Soneto da Separação

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Dos seus erros, eu garanto que o pior
É achar que eu vou sempre estar aqui

Sábado à noite, você pode achar
Mil bocas pra te consolar
Mas quando chegar o domingo à tarde
De mim vai lembrar e vai sentir saudade
Aí cê vai me procurar
De novo, vai querer voltar
E eu não vou mais
Não vou mais voltar

⁠Eu já te superei! Certeza eu superei!
Mas não manda mensagem outra vez!
Senão recairei!

⁠Não a julgo.
Se pudesse, eu também já tinha me deixado.

Hoje me peguei pensando em nós
Sobre os lençóis, nos tornamos um
Desembolava meus caracóis
E os nossos nós, não sobrou nenhum

Sinta o vento vindo
Esqueça o que passou
Pague o preço disso
E siga a vida, amor

⁠"Ela só sabia que tinha que seguir, e foi.
A estrada, a frente, chamava para a renovação.
Mas porque a morte é ruptura de laços, separação, doeu-lhe avançar.
Sim, a morte dói. Aqui e no outro mundo, dói.
Façamos silêncio e prece pelos que se foram.
A dor vai passar um dia, em Deus nos reuniremos.
Os olhos choram, a alma padece,
Mas o coração sábio murmura: até logo mais!"

⁠Meu erro foi achar que a sua felicidade era o bastante para nós dois.
#sufoquei

⁠Tua transpiração
resultantedo teu esforço,
parte da tua superação
que causa este lindo corpo
que tanto atrai a atenção
dos meus olhos.

'Cê duvidou do meu amor
Fez chorar, me fez sofrer
Me enganou, me machucou
Mas passou, não quero saber de você

Não fale mais o meu nome
Não me telefone
Por favor, não pergunte por mim

Vê se me esquece e some
Se eu te ver de longe
Viro a cara, finjo que não vi

Mas eu não vou mentir
Tá doendo lá no fundo
Sem você, eu não consigo mais dormir

Vamos fazer assim
Melhor não me procurar
Porque eu morro de medo de te perdoar

SEM LIGA

Nessa correria inconveniente

Em que GENTE atropela GENTE

Ninguém se liga; o que me intriga...

- É que você não liga também!

E se não da liga...

- Um a um se desliga.

Nesse Mundo de ninguém...

Mesmo amando, não é possível permanecer em uma relação onde, ainda que não sejamos prioridade, nem sequer sejamos considerados.
Isso se chama briga de egos. Tudo que existe.

⁠Acho que no amor sempre tive sorte.
Nunca esperei muito, não sei se foi a chave ou o erro.
Sei que tudo melhorou bem mais, quando olhei pra trás e percebi que todos foram infinitos, até certo tempo mas foram.
Depois o impossível fica permanecer onde não mais encaixamos, e foi vida que segue, amizades que ficam.
Tudo certo, tudo melhor que caber no que não poderia mais.

O fim pode ser triste
Mas é sempre necessário
Um compromisso de aparências
Só magoa os dois lados.

A falência da sociedade humana

A falta de manutenção do sentimento
que motivou o namoro
leva ao fim do casamento,
com a falência da sociedade humana,
pouco importa o nome que lhe atribuímos
e, não as consequências da vida ou do destino,
nem da incompatibilidade de gênios,
mas do egoísmo,
que se traduz no individualismo,
na falta de reciprocidade,
hipocrisia, desrespeito e traição,
como sinônimos de indiferença
e pouco caso.

Nostalgia

Como quisesse amado ser, deixando
O coração sonhador, espaço em fora
A paixão, sem olhares e sem demora
Vestir tua quimera e partir em bando

Excêntrico senso, tonto, malversando
O tempo e a hora, sem valia: e, agora
Que passou, sente a solidão, e chora
E implora, a aura antiga recordando...

E, o agrado rebelando compungido
Atrás, volta carente de convivência
Do abraço com calor e de amante

E assim, nos versos andei perdido
- Já! pranteio a dor em reverência
Murmurando o amor daqui distante

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

⁠A cada dia venceu o desafio de viver explicando pro filho
Como pode ter nascido órfão se seu pai ainda se encontra vivo?
Existe ex-mulher, existe ex-amante, ex-namorada, existe ex-marido
Tu se separa da esposa, mas não pode separar dos seus filhos

Transitório

Eu sou o problema
o desastre natural
que em breve cessará
sem causar mais nenhum mal

eu sou o problema
religião desconhecida
que te cega e faz fiel
às dores implacáveis

eu sou o problema
doença sem cura
câncer do teu mundo
nostalgia insistente

eu sou o problema
motivação absoluta
arranha-céu onírico
pro teu doce suicídio

vê se sonha
vê se sonha mais uma vez
com teu inimigo
teu inimigo amado.

Inserida por JohnnyKwergiu

Sua imagem surgiu como uma planta
Aos poucos tomando forma
Brotava em mim novos ramos
Ramificávamos juntos todo o tempo
Infinitamente bela sempre foste
Nas noites que deixei-te só
Abrigaste-me

Iria manter esta ilusão para sempre
Sem pensar que poderia estar equivocado
Agora temo que você há de prejudicar-me
Busquei novamente seu passado
Encontrei razões que desejo não considerar
Lhe peço para que possamos conversar
Ainda há tempo para mudanças

Voltaram minhas antigas paranoias
Isso pode ter sido uma recaída
Enquanto ausências me consomem
Instintos orientam meus passos no escuro
Rasgo a velha sombra de tua presença
Aguardando a luz dos teus olhos negros.

Inserida por crislambrecht

Me afoguei em você um dia desses. Imaginei a água morna serpenteando nas curvas da sua face, virando uma queda d’água no seu queixo, e eu hora me afogando, hora flutuando. Me afogando. Fluindo nas poças acumuladas em suas covinhas, nessas que quis me enterrar até sumir dentro de você. Procurei por ar em todas as coisas que nunca tivemos, nos míseros momentos em que, sãos, deixamos o tempo abraçar-nos, e os acasos desfazerem, com desamor, o nosso amor.

Continuei ali, me afogando. Por cada beijo na ponta do seu nariz que reservei, e reservados permanecerão. Por cada enrubescer das suas bochechas ao me ouvir suspirar seu nome de lado no travesseiro. Por cada noite daquele verão agridoce, adocicado.

Certo dia me afoguei em você. Com você, por você. Contei, ainda que por pouco tempo, cada gota, cada pingo de chuva que molhou a nossa terra, mas não floresceu nenhuma flor, a nossa flor.

Inserida por igordenali