Sonetos Pablo Neruda
São nas vazias
Ruas da minha solidão
Entre prosas e sonetos
Dos molhados becos escuros
Que estão abandonados todos
Os poemas que te escrevi
Durante toda a minha vida
Vida de fotografia
Meus versos não são os Sonetos de Shakespeare
e nem o Poema de Quintana.
Mas pra mim a vida é como uma câmara fotografia.
Pegue um bom ângulo,
aproxime o bastante,
capture,
sincronize,
pegue o botão
e aperte.
Se não sair bem
tire outra foto
e recomece.
"Alguns sonetos não aceitam remendos — e, de toda forma, os que aceitam assumem-se lixo"
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
BENDITA SEJA POESIA
Que ninguém rasgue
Os livros floridos
De poemas, versos, sonetos
Repletos de amor, saudade e dor
Se um dia preguntarem por mim
Falem que vivi para a poesia
Que mais nada ficará para recordar
Para além dos poemas, versos
Que deixei escritos
Antes de partir
Que os poemas sejam flores
Na alma de quem os lê
E que fiquem eternos no coração.
Te amo em todas as línguas, idiomas, sotaques, dialetos, música, poesias, frases,
poemas, sonetos, amor escrito, falado, televisivo, digitado...mas prefiro em braille; porque posso tocar meu amor...Sayonara!
''Último Poeta''
Quando as palavras pararam de fazer sentido
Comecei a escrever sonetos com venda nos olhos
Tentei buscar inspiração de onde morava a frustração
Esqueci a mim mesmo
Porque eu não fazia sentido
Pós Oque importava era o motivo pelo qual fazia sentido
Quando perdi a inspiração tentei me inspirar em sonetos
Perdi a confiança e ganhei novos medos
Abandonei a luz
E me apeguei a escuridão
Larguei o amor da minha vida
E segui em frente com a depressão
''Não faz sentido''
Ultimopensador
#Traidora
Traga de volta os meus poemas
Devolva todos aqueles sonetos
Esqueça os meus segredos
Me conte de volta os meus medos
Hoje a luz perdeu o seu brilho
Hoje uma vela não pode mais iluminar o meu coração
Hoje as Palavras já não comovem meus sentimentos
Você me traiu
E feriu os meus sentimentos
Como você teve a coragem de me machucar assim?
Como eu fico agora?
Será contos de fadas tudo oque rolou entre nós
Pelo visto foi porque não consigo mais escutar a sua voz
Quero acreditar que estou a sonhar
Mas toda vez que tento acordar me encontro acordado
Sonho mutilado com actos pecaminosos
Você me ensinou que o amor existe
Até que sejas amado!
#maurodarg
Sonetos
Sonetos para cortejar
e celebrar os desejos
e sonhos de amor,
Tenha a certeza que
haverão de acontecer
quando você chegar.
fria é a solidão,
de olhar abstrato
e mãos vazias
alfarrábios de sonetos inertes
bustos perdidos
em bronze e concreto
DOCE POETAR
Em fascinantes trovas graciosas
E cintilantes sonetos construindo
Despontam as ilusões misteriosas
E, vai tendo o encanto bem vindo
Em prosas e poéticas maravilhosas
As rimas duma alma vão se abrindo
Escorrendo da inspiração, garbosas
Que sempre o cantar eu vá sentindo
Tenho sede, do doce poetar, singelo
Que, assim, no existir, mais que belo
Traga o desejo maior, com sensação
Um amor, então, rimando na poesia
O toque, a magia do olhar, fantasia
Em versos, todos, cheios de paixão
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 março, 2023, 15'14" – Araguari, MG
Tu, sentimento
Queres fazer sonetos, agitado
Sofrente, insistes em fazê-los
Redize versos de um passado
Tediosa rima, pávidos apelos
Os versos de um vício penado
Que, nos quartetos, só flagelos
E nos tercetos, o vazio ao lado
Todos em concretos pesadelos
Assim, por fim, pobre, estrutura
Põe-se na métrica triste figura
E vai trauteando por aí a esmo
E tu, sentimento ocioso, expele
Vaidades vans, a flor da pele
Dando sensações a ti mesmo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 agosto, 2023, 14’05” – Araguari, MG
Por conta e risco
Uns sonetos importunam, esganiçados
A sisudez da poética com descortesia
Ou por inquietas ufanias são poetados
Em poeirenta sensação, vã, seca e fria
É a arte que provoca, toca, uma poesia
Dando voz, hora e vez aos alucinados
Passados, na paleia que disseca e cria
Acutilando os sentimentos apunhalados
Não é agrado, nem alívio, mas suspiro
Que faz sangrar cada palavra, rabisco
Em cítricos versos em um acertado tiro
Cada feito é vida, por tal, não se doma
Cada um dos traços é apenas um risco
Quando quer no doce versar, o aroma!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 setembro, 2023, 10’45” – Araguari, MG
NARRATIVA TRUNCADA (soneto)
Muitos versos, por certo, me cantaram
por certo, muitos sonetos eu segredei
alguns poemas, cadências me soaram
desses, ilusões no sentimento guardei
O choro e o riso na rima entrelaçaram
ritmo e desordem na inspiração operei
de os desencontros que me abraçaram
sussurros, os suspiros, também, notei
Promessa e jura. As estrofes disseram
e os versos sofrentes as dores fizeram
ah, se errei, não importa, pois tentei!
Mas sinto ainda no versejar inquieto
um estilo que não acho no alfabeto
pra narrar aquele amor, que susterei.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 julho 2025, 18’52” – Araguari, MG
SONETOS PERVERSOS
Enquanto escrevo meus silêncios, mastigo
as angústias que esmoam os meus versos
desnudando cada face dos meus anversos
em espavento diversos e um tanto ambíguo
Traz paz e inquietação, e alguns reversos
camuflando a escuridão num manto amigo
criando uma solidão que conversa comigo
dos penares e ledices no viver dispersos
A poesia enflora e a ela o prazer bendigo
no ermo do âmago, dos sonhos submersos
e assim, vou metamorfoseado num abrigo
E nesta tal plenitude dos meus universos
a quietude em constância como castigo
feri a lira do poeta em sonetos perversos
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
garimpo
entre cascalhos pouca a suavidade
passei pela idade e por ela os sonetos
eu os explorei os coloridos e os pretos
fados, todos de amor, e de verdade
e pelas gavetas sonhos ali secretos
cada qual nas prateleiras, dificuldade
suspiros, cometas, e tal multiplicidade
eu só queria estrelas, e sólidos tetos
o meu poetar é engatilhado, infinidade
e nesta esgrima, rima, ares inquietos
e os meus paradeiros, olhares eretos
das fissuras dos desvalidos, a metade
vasculho os sentimentos e quem diria
dos devaneios, garimpei a ousadia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
22/09/2019
Guaianases, São Paulo, SP
BONS TEMPOS
Tempos de olhares e de paixão
De poética e de sonetos puros
De sonho, alegria e doce ilusão
Clarão nos momentos escuros
Como é bom amor para amar
Ardor, poder a quem dar flor
Deixar o afeto no peito tocar
Voar nas asas de um amador
Dei espaço ao falto coração
Que tinha dor. O gládio tirei
Aliviando a penosa sensação
E, agora vejo tudo diferente
Presente, sede com emoção
A ventura no âmago da gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11, junho, 2021, 08’14” – Araguari, MG
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