Som
A busca pelo ideal as vezes é cegada pela referência que está submetida a vivencias imersas de escassez; Somente Deus com o mais audível som pode falar ao coração, acalmar a desarmonia, suprir as faltas, cessar o lamento e transformar em plenitude de paz a mais latente destituição.
Silêncio impossível do pirilampo voar
Som descartável o impede a escutar,
Criação imensurável, incapaz de aspirar
Quão vulnerável, insectum iluminar.
O que os profanos chamam de coincidências, os iniciados buscadores da Luz, sabem que são fenômenos não causais que podem ser chamados de “sincronicidades”. A vida espiritual, metafisica e mental superior das coisas e dos fatos se comunicam o tempo inteiro dentro de um só movimento no exato momento infinito que muitos conhecem como eternidade.
DEVANEIOS
Ó caro silêncio, por que se fazes presente aqui?
Quem lhe chamou? Quem o convidou?
Submerso estou nas águas mais profundas de um imenso oceano.
E quem se faz presente? Você, ó silêncio.
Poderei um dia ouvir o som das águas agitadas e das bolhas de oxigênio estourando na superfície?
Me deixe sair, me deixe sentir.
Não seja egoísta querendo tudo pra si!
Me deixe em paz mas não me deixe.
Tu sabes, ó silêncio, que és rude, mas ao mesmo tempo, ironicamente, tu és, ó silêncio, meu companheiro.
Meu isolante, aquele que me faz pensar no oceano mesmo sem ouvi-lo.
Obrigada, caro silêncio, por me permitir refletir. Isso e somente isso, é pelo que serei grata.
Agora me deixe sair e tentar.
Não me deixe com esses devaneios excessivos, pois tu sabes que os tenho.
Me deixe silêncio, e só volte quando eu mandar.
Você promete que é diferente
Você jura que ouviu
Eu não me importo se você não o fez
Porque eu simplesmente adoro o som da sua voz
Você interpreta o mocinho e, em seguida, induz suas mentiras inocentes
Mas eu as vejo no nascer do sol
Esse som aquece meu corpo mesmo com o ventilador ao meu lado soprando minha alma, meus dedos escrevem letra por letra as coisas que ouço das notas do piano, notas que facilmente são entendidas e que fazem eu não pensar nas coisas ruins que assolam as pequenas dificuldades que tenho, mas que pra mim são gigantes, essas notas me salvam, eu escuto notas coloridas.
Depois de muito tempo descobrimos que o universo tem som;
Depois de muito tempo, consegui descobrir que o amor faz eco, tem som;
Escutei um som suave, doce e único, então reconheci, era a sua voz!
O som que da vida!
Velhos tempos, saudosos momentos que as minhas doces lembranças me trazem, o memorias danadas de boa!
Interior do estado de Alagoas, município de Xingó ( cidade de Piranhas) para ser mais específico.
O que diriam meus vizinhos, do gosto eclético pelas músicas ouvidas em alto e bom som pelo meu pai?
Ele ouvia com propriedade o bom e velho som do rei do Baião ( Luís Gonzaga), gostava de um Alceu Valença e se derretia com a boa música de um tal de Tom Jobim.
Era enjoado; adorava estourar os meus ouvidos ao som de Elvis Presley e Raul Seixas.
Mas quando o senhor alegre, chamado Djalma colocava aquelas músicas internacionais lentas, não importa os cantores, tinha que ser lenta, ai meu amigo! Ele incorporava a língua inglesa no corpo que só ele mesmo entendia e achava que cantava bem pra caramba.
Com o passar dos anos foi acrescentando outros estilos musicais como o Reggae, o Samba, o Funk e até o Axé. Graças ao meu bom Deus meu amado Pai não quis entrar na arte da dança, se manteve firme apenas no seu estilo único de cantar em voz auto desde que pudesse ser ouvida por toda a vizinhança; cá entre nós eles adoravam os shows oferecidos pelo meu querido Pai.
Vergonha; eu na minha infância? Não, nenhum pouco; são momentos e situações como essas que vive; que me trazem saudades de tempos tão bons da minha vida.
O universo tem som diz uma teoria recente, mal sabem eles que foi eu certo dia gritando sem parar; te amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!
Se não há ninguém para escutar, não há som, só se ouve o som de uma árvore quando se está perto dela.
Na Cimática, a doença, nesse contexto, pode ser compreendida como um estado vibracional caótico; e a cura, como o retorno à coerência.
AO SOM DA SAUDADE
Ó, cessai, que está cadência entedia
Aperta a sensação, causando lacuna
E, com tristonhos ritmos importuna
Sem a poética que o amor quereria
Deixa inquieta e desejosa a poesia
Indo em busca de recordação una
Se com a falta o vazio se coaduna
Então, não deixai estar na teimosia
E, o que passou no passado perece
Ao vento ali mirrando. Ó agitação!
Que tédio amargo está lembrança:
Viver catucando a chaga em prece
Ter o versejar turrão na inspiração
E a saudade em uma eterna dança.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19/10/2024, 13’15” – cerrado goiano
Poema:
Ouço um som..
Acordes ou batidas, ritmos ou sinfonia, da razão a simples vida.
Canções expressam a vontade da alma e da lágrima que se passa.
Ouvir essa canção que invade o ser e que incentiva a cada emoção,
Claves ou pausa entre a música que passa, podemos sentir a comoção que o artista declarar.
Cada música que ouço vivo um momento que meu coração quer declarar, em palavras e frases que ao mesmo não posso falar.
Vivenciar cada momento com música nos faz ver a vida com mais emoção e liberdade, enxergar o que tudo se move através de simples canções e te leva até os céus sem ao mesmo sair do chão.
Cada toque em meu piano declaro que meus olhos tentam falar, por isso que a vida é bem mais fácil quando a música existe em nossos corações para disfarçar a dor e esquecer o passado de dor.
Som expressivo da chuva que cai naturalmente lá fora, ouço agora da janela do meu quarto, acompanhado da minha insônia, sentindo uma sensação agradável, tendo uma ocasião simplesmente inspiradora, aguardando a chegada do sono após o avanço incansável das horas.
“A felicidade do roqueiro é aumentar o som, a felicidade do sertanejo é aumentar o som, a felicidade de qualquer banda é aumentar o som, a minha felicidade é morar longe.”
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