Tag bandeira

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Olhando os noticiários recordo de alguns rompantes:
- "Nós não queremos uma bandeira vermelha...
Não somos vermelhos... Somos verde e amarelo...”
Azul... Branco...
Mas eu prefiro ver as crianças de bochechas rosadas
Vermelhas, coradas
As ver pálidas, azul de fome, verdes enjoadas
Por não ter posto, médico ou remédio...
Ou então, amarelas, coitadas!
Nós veremos as cores da bandeira nas caras das pessoas
(Não pela força da tinta)
Veremos pessoas verdes, amarelas, azuis,
Olhando, debaixo, uma minoria branca...
Não precisam mais de suas panelas...
Vermelho, só na face dos professores e outros cidadãos.
No sangue do protesto inútil, misturado ao choro sem consolação.

Inserida por humusashi

Criada fui sob tua sombra altaneira,
cantando o hino com orgulho e alegria,
és o símbolo do Brasil, querida bandeira,
a ti todas as honras, hoje e todos os dias !

Inserida por neusamarilda

MULHER À BRASILEIRA

Sou verde, sou amarelo,
Sou o Brasil que eu quero:
De direitos e deveres,
De ações e contribuições,
De gritos e de guerras,
De sonhos e de quimeras.
De retardos ou de avanços,
Sou o Brasil sem ter ranços.

Sou a Bandeira Brasileira
Que me representa inteira.
Suas cores todas mistas
Uma na outra não pisa.
Sou o retângulo, o losângulo
E o círculo bem "a paisano".
Sou essa aqui que vos fala:
Brasileira real que não pára.

Sou representante da mulher
Que sabe bem o que quer.
Sou guerreira, sou brasileira,
Sou, de verdade, altaneira.
Sou o clarão da luz verdadeira
Que ilumina a estrada inteira
E, se encontro um breu passageiro,
Da escuridão faço o meio, não o receio.

Sou atrevida, sou aguerrida,
Estou acordada para a vida.
Eu luto pelos meus sonhos
Ainda que sejam estranhos.
Existe, batendo em meu peito,
Uma força que me tira do leito
De aceitar as coisas como estão,
Aprendendo com elas uma nova lição.
Estou sempre a mais de mil,
Desbravando em mim o meu próprio Brasil.

Nara Minervino

Inserida por NaraMinervino

Não tenho tempo de desfraldar outra bandeira que não seja a da compreensão, do encontro e do entendimento entre as pessoas.

O Machado era de Assis, a Rosa do Guimarães, a Bandeira do Manuel. Mas feliz mesmo era o Jorge, que era Amado.

Nas curvas da noite


Na geografia de teu corpo, aprofundo-me!
Feito cientista, estudo tua anatomia.
Sinto-me um calouro com um mapa às mãos.
Descubro curvas
- por onde ando -
segredos impressos,
versos poéticos
poemas inteiros.

Quanto mais arrisco-me
tanto mais confundo-me!
Desbravo a ti,
feito um bandeirante
desbrava a terra nova.
Monto campana em teus olhos
- que de tão brilhantes -
reflete todo o meu pecado.

Embriago-me em teus lábios
padeço em teu riso,
sorriso doce feito a lua de dezembro.
E tu, andas por ai...
A esquivar-se de mim,
a negar-se um estudo mais aprofundado.
Trabalho científico, coisa séria,
com os riscos e tudo o mais.

Nas planícies de teu território,
tens domínio pleno sobre mim.
Permitas uma observação in loco,
és um meu estudo de caso.
Conforma-se em meu corpo!
Embarco na tua viagem
navego por tua ternura
e aporto em tua ilha.

Já não podes fugir,
estou em todos os teus sonhos.
Delírio: Deliro por ti, deliras tu também, por mim.
Adeus às armas!
Mastro firme fincado à terra
bandeira içada aos quatro ventos
corpo cansado da intensa batalha
suor banhando a testa.

A guerra chega ao fim, a noite padece
Nasce o sol, surge o dia.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930

Sabemos quando é hora de parar,
fazer uma pausa e dentro dela espairecer,
deixar que a canção da vida siga, sem atropelos.
Nada exigir de ninguém, apenas viver.

As fronteiras se abriram,
as florestas viraram fumo,
o oceano virou cachaça,
e meu dinheiro é pedregulho.

Ninguémsabe quem sou
e nem de onde venho,
só eu carrego a minha dor,
luto muito pelo que tenho
Ninguém pode imaginar
tudo que na vida já passei,
andei depressa e devagar,
mas bom caminho tracei,
Sigo sempre pela reta,
para conseguir ser melhor,
viver bem é minha meta,
sou da paz e do amor...

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero saber de lirismo que não é libertação.

Nova Poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfa, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Belo, Belo, 1948

⁠Vou-me embora de Pasárgada 
Aqui sou o alvo do rei 
Aqui não sou a mulher que quero
E sei que nunca serei 
Vou-me embora de Pasárgada 
Vou-me embora de Pasárgada 
Aqui eu não sou feliz
Aqui a vida é dura 
E com a tristeza de tal modo conivente
Que Joana, a (confrangida) de Espanha
Rainha e de astúcia inexistente 
Continua a nos reverberar tristemente 
Sua imagem injustiçada de frágil e inclemente 
E como viverei sem amarras
Andarei de mãos dadas 
Estarei do outro lado 
Do lado de fora do...aquário!
Meu choro não mais será mar
E quando o amor me encontrar 
Poderei enfim sem qualquer temor amar 
Mandarei chamar Robespierre, Danton, Marat
Pois mesmo longe daqui, ainda terei um pequeno assunto a tratar 
E mandem pintar Delacroix 
O sofrer de quem um dia me fez clamar 
Vou-me embora de Pasárgada
Em Pasárgada não tem nada 
Aqui não existe qualquer civilização 
Viver não me é seguro 
E tenho comigo a convicção 
De que a tantos outros também não 
Já não mais temos vontades 
Pois morrem na cidade as prostitutas
Que o capital mandou matar 
A tristeza sempre dura 
Não tem mais jeito 
Se por aqui ficar
Em duas ou três noites acabarei por me matar -Aqui sou o alvo do rei-
Aqui não sou a mulher que quero
E sei que nunca serei 
Vou-me embora de Pasárgada 
Vou-me embora, pois desta tardia alvorada
Vejo que tudo o que me prometera Bandeira
Era uma utopia disfarçada
Vou-me embora, sonho intenso, vou-me embora, raio vivido

⁠Bacanal

Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco…
Evoé Baco!

Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo…
Evoé Momo!

Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos…
Evoé Vênus!

Se perguntarem: Que mais queres,
além de versos e mulheres?
– Vinhos!… o vinho que é o meu fraco!…
Evoé Baco!

O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que não domo!…
Evoé Momo!

A Lira etérea, a grande Lira!…
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Vênus!

Manuel Bandeira
LIMA, Alceu Amoroso. Poesia: Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Agir, 1983.

Por isso dizem que sou louca
Porque teu amor é minha bandeira
Porque está sempre nos meus sonhos
E te sigo pela vida inteira

É claro que eu cometo erros: um deles foi levantar a bandeira de um partido pensando estar levantando a bandeira do Brasil.

⁠Todas as calamidades – revoluções, guerras, perseguições – provêm de um equívoco inscrito sobre uma bandeira.

Emil Cioran
Silogismos da amargura. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

⁠Infeliz do homem que luta por um ideal cuja conquista não lhe será benéfica, portanto, quando fores tremular uma bandeira partidária, procure certificar se seus esforços encontram motivos para existirem, na pessoa que você busca se espelhar.

⁠Você é Mestre-Sala 
do meu peito,
Eu a Porta-Bandeira
do meu jeito,
O Samba é o 
mestre de nós dois,
A Bandeira é o amor 
que não se deixa 
nenhum pouco para depois.

O Senhor é a nossa Bandeira.


Deus tu és tudo que eu tenho.
Bom dia Bahia, bom dia Brasil.
Por mais que tentem nos calar, 
o Senhor é, e sempre será a nossa 
Bandeira.

MINHA BANDEIRA

Minha bandeira eu guardo no peito,
Dentro dela tem seu nome escrito,
Mandei bordar no canto direito “psvcta”,
Uma promessa eterna de amor,
Um compromisso de dois no que der,
Também que vir e que for e no que vira.
Minha bandeira é feita retalhos,
Corto as partes ruins e queimo nos rituais,
Vejo apenas os sorrisos e as alegrias,
Mas nas costuras a linha é forte,
Pois são linhas das brigas e
Dos maus momentos que tivemos...
Minha bandeira é mais tua que minha,
Não a ergo a toa, pois ela é frágil,
Conta a historia de nossa felicidade,
A inveja é forte é pode nos destruir.
Minha bandeira que alenta e esquenta.
As pequenas letras “psvcta” já faz parte de meu ser,
Hoje olhando para você já não sei se tenho uma bandeira
Ou se esta é uma tatuagem em minha alma
Ou apenas a alegria por ter amar.

André Zanarella 19-01-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4971183

Inserida por AndreZanarella

A cor de nenhuma bandeira me faz mal; a desonestidade de propósito, sim!

Sidney Poeta Dos Sonhos

Inserida por Poetadossonhos

Vi alguns que, infelizmente se dizendo cristãos, agitam a bandeira de Satanás, entrando com cara de santo na igreja.

Inserida por HelgirGirodo

Um sonho a mais...

Jamais desista dos teus
sonhos ainda que estejas
cansado para seguir em
frente, esforça-te, só
os corajosos conseguem
chegar ao topo e erguer
a bandeira da vitoria.

Inserida por JoaquimGomesAlves

"Quando eu danço, pareço que não existo".

Inserida por emersonnunes