Sou Igual a minha Irma
Espelho, espelho meu, existe alguém mais mentiroso do que EU?Que, de mim mesmo, escondo quem eu SOU realmente?
Bem, eu sou do tempo que amor é para sempre.
Acorda, vivemos tempos de relacionamentos líquidos.
Céus, o que faço com meu amor eterno?
Sou determinada, não desisto fácil das coisas e principalmente dos amores, dou voltas, retorno, digo que amo, às vezes que não, me zango, xingo:
- pô ele tá me traindo com essa? Sou mais eu.
Dou risada, finjo que não sei, faço tudo até o esgotamento geral.
Mas tem uma hora que canso e aí quando canso, olha, não adianta, nada me faz voltar.
Eu querendo saber um pouco sobre mim.
É que sou tão simples e questionável.
Diferente é verdade, mas afável.
A quem queira dopar me, embriagado na inveja, na intolerância, na intransigência.
Eu.
Tô nem ai.
Mesmo de joelhos quebrados, amo meus pulmões.
Olha minha mente, sente, chora, intensa, menosprezada, colocada em xeque, cheque, pela manobra, manipulação, interesses tantos.
Eu.
Eu atrás do simplesmente, é verdade, na cinderela, uma altura de dez metros, castelo alto forte, visão altiva e profunda de sul a norte.
Brinadeira papai, meu Bahia, meu rei, nananinanao.
Brincadeira não.
Estou a reinar, em um arém de arranhões ciumentos, até as rainhas, inglesas, espanhóis, chinesas.
NIU ORK....
Não.
Meu baianês, Macarani pedrêz.
Minha rainha, vem logo fiinha, tô com saudade do teu cheiro.
Vamos comandar esse exército de 200 milhões, nem quero saber, vem chumbo grosso fimmm.
Deus abençoe a todos .
Rei: Giovane Silva Santos
PONTEIO À MADRUGADA
Eu não sou de improvisar,
Mas se verso é na bitola
Saltitante, cabriola
Com um quê de emocionar.
Já fui carcará a ciscar
Na terra fértil sulcada...
Se ponteio à madrugada
Meu arpejar denuncia
Que respiro poesia
Junto com a passarada!
Sou difícil de juntar
Se me espalho... É minha sina
Ser um galo de campina
De galho em galho a trinar
Ou calango a rastejar
Em lajedos da Caatinga,
Meu camuflar de coringa
Me esconde e ninguém acha
No barro do chão que racha
Se não chove e nada vinga.
Sou o aboio do vaqueiro
No semiárido cinzento,
Ligeiro quão pensamento
A peitar o marmeleiro,
Flor e fruto de cardeiro
A desafiar mormaço,
Eu sou água de cabaço
Na sombra da umburana,
Sou tapera, sou choupana
Esquecida qual retraço.
No meu tempo de menino
Eu fui rico fazendeiro,
Plantação de umbuzeiro
Tratei com zelo e refino.
Fui calça boca de sino
Em caminho de carrapicho,
Não tive medo de bicho,
Sempre fui desassombrado
E estradeiro acelerado
Destacado por capricho.
Eu sou desse mundo agreste
Onde fui peão no eito...
Chão que tem o meu respeito
No coração do Nordeste.
Caboclo é Cabra da Peste
No Sertão Paraibano,
Tem miolo, tem tutano,
Tem um que de sábio ser
Que o tempo sabe ler
Em cada estação do ano.
Convidei um rouxinol
Para uma parceria
Quando entrei na moradia
Tão deserta quão paiol.
Na viola um tom bemol,
Começamos a cantar...
Mas terminei por chorar
De tanta melancolia,
Tudo se fez poesia
Ao voltar ao meu lugar.
ENTRE TANTOS PASSARINHOS
Há dias que sou amor
Espalhando alegria...
Em outros sou beija-flor
Sendo a própria Poesia
Do Reino da Natureza
Onde infinita beleza
Ao vento é melodia!
Beija-flor em um jardim
Traz vida, ornamentação
E serve de trampolim
Para toda floração
Como fosse querubim
Ou rosto de arlequim
Espalhando ilusão!
Vejo como complemento
Das flores, o beija-flor
Que vive sempre sedento,
Não renega seu amor
Entre as flores tão singelas.
Quase sempre abro as janelas
Para alcança-lo onde for!
As vezes as consequências
O obriga fazer seus ninhos
Em urtigas venenosas,
Bem no meio dos espinhos
Em qualquer recanto achado.
Beija-flor é abençoado
Entre tantos passarinhos!
Aquela que sou
Ontem mesmo fiquei acuada, talvez até incomodada, quando me perguntou: quem tu és?
Minha cabeça girou, mas logo retruquei: a mim responder isso é como pelas mãos meter os pés
Afinal, pudera eu, que sempre tudo tentei ser, ter algo específico a responder?
Não, é claro que não, afinal sou delirante
E por tal agravante eles me dão remédios
Já fui imperatriz amada, dona de casa atarefada, meretriz e também vilã
Pelas ruas abandonadas, fui namorada dos cantos, poeta dos bancos
E até mesmo rainha dos bares, onde cantei as mais belas canções
Hoje uso camisa de força, e apesar de boa moça, me jogaram aos leões
Sou artista da noite
Senhor da liberdade
Amo sofro e choro
E nem sempre digo a verdade
Pois a minha mente
Supera a sua capacidade
Entender é complicado
Quando o dia chega à tarde
As vezes me perco
E fico na insanidade
Pode parecer pouco sinistro
Mas é parte da pura realidade
Essa noite eu sou o homem mais feliz que o amor já fez, parece sonho, vejo em seu olhar tanta paixão que não quero acordar; quiçá deixar de ser sua vida assim como você é a minha eterna pequena, minha alegria meu amor.
POETA NILO DEYSON MONTEIRO PESSANHA
Sem cinto, sinto que eu tô melancólico
Algumas drogas e muito vinho, mas calma, eu sou católico
Sou filho do Nordeste, tenho orgulho do meu torrão, terra de homem valente que tira o sustento das mãos.
Terra de mulher guerreira que traz lata d'água na cabeça criando o menino de pés no chão.
Sou filho de Pernambuco, terra dos engenhos, do melado do mel da cana, da ciranda de Lia, do cantador Santana, de Capiba, Chacrinha e Lampião... Sim, sou da terra cantada nos baiões de Gonzagão.
Ecoa numa avalanche de esplendor,
Seu esplendor,
Sou seu benfeitor,
Sou seu devedor.
Devo-lhe meu amor como troco
E devo supor
Que o prazer implacável,
Ainda que louco,
Deva ser formidável e recíproco.
Meu passado está no ontem, pois sou uma criatura do hoje planejando o amanhã, doravante abraço as armas do BEM e rejeito as armadilhas do MAL.
Deus sempre esteve ao meu lado, sempre proporcionou-me o melhor, por isso sou grato a Deus por tudo e em tudo.
