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Metalinguagem
Absorta nesse exato momento
Poesia é tudo que sei enxergar
Poetar é coragem, por hora tormento
Toda rima é inútil, infértil, vulgar
Poesia inerente, ecoa, irradia
Atormenta na noite, urge, faz levantar
Caneta em riste, “Lei Áurea”, alforria!
Imprecisas palavras, ressequido pomar
Confusa ao léu procurando sinais:
um “oásis” oculto nos vultos do dia
Bem no dia do “dia de todos os 'ais’ ”
Fracassar, quem diria, se fez Poesia
Clarice Sertã-Junqueira
Poesia que inundou meu pensamento.
Seres altamente evoluídos ajudam as pessoas a curarem suas feridas internas.
Amor, compaixão, orientação e regeneração.
De forró a gente entende,
Isso a gente não esconde, Homem dança com mulher, mulher dançando com Homem, a zabumba e a sanfona não precisa microfone, se Forró fosse alimento no Sertão não tinha fome!
"Passei fome, não tinha grãos. Ao olhar para o lado e ver meus irmãos, me vinha a vontade de mexer minhas mãos. O alimento inventado com folhas, ferventado, não deixava o corpo ficar amoado. Tudo aquilo serviu para lutarmos com paciência e nos tornarmos fontes de resiliência."
Já tentou mudar o estilo de vida várias vezes na segunda feira? Que tal iniciar no domingo? No descanso e com fartura de alimentos, parece um momento apropriado refletir na vida para equilíbrio mente e corpo permanentemente desejado.
Todas as manhãs, devemos agradecer a Deus. Afinal, acordamos com vida, saúde, lar, alimento em nossas mesas e, o melhor, com forças para lutar e vencer os desafios diários!
Quando eu me calo, alimento meu interior com pensamentos positivos para que no momento certo de mim ouça, palavras de conforto transbordando luz, capaz de iluminar vossa trajetória.
Seria covardia? me alimentar tão sorrateiramente de quem nem devia desconfiar? Mas tal é a desconfiança grandiosa que me acompanha e de ninguém ressalva o mau hábito imposto à mim por garantia de distancias e solidão. Traiçoeiramente pré-julgando-os me alivio ao denotar oblíquo suas possíveis características fantasiadas como sendo maliciosas e imperfeitas pessoas. Covarde sim, julgando-te cegamente afundado na ignorância de ser um rato à espreita com medo de que tragas contigo afazeres tais que retirariam-me da confortável preguiça dos passares dos dias, esgueiro-me pelas fendas escuras para cruzar despercebido dos olhares presunçosos pairando sobre tal lealdade ao conformismo que me toma sempre em grandes goles. Escondo-me o quanto posso, alimento-me do poço da injúria que aponta-te o dedo e diz assombrosas maldades: és mentirosa, imperfeita. Desejando que sofra longe do meu conforto, para que não abale a vida boa de rato.
Purgo-te de mim, safo tardiamente da sua presença a minha. Não fite, se vá, você e suas malditas humanas características, pois sou rato, sou resto de moídas e remoídas salientes feridas postas com cautela nas costas de quem ronda-me aos passos próximos do meu lodo. Digo que sois da maldade filha e mãe, fracos os homens sucumbindo ao injusto que aos meus olhos de rato trapaceiam e mentem. Vão, pelas calhas da humanidade corrupta fomentando a deslealdade e nutrindo rancores e cativando a guerra, vossa sublime criação, que como a minha, é de grande truculência o surgir.
20190228
- Intolerantes intoleráveis -
O respirar me faz sentir culpada,
Culpada por cada semente que ainda vai nascer;
Culpada por cada um que não verá o amanhã;
Culpada por aqueles que não irão crescer;
Não posso mais passar despercebida;
Não posso mais matar para sobreviver;
Não posso mais estar viva para fazê-los morrer;
Não descansarei;
Até que seus pulmões encham-se de ar;
Dando fôlego ao seu coração;
E ao soltá-lo em forma de liberdade;
Crescerá a chama da igualdade;
Agora choro,
E com essas lágrimas regarei seu túmulo;
Mas talvez assim você possa renascer;
Como a fênix que renasce das cinzas;
Mas desta vez você virá da terra;
dando frutos de amor e prazer
O respirar me faz sentir culpada
Culpada por ser intrusa em meu próprio mundo,
Culpada por estar tirando o ar daqueles,
Daqueles que não são mais meus e tão pouco serão seus,
Daqueles que serão apenas deles,
e deles, apenas será uma alma intolerável
em um mundo de intolerantes
que não toleram a própria natureza do ser
Não se preocupe tanto com o alimento sólido, ele apenas alimenta o seu corpo. Se preocupe muito mais com o alimento espiritual, ele alimenta a sua essência.
Benditos são aqueles que cumprem o chamado... Que cuidam, alimentam e matam a sede do próximo. Estes são os que verdadeiramente fazem a obra!
Somos tudo aquilo que conjecturamos em nossos pensamentos subjetivos e intoleráveis. Esse alimento psíquico nos fortalece a seguir caminhos assustadoramente deslumbrantes
A Mão e a Luva
Eu hoje comi um poema com pão
Seco
Ontem não fiz nenhuma refeição
Amanhã talvez uma sopa de letrinhas
Há dias que não brota poema algum
Acordo e mantenho o jejum
Até que anoiteça
Mas as palavras um dia brotam
Como água dos rios
Como chuva
Há poemas que caem
Há poemas que cabem
Como uma luva
E alimentam a alma.
Tudo depende do nosso olhar.
Somos como um poço artesiano. Possuirmos água cristalina, mas se este poço começar a secar por falta de alimento, vamos enxergar a vida de forma turva, escura e feia.
Todos possuímos as imperfeições do fundo do poço. Quando passamos momento difíceis, damos um mergulho mais profundo dentro de nós e nos deparamos com resquícios deixados ao fundo.
Mas com à fonte que irriga a alma, através da gratidão pelas belezas da vida, retornamos a nadar em água pura e cristalina.
Esse alimento é algo que precisamos despertar dentro de nós.
Ninguém sabe o monstro que carrego dentro de mim, pior de tudo é que não foi eu que o alimentei e agora está sendo difícil parar de alimenta-lo.
Reconhecer que a natureza nos fornece: vida, alimento, água, terra, moradia e que ela é a base da nossa existência.
Essa luta é de todos nós!
Desde criança meu coração clama pelo que sustenta a alma, pela alegria da vida, pelo silêncio que ensina, pelas mãos que afagam, que acolhem, pelo riso só por sorrir. Clama pela sensação de paz infinita. Hoje sinto, agradeço e entrego a beleza de Ser apenas Ser e sentir! poucos compreendem, muitos entendem e tantos outros mergulham neste azul infinito que é a vida!
Aprecie o que se É!
