Susto
O amor é uma coisa fantástica, mas eu só consigo compará-lo à algo muito forte, como um susto, um tombo ou um murro no estomago..
SERÁ MORTE?
A janela se abriu e o susto se foi
a constatação imediata do previsível se assume
A porta bateu deixando de fora o novo
o verossímil o inevitável momento de alegria
Nas cadeiras somente o balançar lento
da imagem de quem ali se sentou
Os tapetes sumiram embaixo de poeiras
onde não há mais rastos
As mesas de canto de castigo
sem o peso das rosas que perfumavam a saudade.
Nem ela a saudade quis ficar...
deu adeus sem balançar as mãos
balançou a cabeça acenando um não.
A incompreensão virou dono da dor
e se voltou contra a mão que afaga.
TELEFONE
Estou concentrada e, num disparate, o susto
Um trim, trim, trim
É o telefone a tocar
Esvazia-se momentaneamente o meu cérebro
Inusitadamente, inconscientemente
Como um afogamento é a sensação
Raiva, ódio, sofrimento
Mas tenho que falar
Alô, Oi, Sim, sei lá o quê
Do outro lado, um “como vai você”?
Então reflito, falar
Como vou? Nada mudou
Vou indo, sem pensar
Num presente indecente
Com um muro a minha frente
Mas o que interessa, como vou?
Vou a pé, de trem, de ónibus
Vou como bem me apetecer
Como posso também, não ir
Vou bem, vou mal
Que diferença faz
Que farás por mim
Independente da resposta que receber?
Mas depois que me deixou por um momento, no vazio
Minhas respostas se tornam monossilábicas
Como tu queres ser perfeito
Com seu tosco telefonema?
Atrapalhando o meu estado criativo
Minha concentração perfeita
Meu invólucro intransponível
Quebrado por um telefonema inútil.
SUSTO DE AMAR
Por ser tão acostumada a controlar meus sentimentos, e/ou até mesmo nunca conseguir senti-los por completo antes... Assusta-me cada vez que meu vício por ele aumenta. Sendo tão especial, único e sem eu fazer esforço pra isso. Pela primeira vez eu não fiz um acordo interior, de "Vamos nessa, vamos tentar, pode valer a pena, se esforce". Meu coração nunca se contentou com isso, mas sempre pareceu mais seguro, então obedecia. E nunca, ninguém tinha conseguido mudar isso. As palavras bonitas aleatórias não atravessavam minha armadura, entravam pelos meus ouvidos como uma chave na fechadura, que ao contrário de como muitos podem interpretar (de uma forma que completa) eu sempre sentia como uma rotina para um ato constante de abrir e fechar, com benefícios alheios.
Nada parecido de como absorvo cada letra que sai da boca dele, de como sinto até aquelas que nem sequer foram ditas. Da profundez que me atinge, da intensidade que me transborda. Isso me faz enxergar uma certeza enorme de tudo o que me faz estar vivendo o agora. De como toda a proteção se envolveu, e ao invés de evitá-lo entrar... O tornou protegido. Passei dias mergulhando na dúvida, pensando na razão, no porquê, e no fim todas as perguntas eram caladas pelo brilho do seu olhar.
Agora eu já nem sei como definir. As palavras confusas que sempre martelaram na minha mente se tornaram tão leves, que se perderam ao flutuar no céu da minha boca. Hoje sinto o peso apenas das certezas. Não como um peso chato que tenho que carregar, mas que me mantém firme ao chão vivendo esse sonho real.
E é tão engraçado ao recordar das corridas cansativas que me ocupavam antigamente, enquanto hoje caminho calmamente ao lado dele. Sem nenhuma pressa de alcançar a linha de chegada, pois a única coisa que importa é chegarmos juntos. Além de que cada passo no compasso é uma vitória. Como cada degrau que nos ergue, nessa escada sem fim é tão paralisante quanto cada beijo roubado em momento inapropriado.
O que é diferente do que estamos acostumados pode parecer estranho e/ou assustador, mas quando for o melhor a ser seguido você vai sentir. No meu caso, o susto de amar, me fez ter medos até eu perceber o quanto ele foi feito pra mim; ao me causar as melhores sensações, os mais prazerosos sorrisos e ao invés de tentar quebrar minhas defesas, as fortalece.
E eu me sinto tão bem assustada, digo, tão bem feliz. Inovando os conceitos do meu coração.
Que susto !
Um dia eu estava sentada na cadeira de balanço, que fica na sala, lendo um livro, e do nada eu saio de si, começo a ver o oposto da minha situação sentimental, é como se tudo virasse flores do nada assim, e eu chego a pensar :
- Como isso esta a acontecer comigo, logo a mim ?
Fico feito uma louca sem saber o que fazer, derramo lágrimas em minha face no momento em que eu vejo coisas na minha frente, tento ficar calma e transparecer que estou bem, mas não consigo, por quê eu fiquei em choque, estataláda e nem a cadeira que é de balanço chega a balançar, e fico ali sentada, volto a ler o livro como se nada estivesse acontecendo, não sei só sei que parei de ler liguei a TV e isso tudo exitou minh'alma deixando-a alerta para as situações de pavor e medo constante que acontece na madrugada, eu não sei se gostei do que ouve, ou se admirei a bela paisagem, ou se derramei lágrimas de desespero, só sei que eu não entendo o que esta a vendo comigo.
Menina “Xavante”
Num susto a vejo...
Adiante
Suave lampejo
Olhar cintilante
Ilumina o semblante
Olhar penetrante
Por vezes distante
Forte desejo
Difícil explicar
Momento marcante
O Meu despertar
Índia Moderna
De porte elegante
Livre e guerreira
Menina Xavante
(Felipe de Lima, 08/07/2010, dedicado a Monique Barcellos)
O tempo é o melhor remédio, é um susto ou algo esperado, ele pode ser um empecilho ou um companheiro, ele é um óculos da vida, que ajuda a enxergar seus erros e acertos, é uma lembrança datada, é uma perda ou um ganho e ele é o único velho que se faz novo.
Meu DEUS!Isso são hrs?Foi mal o susto ae... mas q culpa eu tenho d pensar nas pessoas essenciais da minha vida antes de dormir!!!!!
EU SÓ QUERO QUE VOCÊ ME ENCONTRE
Que demora. Já passa da hora de você me aparecer como um susto de alegria. Já tentei de quase tudo, confesso. Nessa terrível demora se amarra os meus dias, onde você insiste em se atrasar. Eu não penso mais em como você deve ser, ou em lugares possíveis de te encontrar, eu não quero te encontrar, eu só quero que você me encontre. É tão díficil ser tão esperta, tão preparada, foi estreito o caminho para chegar até aqui e às vezes me assusta os desertos que ainda posso ter que enfrentar para chegar na parte em que você vai me encontrar. Caminho tão perdida. Ando solitária. Por sorte ainda me sobra a fé. É nas mãos dela que seguro e é bem forte, porque só nela posso confiar. Porque te esperar é isso, é fé, te acredito sem provas. Sem certezas, tudo se trata da maneira que bate meu coração, ele é confiante. Ele te acredita, te espera, te necessita. Então me preparo todos os dias para você, dou aquela arrumada no coração, cubro de perfume a alma e passo um brilho nos olhos. Porque qualquer dia desses você me encontra.
O Susto do cãozinho
Autor: Elias Torres
Uma noite eu estava observando meu cãozinho dormir e, algum tempo depois, percebi que ele começou a tremer suas perninhas e seus bracinhos.
Logo notei que ele estava sonhando, pois gemia e soluçava ao mesmo tempo.
Acordou assustado quando me viu, senti que sorriu com os olhos para mim.
E eu perguntei a ele:
- Você estava sonhando?
E ele me respondeu com um olhar triste:
- Não meu dono, eu já tive vários pesadelos, mas esse foi muito duro pra mim.
Já tive pesadelos de homens maus me chutando; Homens cruéis me batendo de pau; homens desumanos cortando meu rabo; homens assassinos pondo veneno em minha comida e me obrigando a comer.
No pesadelo que tive agora, meu dono, eu tinha sido laçado por um homem covarde, que não me deixou nem voltar para minha casinha, só porque eu estava no portão paquerando uma cadelinha linda.
Depois que esse homem me laçou, me colocou num carro que tinha grades e me juntei a outros cachorros, todos nervosos e com medo. Fiquei com medo também, pois ouvi latidos que meus ouvidos antes não tinham escutado.
Percebi que o carro parou, depois de uma longa viagem. E aqueles homens com um laço nos levaram a um lugar cheio de casinhas com grades.
Fiquei detido em uma dessas prisões durante três dias. E, nesse período, eu escutava vários tipos de latidos, pedindo socorro e clemência.
Aqueles homens gritavam: - calem a boca! Malditos cachorros, vocês vão virar sabão! Depois de alguns minutos ficava um silêncio e um cheiro de pêlo queimado.
Chegou a minha vez, me levaram com tanta estupidez que não conseguia nem respirar, pois me sentia sufocado. Quando cheguei ao local, um deles veio com uma injeção e me aplicou, logo adormeci e isso foi feito em série com muitos cachorros.
Foi aberta a boca de um grande forno. Dois homens faziam o trabalho; um pegava pelas pernas e o outro pelos braços, levantava meus amiguinhos e jogava-os dentro do forno para que fossem consumidos.
Quando foram me pegar, aí acordei e vi o senhor me olhando. Fiquei tão feliz, pois o senhor só quer o meu bem.
Enquanto existem tantos tipos de seres humanos maus, existe o senhor que é de Deus, que me dá carinho, banho, comida, me leva ao veterinário e gosta de brincar comigo.
Responda-me meu dono, será que aquele lugar é o inferno dos animais?
- Não! Meu querido cãozinho, aquilo que você viu é o protótipo do inferno para os homens maus; só que lá não haverá injeçãozinha para eles dormirem.
Resta-me dizer que, de Charles Richet a Feyerabend, de uma época a outra, o inabitual tece um susto acadêmico; e o que dizer atualmente, se o susto ainda existe?
(Do texto "O inabitual como susto: De Feyerabend a Charles Richet")
Eu tomei um susto ao ver a foto daquela menina. Meu peito ficou gelado e o coração parecia não ter mais controle.
Eu não tinha outra vontade, a não ser, conhecê-la. Ou de alguma forma deixar meu mundo mais bonito, em ouvir um olá, saindo daquela boca pequena.
Depois de ser agraciado com o olá, ela acalmou aquele coração que batia fora de ordem. Ela conquistou cada centímetro ao meu redor. Conquistou ao ponto de parecer estar presente em todos os momentos do meu dia.
A delicadeza de uma borboleta, a simplicidade de ser real e as palavras acalentadoras de uma mulher. Uma mulher de verdade.
Eu, que sempre procurei ser real, agora me deparo com a verdade em pessoa. Ela não precisa se esforçar. Conquista cada pessoa somente olhando - com suas grandes janelas da alma.
Ela havia me dito que não tinha palavras, muitas vezes. Mas nem precisa, moça. A vida fala por si só. Seus olhos e sorriso, falam por si só.
É um privilégio, te ter aqui.
Também me conta que é atrapalhada... Mal sabe ela que foi meu peito que ficou embaraçado.
A vida é mesmo um grande segredo.
Num susto a gente morre.
Então porque não viver tudo que se tem para viver?
Acho que a felicidade é uma espécie de susto; quando você vê, já aconteceu. Ela é justamente uma construção pequena de todos os dias. É como se estivéssemos fazendo uma casa que, a cada dia, precisamos fazer mais um pouquinho. A felicidade não é o resultado da ‘casa final’, mas a alegria de saber que você a está construindo. É isso que nos faz felizes. Muitas vezes, nós não nos sentimos felizes porque compreendemos que a felicidade é um destino final, mas não o é; é o processo que nos realiza.
REFLEXÃO DA VIDA
O susto às vezes declinam nossos corações
Desequilibram-nos ou nos trazem emoções
Somos parte de um todo com virtudes e defeitos
Quando assustados somos deveras indefesos
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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