Coleção pessoal de XiuuThiago

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Pássaros engaiolados,
Cantam como livres.

A vida é um vaso frágil, mas lindo de mais para ser quebrado em qualquer solo sem cor.

Caminhe para o mundo, em que o mesmo não careça de sua crença, mas acredite em você.

UM SONETO DE GRATIDÃO

Sabendo que o verde nos provém a vida
E que a alvorada nos desperta
Enrouquecemos com silêncio de injustiça
Mesmo quando o bom senso impera

A gratidão é o percalço do homem
Que se contenta com a necessidade atendida
Que se desgrenha quando a mão amiga some
E que ignora quando a mesma lhe é servida

Sou grato a gratidão que me agradece
Sou grato a quem de mim caminha perto
Sou grato a quem me inspira um simples verso

E a quem minha alma enriquece
Agraciado sinto quando me amanhece
Esse sentimento que a tanto prezo.

VIVA COMO SE A VIDA PRECISASSE DE VOCÊ.

Forçado por impulsos incontroláveis
Eu paraliso e perco os sentidos
Observando e grifando, cada ponto
Que faz me perder em teu sorriso

Seguindo um comando intenso
Como um pescado, vítima de um arpão
Exaltando esse fixo olhar
Que balança em valsa, com meu coração

Nem o mais egrégio ser
É digno de desejar-te
Tal como a mais pura chuva
É indigna de banhar-te

Sob o alinhar de tuas curvas
Minh’alma se entrelaça
Sou leão em frente a presa
Em temporada de caça

Sou rocha em estado líquido
Sou fogo que não se apaga
Me condeno por intentar
Declamar-te com simples palavras.

Um dia, um ser gritou tão alto,
Que fez com que as pessoas
Parassem de repente, e começassem
A refletir sobre tudo.
Algumas enlouqueceram,
Outras revolucionaram e outras
Permaneceram em inércia.
Mas todos ouviram, sentiram
E se impressionaram, ao perceber
Que o silêncio pode gritar tão alto.

Quero ver
Quero ter
Quero querer
Quero prever
Quero perceber
O que tanto dizem, que me faz morrer.

Um Soneto Qualquer
Dirá um sábio algum dia
Palavras que não se anulam
Com divina eloquência
Ou similar envoltura

A cultura na penumbra
Essência insurgente
Como um solo transparente
Que não sente mas a chuva

Não há mais resiliência
O rapaz como amuleto
A menina em devaneio

Inspirações em decadência
Não pode virar tendência
Essa seca de cultura.

A poesia é o túnel que nos leva ao lado oposto da angústia.

Vida
Ah vida, companheira do sentido
Sabe as armas que empunha
Às vezes casada, às vezes viúva
Parte o montado e monta o partido

Quão benevolente és
Em tuas asas, sinto-me envolto
Tanto amarrado quanto solto
Mesmo com o peito ao revés

Não importa se ubíquo fores
Sua função não olvida
Planeja a chegada e a partida
Desabrocha e morre como as flores

A uma faca de dois gumes equipara-te
Assim como passeiam as estações
Letal como a munição de canhões
Indesejado o dia que findar-te.