoso, não é? É porque não é assim que “funcionamos” mesmo. Comer é, antes de mais nada, uma necessidade, um impulso de auto conservação a partir do qual, por uma relação de apoio, outros contatos e aprendizados, através da incorporação oral, podem experienciados e adquiridos, alcançando um caráter pulsional autônomo e qualitativamente diferenciado do que o caracterizava em sua origem. Então, se a qualidade daquilo que nos impulsiona a comer já não é mais a mera necessidade instintiva, o que agora seria? Algo tão presente em nossas relações e atividades, desde as mais corriqueiras e ordinárias às mais complexas. Chama-se prazer. Sim, porque o prazer se associa, por exemplo, aquele franguinho guisado que nossas mães e avós (até mesmo os pais, eles são certamente de mão cheia!) preparam em casa, com todo o cuidado e carinho, com toda a riqueza tradicional de seus temperos e segredos, construindo factualmente a receita que persiste em ideia, esperando apenas o momento em que uma oportunidade lhe permita nascer pelas mãos que as preparam, a este muito que tanto carece de belezas injustificadas. Normalmente começam por um convidativo cheirinho de temperos que preenche suavemente cada vão da casa, recebem o principal de seu corpo culinário para ganhar cozimento e são acompanhados por uma multiplicidade de cores. São tomates, e pimentões, cheiros-verdes e cebolinhas, tudo o mais que essa tão maravilhosa arte permita em sua elaboração poética. Cozinhar é exatamente isso, fazer poesias que não são escritas em palavras para nossa linguagem, ou mesmo expressas em sons que nos proporcionem deleite em suas cadeias harmônicas. Fazer poesias que nos encantam através de seus aromares, dos seus sabores, das suas cores. Tudo à sua maneira. Tudo com sua peculiaridade. Tudo formando um corpo que é inteligível além da linguagem, soando como uma melodia além do que qualquer harmonia é capaz de suportar. Poesia que não sai pela boca, mas que a penetra deliciosamente, proporcionando prazer ao corpo e satisfação para a alma. E cozinhar algo delicioso a alguém especial é, também, manifestar toda a beleza de sua própria alma e oferecê-la gentilmente a um paladar que se apeteça dela, incorporando-a, um verso a cada colherada, uma estrofe a cada olhar entrecortado por um doce sorriso ao acaso, como um soneto que, mesmo sem uma única palavra, diz tudo a respeito da alegria de viver e amar.
O comunismo é uma doença incurável. Tal e qual uma doença crônica, o comunismo por enquanto, apenas pode ser controlado, mas não eliminado.
Dom Juan às avessas
Antes, preciso que entendam quem foi o personagem Dom Juan, usado hoje em dia como adjetivo de galanteador.
Dom Juan apareceu por volta do século XIV citado na obra O Burlador de Sevilha, uma peça de teatro que apresentou pela primeira vez o personagem que, com suas artimanhas, promessas e galanteios, conseguia conquistar todas as mulheres que desejava. Assim a literatura transformou-o em um sedutor, mulherengo, romântico à moda antiga.
Hoje existem muitos dons juans modernos... Mas a maioria às avessas!!! Analisemos.
Em uma festa recente em que estava com meu namorado, observei jovens paquerando, ou melhor, dando investidas desesperadas nas mulheres ao redor... sinceramente, me senti aliviada por está acompanhada, por que as cantadas eram de mal a pior. Não , pensem que sou brega, ou ultrapassada, pois sou da época do fica! Na ocasião fiquei desapontada pelo fato do despreparo dos homens; percebi as cantadas falhas dos jovens rapazes em suas investidas e sem um mínimo de conteúdo, sinceramente, antirromânticos demais. Vamos descrevê-las:
Copo cheio na mão, ostentando bebida, puxões abruptamente nas moças que passavam, diálogo monossilábico: oi?, quer?, ei? ... sem sentimento, olhares penetrantes, palavras vazias... Poderia eu relatar inúmeras cenas antirromânticas, mas vamos a algumas sugestões para se conquistar uma mulher seja por um minuto, uma hora, um dia ou a vida toda:
Solte o Dom Juan dentro de você , ofereça a cadeira, pergunte se quer beber e o quê? Não a force a beber.
Demonstre interesse pelo que ela gosta, o que curte, sua forma de pensar... deixa as discordâncias para um futuro distante .
Aposte na conversa, olho no olho ou seja, apenas escute, mulher adora falar...
Se for alguém que você já conhece, perceba mudanças como corte de cabelo ou se ela pintou ou até amarrou, isso faz um bem danado , ser notada e elogiada.
Dançar sem exigir que o outro saiba passos mirabolantes e acrobacias para chamar atenção
e nunca, nunca será demais reagir gentilmente com quem estiver ao seu lado.
Sendo assim, no dia seguinte vá lá no status das redes sociais e mude seu perfil de Dom Juan às avessas para um Dom Juan desavessado.
DÁ NÃO DÁ
A cidade quer a noite
A cidade quer o dia
As baladas querem ritmo
Não importa a harmonia
O menino quer poder
A menina também quer
O sagrado é profano
Bem me quer ou mal me quer?
Somos sós quando queremos
Somos brasa em pleno inverno
E no verão quase Dezembro
A alegria é eterna, terna!
"Vamos a la praia"
É o refrão mais que mais se ouve
Bichos e bichas num só grito:
Queremos mais amor
Seja como for
Seja o que for
Sentimento não se mede
Queremos mais calor
Queremos sol e mar
Sentimento não se pede
Queremos celebrar
Um segundo é importante
Depois vemos no que dá
Luciano Calazans, 10/08/2017
Bom é que acaba!
O bom é que acaba! eu sei que parece paradoxal, por que o que é bom deveria ser eternizado. A paz , a saúde, o bem-estar, a vida, tudo isso acaba. E, analisando o outro lado: O sofrimento, a dor, os desafios, as dificuldades, a doença, algumas não há cura , e, sim, a morte, então acaba!, assim tudo chega ao fim, mesmo que por instantes, mas se tem a sensação que passou, acabou! compreendem?
São por essas e outras que existem dias que estamos angustiados, ansiosos e pensamos, o que é isso que não passa?, quando vai ter fim? Calma! Tudo passa! Não sou eu quem diz. É bíblico! Eu digo que para viver é necessário coragem, sentimento esse que se deve trabalhá-lo diariamente, pois não é fácil e às vezes nos falta, diante da rotina, das péssimas notícias, da desesperança ao olharmos seres humanos destruindo uns aos outros, a falta de trabalho , compreensão, apoio, negativismo e desejo mal constante ao próximo têm-se introduzido entre os lares com mais frequência, tão notável que se encontra muitas frases de autoajuda na tentativa de restabelecer a harmonia familiar e paz espiritual.
Certo dia, experimentei um sabor, que aliás, de saboroso não havia nada! Experimentei um gosto amargo que resseca a boca , falta ar, incham os olhos e fere profundamente o coração. Quisera eu definir para vocês esse gosto, mas desconheço palavra para nomeá-lo, pois um turbilhão de sentimentos dolorosos e sensações ruins adentraram no meu peito que tomaram conta de minha mente, roubando meus sonhos, mudando meus planos, causando medo do futuro, posso afirmar, não foi nada bom! Não desejo esse dessabor para ninguém, pois abala sua autoestima, fé, esperança que me fez desejar profundamente naquele momento rebobinar o tempo, tirar esta bobina e colocar uma nova, kkk... MAS PASSA... Pois, assim como as alegrias passam, as tristezas também..., pois não somos blogueiras que vivem 24 horas de bem com a vida.
Então é Natal!
Tempo de luzes, muito brilho, mesas fartas , árvore de natal, Papai Noel, preocupação imediata com a selfie perfeita... Todo mundo espera , especialmente, as crianças , pelo natal como um momento de dar e receber presentes; nada contra! faz parte da vida! são crenças, costumes e hábitos adquiridos pelo ser humano e posto em práticas anualmente.
Enfim, O que é o natal?
Não sou eu quem vai dizer ou definir, no entanto, segundo minhas pesquisas, o natal, é a primeira festa do calendário cristão, comemorada com Alegria a vinda de Deus ao mundo pessoalmente, a que chamam de “encarnação”. A palavra Natal vem do latim natale que se refere a nascimento.Com essa explicação tem-se o natal como uma festa espiritual, na qual surge a chama do bem, portanto, individualmente ou em grupos , associações procuram promover nessa época ações benéficas como: jovens voluntários visitam idosos, grupos doam cestas a famílias carentes, papais Noéis presenteiam crianças carentes, são inúmeras atividades de se propagar o AMOR.
Que bom que temos Natal! Tempo de luz que invade os seres humanos através do espírito natalino. Bom seria se não fosse apenas uma noite e esse momento se contagiasse o ano inteiro e a Alegria da vinda do menino Jesus permanecesse nos corações dos homens , mas logo vem o carnaval e o ano alterna em sentidos opostos, ora lembram da humanidade , ora não.
Enfim! Que neste NATAL as mesas fartas existam, mas NÃO sobressaiam a importância dos presentes, e sim, da presença, voltemos a preocupação para reunir-se famílias para o banquete farto, não sendo apenas uma NOITE, e sim, renovar a confirmação e a permanência do espírito natalino para que os corações vazios deem lugar aos corações cheios de esperança, alegria e paz.
“Quarta-feira, Sexta-feira” Não comer a carne é um ato de autopunição, a maneira mais fácil para dirimir o pecado. Bendito seria esse o prazer do mendigo, comer a carne com o mendigo é um ato quase impossível. Sendo assim é muito mais fácil à autopunição. A autopunição também pode ser um ato de covardia diante da falta de atitude por uma causa mais nobre. “Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes”. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come. (Romanos 14:2-3).
“Vende-se perdão”, na forma materialista de compensação a aquele que possui o pecado, ao desvirtuado será compensado pela indulgência. Para o suposto pecado de hoje o julgamento será amanhã, talvez por um sistema corrompido e transgressor. Para tanto há regras para dar forma aos prazeres concedidos e do perdão aos pecadores. Se acaso houver um amanhã que haja um novo episódio. Aliás, Pecado não existe; perdão também não.
""O Ciclo do amor moderno". Algo pra falar sobre esse texto? Apenas que resumiu e enquadrou todos os casos de amor nos dias atuais. Todos? Sim, todos. Todos porque não passa de um clichê toda essa história. As pessoas não têm mais criatividade e nem vontade de amar de verdade. Quem tem, tem medo! Medo de arriscar porque alguma vez na vida já passou por esse "ciclo do amor moderno" e se machucou. São poucos os que amam e não fazem disso apenas um status. Porque o desfecho de toda essa farra terá sempre um maior número de pessoas que foram magoadas do que um número de pessoas que foram felizes. Com exceção de você que faz isso e acha que está feliz... Acha! Até você descobrir que o único iludido de toda essa "felicidade fácil" é você!" ( Carol Torres )
Crônica – A chave da resposta
Sexta-feira Santa ao acordar, senti que não era um dia comum, mas não dei muita atenção ao meu pressentimento e encarei o dia como mais um feriado, dia de descanso. Fui a calçada com Angelina, minha filha de 11 meses, doente por chave e calçada! Ao abrir o portão, ela já ficou aperreando para eu dar a chave a ela. Eu como não pude vencê-la dei-na. Lá ficamos sentadas e ela brincando com a chave.
Vovô Neves, o avô materno de Angelina, chegou e logo a pegou para brincar, beijá-la e curtir o bebê...Eu entrei para tomar café e Fabiano, meu esposo, perguntou se eu não ia jejuar, pois era o maior dia Santo do ano, respondi que não e fui enchendo a pança. Isso, confesso que já foi me causando arrependimento, pois meu pai de 63 anos só tomou um cafezinho preto e por minha causa Fabiano não resistiu e tomou o café da manhã.Angelina que já estava nos meus braços para o avô tomar café, não dispunha da chave e eu não lembrava desse objeto tão importante e que me causaria tanta dor de cabeça.Assim o dia transcorreu normal e sem nenhuma penitência minha, nem compromisso com o Santo dia. Ao anoitecer, meu marido fechou a casa e não sentimos falta da chave.
No dia seguinte, para abrir o portão, nada da chave e a secretária que havia chegado, entrou pelo corredor, pois na casa há outra entrada e saída, mas a chave que importava era do portão principal, o qual nos dar acesso à garagem onde estava o carro.Chegando à noite, busquei pela chave e nada.Logo veio a dor de cabeça: Cadê a chave?Nada!!!Nenhum lugar, procuramos e à lembrança dela também não chegava.Por isso meu esposo disse que foi castigo por eu não ter respeitado a Sexta-feira Santa, passaram-se alguns minutos e eu já estava me sentindo castigada, era como se eu tivesse desobedecido a Deus, como se eu tivesse brigado com ele.
Então, sentada à mesa, baixei a cabeça e pedi ao meu Deus que se eu encontrasse a chave, eu jamais deixaria de jejuar na Sexta-feira Santa, foi então que me levantei de uma maneira inexplicável e fui direto ao local que estava a chave. Esta estava dentro da minha bolsinha que coloco meu material de fazer as unhas, o qual não havia necessidade dele naquele momento.
Assim, concluo que esta foi a resposta que procurava e o temor a Deus, hoje, significa respeito e compromisso com suas leis.
Flávia Ramalho – profª EEEPcapelão Frei Orlando
De Princesinhas a Monstrinhas.
Nos contos de fada , geralmente o sapo vira príncipe. Na vida real quem pode faz drenagem linfática, redução aqui , redução ali, implante...mas me pergunto: Quem já nascem belas? Que nem nossas filhas! Mesmo assim queriam ser a Branca de Neve , Cinderela, Bela adormecida, queriam vestidos longos, sapatos de cristais, coroa ,o cabelo impecável, como em Rapunzel e a delicadeza realmente dessas princesas, no entanto, o que vemos hoje? crianças querendo ser monstrinhas, agindo por influências das Monster High, bonecas da moda americana criada em Julho de 2010, as quais são inspiradas em filmes de monstros, suspense e ficção científica que as distinguem da maioria das bonecas da moda, desse modo, querem cabelos despenteados , pele verde, cortada e dentes afiados , vestidos curtos e pés tortos... E agora? Segundo o poeta português Luís de Camões: “mudam-se os tempos , mudam-se as vontades.” Concordo. Pais, essa transformação nos mostra a necessidade de acompanharmos os estilos, as tendências, a influência que a mídia impõe nos nossos filhos ditando o modismo, o avanço tecnológico, a rapidez que nossas crianças aprendem, o vocabulário estrangeiro que elas dominam e pronunciam muito bem, sem ao menos pronunciarem fluentemente a língua nativa: o português. A exemplo, poderia citar muitos e você leitor, deve estar imaginando seu baixinho falando... Conto o que vi há pouco tempo, minha sobrinha Sofia de 05 anos, manuseando o celular da mãe dela e dizendo bem entusiasmada: M-a-m-ã-e, você baixou o vídeo que eu queria! O que quero demonstrar com esse fato é a necessidade de conhecermos o mundo digital e não excluí-lo. Precisa-se de administração, limite e descobrirmos como usá-lo a nosso favor a fim da magia, que existe nos contos de fada, permaneça em nosso lar, nem que seja virtual, pois essas mudanças físicas, comportamentais, tecnológicas não permitam que sempre tenhamos um FELIZ FINAL.
Salmão ou Cor da pele?
Minha filha mais nova, Pietra, 03 anos, sempre que chega da escola, pega os lápis de cor e começa a perguntar, replicando a rotina da escola, que cor é essa?, que cor é essa? Certa vez, respondi: cor da pele, pegando ela um lápis salmão (gama de cores pálidas entre laranja-rosado e laranja claro, proveniente da cor da carne do salmão. A cor real do salmão varia de quase branca a vermelha profunda), depois me veio a mente um pensamento... “se o lápis de cor salmão pode ser cor da pele, o porquê marrom, preto, amarelo, também não”. Entendamos que desde cedo, já influenciamos nossos pequenos ao estereótipo* , o qual o ser humano tem que ser branco. Vem a tarefinha e não os orientamos a colorirem os personagens com cores de peles diferentes , sempre a mesma cor: salmão!. Mas, que necessidade fútil é essa de sermos iguais? Se a história, os registros, mostra-nos relatos da nossa verdadeira origem: negros, índios e brancos, somos mestiços , pois! Campanhas , leis , manifestações, Ongs tudo isso para combater ações desumanas contra negros, entretanto em casa agimos como se todos fossem iguais. Deixemos o passado no passado, não se pensa mais como no século IX em que ser negro era uma MANCHA, mesmo assim temos provas de negros que COLORIRAM nossa história, por exemplo: Machado de Assis,cronista, teatrólogo, contista, grande romancista brasileiro , cuja dificuldade da cor da pele não o impediu de chegar onde chegou: O MAIOR NOME DA LITERATURA NACIONAL.
Estereótipo- imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação, grande motivador de preconceito e discriminação.
Morreu enquanto ainda dava tempo
Desenristou a mão e encostou-a ligeira ao peito
como quem apalpa, apertando forte, uma banda de carne embalada à vácuo
dessas que ficam em prateleiras em balcões frigoríficos nos supermercados
Dedilhou o ar e esfregou os dedos uns nos outros para sentir se tato havia
e se fim dava àquela dormência que o acometia a mão esquerda.
Arranhou a pele umas duas ou três vezes
para ver se o sangue ainda corria pleno em suas veias
fazendo fértil o terreno de seu coração.
Fértil como aparenta estar a terra quando bem irrigada,
em uma bem cuidada plantação.
No caluniar da escuridão da morte parou, e se arrependeu de tudo!
Parou, por que não tinha como não parar.
Se seguisse em frente talvez lhe faltasse pernas para chegar.
Aos cento e quarenta e sete anos pediu, quase implorando, que o deixassem ali.
Apoiou a língua já quase sem movimento no chão da boca
e gritou de dentro pra fora bem alto:
- Todo mundo parado! Ninguém faz nada! Ninguém se mexe!
Ele parecia estar negociando com a vida e com a morte ao mesmo tempo
Ninguém interviu.
E antes que todos dessem conta, ele morreu, enquanto ainda dava tempo.
Estava tudo calmo, até que avistei uma pantufa azul com nuvens brancas estampadas. Imediatamente olhei tudo que rodeava o meu quarto e que pudesse entrar em sintonia com essa pantufa. Estaria ela isolada da minha existência, ou algum motivo teria para me chamar tanta atenção? Comecei então a observar meu quarto, e notei que, assim como as cores daquela pantufa, meu lençol também é azul de bolinhas brancas. Olhei em seguida de forma mais abrangente o meu quarto, cenário onde passei os últimos momentos na infância e pré-adolescência, antes da partida para os insondáveis e misteriosos planos e objetivos profissionais. O local está exatamente como deixei. Abrindo a janela, esta que ainda é protagonista constante nos textos feitos durante as minhas férias, notei, nas montanhas, o mesmo verde de sempre. No ar, a mesma brisa que caracteriza o clima paradisíaco de Friburgo. Só o céu parece agora mais azul e com as nuvens mais brancas depois que parei para observar as pantufas. Ao lado da janela, o espelho de sempre; porém, o reflexo mudou. Percebo um corpo mais maduro pela idade, mas, mesmo assim, com o mesmo vigor de alma. E Isso me deixou mais ansioso, agora, para chegar até você. E vem daí a minha grande dúvida. Como tanta reflexão pode partir apenas da observação de uma simples pantufa azul com estampas de nuvens brancas? Tento sair então da redoma desse quarto e volto novamente à janela; e vem aí a incerteza de que nossos respectivos carmas se processem. E isso, por si só, já me faz vibrar, assim como acontecia nos tempos quando olhava minha infância nesse mesmo espelho, cheio de expectativas acerca do colégio. Então me pergunto: será que, por sentir essa sensação novamente, isso não merece uma continuidade? Por mais que eu pense a respeito, não encontro, por mim mesmo, o caminho para um esclarecimento, ainda que imperfeito, mas que traga um pouco de qualquer coisa. Dizem que a ânsia de exteriorizar o que sentimos por nós mesmos pode assustar as pessoas. Mas acho que não... Nada mais natural numa fase de adaptação de uma alma ainda em plano material. Nesse ponto divirjo de certos pensadores que afirmam que devemos ficar mais em paz com nossos pensamentos. Não concordo, repito. Estou certo de que uma reflexão sincera e vibrante é um pensamento em forma de prece e que pode atingir para o bem, de alguma forma, aquilo que nos inspira a refletir. Espero apenas deste mundo, que em breve possa encontrar respostas para estas dúvidas, decorrentes, certamente, de uma simples pantufa azul com nuvens brancas estampadas.
O sistema é o sistema. É assim que é.
A guerra é contra o mau e o final da história?
Bom cada um escreve seu final.
