Soneto da Espera
(Soneto Eu)
Eu sou a vontade que você tem de vingança
Eu sou aquele que destrói a esperança
Eu sou aquele que nasce da dor
Eu sou aquele que odeia o amor
Eu sou a vontade que você tem de matar
Eu sou aquele que vai te odiar
Eu sou aquele que busca ilusão
Eu sou aquele que despedaça coração
Eu sou a vontade que você tem de desistir
Eu sou aquele que precisa mentir
Eu sou aquele que uma lágrima derrama
Eu sou os desejos que você tem na cama
Eu sou a criança que vai nascer
Eu sou o amor que acabar de morrer.
Soneto I
Queria poder estar
em todo lugar parado
para observar ao lado
o movimento chegar
olho ao longe sobre mim
todos os momentos loucos
que os sentimentos poucos
fizeram mal mesmo assim
se eu pudesse eu pediria
antes arte que a razão
que hoje é mercadoria
frente a tanta aberração
com emoção melhoraria
a vida de um cidadão.
( II Soneto / Noite)
Noite escura noite... Onde estou neste exato instante? Buscando palavras, pois minhas palavras deveras sentem, nunca foram pronunciadas, apenas sentidas. Diante da noite que se faz presente em imensidão, quero tratar de minha dor, noite de frio e de incertezas, noite escura que ao mesmo tempo se deixa iluminar pelo brilho das estrelas, que se fazem presente para dar vida ao véu que se debruça sobre mim. Diante de ser a ti e em ti o meu inspirador Amor, tomas em mim grande parte do que havia esquecido, tomas em mim um coração adormecido!
Noite, longa noite, não me maltrates, vai e deixa que a luz do sol possa iluminar o meu amanhecer, clareando pensamentos obscuros inseguros e frágeis. Quero de ti noite, apenas a tranqüilidade de um sono infantil, que ao embalar pensamentos, traz os Sonhos, sonhos que possam nunca passar de sonhos, ou os sonhos que possam se tornar realidade, pureza de uma criança.
Noite Fria Noite!
Clama por ti.
Desconfio - Soneto
Os dias são tão inertes e escuros,
As pessoas não se relacionam.
Existe o medo de dar de cara em muros,
Mas o que os aflige é a ferida que os direcionam.
No passado não tão longe,
Pessoas eram mais abertas ao próximo,
Hoje vejo que nada é como antes,
Cada um por si é o lema que levam para si próprios.
O amanhã pode até ser novamente triste e acabado,
Só que eu não vou deixar de fazer novos amigos.
O fato de ter se esvaído a emoção e ter ficado um estrago,
Jamais me fará um homem de pedra que apenas terá inimigos.
O correto e o errado podem seguir direções diferentes,
Mas o que me une á você é exatamente o que nos separa.
Sentidos opostos, almas próximas, assim caminho em direcção ao nada.
Soneto ás mulheres
Que todas as mulheres sejam felizes
Por darem vida a minha existência
Que todas as mulheres sejam amadas
Como deusas, rainhas, imperatrizes
Que todas as mulheres sejam realizadas
Que o amor se faça como uma dádiva
Que de suas almas sejam tiradas as cicatrizes
Do coração de toda mulher mal amada
Que o amor se faça como um presente
Dando luz a vida de todas as mulheres
Acalentando seus corações carentes
Que todas as rosas possam juntar suas pétalas
Em um único altar deixar suas mágoas e promessas
No altar do meu coração, o amor é o que ainda resta
Soneto de Sábado Square
E se a pessoa em que você sempre confiou de repente lhe parecesse estranha?
E se ela te atingisse no coração, dilacerando suas entranhas?
E se a pessoa que você sempre foi fosse posta em prova?
Falso é uma ova!
Você pode percorrer de dó até o si,
mas agora com certeza não fico mais aqui
se meu desejo agora é sumir,
não mais alimentarei o seu bisturi.
Ser jogado contra a parede
enquanto você descansa numa rede,
beba mais um copo, você não tem sede?
Somente eu tenho satisfação do que faço
se nessa cama de gato, nesse embaraço
minha verdade eu caço!
Soneto da destruição
Se a rosa fosse verdade
se fosse verdade a paixão
se a paixão fosse rosa
e se fosse rosa o coração
Abelhas dançam valsa
nas pétalas do coração
saias rodada e sapato de salto
seguindo a infinita canção
A valsa muda para algo sem fundamento
as abelhas voam em desencanto
tudo é tomado por asfalto e cimento
A rosa se transforma
e cai murcha no chão
Ah! Se fosse verdade a paixão
SONETO DO GRANDE ENCONTRO
A vida tem mistérios e razões
que somos incapazes de entender.
Por que ficar tentando se prender
a tão simplórias leis, explicações?
Valeu a pena quando corações
cruzaram-se na noite sem saber,
que aquele era tempo de viver
a eterna história tema de canções.
Perfeito, pois não tinham intenção.
Bonito, pois ninguém o planejou.
Encontro de linguagem e visão.
E, juntos, eles brilham uma cor,
que não se vê nos pares do salão;
a cor que eu chamo vida, outro, amor.
Minha amiga amada Mel (Soneto do amor)
Amo-te como um amigo real... não cantes!
És a mulher formosa aos teus sonhos do amor,
Amo-te como amigo aos teus prantos da flor
A casta noite, e há as belas amizades.
Amo-te um lindo coração à amizade,
O carinho fiel, és tão serena e bela
Amo-te como amigo bem-amado a amá-la;
E todo dia vais sentir-me a bela beleza.
Quero senti-lo a alva formosa sem brilho,
És bela amiga com doce sedução e flor
Amo-te, és tão querida ao meu doce carinho.
A aura perdida, e fui triste e sozinho...
Amo-te como minha bela amiga, Amor!
Sinto-te o belo coração em lindo ninho.
Soneto do amigo (Verso alexandrino)
Tinindo o nosso coração como o bom amigo,
Dize-me o doce carinho ao meu coração
Reza-me o vosso ser vivido à oração;
O fulgor glorioso sem vida ao teu abrigo.
Queres ser o meu grande amigo sem loucura,
Adoro a ti como o bom vate dos amores
Gosto de ti perfeitamente aos teus ardores,
Escrevo-te os bons poemas à tua leitura.
Amigo! Hás de abraçar-me o vosso viver,
A vós,inda hão de volver os lindos poemas
Sabei,como és meu doce amigo ao teu ser.
Amigo! Hás de volver-me o belo poema,
O vosso amor senti-me os teus abraços
Os seus poemas hão de tornar-me aos amigos.
Soneto do amigo
Gosto de ti eternamente, meu poeta!
A ti, que és tão adorado ao meu amor
A ti, que és meu grande amigo do labor.
Brilha-te o vosso soneto à boa ponta.
Em que o brilhaste tantos carinhos a ti,
Camões brilhou o teu coração à poesia,
Há o ensejo vivo como o belo dia!...
Adoro-te o bom coração em que vivi...
Adoro-te a boa amizade sem brilho,
Em que ouvi a tua vida tantos fulgores,
O belo soneto, que és um grande ninho.
Adoro-te como o teu melhor amigo,
És um único sonetista, se deres bem
Adoro-te a boa saudade sem abrigo.
Acredite no brilho do olhar mais puro.
Acredite no soneto mais belo.
Acredite nas lembranças mais dolorosas.
Acredite nos fatos inesquecíveis.
Não acredite nas verdades ditas pela boca alheia.
Imagine no inverso as tuas atitudes.
Não julgues o seu jeito de sofrer.
Não me culpe do meu jeito de te compreender,
Mais entenda o meu medo de viver sem você!
SONETO I
Quando uma faca atravessa o coração
E simplismente começa a sangrar
Se perde sempre a razão
Para até de pensar
Um dia farei isso, não
Farei até melhorar
Estenderei até a mão
Parar até de respirar
Para não ter um sonho em vão
E com vôçe uma eternidade ficar
SONETO II
Parece que ainda lembro
Do seu sorriso seu olhar
Que ainda tenho
Algo que queria te dar
Mas eu não sei o que era
Não sei o que falar
Parece que ainda fico mudo
Me paro pra pensar
Queria te dizer varias coisas
Que ainda estou a te amar
Parece que ainda me lembro
Do seu sorriso seu olhar
SONETO III
Se seus dias tem sido iguais
Hoje faça-os mudar
Não deixe seus dias normais
E fale o que tem que falar
Deixe a sombra de si mesma
Pela estrada deserta te guiar
Arrisque com seu coração
Por que ter medo de errar
Tira suas chances de acertar
Te faz perceber o quento seria bom
Se não tivesse medo de arriscar
SONETO V
O frio que um dia sentia
Foi embora quando voçe chegou
E tudo na qual entendia
Era que tinha chegado o amor
Quando se surpriendia
Quando te causava dor
Voçe se entristecia
Chorava por que amou
Este pobre coraçao não entendia
Tudo o que o outro falou
As palavras que ele dizia
Chegou o fim do amor
SONETO VI
Amo-te como a ninguem amei
Por que se assim não amar
Nao seria digno o que te dei
Nao seria melhor te olhar
Com esse amor apeguei
E a voçe nao deixo de gostar
E a esse nome me entreguei
E em voçe nao paro de pensar
Aquela boca que eu beijei
E nunca foi bom beijar
E no teu ouvido falei
Como é bom te amar
SONETO VIII
Diga-me tudo o que tinha pra dizer
A dor que lhe causei a mais
Jogue fora por assim dizer
E chore um pouco mais
Talvez depois disso possa entender
por que nao lhe dei a paz
Segure minha mao pra fazer
Discuta e nao volte atraz
Por que ao dicutir, fazer
Com que fique um pouco mais
E depois volte a me dizer
Que quer ficar um pouco mais
SONETO IX
Sozinho comigo mesmo
A solidao é mais forte
As lagrimas me causam anseio
E me falta até a sorte
Ainda assim fico pensando
Por que sera que sou assim
Sempre acompnhado estando
A ficar sozinho no fim
A dor é ainda mais forte
Quando passo a lembrar de voçe
Esta minha falta de sorte
Nao consigo mais te esquecer
Soneto sobre um sentimento profundo
Sou assim...
Uma lágrima que escorre
Um sorriso que alegra
Uma mão que protege
Uma palavra que machuca
Um olhar que se apaga
Sou como o vento que leva a respiração
E traz um sentimento bom
Sou como um abraço que produz saudade
E carrega o silêncio eternamente
Eu sou metade, metade de alguém
Que se encosta nos braços da dor
Pois a outra metade, pouco a pouco lhe entrego
Para que assim tu me faças a perfeição que não sou
