Soneto 18

Cerca de 3275 frases e pensamentos: Soneto 18

⁠AMOR NO PARAÍSO
(Renata Guimarães Lima)

Não deixemos o inverno forte
Desfigurar nosso jardim de amor
Que as quatro estações tenham o mesmo valor
Alegria em abundância

Com seus devidos juros
Dez vezes mais felizes a cada dia
Vamos criar o milagre da felicidade eterna
Passando a viver no paraíso

Mesmo a morte não irá sucumbir
Esse grande amor
O valor dessa paixão será eterna

Na doce música dos ventos fortes
Com a graciosa luz da lua
Caminhando juntos em plena harmonia

Inserida por ellenketlen2014

Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.

Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.

Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.

Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.

Luís de Camões
Melhores poemas de Luís de Camões. São Paulo: Global, 2012.
Inserida por pensador

⁠COVEIRO

Mudei-me para o bairro do pé junto,
lugar calmo e de muita urbanidade,
porém recanto morto da cidade,
pois, pra vizinho, tenho só defunto.

Eu mesmo me respondo se pergunto,
e, sem por que falar amenidades,
já penso com maior profundidade,
comendo pão de queijo com presunto.

Coveiro sou, estou a edificar
um bairro para baixo, nos canteiros
onde todos irão se aconchegar.

Sou construtor dos lares derradeiros,
e vou cavando sem me preocupar,
pois nunca fiz enterro de coveiro...

Marcos Satoru Kawanami

Inserida por mskawanami

⁠O GIGANTE SENTIMENTO
(Renata Guimarães Lima e Edson Nelson Soares Botelho)


Amor a magia que nos faz sonhar
Uma heroica flecha lançada para o nada
Ou a mais certeira das flechas disparada para a alma
Então sigo na caminhada rumo a maturidade


Com a chave do estreito caminho da felicidade
Na privacidade do espelho esperando a receptividade
Na busca incansável para alcançar minha alma gêmea
Na infindável trajetória de um caminho absurdo


Do ato de ser cega ao resvalar dos espinhos
E o perdão da vida no abraço dos anjos
A atitude de amar a vida e subir feito um raio


Na transparência de todos os sentimentos alcançados
Pela força do destino fazendo a silhueta da lua
Na última flecha lançada de uma batalha perdida

Inserida por ellenketlen2014

⁠SOU UMA GIGANTE
(Renata Guimarães Lima e Flavia Siqueira)


Um dia percebi que sou gigante
Pensei que fosse um sonho
Só me convenci de tudo
Quando a noite chegou


Uma estrela esquivando-se dos astros
Iluminou-me completamente
Dizendo tu és uma gigante
Sabes realmente fazer de tudo


Principalmente no amor
Que não deixa poeira escura atrapalhar
Quebrando todas as barreiras


És gigante porque sabes amar
Do espaço entre duas estrelas
É o tamanho do teu amor

Inserida por ellenketlen2014

⁠Luz da Inspiração
Na inspiração dos meus escritos, um fio de luz,
Lampejos que cortam densas trevas, sem cerimônia,
Em mim, unem-se como fios, sem andar perdidos,
Métrica e rimas, deixamos de lado, com harmonia.

Expressão da alma em chama, sem fronteiras,
Sem cessar, obras abstratas em busca da verdade,
Ânsia por desvendar o desconhecido, sem fronteiras,
Liberdade e justiça, clamor e realidade.

Com a razão como guia, desbravo a vastidão,
Nas palavras, a força que liberta, perfeição,
Evolução é minha busca, enfrento a escuridão.

A vida, efêmera, e a morte nos alcançará,
A essência que nos move, sempre brilhará,
Assim como o sol na terra, a inspiração em mim está.

Inserida por AugustoGalia

⁠Laços de Inocência

Entre as mãos infantis, a inocência
Cuidando de outra criança desprovida
Um século de mãos, em negligência
Que negam amor e segurança à vida

Mas na escuridão, uma luz reluz
A compaixão, como estrelas a brilhar
Aqueles que estendem a mão, a sua luz
Podem nas almas feridas, cura plantar

Assim, na correnteza da existência,
Onde a dor e o amor se entrelaçam,
Encontramos na nossa experiência,
Que é no ato de dar que nos abraçam.

Que o mundo se encha de mãos que doem,
E o amor nasça onde antes havia só poeira,
Pois é na ajuda mútua que floresce o que é ser humano,
Nessa dança de dar e receber, a vida verdadeira.

Inserida por AugustoGalia

⁠TEU APARTE

Não repara nunca? pelo sonetear
Dores sussurradas na madrugada
Que cantam, suspiram, mais nada
E, nas rimas, aquele tom de amar
No entanto, a saudade neste lugar
Tenteia, deixando a emoção alada
Em uma sensação tão encantada
Amor que, às vezes, põe a chorar

Poética! emotiva. Frágeis sentidos
Sentimentais. Beijo-te! perdidos!
O soneto, então, assolador. Vem!
E as treitas, bem se importam elas
Continuam soneteando, tagarelas:
Assim, teu aparte, deve ser também.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/09/2024, 05’39” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRIMAVERA

"Enflora-se o arvoredo. É a Primavera.
Rosa rebentam álacres de flores
Bordam-se os vergéis e os arcos de hera;
E as andorinhas fazem seus amores.

Bandos de borboletas multicores
Passam no ar e o longo inverno passa...
Cantam as aves pelos arredores
E a natureza de festões se enlaça.

Desfaz-se o vôo da quadra fria e triste
E dos montes redobra alegre os flancos
A luz do Sol. Da neve nada existe.

Assim como esse inverno, bem quisera.
Também se fossem meus cabelos brancos
E voltasse-me a antiga Primavera."

Curitiba
2 de agosto de 1908

Inserida por quimbanda

⁠TÃO POÉTICO E SUAVE

Tão poético e suave se apresenta
Um verso, quando, então, poeta
O amor. E que a paixão completa
Com suspiros e emoções secreta
Sente-se louvada e mais profeta
A sensação, mais cheia de meta
De acaso, que na rima se aquieta
Sobre a alma de graciosa faceta

Fascina tanto a quem lê e tanta
Fascinação enfeitiça e encanta
Que não o crera quem não lera
Dos seus versos emanar parece
Cânticos ternos que enternece
O sentimento cheio de quimera.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16/10/2024, 12’05” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠Panacea

Rabiscando ao natural
meia página de linhas
descrevo a visão minha
do sorriso dessa jovem

imagem que não me foge
sol de aurora outonal
brilhando luzes como tal
ostentando seu feitiço

não quero viver omisso
e meu desejo abrumar
embebido quero estar
no seu toque de veludo

senda lírica que rumo
se encanta ante ela
ah, beleza etérea
és digna de Panacea
...de Panacea

Inserida por Erianclom

⁠ÉRIDA

Sem chão nem Fé, me vi flagelado
bem apegado a um Amor tinhoso.
Devaneando, morto, ao Sol do Descaso,
vi o mundo ruir. Abismo vultoso.

O bailar de Érida, Corpo equilibrado,
vinha mostrar seu Passo virtuoso.
Era o Baile corrente, aclamado,
tecido nos Saltos sem pouso.

E veio o Sonho: e foi desperdiçado!
E veio a Morte: o luto renovado,
o espinho encravado em meu pé!

Tudo indicava o Sol! Fiquei embaixo,
na Prisão que estive e em que me acho,
a Sonhar e a bailar, sem chão nem Fé!

Inserida por RomuloBourbon

⁠A guerra do corpo

Esquerda e direta vão se atracando
Cada um contrário ao outro.
A cabeça fica no meio,
deixando a boca falar...

O ouvido escuta o bonito e o feio,
pois sua função é escutar!
O nariz sem ter onde se meter
solta seus suspiros...

Já os pés precisam andar,
se corre o bicho pega.
O bicho come se for ficar...

O corpo está todo dividido,
mas se não houver unificação...
O coração fica aturdido!

Maria Lu T S Nishimura

Inserida por marialu_t_snishimura

ALIANÇA

Invisível é a flama que arde na troca do olhar
DIvino é o enlace das almas no beijo de saudade
MeIgo e doce abraço, és o terno arauto de felicidade
Oh! lInda jóia, devotada em minha vida a apaziguar

Verde oLhar, preciosas esmeraldas me encantaram
Nas caudaLosas ondas, lapidados guilhões de metal louro
Suaves pétaLas alvo-luz, envolvem e adornam igual tesouro
Torpes laços, Linde beleza que minhas quimeras cobiçaram

O Amor é uma doMinante centelha, que o venturo norteia
Transcendem as priMaveras, tormentas e o eterno porvir
Nossas memórias perManecem, legadas ao afeto que semeia

Frutos, que de ti, graciosA flor, d'alma vossa raiou e descendeia
Em teus braços oh! virtuosaA, lânguido descanso ei de dormir
És desvelo, esposa e amante, te Amo além do anel que nos laceia

Edson Depieri
https://www.edsondepieri.com

Inserida por Edson_Depieri

⁠Poço

Os arranhões na parede do poço
Mostram como tentou subir um dia,
Não conseguiu pela culpa, embora moço,
Poderia chorar até transbordar, e sairia.

Sucumbe aos delírios da solidão,
Cansado, machucado e um dia caído,
Busca ao longe ajuda, sorriso ou mão
Alguém que lembre que tenha vivido.

E na corda que poderia subir
Resolve apertar o nó do pescoço,
Mas a tristeza não deixa voar e cair.

Transbordando as lágrimas de desgosto,
E os arranhões na culpa do moço,
Mostram a parede, embora no poço.

Inserida por fuadcaetano

⁠NEOWISE
(Dedicatória ao cometa que passa nos céus)

Passei a noite vendo o cometa.
Sentado bem no topo do monte,
olhei para a linha do horizonte,
e vi o Neowise de minha luneta.

Aos dez anos, criança espoleta,
vi o Halley por alguns instantes.
Como eles, somos só visitantes
por tempo certo nesse planeta.

Como era linda a cauda brilhando!
Nem acredito que era só de poeira!
No alto do céu lembro dele voando!

Mas é triste e dói na alma inteira
sentir todo o mundo ir passando...
Tal qual cometa, vida é passageira!

Inserida por RomuloBourbon

⁠AMA-ME MUITO!
Vilma Oliveira
Ama-me meu amor, e por que não?
Fúlgidos rubis entontecidos...
São os meus nos teus lábios unidos
Meu coração dentro do teu coração!
É uma febre-terçã que de mansinho
Toma todo nosso corpo, a Alma...
Aos poucos se esvai e se acalma
A febre, o rubor devagarzinho...
Amemos meu amor, que tudo passa,
Célere como o dia, vens me abrasa!
Deixa-me presa aos sonhos teus...!
Amemos meu amor, que o mundo é vão,
Beija-me! A fumaça é a ilusão...
A saudade tua, os devaneios meus!

Inserida por vilmaoliveira

⁠ANDORINHAS MORTAS
Vilma Oliveira
O meu sonho a evocar-se altivo e forte
Em coroas de ouro a palpitar delírios
Poentes de novembro doces martírios
Ao pó do esquecimento até a morte!
Nesse horizonte de bruma opalizado
Onde mergulho a alma lírica e pagã
Falenas entontecidas, flor da manhã,
Rosais celestes em canteiros sagrados!
Pus-me a fitar o efêmero, o nada,
Em ritmos fleumáticos, extasiada,
A miragem fugidia do meu jardim;
Mísero pungir dessa chaga aberta,
As andorinhas mortas, a vida incerta,
A esvair-se em sangue dentro de mim!

Inserida por vilmaoliveira

⁠ASAS DO VENTO
Vilma Oliveira
Se essa voz do vento murmurasse
Aos teus ouvidos, os meus desejos,
Na minha, a tua boca calasse...
Teus lábios, a me tocar com beijos!
Se o silêncio da noite despertasse
Os teus sonhos de luzes coloridas
Cada estrela do céu não se apagasse
Ao ver-me sem a Luz da tua Vida!
Nas asas do vento vou colher rosas,
Em nuvens pesadas e vaporosas...
Contidas pelo pranto que me invade;
A primavera saudosa de nós dois...
No arrebol da longa espera, no depois,
Vergel florido a recompor saudades!

Inserida por vilmaoliveira

⁠" Fiz "

De tudo eu fiz pra que valesse a pena
e, para tal, de muito eu abri mão
movido por amor e por paixão
na entrega verdadeiramente plena!...

Fiz como pude e como o coração,
sangrando tanto afeto nessa arena
imposta no querer que me condena,
mandou-me amar com tanta devoção.

Se hoje se difere a nossa estrada
e nem sequer te sintas mais amada
eu sei que, do que pesa, a culpa é minha...

Por condenado, fiz o meu destino
sabendo que serei qual peregrino
na solidão em que a alma em mim caminha!

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