Tag cheia
Tenho uma mão cheia de nada.
Mas está cheia! E tenho esta mão.
Não me enriquece nem é apelativa, mas eu não a escondo nem dela me envergonho, esta mão cheia de nada passa despercebida, ou melhor dizendo, vira-se o olhar pois incomoda; incomoda e aterroriza simultaneamente, é que a pobreza de espirito de quem finge que não vê é imensuravelmente maior do que a pobreza de uma mão cheia de nada.
Com esta mão eu não perdi o direito de apontar embora seja ignorada se o fizer e caso o faça, será com a minha estima pessoal totalmente destruída, ai que força que é precisa para nos levantarmos!
Com esta mão que convém ser desmembrada, pego na caneta e reescrevo a historia...ou talvez não; no entanto vejo nela a minha força, e enquanto a mão se destaca por estar vazia, eu estou ligada a ela e dentro de mim, em mim, há mais do que esta mão que mostro e também esta mão que mostro, não tenho receio;
Se um dia por qualquer motivo me apertar a mão aquele que antes passou por mim e fingiu não me ver, eu sou rica em conhecimento e sei com quem lido, até posso brincar um pouco ou até muito, se a ética não fizesse parte de mim e por isso reflito e talvez já com mais astucia e até maldade...ai o que eu podia fazer! Pondero.
Se um dia me apertar a mão aquele que me ignorou e nem me reconhece porque a minha mão já julga poder servir-lhe, eu acedo, mas estou longe, ausente, tal como quando passou por mim esse alguém e me virou as costas;
A sua intenção? Sim, sei qual é. Assim a minha sensação é a de estar à frente de um pateta; pelo contrário, esse alguém jamais me conhecerá e não irá tirar de mim o que procura.
Experiência de Vida.
E já agora, pelos mesmos motivos, caso a minha mão não estivesse efetivamente vazia, a minha reação era exatamente a mesma.
Hoje olhei para a lua, e lembrei de você, e a lua lembrou de nós.
Ela está cheia, cheia de recordações de nós dois.
Apressar a vida é como correr pela estrada sem olhar a paisagem. É como chegar ao fim sem ter vivido o caminho.
Esteja nova,
cheia,
crescente
ou minguante,
por mais distante...
o Sol nunca deixou de dizer para a Lua:
Bom dia dos namorados!
Quando se tem fezes no coração e não na cabeça, planeja-se a vingança. Estando esta cheia, desiste-se, depois de tanto lha querer.
Gosto do escuro da noite, pois assim posso apreciar com mais brilho o iluminar do meu Ser com a presença da lua Cheia.
Uma tarde cheia
Mais um dia ensolarado na cidade de Piranhas, AL, no município de Xingó; no final da minha rua a vegetação estava convidativa para mais uma tarde de aventuras. Pluto! Pluto! Vamos meu guardião feroz de caça! Peguei o meu estilingue, uma jarrinha com água e um belo pedaço de rapadura, chamei mais dois amigos e juntos com meu cachorro seguimos mata a dentro.
Primeira vítima foi um grandioso pé de coqueiro, atacamos ele com fé, só eu bebi umas três água de coco, depois de nos hidratarmos continuamos a nossa aventura; cinco minutos de caminhada e chegamos na beira de um riozinho ali nós ficamos por um bom tempo nos divertindo entre saltos, nados e mergulhos, fora as brincadeiras de afogar um ao outro, o clima estava muito legal; depois de um breve descanso na sombra dos pés de manga, nos levantamos é claro de barriga cheia e fomos em direção a uma área cercada de arame farpado, claro que aqueles arames não iriam segurar nosso impeto pela liberdade e curiosidade; então, invadimos o terreno privado e logo nos deparamos com um imponente pé de Umbu, que visão incrível, atacamos ele com vontade eu comi tantos com meus colegas que não conseguíamos nem descer dos seus galhos gigantes. Lá de cima ouvimos um rugido forte seguido dos latidos incansáveis do pluto, nós descemos do pé correndo e ficamos assustados quando vimos um Teiú brigando com o Pluto, foi muito barulho, correria e poeira levantada na briga, depois de algumas trocas de mordidas do meu cachorro com umas rabadas do enorme Teiú, nós conseguimos acertar algumas pedradas e espantamos o lagarto.
Já era bem tarde, perto de escurecer quase 17:30, nós estávamos cansados de tanto nos divertir e comer, decidimos ir para casa que ficava bem próximo, uns 15 minutos de caminhada, mas aconteceu o que não esperávamos, fomos avistados pelo dono da propriedade que nos recebeu a tiros pro auto, nesse momento de euforia e medo garanto a vocês que eu corri muito mais que meu cachorro, eu e meus amigos parecíamos guepardos correndo; quando nos distanciamos e nos sentimos seguros o que não faltou foi risadas, além de chinelos e umas camisas deixadas para trás.
Chegamos na nossa rua e não parávamos de zuar um ao outro dizendo quem era o mais medroso; foi uma tarde inesquecível e cheia de aventuras; meu Deus só vós sabes o quanto era bom para nós brincarmos naquela mata que ficava praticamente no quintal das nossas casas; carrego comigo muitas lembranças e saudades desse tempo, desse lugar.
É tempo de Lua crescente, importa que a lua cresça e eu diminua. Porque na lua cheia, entro em eclipse, usufruto de ser invisível.
“Ela é como a lua
tem fases e fusos próprios.
Míngua, cresce e se re nova.
Ela é como a lua cheia
de vontades.”
Meninas moças teimosas e graciosas que dormem sem calcinha, suadas e sem pudor, deitadas na rede com janelas abertas em noite de lua cheia, vem o Boto de cabelo molhado, no frescor da noite, entra, adentra e engravida. Melhor administrar esta ancestral fatalidade muito comum na grande floresta do norte, que ter a filha falada pelo povo maldoso dizendo que ela se perdeu na vida e é mãe solteira de um recém chegado forasteiro. O Boto ainda é o pai de muito brasileiro.
A luz do portal do tempo
Ela foi chegando com quem não quer nada ainda na fase crescente para se despedir de 2017. No portal do tempo, de repente ela também quis brilhar no esplendor de um novo ano se transformando em Lua cheia em plena passagem do tempo.
...PRÓPRIO
Tenho um amor.
Um amor, que me come.
É um amor impar, próprio do interno, que não falta.
Com leveza, numas vezes, senão com voracidade em outras,sempre resolve, quando mata a fome.
Em pontas de dedos, a pressão das mãos, a inquietude frenética corporal.
Sem tempos de lua cheia, faz seu desejado, temporal.
E numa hora do dia, da noite, no acordar na madrugada, o amor, sem obrigação é coisa desapegada, que vai me visitando.
E dos atos da mulher, ao riso da menina, minha cútis, vai remoçando.
Tenho um amor..
Ah.. tenho.
Amor que me come, come e come.
Ausente das expectativas vazias, no verão ou no inverno.
Tenho, meu próprio Falerno.
Eu
Sou composta de risos,
Sem compromissos;
Abraços que viram abrigo;
E desejo a serem vividos;
Tenho a força da ventania;
A coragem de um Ratel Africano;
E mesmo se caiu continuo lutando;
Orgulhosa não deixo de ser,
Meu foco é sempre vencer
A mim mesma ao invés de aos outros
A prioridade é sempre apreender e pra isto não merco esforço;
Posso ser tarjada de museu,
Pois trago comigo lembranças e memórias,
Que me fazem rir e chorar com saudades dos momentos d’outrora;
Não cultivo sentimentos ruins,
Negatividade e baixo astral são inexistentes em mim,
Tristezas eu mato assim ouvindo uma musica cantando, gritando simples assim,
Apego me facilmente as pessoas de coração quente,
Essas que mexe com a gente,
Me deixa contente,
Sem medo diz tudo o que sente;
Consciente na minha loucura,
Minha a vida e sigo na postura,
Protegendo e cuidando de quem amo acima de tudo,
Cheia de defeitos e sem me preocupar com os conceitos
Que formam sobre mim, sigo a vida trilhar o meu caminho,
Com esperança e determinação transformo minhas metas em realização.
Pela vidraça
vejo o tempo que passa...
A cidade cheia de graça
indiferente ao que a gente sente
acende suas luzes...
uma a uma
vai revelando os caminhos...
Ouço passos apressados,
o tempo voa aqui deste lado...
Cada dia é uma longa noite
o tempo um terrível açoite...
O tic-tacquear do relógio
a me lembrar
cada um, de novo, mais uma vez...
seu próprio rumo vai tomar...
cada um, de novo, mais uma vez...
em lados diferentes
sozinhos seguiremos nossos caminhos...
tic-tac... tic-tac... tic-tac...
É hora de nos separar...
Se eu não estivesse tão triste
juro... ia ter um ataque
e, contra o dono do tempo, ia me rebelar.
Assim como a lua conheço meu rumo,
não desvio e vou em frente,
sou luz, às vezes sou um vazio,
mas também sou crescente
Sigo a amplidão e espio
a paisagem toda, quase morta
em calor ou em arrepio
e isso quase nem importa
Como sentinela obedeço
os passos em uma missão
à qual sempre agradeço
e faço tudo com bom coração
Uma noite , talvez lua minguante,
só um pouco de mim restará,
estarei no céu, bem distante,
mas um pouco de minha luz ainda verá
POR QUE A VIDA É TÃO CHEIA DE FALHAS?
As falhas são reflexos de nossa própria imperfeição, tornando-nos incapazes de compreender e acima de tudo de sentir, de dentro para fora a finalidade da vida.
Ah vida, se eu pudesse lhe compreender além de minhas necessidades externas, certamente não precisaria mais de nada para viver-la.
Caminharia com te e através de te feliz e alegre, independente de qualquer circunstância.
Ficaria firme e forte independente de qualquer dificuldade, e depois que tudo passasse, voltaria cultiva-la novamente no silêncio dos meus sentimentos e emoções.
E depois de tudo, arrumaria tempo para fazer dessa que eu chamaria de minha existência uma estrada, onde todos pudessem ter a oportunidade de passar e ficar.
Adoro ter a casa cheia de novo. Isso me enche de alegria. E aí você vai embora, e é triste.
Poema da lua cheia
Poeta, por que estás me olhando?
Acaso estás me admirando?
Ou buscas inspiração para escrever?
Pois hoje vou te ajudar
E vou contigo compor
E sugestões de versos te dar
Para impressionar teu amor
Que, segundo dizes
Te é ainda desconhecida
Mas, saibas que por mim
Ela é conhecida
Só não posso te revelar
Sei seu nome
E a cor de seus olhos
Ela não mora, como julgas, em Abrolhos
Mas vive perto do mar
Diga-lhe poeta, algo novo
Em versos que realcem o contraste
Entre a mentira e a verdade
Entre a maldade e a bondade
Diga a ela que mesmo estando eu
Em fase de cheia e no perigeu
Que ela brilha mais do que eu
Elogie, não a sua evidente beleza
E sim sua inteligência, postura e leveza
Repleta de amor, candura e pureza
Com que ela embala os sonhos teus
E, por fim, te autorizo poeta
A assinar estes versos meus
Que compus para ajudar-te
A elogiar este amor teu
Que te sirvam de baluarte
Podes dizer que são teus!
Um Bom Negócio!
Uma quase lua cheia
Adoçando a tarde inteira,
No colo da companheira!
Querias Morte mais doce?
Querias a lua cheia?
Não sabes, não lhe disseram,
Não há neste mundo profano
força maior que o amor.
Depois de uma vida inteira,
Carregas dela o furor!
Nem o rio, nem o mar,
Nem todas águas do mundo
Tem poder de lhe tirar,
Esse carinho profundo,
Que te deram pra levar...
Vai Marcos Plonka, caminha sem medo!
É doce morrer no mar
De um colo de companheira!
É doce morrer no mar
Do amor de uma vida inteira!
