Tag caipira

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Serpentina Colorida
Ocê nué um sonho,
É existência mais bela,
É a estrela sem nomi,
É fascínio e delírio
É o vazio mais preenchido
É pumodiqui ocê é a morada du Infinitu

Inserida por muiecolores

Feliniana
Agora penso
Qui boca é essa?
Qui mata a sede e beija Flores

É a porta perfeita dos desejos indiscretos
Iscondi sorrisos di infância

Agora penso
Qui boca é essa?

Quinú fala com palavras

Essa boca é danada ficou mal acostumada
Nú pensava em ouvir nem amá-la

Mas essa boca é encarnada na linha doci du beijo

Inserida por muiecolores

Flor di Velasques
Seu Idioma-Amor
Sua Nação-Flor
Seu lema-Silêncio
-Homi duCéu...
Quem busca silêncio incontra Flor du Amor!
Ou seria o contrário?
Mas é claro!
Núimporta a ordem sô!
Nué qui agora fico mai fácil uai.

Inserida por muiecolores

Que terno! - disse ele do poema que leu, e logo complementou: é um verdadeiro presente que se dá a quem se gosta...
E o diálogo seguiu em forma de prosa em meus pensamentos, afinal, sempre gostara de escrever:

- Seu moço, posso saber porque "tai" rindo tanto feito "tabacudo"?
- "É mode quê" eu voltei pra ca!
- "Mai comé" que tu fica feliz em voltar pra essa terra infeliz? Aqui "num" tem nada de bom.
- Eu sentia falta do gosto da água e do cheiro de barro. "Oia" pra isso: o pasto cresceu. Tem até flor, aí eu catei uma e dei pra Tôinha.
- E é por causa disso que tu tá tá sorrindo? Tu é doido! Lá na "capitá" tu tem tudo...
- Menino, meu tudo é Tôinha. "Num" adiantava muito não. "Mai" sorte que percebi isso logo e ela ainda me queria. "Num" pude trazer nada de lá... Mas essa flor, sim, essa flor ela gostou. Disse até que vai colocar num vaso. Foi lá na feira comprar.
- Tu é doido! Tu é doido João.
- Eu sou doido de amor! Só se for...

Tôinha colocou a flor no vaso e no cabelo também. Se arrumou, passou perfume que João gosta e o chamou para comer.

- Eu trouxe esse CD de "capiba" da "fêra" pra tu. Ainda gosta?
- Não precisava minha, flor!

Não restou nada do cuscuz com galinha e pão que Tôinha fez. Foi tudo tão inesperado. Mal sabia ela que depois de dois anos e sete meses iria rever João. Nunca, nenhuma vez, se falaram depois que brigaram.

Amor verdadeiro não morre, se materializa numa rosa do sertão, num pedaço de pão, num perfume lembrado, num CD que foi comprado. O amor está num sorriso estampado de quem volta feliz para casa, na certeza de encontrar sua amada.

Inserida por carlosmotajcm

Peão tem que ser firme, igual a palanque de canto de cerca.... Cunhado véio

Inserida por Felipecapiau

⁠Dou bom dia para a minha
Comadre Fulozinha
e como oferenda 
trago a minha poesia,
Peço para ela que me ajude
a convencer nem que 
seja a base do susto 
a gentileza entre nós
e com a generosa 
Natureza que nos 
brinda com tantas belezas.

Divina Caipora hoje tem 
gente que merece nó na língua
para que as mãos não alcancem
e o mal não faça nunca
mais casa onde estimamos.

Mãe da Mata surpreenda 
quem merece e se possível
interceda por mim juntos a Deus
por um amor que traga 
a mesma paz que traz uma prece.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Você!
Um dia eu vou me casar com vc. Vou colocar a minha melhor roupa, não é muito nova, mas será a melhor. Vou colocar meu sapato q já tem seus três ou quatro anos, vou apanhar as mais belas flores do meu jardim, as do mato é claro, e vou colocar meu melhor perfume, o único quero dizer! Vou me aproximar de vc, pegar sua mão que estará gelada e entrelaçar meus dedos que estarão molhados pelo suor da ansiedade. Vou aproximar meu corpo do seu e apertar você contra mim, até sentir seu coração socando meu peito, anunciando que está descompassado de tanta felicidade. Depois, vou olhar teus olhos bem lá no fundo como se eu pudesse enxergar sua alma, e, notando uma pequena lágrima de emoção se formando em torno de seus olhos junto com a pupila mais que dilatada, vou encostar meu rosto ao seu e dizer com minha voz macia e embargada o quanto a amo e o quanto estou feliz. Você, sem saber e nem ter o que dizer depois de tomada por tamanha alegria, irá me olhar nos olhos e com a sua boca entreaberta, irá me beijar loucamente!

Inserida por JMarcosdeFaria

⁠Da roça...

Da roça, das mão suja de terra, que é de prantá,
Sô fia do mato, doce quinem água de mina,
Meus véi trabaiva na roça, pra famia sustentá,
O zói enche d’agua do tanto que admira.

Sô poeta lá da grota, dos versim de roça,
Carrego na voiz a sanfona e a viola,
Sô o disco de vinil da veia vitrola,
Minhas rima mantém viva aquelas moda.

Inda lembro do rádio vermeio do meu veio avô,
Da casa de assoaio alto, do chêro das marmita dos trabaiadô,
O café margoso pra curá as pinga de onte enquanto escutava,
Se eu tô aqui é purquê meu povo da roça abriu os camim na inxada.

Só cunverso nos verso cas palavra de antigamente,
Pra honrrá quem veio antes de eu e me firmô nesse chão,
Foi na roça que pai e mãe prantô pros fí coiê mais na frente,
Passano dificudade e guentano humilhação.

Meu povo era brabo demais da conta, pensa num povo bão,
Parece que iscuto a voiz dos meu véi quando iscuto os modão,
Meu peito dói de tanta farta que faiz, oi ai,
Vovô resmungava nos canto e parecia poesia, até dava paiz.

Da roça sim sinhô. Essa poeta aqui é fia do sertão,
Não herdô terra nem fazenda, mais nunca se invergonhô,
E eu vô falá procêis, tentano num chorá, guenta coração!
Eu tenho um orgulho danado doncovim e da muié que eu sô.

                                                   

Inserida por anjodecristal

⁠Quando você combina um Tereré, 
mas avisa para seu amigo:
-trás erva aí tá, porque aqui acabou!

Inserida por Dominique_Cavalcante

⁠Em um dia chuvoso,
Eu com minha xícara de café,
Não paro de pensar naquela muié,
O que será que aconteceu,
Meu coração parece que a ela se rendeu,
Devo eu falar, que das coisas mais belas
é ouvir ela a cantar.

Por meio de verso e prosa,
Minha mente devaneia e entrosa,
Mesmo com um sorriso,
Longe está a dona do meu riso,
Quero viver o momento onde a primavera vai chegar,
E que meu coração, lá construa meu lar.
Nada perco por esperar,
Nessa vida, onde o que vale é o amar.

Independente do lugar,
meu coração está firmado,
pela primeira vez, deixo as incertezas,
pelo poder da decisão,
que muda toda uma vida,
e em tudo procura nova razão
para cada passo ousado em sua direção.

Sorriso, 20 de Fevereiro de 2022

Inserida por leoopro

⁠Pra dançar uma quadrilha
Tem que escolher seu par
Vestir roupa caipira
Saber coreografar
Cumprimentos, balancê
Se o noivo for você
No final tem que casar

Inserida por RomuloBourbon


O Caipira Raiz e o Jacu Enfeitado


Na beira da cerca, com um palito no dente e a paz no olhar,
tá o caipira de verdade, aquele que pensa antes de falar.
Com dois ditado ele desmonta um diploma,
e com um silêncio ele humilha quem faz drama.

Mas não demora muito, chega ele...
O tal do jacu metido, de celular com capinha de strass,
bota brilhando, camisa colada,
parecendo cantor sertanejo... que foi demitido em Goiás.

Chega falando grosso,
palavra em inglês, sotaque de novela,
mas tropeça no português
e chama “cuscuz” de “massa amarela”.

Diz que entende de tudo: agro, clima e até NFT,
mas se perder o sinal do Wi-Fi,
não sabe nem onde fica o pé.

Se acha “moderno da roça”,
fala que é do agro business,
mas confunde adubo com fermento
e acha que boi dá leite com fitness.

Já o caipira de respeito,
coça o queixo e só observa:
“Esse aí é tipo assombração…
aparece, faz barulho e não serve pra reserva.”

O jacu compra trator sem saber dirigir,
grava vídeo colhendo milho de boné pra trás,
e ainda manda:
“Galeraaa, esse é meu lifestyle, sou raiz demais!”

Raiz? De quê? De samambaia de plástico?
Nunca arrancou um mato, nunca levou coice de burro...
Só vive de selfie no campo,
igual criança em zoológico: acha tudo ‘estranho e sujo’.

E o caipira de verdade ri, mas é por dentro.
Porque ele sabe:
quanto mais o jacu fala,
mais o mundo vê que é só vento.

Moral do mato:
Jacu com internet acha que é influenciador,
mas é só um papagaio com 4G,
falando grosso e pensando menor.

Inserida por nereualves

Vaca atolada

Quem viveu a sua vida 
caipira ou tem a herança
que dela se orgulha,
Sabe muito bem o quê é 
tomar uma Vaca atolada
seja no frio ou até quando 
é madrugada no lugar do café.⁠

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Certa vez, havia um caipira descascando fumo, sentado, na entrada de uma cidadezinha do interior. E passou um carro com um homem da cidade grande, parou ao lado e perguntou: ôh caipira, como é a próxima cidade, é boa?
O caipira respondeu: "depende, sô!."
O homem do carro retrucou: depende de quê?
O caipira então disse: "depende se de onde você vem era bom..."

Inserida por fabioi