Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Devagar te amo, e devagar assomo
os dedos à altura dos olhos, do cabelo
dos anéis de outro turno, que é só meu
por querê-lo, meu amor, como a ti mesma quero
nos tempos de passado e sem futuro.
Devagar avanço um dealbar de dias
que vida seriam - mesmo que morto, à noite,
eu voltasse amargurado mas presente,
calado e quedo, e devagar amando.
Nos teus olhos
altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada
Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensangüentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor
Não
podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver
Não
podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual
Não
podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal
Mas tu não
mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser
Não
tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal
quando mundo vive arte
arte copia o artista
vendo mundo outros olhos
apenas decepções a delírios
sendo assim um marco na arte
o contemporâneo realça a vida
pois então disseres são pensamentos mortos
pela vitalidade do instante cruel e derradeiro.
E num piscar de olhos, o dia vira noite, os pulmões se enchem e esvaziam repetidas vezes, como um sinal de vida, respirar. Os ouvidos se aguçam no silêncio da madrugada banhado pelo tilintar das gotas de chuva batendo na janela e, por incrível que pareça, consigo sentí-las em mim, cada gota gelada e cheia de dor escorrendo pelo meu rosto triste. E como de praxe, me pergundo: Por que? Por que meu sentir exige dor, e choro, e lamento, e saudade, e lembranças... Por que?
Me dou conta que o dia começa ao pôr os pés no chão frio do quarto, no banho gelado, melancólico e totalmente sem graça, na roupa amassada, no café mal tomado, na rotina miserável. No fim do dia, cá estou eu, no mesmo quarto de chão gelado, chovendo oceanos de cansaço, chorando sussurros e dúvidas.
No final, o porquê continua a ser uma incógnita, assim como eu.
Refrigerante 'Sódá' Ela.
('Anaforizando' Ela).
Na hora do Sono; Ela. Fechando os olhos; Ela.
No pensar; Ela. Na janela do ônibus; Ela.
Na oração; Ela. Na inspiração; Ela.
Na conversa com os melhores amigos; Ela. Ao acordar; Ela.
Na tentativa de estudar; Ela. Andando na rua; Ela.
Na fila do busão; Ela. Escutando música; Ela...
É impressionante só dá ela
Mas quem é ela?
Será que ela vai ser sempre ela?
Ou pode que venha outra,
Que faça um efeito no dia-a-dia como faz ela?
Não importa! De um forma ou de outra
Só dá Ela.
Pele preta
Quem é esse neguinho
Dos olhos escuros
Cabelo preto
Da pela preta?
Quem é esse neguinho
Que veste bonito
Sorriso branco
Da pele preta?
Que é esse neguinho
Que corre descalço
E sonha com a vida
Da pele preta?
Quem é esse neguinho
Que se sente sozinho
Rodeado de gente
Da pele preta?
Que é esse neguinho
Que parece comigo
Tem o mesmo sorriso
E da pele preta?
Quem é esse neguinho
Da pele preta
Acorda de manhã
Toma o seu café
Já sei, ele chama Tairan.
Seu coração dançava com os movimentos dela tal qual uma boia na maré. Ele ouvia o que os olhos dela lhe diziam lá de sob o capuz e sabia que em algum obscuro passado, se na vida ou num sonho, ele tinha ouvido esta estória antes.
Hoje perceberam que lágrimas escorriam de meus olhos.Então,me perguntaram,o porquê .Causei espanto qdo disse ,que chorava por um homem, e a pessoa disse..."Nossa, o que ele fez,que mereça sua dor"?Eu respondi..." Ele morreu por mim".Obrigada Senhor!Autora Ada Fronzzi
Esses olhos desconfiados
Unido a esse sorriso que é radiante
Tirou meu sono por muitas noites
Seu corpo é meu calabouço
Antes durante e adiante
Esse fogo incessante que te conduz
Seios perfeitos que me seduz
Seu veneno é viciante
O meu juízo aonde eu pus?
Imagina e sente
Eu sinto você
E mesmo longe está perto
É só fechar os olhos e ver
Esse é o poder do amar
Te sentir sem te tocar
Imaginar e te beijar
Sentir prazer só de te ouvir
Respiração, sussurros,gemidos
Eu te abraço nesse envolvimento
E te transmito o que sinto aqui dentro
Eu sinto dentro e fora de mim
Arrepios ,calafrios, prazer
Eu sinto você
você está em mim
MP(minha pulsação)
Felicidade, é poder abrir os olhos todos os dias é fazer da vida um novo recomeço. É agradecer pelo dom da vida.
Meu coração palpitava
Enquanto meus olhos ardiam
Pela tua ida, eu ia sucumbindo;
Era que no meio daquela névoa
Teu sorriso de aconchego
Ia-se sumindo...
Deixando para trás, os pedaços de meu coração
E um rastro de solidão...
CIGANA
Cigana dos belos olhos, do lindo corpo, da fala complicada. Segundo ela, uma gata brava, jamais domada. Cigana do beijo gostoso, do belo rosto, ainda não domável, porém amável como uma princesa, de forte rebeldia, e quem sabe um dia, pelo amor seja ela domada, simplesmente por ser amada.
Apesar da distância da lua, ela é o que mais me aproxima de ti, pois quando meus olhos a olham, os seus também estão lá.
Ricardo F.
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