Surreal
SURRA POÉTICA
Levei uma surra poética
Que me fez menos osso
E menos patética
Que me pôs a chorar em rimas
E soluçar em soluções salinas
Que não me fez nobre
Nem pobre
Apenas apanhei das letras
Lapidei a carne com certezas
Uma surra surreal
Que me fez pingar
Até a vela apagar
E escurecer tudo
Em pleno dia
Na humanidade em si, o passado deve sempre existir para honrar o presente e arquitetar um futuro...
Afinal, o presente é como uma nota musical; assim, ela nada seria se não pertencesse ao passado...
Tampouco, se não fosse ligar-se ao que ainda há por vir.
►Vampiro
Sua vitalidade ele irá sugar
Você deve se cuidar
Para ele não te apanhar
Deve se proteger
Tudo acabará ao amanhecer
Nessa hora ele irá desaparecer
Mas fique atento, pois ele não irá perecer
Não irá morrer, somente quando o Sol nascer
Faça como nos filmes de terror
Uma estaca no coração, sem temor
Mas não sinta remorso, certo?
Afinal ele é um monstro perverso
Não merece piedade, correto?
É um fato concreto
Diz a lenda que ele age de modo discreto
Porém, depois de todo o resto
E se antes de virar um monstro
Ele fora um ser humano honesto?
Ele vive até os dias de hoje
E nada adianta discordar e sentir nojo
Ou talvez esteja em repouso
Mas ele está a procura da vida
Uma razão a ser compreendida
Fazendo sua vida valer a pena
Este ser não possuía algema
Que te prendia, prendia teu instinto primitivo
Seria os atos dele classificados como canibalismo?
Ele é um ser intuitivo?
Um ser depressivo, buscando um abrigo.
Transforme-a e torne-a sua companheira
Para ficar contigo a vida inteira
Dos crimes torne-a sua parceira
Talvez um tipo de princesa
Na cama faça dela sua amante
Aqueça seu coração com o calor escaldante
Ele diz que uma mulher fora uma assaltante
Roubou o coração dele em instantes
Caiu na amargura e tornou-se este ser
Diz que não deve se arrepender
De sentir prazer ao pescoço de alguém morder
Ele gosta de fazer?
Ou somente precisa, para sobreviver?
A lenda diz que ele é um ser mitológico
Outras, que é um ser diabólico
Em certos filmes é um ser gótico
Mas pensando em um termo cronológico
Nos tempos antigos ele era temido pelo que era
Era uma verdadeira fera
Aparentava ser uma criatura bela, da pele pálida
E não desperdiçava nem sequer uma lágrima.
Um ser sem nenhum sentimento
Com apenas algo em seu pensamento
Que abandonou sua humanidade
Procurem uma semelhança na atualidade
Existem vários deles na sociedade
Mas os de hoje agem na brutalidade
Falta do Drácula, o crápula.
►Pequena Reflexão
Medo de não possuir um desejo
Felicidade por possuir reciprocidade
Tristeza em não enxergar a beleza
Satisfação em se retirar da solidão
Alívio ao encontrar um abrigo.
Gula em aproveitar a vida, que é curta
Ira pelas revoltas que ocorrem na vida
Luxúria pela sensualidade pura
Inveja pelo outro que possui a vida bela
Preguiça que nem sempre é bem vista
Avareza que não se encontra só na realeza
Vaidade em não aceitar a clara verdade.
Torna-se mudo para não falar
Torna-se surdo para não escutar
Torna-se cego para não enxergar.
Força para que sua alma te ouça
Agilidade para não deixar escapar uma oportunidade
Inteligência em resolver as situações com paciência
Resistência para superar a negligência
Sabedoria em saber controlar a agonia
Solidário em não deixar alguém solitário
Fé no filho de José.
►Parede
Olhando para a parede, como chegou ali?
Perguntando como permitiu
O que restou foi se deprimir
Pensando o quanto persistiu
Quanto esforço partiu
Como se auto-destruiu, se feriu
Se for por relacionamentos, se iludiu
Se for por trabalho, o chefe te demitiu
Talvez não se preveniu.
A parede se transforma em uma televisão
Te mostrando erros que cometeste no verão
Te mostrando como vive na invisível visível solidão
Te mostrando que não há ninguém para te levantar do chão
Que todas suas tentativas, ações, foram em vão
Mas no passado fica o aprendizado
E que no futuro, construirá o seu legado
Com a vida desejada será presentado, recompensado
Quem sabe, talvez seja também sorteado.
A parede se transforma em um espelho
Exibindo na mente o desespero
Onde não existe um meio termo para o medo
Não há janelas por onde passa o vento
A parede mostra os arrependimentos
A parede reflete os sofrimentos
Mas ela não é cruel, somente mostra os acontecimentos
Papel de parede de nada irá adiantar
Ela ainda estará lá, para nos mostrar
Dois minutos de frente dela, começamos a pensar
Quem nunca fez deve experimentar
Mas no final, a alegria ela me mostrou.
TAPETE MÁGICO
Na mais íntimo fragrância do teu corpo
Espalha-se pelo universo sem fim
Essa faz-se por alardear
A grande chegada da meiga e adorável mulher.
Borboletas, colibris
Andorinhas e beija-flor
Orquídeas, papoulas, bromélias...
Um espetáculo a céu aberto.
No lombo do cavalo branco
Uma surpresa a levar
Sob o corpo de princesa
Macio tapete mágico voador
Feito para dois saírem a voar.
Na propulsão, forte e pujante desejo e a paixão
Pela popa, vento sopra a nos conduzir e a seduzir
Iniciou como fantasia
Hoje a mais pura realidade...
Sobrevôo por Barigui
Num rasante nas exuberantes araucárias
Rumo às abrigadas águas calmas
Um pouso sereno sobre a ilha do mel.
Sob a intensa luz de luar
Estrelas a brilhar
Faíscam como fogos de artifício
Emocionante comemoração
Ao grande e eterno amor.
Rogério Ultra
►A Fábrica Mágica
A Musa do Marinheiro
Chegou em primeiro
Tornou-se a mais favorita rima
Atualmente, a favorita minha
Ela é um pouco diferente das outras
Apesar de ser somente uma folha
Consegui escrever uma história
Consegui escrever, folclórica
Com uma presença mitológica
Pobre, pobre do marinheiro apaixonado
Por fim, foi levado para baixo
Para o fundo, onde ninguém jamais foi
E nas ondas, sumiram os dois
Me senti feliz pelo ponto final
A paixão do marinheiro era o tema principal
O desejo pelo beijo da morte era intencional
Acabou se tornando uma história surreal
A sereia era fenomenal.
Foi um belo conto que contei
Admito, algum tempo precisei
Um como esse jamais farei
Sei que irei tentar
Talvez poderei fracassar
Mas não custa nada experimentar
Peter Pan se assemelha
Antes que eu me esqueça
Porém não tenho a certeza
Que o mostrei com essa mesma beleza
Essa mesma delicadeza, sutileza.
No começo pensava em escrever para esquecer
Não sei bem, talvez se não colocasse na página
Não aconteceria tamanha mágica
Em minha mente abriu-se uma fábrica
Não de coisas metálicas
Comecei a escrever sem parar
Comecei, sentimentos, nos versos, depositar
Rimas e mais rimas, imaginar
Ao primeiro texto que fiz, um dia irei retornar
A primeira rima, apreciar
Daquela lembrança guardada nela, irei relembrar
Será que no dia irei gostar?
Vamos esperá-lo chegar, e me revelar
Meus sentimentos estão se esvaindo
Eles já não estou mais sentindo
Novos, então, necessito
É bom poder expressar em palavras
É bom, posso fazer com que não sejam claras
Como o enigma nas falas dos mudos
Como a definição dos sons dos surdos
Ao toque analista dos cegos
Conseguem entender esses versos?
Escrevo, escrevo, escrevo
Leio, vejo, creio
Não é um desespero
Imagino o que há atrás do espelho
De reflexos deves estar cheio
Existe alguém, espelho, que me deseja?
Não? Bom, que assim seja.
►A Procissão das Almas
Cuidado, tenha muito cuidado
Lembre-se do horário marcado
Um deles deverá ser tratado como convidado
Se um deles, em sua janela, uma vela tiver deixado
Se acalme, não fique atormentado
Quando ele voltar tudo isso terá acabado
A procissão seguirá o caminho combinado
Mas olhe a hora, não chegue atrasado
Se não, passará a vida sendo amaldiçoado
Hoje contarei uma história que minha tia, um dia, havia me falado
Vamos então começar, está preparado?
Há muitos mistérios sobre a vida
Essa lenda hoje será lida
Se estiver na janela, não entre
Continue de frente
Se receber uma vela, aceite sem temer
Dessa forma, nada de mal vai lhe acontecer
Não se esconda debaixo da cama
Afinal, eles todos seguem o programa
Muitos dos indivíduos da cidade possuem medo deles
Possuem medo desses seres
Não estão vivos, é o que falam
E na meia-noite, ao escutar a procissão, se calam
O badalar do sino, não minto
De imaginar, um arrepio sinto
Além do mais, tenho medo de coisas sobrenaturais
A procissão que nunca tem fim
Mas dizem ter sim
Talvez deve ser lá no cemitério
Até hoje é um mistério.
Antes que a procissão apareça
Se estiver com medo, esse é o momento, desapareça
Mas, se pela janela vê-la
Melhor que na janela tu esteja
Que assim seja
Mas qual é o objetivo dessa procissão?
E se seguirmos ela na mesma direção?
O que aconteceria então?
Acabaríamos caminhando para a escuridão?
Minha tia disse que não
Aja normalmente na presença dela
Segure bem a vela
E espere o retorno, para devolvê-la
Não se esqueça.
Sim, concordo, que conto sobrenatural
Mas me diga, o que há de bom no "normal"?
Feliz para sempre, não é sempre o ideal
Concordo que as vezes é "legal"
Concordo que as vezes é "lindo"
Um prazer em escrever este conto eu sinto
Eu mesmo tenho medo da meia-noite
Da rua escura da noite
Mesmo escrevendo, eu iria me esconder
Não conseguiria me conter
De assuntos sobrenaturais sempre tive medo
O que posso fazer se sou desse jeito?
Mesmo que essa rima eu tenha feito
Se eu vir a procissão, debaixo da cama irei me deitar
Janelas e portas, irei fechar
E pela minha tia, irei chamar
Essa é a procissão que jamais quero encontrar.
►Asas
E se criasse asas?
Sobrevoar bem acima das casas
Indo em direção a um outro lugar
Sentindo a nuvem em teu corpo se dissipar
Imaginar flutuar sobre o céu estrelado, não és fraco
O impossível se tornaria possível
E a liberdade, pureza e clareza
Só pensará em voar até se cansar
Enxergar um novo mundo de possibilidades
De belezas em volta das cidades
Longe do concreto, um lugar belo
Discreto, sem teto, ao céu aberto, estrelas belas
Donzelas, brilhando sobre a constelação
Romântico, não?
E, ao chegar da noite, belos lagos de imaginações
Cachoeiras de inspirações, boas vibrações
Viajando perante as correntes de vento
Do sul ao centro, suave como um beijo
Um meigo aconchego.
Indo para longe, mesmo estando tão perto
Com um destino incerto
Para lugares mais lindos que possa pensar
Que sempre põe-se a sonhar
Velejar pelas águas do imenso mar
Desejando ficar, esperar uma nova barca lhe apanhar, e te levar
Construindo o seu lugarzinho ao lado do jardim
Almejando que nunca tenha fim
E se criasse asas?
Cortaria o céu feito espadas afiadas.
►Um Dia
Um dia irei voar
Um dia beijarei o mar
Me cobrirei com nuvens pelo ar
Voarei tão alto, onde nem mesmo Ícaro pudesse alcançar
Surfarei sobre o lindo arco-íris
Viajarei assim como as águas do Nilo
Nunca mas ficarei sozinho,
Pois o céu será meu melhor amigo
E, como no deserto, encherei meus olhos de miragens
Sentirei em meus braços a liberdade
E escutarei as sinfonias dos gênios clássicos
Meus pensamentos ficarão pacíficos e intactos.
Um dia eu serei livre
Um dia o céu dirá que sou bem-vindo
Me abraçarei ao manto divino
Aquecerei-me com o sopro vindo do Norte
E o Sul me dará a sorte,
Como um trevo de quatro folhas
Me guiarei, e irei para o infinito, como os dias da semana.
Haverá de ter um momento de corpo sereno
Um segundo que traga todo o tempo
Um dia eu ainda patinarei sobre o vento,
Cruzando os cata-ventos dos morros morenos
E sonho com a vinda deste dia
Onde existirá alegria compartilhada
Uma terra encantada.
Uma liberdade total, sem limites
Sem a ordem natural, sem a lei gravitacional
Onde tudo será possível e nada será normal
Poderei dar uma passada no espaço sideral,
Conhecer a Ursa Maior, e também a menor
Comparado com hoje, neste dia estarei me sentindo melhor
Estarei puro, com um sentimento sem nó
Estarei junto das estrelas, que se espalham feito pó.
E, para quem se sente só, vejam ao redor
Olhem para cima, vejam o céu brilhar
E, como eu, imaginem o infinito, tornem seus sentimentos mais íntimos
Mesmo que não sintam o carinho vindo de cima,
Tornem seus pensamentos seus amigos, e que suas memórias façam novas amigas.
Quem sabe eu viva até encontrar a paz
Quem sabe o mundo deixe as guerras para trás
Um dia, talvez, não haveremos de ter falsos profetas
Ou homens da ciência, dizendo que estamos próximos da destruição certa
Um dia seremos imunes à alienação e à corrupção
Ou se caso não aconteça, seremos escravos, sem jamais enxergarmos a imensidão.
Um dia, vinte e quatro horas, é o bastante,
Para eu alcançar o horizonte
Caminhar até o reino Tão Tão Distante
Assistindo as tradições sendo atropeladas pelas revoluções
E contemplando novos gênios nascerem,
Dando início a novas ideias e intenções.
►Navio Do Asfalto
Sombras indo e vindo
Calçados refletidos pelos vidros
Sorrisos e brincos, moletons contra o frio
Os quebra-molas que sempre são percebidos
Os raios do sol que desenham os cílios
Em um navio de metal,
Transportando os marujos até a capital,
Que desembarcam no ponto final.
Crianças no colo dos pais,
Que lembranças isso me traz
O navio possui o seu próprio conforto
O capitão está a caminho do porto
As ondas de concreto causam sono
As paisagens são expostas em cada canto
Normalmente os marujos não possuem um canto,
O silêncio as vezes é constante.
Ah dia que o tempo não passa
Outros, ele simplesmente me ultrapassa
Alguns eu mal adormeço e já chego em casa
Parece até que viajei dentro de uma espaçonave
E quando desço, me sinto pesado, e não leve
Posso levar para casa novas pessoas que conheci
Dentro deste navio também posso interagir.
►Astronauta
Que belo lugar este que estou
Jamais poderia imaginar beleza mais rara
Observando paisagens que chegaram e logo se foram
As estrelas são belas, e bem claras
O cenário está totalmente pronto
E o Sol está do outro lado da esfera azulada
Sim, não é plana, isso vos conto
No passado cometemos um pequeno engano
Mas aqui sobre o espaço eu me deleito em demasiado encanto
Testemunho como nossos olhos são como câmeras,
Pois jamais esquecerei o que vi, onde caminhei, onde pisei
Sentindo sensações ambíguas
Gostaria de poder tirar fotos da Oceania,
Ou quem sabe abraçar aquela estrela que de longe brilha
Mas estou com as solas de meus pés, beijando a Lua querida.
Minha amada e grisalha mãe queria visitar o Egito
A buscarei e logo para lá estaremos indo
Meu herói mal-humorado almeja uma praia para o feriado
O mostrarei a Via Láctea, sem precisar pagar pedágio
Apresentarei a ele o nosso mundo encantado,
De uma forma que ele nunca havia pensado
A um novo conceito de imensidão ele será apresentado
Beleza maior do que a escrita em diários apaixonados
E a pureza das nuvens que rodeiam a Terra,
Me fez amar mais ela,
Eis minha vista que tenho aqui de cima, que jamais será esquecida.
►Receita Para Um Planeta
Duas colheres de sopa de fogo
Uma colher de inteligência superior
Caso queria diversificar, coloque um pouco de amor
Mas não coloque muito ouro,
Pois se não, o resultado será outro
O resultado não será o esperado
Ainda estamos longe para o modo de preparo
Ainda temos mais alguns ingredientes, tomemos cuidado.
Uma pitada de carinho,
Um bloco de um pensamento frio,
Igualando com um sentimento vivido
Talvez um pouco de ambição, nada muito alto
Como cobertura, usaremos a esperança,
Que é a força duradoura, defensora
Beleza exterior, para depois eles entenderem,
Que o que mais há de importante está no interior
E assim continuemos nosso experimento,
Se tudo der certo, criaremos os seres perfeitos.
Instruções iniciais, cruciais, vitais
Não poderá ocorrer um só erro
Pois mesmo que sejam pequenos, podem ser fatais
Na medida certa, nem menos, nem mais
A mistura deve ser pura,
Se não, teremos criaturas irracionais
Tenhamos cuidado ao combiná-las no vaso de barro,
Não deixemos transbordar dos lados
Então, com muita atenção, teremos o final desejado.
O exagero é uma forma de diferenciar as criações
O conhecimento muda o mundo, em questão de segundos
Criaremos diversas formas de comunicação, para separar as civilizações
Seremos presenteados com altares para adorações
Com esta receita, seremos deuses,
Com o poder de indagar os corações
Com esta receita, daremos início as futuras conspirações
Iremos sumir, iremos nos extinguir,
Mas o mundo que criamos com esta receita,
Nunca deixará de existir.
Ah, foi no primeiro olhar a primeira atração, sujeitos sublimes duma eterna paixão, corrói e destrói, destrói e re-faz, sujeitos passivos de amores surreais.
Surrealidade
Talvez o dia de hoje seja mais...
...Ou menos.
Talvez seja um tempo alheio ao tempo
Um momento recluso dentro da vida
Uma ilusão, talvez,
e nada mais.
Quem poderá dizer
se há algo mais elevado
que o bater das asas de uma borboleta?
...Talvez nem existam borboletas, talvez
Seja uma pintura abstrata,
pintada por alguém que ainda não é...
Uma tela à ser desvendada
num mundo além do nosso
Na parede de um museu
por alguém.
Quem?
Alguém além do bem e do mal?
...E o que é o bem?
E o que é o mal?
O que vem a ser o amor,
e a saudade que hora penso sentir,
com tamanha intensidade?
Será que a sinto de verdade?
Ou será um sonho, submerso
na minha realidade.
...Provavelmente só minha!
E se...
Todos nós somos ainda um projeto de Deus numa maquete?
E se não existimos,
se somos uma visão onírica,
uma sinopse entre os neurônios divinos;
então o que é o texto desconexo que hora escrevo?
Poesia?
Se somos sonhos,
sonhamos nos versos;
... Versejamos o poema dos loucos
no manicômio do criador
que ainda não nos criou.
Sim... Somos um poema louco!
Trilhando em um fim de tarde recente, pude cotemplar ao horizonte, uma incrível pintura celeste entre uma vegetação verde e as nuvens
como se o sol tivesse usado um fogo intenso para mostrar a sua arte majestosa, um pôr do sol bem diferente de outros, uma riqueza de detalhes que mexem com o meu imaginário,
fazendo imaginar que poderia ser um portal para um outro mundo, surreal, bem diante dos meus olhos, tornando este breve momento mais do que especial, uma inspiração e tanto.
Um ser majestoso
que nem parece ser real,
distinto, bastante precioso, lindo,
sua natureza é surreal.
É um deleite para os olhos
que faz desprezar aquilo que é banal.
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