Soneto Amor Impossivel
Soneto de Divórcio:
Algo que não estava nos planos
Começou a entrar em pensamentos, um looping qualquer
Parecia que o pálido voltava ao corpo
De tanto desespero que foi as reações
De repente, o amor virou uma poça de lágrimas
O divórcio chegou, a chuva ácida de um relacionamento
A paixão acabou desaparecendo, o amor ficou numa areia movediça
E o divórcio chegou, dominando o centro
Algo que não se esperava aconteceu
Eu realmente não tinha ideia
Do livro que o futuro preparava
O amor ficou pálido, ficou abandonado
Do prédio que se desmoronou, restou apenas pedaços
Pedaços de memórias e recordações do passado
Soneto de Sinceridade:
Faço mil coisas pra te agradar
Com zelo, o fruto de meu relacionamento
Você pode estar cercada
Mas você me encanta por telepatia
Quero ficar com você em cada momento
Falo em todas as letras sobre sua sinceridade
Nesse vendaval, meu peito acelera
Mas mostra o peso de sua sinceridade
Quando você me procura
A angústia, a solidão, se derramam como sorvete
Porque o seu amor me traz o belo de volta
Eu afirmo dizer que o amor é único
Principalmente, quando se trata de sinceridade
Mas no infinito, tudo pode acontecer
Soneto da Noite**
Nesta escuridão, tu és meu manto,
Que me envolves em teu claro véu sagrado.
És da noite o mais fulgente encanto,
Astro em meu céu por amor consagrado.
Mesmo sem luar, és presente santo,
Farol no escuro, raio abençoado.
Neste vazio, és o meu quebranto,
Sombra e luz em sonho iluminado.
Da tua constelação, sou parte agora,
Feito estrela que em teus braços gira.
Noite e dia, és a minha aurora,
Mesmo quando a luz do sol se retira.
E se a escuridão me devora,
Tua chama em mim jamais expira.
Soneto do dia que partes
De repente, o canto que cantaste antes
Encantas, cada vez mais, meu coração
Me sinto, cada vez mais, perdido em relação
Mas voltas sempre que peço que cantes
Fizeste-me de risos, compunhas à conde
Escravavas-me em poesias mortas
Cada vez um pouco mais longe
Vias no espelho, sempre com rosas
Admito-me que as belezas são tristezas inacabadas
E que, ao salientar-te, buscam sempre a mesma
Pois elas não são mesmo as mesmas
E que tal, mudes-me sempre que puderes
Viste-lhe de tantos poemas impressos à mão
Faço-te rainha hoje, do meu imenso coração
Soneto da doce melancolia
Quando, felizmente, ponho minha cabeça em meu colchão,
Hei de lembrar de novo do porquê da minha solidão.
Lembrarei-me de um amor passado,
Que ainda pode ser encontrado no fundo do meu coração.
E quando as versáteis dores vierem dizer:
“Doce o amor e a companhia que não hei de ter...”
Ah, força que me cumprimenta sempre à noite
E volta pela manhã, sempre tão cedo.
E à tarde, à madrugada, sempre acendo
Uma vela pra distanciar pensamentos péssimos.
Pois, a mim mesmo, não entendo
O porquê de certas pessoas darem tiros a esmo.
Mas creio que o sideral é algo fatorial a dois
E que muda sempre que passa do depois.
Pois o que falta em mim, eu não busco sozinho.
Soneto do desconhecido ...
E agora o que fiz de errado novamente?
Como posso pensar de um modo e agir de forma tão diferente do que desejei?!
Amo sentir teu abraço, teu cheiro, ouvir tua voz, ficaria eu por horas na tua
Companhia, só para telo por perto.
Mas quanto te vejo meu coração bate tão forte que chega doer, contrarie-o minhas vontades meus desejos, faço o que não quero, por saber que é seu querer, será isto amor?
Queria grita, expressar com palavras, atitudes, queria que você soubesse que eu te amo, que fosse palpável, que você perceba no tom da minha voz a dizer-te
EU AMO VOCÊ.
Sempre fui saturno até o dia em que conheci você ,que me faz derreter com seu sol de verão ,seu calor degelou minhas armaduras e assim fiquei vulnerável
Mas quem nasce saturno sempre terá nove lua para esfria-lo e lembrá-lo de quem ele realmente é.
Por mais que eu ame amar você ,sempre serei saturno...
SONETO: AMORES
Os amores, tudo é flores corpos quentes, sorriso contente, mente dormente, olhar no infinito, grito não aflito ingrediente de uma paixão que viva sem noção de tempo
Os amores, donos da certeza que não haverá o fim, não reivindica nada pois tudo é perfeito
o beijo no queixo, o sopro no ouvido, a picada de olho dentro do olhar
Amores inocentes quem ama anestesiado por uma beleza inocente e o olhar de uma grandeza jamais vivida com tanta melaço
Amores dormem abraçados um ao outro acordando agarrado, chega a pensar que pode perder a respiração se sua paixão faltar.
SONETO À MINHA MÃE
Andando, adentro ao templo, em desalento;
num nicho azul, uma imagem guardada!
É sim, a Mãe Sagrada, que elevada,
me faz vibrar em raro encantamento!
Me veio à mente um tempo nevoento,
de lida amarga, dura, carregada!
Mas, logo eu vi, na santa abençoada,
uma expressão de paz e acolhimento!
Porém, é minha mãe que eu vejo nela!
Então, imploro, com a fé que cura,
que eu volte a ser criança sem ciência!
Que nos seus braços, que a minha alma anela,
sem dor, sem medo, apenas em ventura,
eu volte logo ao tempo da inocência!
13/06/2025
MAGIA DA POESIA (soneto)
No versejar doloroso, não diviso
dor alguma, é sentir e recontar
tem, choro e riso, céu e paraíso.
Todo um sentimento a poetizar
Também, um momento conciso
vindo d’alma, percebo, entanto.
No soneto triste, há um indeciso
verso de alegria e de um encanto
Uma dualidade, é dentro, é fora
embora, surgirá sempre a aurora
e uma ilusão pincelada na poesia
O canto, se com pranto, saudade
com o sorrir é cheio de felicidade
para bordar a poética com magia.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 junho, 2025, 14’24” – Araguari, MG
Soneto da Esperança:
Hei de lhe esperar à qualquer momento
Não vou ficar como estátua em vosso nicho
Eis a questão mais importante desse poema
Nós não somos enfeites para esperar alguma célula
Sou cauteloso o quanto possível
Dessa vez com zelo, nesse momento, o vegetal de um passo
Mesmo com tudo isso, não sei se tu esperastes por mim
Irremediavelmente, isso não pode ser comprovado
Por obséquio, me dê alguma resposta
Tente mitigar minha situação com algo qualquer
Antes de dizer: Aconteceu algo grave
E o fim desse soneto
Acontece na última estátua deste nicho
Onde ele espera a outra parte de seu axônio
EM TI QUE A ALMA AQUENTA (soneto)
Inverno... de prosas macilentas
Cheia de saudade, melancolia
Tão triste as trovas friorentas
Carregadas de soturna poesia
Pardo inverno de horas lentas
Sempre iguais, densa melodia
Ó versar, por que te apoquentas?
Não soluces mais, adoce, alivia!
Tudo é pressa, passa, é correria
Dos dias invernados do cerrado
Vai-se na poética que acalenta
Verás sim, soneto de invernia
Que canta o canto orvalhado
É em ti que a alma aquenta.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/06/2025, 14’45” – Araguari, MG
CÂNTICO ÁRIDO NO CERRADO (soneto)
Já não mais os agridoces cheiros
Vindos dos ventos dos silvados
Não ressoam cânticos brejeiros
Que concebiam versos alados
Onde estão os frescores cordeiros
Cheios de sessamentos afiados
Pelos dias amenos e tão inteiros
Cá no cerrado, tão pavonados?
Secura, aridez, rolando ao léu
Onde foste azul, cinza é o céu
E, que hoje vimos mais e mais
Tem poeira no horizonte, urge
No fim da vereda a sede surge
- Estia o chão e os mananciais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/06/2025, 10’39” – Araguari, MG
MEUS VERSOS (soneto)
Meus versos, assobio do vento no cerrado
A alma melancólica devaneando na rima
O sentimento escorrendo de sua enzima
Do grito do peito do sonho estrangulado
Mimo das mãos no verbo que a alma lima
Ternura na agonia, voz, o lábio denodado
Galrando sensações num papel deslavado
Que há no silêncio do fado em sua estima
Os versos meus, são o olhar em um brado
O gesto grifado no vazio sem pantomima
Vagido da solidão parindo revés entalado
Meus versos, da alacridade me aproxima
Me anima, da coragem de haver poetado
Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Abril de 2017 - cerrado goiano
SONETO À LUMINOSIDADE
Há em tanta luminosidade...
A paz que enche um lugar
Feita à mão por divindade
Perfeita a quem a encontrar...
E longe viver da maldade...
Que o humano teima em criar
Em claro mar da serenidade
De sal branco se purificar...
E sob a benção do sagrado...
A cada minuto contado
Nas águas vir se banhar...
Enquanto há vento soprado...
O pecado é decantado
Mas sem a alma turvar...
(SONETO À LUMINOSIDADE - Edilon Moreira, Agosto/2018)
SONETO PARA FLORBELA
A Florbela Espanca (In Memoriam...)
Quisera fosse este presente a uma flor...
Das criaturas, é a mais delicada e bela!
Na vida, na alegria, na tristeza, na dor
A sua presença é marcante e singela...
Nascida como Florbela de uma outra Flor...
Vertente em sonetos duma curta primavera
Que não se espanca, nem com pena de cor
E louva-se nos versos, por onde se reverbera...
Quisera merecer um soneto e não o compor...
E gritá-lo ao ardor por fora da estratosfera
Para ser percebido e causar-te, um fervor...
E repousar, se achegar, aonde o amor espera...
E achar teu doce odor, onde jaz, a miúda flor
Aterrada em luso solo... Tranquila... Mais etérea!
(SONETO PARA FLORBELA - Edilon Moreira, Julho/2016)
ESTADO DE SATISFAÇÃO (soneto)
Deixo a inquietude do versar na medida
Em cata duma beleza e de um esplendor
E, assim, de inspiração liberta, pela vida
Vou. Cheio de matiz em uma variada cor
É tom de ventura, o sentimento na lida
Desabrochado tal qual uma poética flor
Daquele especioso verso que dá guarida:
O doce beijo, olhar trocado, terno amor
A poesia nunca deixa a gente esquecer
Faz querer mais, faz o coração sorrindo
É o cântico em que a alma se põe a dizer
E, trovando, escorre pelas mãos, que diz
Um contentamento sempre bem-vindo...
Animando, o poeta, ser o menos infeliz.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG
NOVO ALENTO (soneto)
Encontrei-te nas nuances do meu verso
Por suave direção, assim, me levaram
Pelos caminhos da paixão, e tão imerso
Que os meus devaneios estranharam
Em cada estrofe um sentimento diverso
Ritmos afáveis de cada tom brotaram
Sou, de novo, feliz, ó destino controverso
Pois, ímpar amor, aos versos inspiraram
Antes, na poesia, conduzida a esmo
Quinhoando solidão de mim mesmo
Era pesar, inquietude, tudo dava dó
Agora, alojado pelo teu terno carinho
Os versos descrevem o nosso cantinho
Em uma poética onde não me sinto só.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 junho, 2025, 19’17” – Araguari, MG
Soneto da Gratidão Cósmica
Se ao alvorecer me rendo em reverência,
O dia abre-se em véus de ardente brisa.
No vasto etéreo, em mística cadência,
O tempo canta em cor que se improvisa.
Se à tarde, a vida em júbilo saúda,
Os ventos bordam versos no horizonte.
O instante flui, despido de amargura,
E ecoa um cântico em secreto monte.
Se à noite a gratidão me adormece,
O céu se estende em sombras ondulantes.
O medo jaz, disperso na quimera,
E o firmamento, em tons ressoantes,
Me sussurra um enigma que enaltece:
Sou parte viva da órbita eterna.
Soneto da Eternidade
Em cada passo, escrevo a minha história,
Gravando marcas pelo chão da vida,
Se o tempo apaga rastros na memória,
Meu nome fica, voz jamais contida.
Não busco glórias vãs que o vento leva,
Mas sim legado feito em chama ardente,
Quebrando as sombras, rasgo a noite em treva,
Pois sou farol em mar de alma descrente.
Se a morte um dia vier me desafiar,
Que leve o corpo, nunca o que forjei,
Pois quem constrói com fé há de ficar.
E assim, quando outros lerem o que eu sei,
Serei eterno em tudo o que criar,
E em cada mente livre, viverei.
Consulta Poética.
Bom, pelos seus relatos…
receito um soneto aos amores solitários
dipirona não resolveria o caso
então comecemos pelo dicionário
Vejamos… perdido? não, está aqui.
Quem sabe… Isolado? talvez, está só, também.
E se… Sim, esse! Poesia, a melhor definição
chama o médico que acabou o plantão.
E atrás da receita tem meu cartão
me chame se precisar… quem sabe
de instruções para sua nova criação
até mais, assinado: Paixão.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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