Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Não sou contra a redistribuição de renda. Sou contra aqueles que atrapalham os que criam riqueza para que estas possam ser redistribuídas.
Sou um anticomunista. Anticomunismo não é bandeira política. Anticomunismo tal qual antinazismo e antifascismo é bandeira humanista.
Um dia me disseram: você é forte. É, eu disse, sou forte por todas as vezes que me colocaram no chão e catei meus cacos. É, levantei, sofri muito, mas mesmo assim estou de pé. Estou de pé escutando críticas, estou de pé tentando melhorar meu psicológico. Tentando melhorar a cada dia, mas nunca fazendo o que eles querem que eu faça. Eu tô feliz sendo do meu jeito, eu amo meu jeito de ser. Eu dou carinho para as pessoas que merecem o meu carinho, o meu amor, o meu respeito. Nunca mude o seu jeito por ninguém, nunca mude só porque as pessoas querem que você mude. Seja do seu jeito, seja especial.
Ser
Não sou
Queria ser
Queria ser mas não sou
Não sou, eu sei
Mas não sei se sou
Você quem sabe
Talvez eu seja
Não sou
Tento ser, mas não posso
Quero ser, continuo não sendo
Mas não sou
Seria bom se fosse
Seria bom ser
Seria bom se fosse
Mas não sou
Quero ser, continuo não sendo
Tento ser, mas não posso
Não sou
Talvez eu seja
Você quem sabe
Mas não sei se sou
Não sou, eu sei
Queria ser mas não sou
Queria ser
Não sou
AOS NÃO DECENTES
Eu sou aquela não só de momento
Escreverei poesias maledicentes
Corrupção, engodo, envolvimento...
Verbetes considerados indecentes.
Escrevo mais uma vez, uma poesia
Assuntos iguais ou até divergentes
Assunto que não me causa alegria
Éris, chefe da discórdia e seus agentes.
Curupira pedira que proliferasse com clichê
De centro-oeste, nordeste, norte, sudeste, sul
Jatobá, carnaúba, seringueira, mogno, ipê...
Festival em cores verde, amarela, branca, azul...
Nenhum momento excetua o calar
Sonhe e levante-se do divã,
Porque sua atuação há de se espalhar
E acordar o zagal Tupã.
Será? Sou tipo o Boca do Inferno?
Minha essência predomina o falar?
Escreverei até conceito que e/ou externo
É o que posso fazer para não calar...
Vivo em um mundo de valores
Seguindo mandamento divino,
Preconceitos, conceitos não inovadores
Sem manual, nem destino.
Metade de nós, perfeita
Repleta de virtude
A outra metade imperfeita
Maldade em plenitude.
Sou resquício da era que não fala
Sabendo da situação do país em tormenta
Que prende, acusa, banaliza, cala,
Chora, lastima e se atormenta.
Sonho e dou asas à fantasia
Um representante honesto,
Incorrupto, sem hipocrisia
E na política experto.
Escolho o político velho, impuro
Cheio de artimanhas e vícios
Escolho o político novo, imaturo
Nas entranhas, cheios de artifícios.
Qualquer verbete faz boca
Enfatiza que todo político é ladrão
Qualquer oportunidade na biboca
Compra sem nota e não perde ocasião.
Sou guardiã de certo preceito
Dona da verdade, cheia de atitude
Na entranha nenhum conceito
Abuso de almas com e, sem virtude.
Em cada fresta um olheiro
Que sabe a vida do vizinho
Pesquisa, escuta, espreita ligeiro
Para informar certinho.
Um anjo, um projeto de santo
Verdadeira besta ciranda
Espalhando desencanto
Adeptos de igreja, umbanda...
Quantas falcatruas expostas no jornal,
Que usam garfos de cinco unhas,
Estampadas propinas, em rede nacional
Com sobrenomes tradicionais e alcunhas.
Acredito em alienígena
Herdei telhado de palha
Sou de ascendência indígena
Portanto não acendo fornalha.
Somos ascendentes de Adão
Que comeu a maçã pelo desejo
Enganado por Eva cheia de sedução.
Saúde, segurança, educação... Almejo.
De cada região um representante
Que compõe qualquer regra, norma ou preceito
E que interpreta palavra dissonante
Nem analisa morfologicamente o conceito.
O tempo passa... Previdência.
Previdência?... Em berço esplêndido.
O que esperar? Divina providência.
Nosso investimento? No paraíso escondido.
Sisudos da tecnologia não têm alegria?
Não sabes tocar, cantar? Então dance...
Sabes sonhar? Transforme em poesia...
Plante uma árvore e faça até um romance.
MINHA ESSÊNCIA – PRECISA DE RESPEITO
Sou uma pessoa tipo intrusa
À esquerda do direito
Minha essência está confusa
Escondida de conceito.
Não é uma palavra obtusa
Sem preconceito
Precisa ser difusa
Somente respeito.
Então, respeito a mim
Sem preconceito
E falo de ti para mim
Sem defeito.
Neste emaranhado de conceito
Palavra multiuso
Eu quero respeito
Que uso sem abuso.
Abraça-me sujeito
Sem conceito
Nem preconceito
Somente respeito.
Na praça jasmim
Juntinho ipê, amor-perfeito...
Um cheirinho de alecrim
Sem definição, nem conceito.
Eu quero respeito
Eu preciso respeito
Eu, tu, eles queremos respeito
Nós queremos respeito.
Sou a multiplicidade do eu
A incansável busca por mim mesmo
Sou a poesia que nunca acaba
A expressão da alma, que é infinita.
Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário,
O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum,
Eu sou o disperso, o eterno indeciso,
O poeta que se esconde atrás de máscaras. O homem que escreve a sua vida como se fosse épica.
Eu sou a música dos sonhos e das angústias.
Eu sou a busca incessante da verdade e da beleza, o homem que não se contenta com as respostas fáceis, eu sou o cético, o questionador, o provocador, opoeta que escreve para mudar o mundo, ainda que esse mundo nunca mude.
Eu sou o eterno viajante, o eterno aprendiz, ohomem que, através da poesia, busca eternamente a sua verdade e a sua liberdade.
Eu tentei ser um novo Fernando Pessoa, um homem que ainda inspira, ainda emociona, ainda perturba, mas não, eu nasci a contragosto, porém, a morte é tão sem sentido quanto a existência. Sim, eu fracassei, talvez fracassei em tudo, nunca me encaixei, tentei, Pessoa me descreveu quando disse "escrevo mais filosofias em segredo do que Kant, mas serei sempre o que não nasceu para isso, somente o que tinha qualidades". Despeço-me como um fracasso que poderia ser um sucesso, ou um sucesso que foi um fracasso. Não sei, talvez tenha algo errado comigo. Eu paro, penso, mas quem foi que definiu o fracasso e o sucesso? Pois, então, eu sou o fracasso e o sucesso de mim mesmo. O mundo não gosta de mim e eu também não gosto dele.
Sou o poeta e o personagem. Osonhador e o realista. Souo que busca o sentido, eo que se perde na pista.
Em mim há uma infinidadede emoções, sou um mar de contradições que se esconde nas entrelinhas.
Dentro de minha alma residem mil vidas, cada uma com uma voz que deseja ser ouvida. Eu sou mil eus diferentes, cada um com seus desejos e sonhos, todos entrelaçados, que sussurram segredos a cada palavra proferida.
Meu coração, uma tela, pintada com seus matizes, cada pincelada uma lembrança do que já foi. Uma colcha de retalhos de emoções e pontos de vista, um retrato de uma vida vivida interiormente.
Eu sou o poeta, o pensador, o ignorante, o palhaço, o amante, o romântico, o desiludido, o andarilho, o sábio. Eu sou o silêncio, o rugido, o som, a luz, a escuridão, o palco.
Sou uma contradição, um mistério, um enigma que não pode ser resolvido, um quebra-cabeça sem história, uma história que ainda não foi contada.
No entanto, em meio a todo esse caos, encontro, um silêncio que ecoa lá no fundo. Uma quietude que acalma minha mente inquieta, uma paz que habita em minha alma. É o meu Daemon, que me diz o que eu preciso ouvir. Diz-me que não estou só, que todos os meus eus são um no final, que eu sou uma semente que foi semeada, e que vou crescer e transcender.
E assim, vagueio por essas tantas vidas, abraçando cada uma como se fosse a minha. Pois nesta jornada, eu descubro o que sobrevive, a beleza de uma alma que cresceu demasiadamente, mas que habita uma vida que não viveu inteiramente, e um corpo puramente ausente.
Não há mais espaço para as antigas máscaras, que um dia eu usei para me esconder. Hojeeu sou livre, não há mais amarras, enada do que fui pode me prender.
Sou um livro em branco pronto para escrever, um jardim a desabrochar, uma história a contar, enada do que fui pode me deter, nada do que fui me veste agora. Pois a alma que habita em mim é outra, é diferente, é capaz de sentir novas emoções, de amar de formas inéditas, de enxergar a vida com mais cores, e de vivê-la de modo mais autêntico.
Assim como as roupas se desgastam, também meus antigos padrões foram se desfazendo, se desmanchando, e dando lugar a novas sensações, poisagora eu sou livre para me reinventar, para encontrar um novo agora. A beleza está nessa evolução, em se permitir mudar, em se permitir ser outra versão.
A vida é um eterno renascer, uma metamorfose que não para, e a cada dia que passa me torno mais eu. Livre, autêntico, fiel somente ao meu eu. As águas que fluem nunca são as mesmas. E é na dinâmica do vir a ser, que encontramos a nossa verdadeira razão de viver.
Na névoa dos meus devaneios soturnos, sou o eco vazio dos risos noturnos. Marionete, sim, fui um dia, em gestos incertos, mas agora sou tempestade, em meus próprios desertos.
Rebeldia com causa, na alma se entrelaça, ergo meu ser, em desafio ao absurdo, não temo sofrer. Na escuridão profunda, vou além do plano. Sou o vazio, a negação encarnada, em meio ao caos, minha alma desolada. A marionete que um dia se libertou, do controle do destino, enfim se encontrou, despertou, se revoltou, é meu dedo do meio erguiado para o gepeto.
Leviatã indomável, grito corrosivo, nas profudenzas do meu ser. Anos passam, e ainda persigo. Nos mares da existência, desprezo os levianos, que ousem me deter.
Eu vou alcançar o lugar que almejo, mesmo que isso me leve anos. Você pensa que me matou, mas só me causaram leves danos.
Minha busca é insaciável, implacável, ferido, mas não derrotado. Eu sou como a cena do Thor chegando em Wakanda. Então, leve-me a Thanos. Na suposta arrogância insana, que venham os desafios, eu vou e mostro que sou a própria chama, pois sou imparável. Anos podem passar, mas eu persistirei, na busca incansável pelo que desejei. Alcançarei meu destino, a despeito do que inclusive pensei. Desafiando a esperança, dançando na dor, pensaram que eu sucumbia, que desvanecia, enquanto a cada dia só florescia. Aprendi com meu fardo, sou libertado, não estava rendido, dos escombros, renascido.
Pensaram que eu tombava, que estava condenado, mas apenas feriram a superfície.
Na escuridão do abismo encontrei meu refúgio, onde o mundo treme e outros temem entrar, é lá que encontro minha verdade. Onde outros não ousam eu vagueio, minha liberdade floresce, enquanto outros se perdem, minha alma engrandece. Assim como Harry, no sussurro das cobras, nas estranhezas do mundo, encontro minhas obras.
A liberdade reside onde outros não ousam pisar, eu escolhi o caminho da serpente, foi no abismo que encontrei a força para criar.
O "bem" guardado e trancado intimamente em mim, a pessoa "bem" que sou, um dia se destrancará com chave, e o momento certo.
Sou afável, desagradável, perceptiva, desapercebida, lisa, rugosa, pequena, grande, inquieta por dentro, sonolenta por fora, minto para mim mesma.
Sou arisca porque me deixei toda em feridas. Assumo minha culpa por não ter conseguido dar e receber amor. Não é fácil. Só quem não sabe as fórmulas do amor é que consegue amar.