Sou o Brilho dos seus Olhos ao me Olhar
Os olhos são as janelas da alma, já o amor é o olhar pela janela em direção a outra alma. Que nossos olhos vejam sempre o que há de melhor na vida.
A cor do meu mundo
Estava cinzento
Mas ao olhar pra você
A cor se fez presente
Aos meus olhos
E o meu peito
Se encheu
De alegria
E o coração pulsou
O tom mais lindo de vermelho vivo
MINHA BUSCA
Corro os olhos por almas, na cata dum olhar,
ou talvez apenas aquele sorriso roubado.
Então vou num serelepe agreste caminhar,
pelos abraços, laços, dum algo desejado.
E no afã dum afago, um riso, outro chorar,
aqui, ali, lá, vou tentando ter um agrado.
O vazio que me devora, implora, põe a orar,
vem do coração, que quer amor denodado.
Corro os olhos no fado, vejo o tempo passar,
o peito sofredor, e já com o fim tão cansado.
Sem sequer ter uma estória pra poder poetar,
se acostumou com uma solidão, está calado.
Quer versejar a rima perfeita com o tal amar,
ainda busca, não consegui estar parado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de agosto
Cerrado goiano
SER DIFERENTE
Ser um soneto ou uma trova, ser diferente
Afim aos olhos de quem sabe o bem olhar
Suspira, chora, tal qualquer um que sente
Nos teus versos, também sabe bem versar
Apenas distinto, interpele sem machucar
É na tua prosa que tem o prosar inocente
Duma gente de vario sentimento para dar
Que pressente, aprecia, sabe ser presente
Cada canto com a poesia e sua inspiração
Então, deixe de lado o desprezo, a aversão
Seja o coração, uma compreensão, tente!
Afinal, mãos conforme, a escrita desigual
Pois, numa trova ou no soneto, cada qual
Com a sua essência, por ser tão diferente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 março, 2022, 21’58” – Araguari, MG
Poesia tem a cor dos teus olhos, a macies do teu canto, a beleza do teu olhar.
Poesia tem teu sorriso criança, teu silêncio profundo, teu jeito de andar
Poesia é o espelho de tua alma, a janela dos teus desejos, a pureza do falar,
Poesia é verde, esperança !
Poesia canta, dança, abraça...paquera ondas, abraça rios, desaguá no mar
Poesia beija flores, sente rosas, ama chuva, sol, maresia, pássaros cantam
Poesia me fez poetisa, cantora das madrugadas, pra teus sonhos ninar.
Estranho não sentir o teu sorriso, não olhar em teus olhos, não falar: olá, como vai a vida ? Estranho te vê passar e não ouvir tua voz. Parece que todas as cores do universo desaparecem, que todas as flores ficam sem perfume, que o sol some em meio á rio de lágrimas que desaguam nos meus olhos ..estranho, não te ligar...não pedir a nossa música...estranho, esse medo que me consome, que me apavora...esse medo da tua indiferença, do teu silêncio. Estranho, tanto amor, tantas vontades, tantos sonhos, não respondidos, não correspondidos. Estranho, te ter em mim e não está em você.
Onde quer que eu vá teus olhos me acompanham...tanto faz que eu tente ou não te esquecer, teu olhar comando de mim.
Me leve nos teus olhos, me aperte no teu olhar, me abrace nas lembranças, me agarre no lembrar...me tenha onde quiser, me carregue onde der...der saudade, der vontade, der...onde der pra mim levar.
Quando os olhos se apaixonam, esquecer é improvável. Paixão que entra pelo olhar, é paixão de almas.
As flores exalam o perfume dos teus olhos, a beleza do teu olhar...as flores, tem teu cheiro, mistérios, segredos...tem cores, sabores...tem formas, tamanhos...tem pecados que me fazem pecar. As flores são rosas em meio a rios que desabrocham em cachoeiras, que cantam versos em campinas, que assobiam a beira mar. São rosas o teu cheiro, são flores teu olhar. Sedução, que me envolve, me carrega, me puxa, me leva...meu caminho tem pétalas, tapetes de flores, pássaros seresteiros, violeiros...tocam viola, piano...me faço canto de flor, te seguro, te aperto...te mato de cheiros de amor.
Quando te encontrar vou trancar teu olhar no meu, vou te agarrar, te aprisionar nos olhos meus, te fazer refém dos meus desejos...amanhã, quando te encontrar, vou enroscar meu olhar no teu.