Sombra

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Na sombra...




Sol escaldante, ventos uivantes,


na sombra da árvore gotas de paz caem juntamente com as folhas secas,


um pensamento empoderado controla a respiração deixando a vista turva e os lábios secos,


no açoite da paixão o orgulho foi ferido, mas na lapidação das decisões sobre o valor do caráter o sofrimento torna o homem sábio,


na sombra da árvore gotas de paz caem dando sentido e direção ao novo rio que nasce.

Antes do sucesso, a sombra dá seu último suspiro, o eco de todas as resistências que um dia te impediram de avançar. E então, ao ser integrada, ela se dissolve diante da tua iluminação, abrindo um oceano de infinitas e promissoras possibilidades.

Passamos a vida tentando vencer a sombra, sem perceber que ela só quer ser ouvida.




Quando a reconhecemos e a integramos, o que era dor se torna força, e o que era medo se transforma em consciência.

Tenho Fé

Por entre as árvores e seus galhos secos, a sombra da sua presença é sentida;
No caminhar, a sensação de que algo está para acontecer a qualquer momento é percebido;
Mais alguns passos mata á dentro sozinho e trêmulo, o desespero toma conta do meu ser;
O medo do inevitável ganha força quando o que era dúvida se torna realidade, o que se apresentava como vulto sai das sombras das árvores e da dois passos lentos com olhar firme e poderoso;
Não adianta correr, gritar, chorar ou reagir, o pesadelo á frente é mais forte, ágil e veloz, o medo é percebido com o bater descontrolado dos dentes e as travas repentinas das pernas;
O dia de sol quente propício para um gostoso piquenique a beira do rio com alguns amigos e familiares parecia chegar ao fim;
O mundo parou naquele momento, as batidas do meu coração faziam barulhos semelhantes a uma bateria de escola de samba, o meu sangue acho que evaporou de tão suado e pálido que fiquei;
Comecei á rezar e implorar a Deus por misericórdia, por um milagre, porque á minha frente estava nada mais, nada menos, que uma onça vigorosa e cheia de maldade no olhar;
Ela ficou parada me olhando por um longo e duradouro minuto, então; respirou forte e sumiu no meio da mata densa;
Acredito que a fé em Deus move montanhas, assim como nos protege e nos da fôlego de vida para continuarmos seguindo em frente...

Enquanto a lua pintava a sombra do sol perdido, o silêncio aprendia a dançar com as lembranças.

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo...”
(Salmo 23:4)


Deus não se ausenta na dor. Ele se aproxima. Ele não apenas vê, Ele sente contigo.

Hoje, o Céu ainda clama:
“Escolhe a vida, abandona a sombra,
lava tuas vestes no sangue puro,
e caminha no temor do Senhor”.


Porque o pecado é sentença de morte,
mas Cristo é a Ressurreição e a Vida.

Há vidas que brilham tão forte,
Que a sombra não ousa tocar,
São corações que amam tanto,
Que a própria morte precisa esperar.


E o céu, que as conhece pelo nome, diz:
“Espere, morte… porque ainda há propósito em andamento. Ainda há feridas que essa alma vai curar, ainda há lágrimas que essa vida vai enxugar.”

A saudade é como voltar a um
rio que já não tem peixe,
é sentar-se à sombra de uma
árvore que já não dá frutos,
mas ainda abraça com sua
quieta proteção.

Estar vivo é isso:
é sentir saudade, é temer a perda,
é compreender que tudo passa —
e que nós também passaremos.

Até lá, seguimos vivendo,
e viver exige coragem para sentir
tudo o que a alma insiste em tocar.

Entre a Culpa e o Perdão


Caí…
O peso que sinto é insuportável.
A sombra que plantei sem perceber
voltou — fria e silenciosa —
como quem cobra o preço do erro.


Matei meus sonhos,
feri quem me amava,
e me perdi de mim.


A culpa virou meu pesadelo,
um eco no escuro da alma,
e me abraçou… como a morte.


Gritei…
mas só o silêncio respondia.
Chorei até o choro secar…
e ainda assim, doía.


Achei que Deus não me ouviria mais,
que o céu havia fechado pra mim.
Mas foi no chão…
entre a culpa e a morte…
que eu escolhi recomeçar.


Quando todos disseram “não”,
O Pai disse “vem.”


Ele não me cobrou explicações,
não perguntou o que fiz, nem onde estive.
Apenas me olhou —
e o olhar d’Ele…
me trouxe de volta à vida.

A matéria é apenas a sombra projetada por algo muito mais essencial.

A dor é ferida, mas também é portal. É silêncio, mas também é grito. É sombra, mas pode ser aurora. E talvez seja justamente por isso que ela nos humaniza: porque nos lembra que viver é atravessar, e que cada cicatriz é também uma inscrição de resistência, uma marca de que seguimos, apesar de tudo.


Tatianne Ernesto S. Passaes

O egoísmo é a sombra que se ergue quando o "eu" se coloca acima de tudo, acima de todos, acima até de Deus. Ele se infiltra silencioso, disfarçado de cuidado próprio, mas na verdade é prisão que nos afasta do outro. É o gelo que congela relações, o silêncio que exclui, a exigência de que o mundo inteiro gire em torno de um único centro: o próprio ego.
Ele veste máscaras de amizade possessiva, onde o vínculo só existe se for exclusivo. Ele se revela na inveja, quando o brilho do outro incomoda, quando a felicidade alheia parece injusta, como se apenas nós fôssemos dignos de sorrir. O egoísmo é a recusa de celebrar o outro, é a incapacidade de reconhecer que a vida é feita de partilha.
Na sua essência, o egoísmo é solidão disfarçada de poder. É um coração fechado, incapaz de se abrir para o coletivo, incapaz de enxergar que o verdadeiro sentido da existência está no encontro, no abraço, na comunhão. Ele nos faz acreditar que somos donos de tudo, mas na verdade nos rouba o essencial: a capacidade de amar.
E quando o "eu" se torna absoluto, o mundo perde cor. A humanidade se torna cega, incapaz de ver além do próprio reflexo. O egoísmo é um espelho que só mostra a própria imagem, enquanto a empatia é uma janela que revela horizontes infinitos.
Superar o egoísmo é aprender a se doar sem esperar retorno. É reconhecer que o outro também merece, também sente, também sonha. É abrir mão da posse e abraçar a liberdade do amor. É lembrar que não somos o centro do universo, mas parte de uma grande teia onde cada vida importa.
O egoísmo é sombra, mas a empatia é luz. E só quando escolhemos a luz, o "eu" se transforma em "nós", e a humanidade reencontra o caminho da esperança.


Tatianne Ernesto S. Passaes

Noite Leal

Caminho na sombra
com a lealdade cravada no peito,
como quem guarda um pacto
feito em silêncio antigo.

Meu sorriso?
É lâmina brilhando no escuro:
feliz, afiado,
nascido do que ninguém vê.

E enquanto a luz fria
escorre pelo espelho,
minha mente viaja —
longe, muito longe,
por estradas que só eu conheço.

Ainda assim, permaneço firme,
de pé, inteira,
com a noite ao meu lado
como velha companheira

Dê poder a um tirano e você verá a verdadeira extensão da sua sombra. O poder não transforma, apenas revela.

Reflexos no espelho


Mesmo que veja mil formas em mim
Cada olhar é só sombra do que não tem em si
Eu caminho pelas minhas ruas de vento
Cada passo meu é poema que invento




E se me julgar pelo que faço ou deixo
É reflexo dela, não do meu desejo




Faço por mim, canto por mim
Não é culpa, não é dívida, não é fim
O mundo pode sentir, pode comentar
Mas o coração que pulsa é só meu lugar




A cada nota que solto na noite vazia
Eu devolvo ao silêncio a minha alegria
Se houver espinhos no que deixo passar
São sementes que nela vão brotar




E que veja o que falta, não o que tenho
Que a sombra do outro não apague o meu lenho
Porque cada gesto, cada fio de voz
É meu, é meu, não importa o que ela sós




Faço por mim, canto por mim
Não é culpa, não é dívida, não é fim
Que ela veja, sinta, chore ou sorria
O que eu busco é só minha poesia

Iluminar-se não é fugir da sombra, mas integrá-la.

O musgo e o polvo


Ah! como adora
o seu leito de pedra à sombra da mata,
o musgo verdinho.


Já o polvo no pote de barro, engana-se.
Sua morada é curta
assim como a sua vida!


<>


A pesca artesanal do polvo, ainda é feita, utilizando-se potes de barro
que são lançados no fundo do mar.




Um haicai de Matsuo Bashô:


Jarros de polvo-
Um sonho efêmero,
luar de verão.




Poema de J.A.Lopes

Uma cama estreita,
Água fresca,
Sombra de um cajueiro,
Noites mais longas,
Dores mais curta,
Um montão daquilo que serve pra tudo, tipo limão.
E tu!

Que a morte espere nossa boa vontade,
Que na vida não exista saudade,
Que a cadeia alimentar seja mito,
E se for preciso eu invento uma máquina que pause o tempo no exato momento que eu conheci você.

Faz tempo que eu penso nisso
Pra mim é igualzinho ao paraíso que tantos querem ir.

AO CALVÁRIO
Autor: Góis Del Valle

Ao Calvário, em passos lentos,
sombra e dor, Sobre os ombros,
a cruz a pesar. No olhar, um mar
de amor, mesmo ao ver a noite
chegar.

Gritos ecoam, pedras no chão,
O açoite rasga a pele em vão.
Mas Ele segue, sem recuar,
Cada ferida, um novo altar.

O céu se curva em pranto e aflição,
O sangue tinge a terra em redenção.
O céu se curva em pranto e aflição,
O sangue tinge a terra em redenção.

Oh, meu Senhor, teu fardo era meu,
Cada espinho rasgava o céu.
Mas em teu olhar, havia a paz,
Que fez do fim, um renascer…