Sombras
A delicadeza não exclui a força, assim como as luzes não apagam as sombras; juntas, elas definem nossa resiliência e caráter.
Ruas escuras percorro nas sombras da noite um alvoroço.
Viver nessas ruas sem poder circular inteiramente nua, sem pressa e sem meta é falta de alegria, igual a uma epidemia.
Mesmo assim eu insisto em sair na rua, pois cada canto tem um cheiro, um ar e um apelo.
Lá naquela casa que moro, sou apenas mais um corpo.
Ninguém fala, quando falo, ninguém me escuta, estão todos sem astúcia.
Sombras
Aquelas sombras que pintava todas as noites, não eram apenas sombras...
Eram meus sentimentos.
Eram meus piores sentimentos.
Trazia para uma tela tudo aquilo que sentia,
E com um giz pastel cinza, desenhava meus pensamentos.
Eu era uma “mente aberta”.
Deixava transparecer em meu rosto e minha alma
Tudo aquilo que me incomodava,
Que me afetava,
Que me fazia mal.
E todos que olhassem para meus mais singelos desenhos, indagavam-se: “Por que suas mais belas artes são pintadas com as mais sombrias cores?”
E eu respondia: “De que beleza seriam essas obras se não fossem pintadas com as cores de meus sentimentos?! Suas cores são como as sombras dá mesma forma que minhas emoções são como o pó: se perdido, não é encontrado nunca mais!”.
Ascensão das Sombras
No vórtice do abismo, onde o nada se esconde,
O grito da alma, na escuridão, responde.
Cada cicatriz, cada chaga do passado,
Revela o que vencemos, o que foi superado.
Não surgimos titãs sem ter sido grão de areia,
Sem sermos dilacerados pela fúria alheia.
Pelos vendavais, pelo veneno das dores,
Nas cinzas da derrota germinam os fulgores.
Decomposição e renovação, dança da existência,
Fragmentado, reerguido, em eterna resistência.
E quando o fim parece ser a única saída,
O cosmos nos atrai, chama para a vida.
Erguendo-se além das trevas, da matéria vil,
O espírito se alarga, imenso e sutil.
Pois em cada ruptura, em cada desalinho,
Surge o caminho estelar, nosso destino divino.
O vento sussurra lamentos de desespero, Sombras dançam em triste melancolia. A alma se arrepia em desespero, E o gelo da solidão consome com agonia
Na dança sutil da existência,
Entre risos e sombras dançantes,
A vida se revela em sua essência,
Tece histórias, misteriosas e fascinantes.
Nos caminhos tortuosos do destino,
Desvendam-se segredos, se escondem enigmas.
Entre o efêmero e o divino,
A vida desfila, cheia de intrigas e estigmas.
Em cada suspiro, um instante efêmero,
Um fragmento do eterno em constante mudança.
A vida, discreta em seu mistério supremo,
Flui como um rio, em busca da esperança.
Nas entrelinhas do tempo, o amor se entrelaça,
A vida, poesia eterna, em cada alma que passa.
"Nas sombras da guerra, ecoam os gritos, Enredados na dança da destruição. Entre ruínas e lágrimas, o mundo desfaz-se, E a esperança resiste em busca da redenção."
"Ninguém chega à Luz
sem antes passar pelo
caminho das sombras"
[...]
Sensação gélida de medo:
limita a capacidade moral,
amarga a bebida da fé,
adormece o sonho colossal
Ponto falho e sem sentido
é ver esse sonho arruinar;
quando há oportunidades,
lute para ele se concretizar
Lute, mas não lute contra a dor!
Essa dor, por vezes, insuportável,
é amiga do processo de evolução;
é dor com a qual se deve conviver,
para compreender sua imperfeição
Deixo aqui uma atitude sábia:
"o exercício de negar a negação"
Permitir-se é o segredo
que nos veste de saber;
armadura que protege,
que nos faz sobreviver
Ir defronte aos seus infernos,
e enfrentar os seus demônios,
reconhecendo suas frustrações
E se for combater algum vilão,
mire quem vende a perfeição,
fórmula utópica dos charlatões
[...]
O outro lado do muro
tem o cheiro da infância;
tudo é mais saboroso,
tem respeito e importância
Não é com sorte que se chega lá,
tampouco aguardar pelo socorro;
na verdade, há um Vale de lições,
experiências que ferem corações
Todos nós chegamos lá,
por vezes atravessamos
para o lado acalentador
Todo dia o portal se abre
para que possamos viver
a doce sensação de amor
[...]
"Um dia, um Grande Sábio desceu
à morada infernal para poder,
então, ascender de vez aos Céus"
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam oque outros erguiam
E eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso, abraçava de menos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro
Quero sentir as sombras do vazio
Neste silêncio longo e frio
Quero viver delírios do passado
Como um cisne negro e mal amado
Nas sombras que me tortura sob a luz que me abandonou...
No exato momento do desfecho a dor transmite serenidade do prazer...
No caso que esperar os atos omissos de um mundo doente por conta da manipulação...
Sem sombras
Não adianta tampar o Sol com a mão, ele sempre vai brilhar e iluminar o coração dos corajosos,
e se a um Sol para cada um, não deixe outro coração fazer sombra no seu.
O aprendiz e o anjo.
Era jovem,
Portanto imortal; assim pensava,
Nas sombras do mal, caminhava
Em noites dos prazeres, para saberes,
Nas esquinas da escuridão
De meu próprio coração.
E mesmo assim
Um anjo cuidava de mim,
E, deste jeito, me tornei
Aprendiz de poeta,
Que um dia erra e outro acerta.
multiplicam-se sombras
ténue pestilência
sigilo absoluto
infestam mudas
o chão
a parede
o tecto
e a alma
à luz da noite
brotam
impetuosas
precipitando a diáspora
do corpo humano.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "infestação")
Nas sombras do olhar...
Sombras que dão o desatino...
Sendo sincero vivemos apenas até amanhã...
A morte se torna roubada...
Num sonho profundo...
Mero desejo que a vida deixou...
Desejo que rasga o peito e se entranha na pele.
O perfume do teu corpo embriagado...
Nós antros sombrios sinto saudades...
Não é fogo nem o castigo da condenação...
As lembranças de uma história bonita que terminou...
E as visões e imagens são o maior atributo do sofrimento...
Pois a solidão te faz feliz,
Depois se cai no esquecimento...
Os anos tornasse realidade das décadas...
O fruto do amor está amar a cada instante que passou...
Mesmo sendo amor platônico...
A tanto tempo perdido pois nunca mais amou...
Um anjo tocou seu corpo inerte diante o brilho esplendoroso da luz que abandonou....
Suas lágrimas cobriram rios secos e almas sedentas...
No sepultamento do querer foste tudo que amou....
Nem sofrimento se comparou após a perfeição dessa existência...
Até o apogeu se dá o infinito do amor...
A falta de coragem de algumas pessoas, fazem com que elas se tornem sombras de outras. Sem alma, sem cor, sem beleza, sem brilho... Como se fosse, apenas, um eco num espaço vazio.
09/03/2019
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