Solitude e Solidão
É bem confortante permanecer na minha melhor companhia.Voltamos e nos perdemos sem medo de pular nossos abismos. O escuro de nossas lacunas descansa o olhos do mundo, sem que seja necessário qualquer resposta. Nos dilaceramos com óbvio. E rimos das banalidades virais. Quando me encontro só não há solidão, só uma tristeza que insiste em sorrir a face do mais profundo de minha alma. E então me perco de novo dentro de mim. E me encontro, me desperto, e volto para aquilo que ainda nem sei, mas me faz o que sou. Presa dentro do que serei e acolhida pelo que eu fui.
By Cyrlene Rita dos Santos.
Inspiração Clarice Lispector.
Se,
se tudo vai,
tudo volta.
Volta contra você,
para você.
Você decide o que,
quer aceitar
ou
rejeitar.
Rejeitar o que,
você quiser
ou não
quiser.
Quiser amor,
paixão
ou
carinho.
Não rejeito nada,
nada de bom
se é que
existe.
O ruim existe.
Uma imagem mais antiga para personificar meu cerne solitário.
Quando me entristeço, aquieto-me. O silêncio é meu relicário!
Quando percebo que não sou inteiramente bem-vindo, eu vou embora sutilmente.
Se desapareço é porque as palavras perderam o sentido e o companheirismo tornou-se um ausente.
Não invisto energia em um jogo que não me satisfaz…
Quando me afasto é porque pequenas atitudes, aos poucos, me deixaram para trás!
No final das contas, todos nós precisamos aprender a conviver, mesmo que seja conosco mesmos; A sós, o problema é maior, pois, enquanto a solitude é uma escolha, a solidão é uma ilusão que pode agravar as dificuldades.
O amor,
o amor modifica todos,
até mesmo os mais
fortes.
Ele chega como um tiro,
um tiro de shotgun,
se espalha em nosso
corpo e fica.
Fica como uma cicatriz
que ainda não fechou,
fica em aberto e
machuca.
Ele é mais forte
que todos os outros
sentimentos que o homem
é capaz de suportar.
Na maioria das vezes
é
insuportável.
Sente-se demais.
As pessoas pensam que quando você se sente sozinho, você precisa de outras pessoas, mas muitas vezes o que precisa é se encontrar novamente. Alguma parte de você ficou para trás.
O poder de prever comportamentos deveria ser encarado como dom e usado ao meu favor, longe disso, não me passa de um infortúnio, fomentador do insulamento.
"Quem se torna uma boa companhia para si mesmo nunca mais se sente dependente da companhia alheia para estar bem".
Não existe atalho para tornar-se 100% empreendedor da própria vida. E essa matemática fecha simplesmente porque a solitude jamais será sinônimo de felicidade plena.
Pessoas,
quanto mais longe,
mais me sinto confortável,
mais me sinto bem
onde escrevo este,
em meio á elas.
A solidão não é o fim,
é o meio,
o meio do caminho,
para finalmente se encontrar.
Onde minha companhia
é mais amigável que dos demais,
onde realmente me encontro,
por fim,
no caminho.
Humanidade.
A humanidade necessita
de mais amor,
mais paixão,
mais calor.
O destino da humanidade
é o mesmo
menos egoísmo,
menos rancor,
menos calor.
O fim do individuo
fora da humanidade
é o mesmo,
a incessante escuridão
da morte.
Nada me prende,
a não ser duas fortes
coxas femininas.
Nada me prende,
a não ser as cordas
do ringue.
Nada me prende,
a não ser o sofá
e a escuridão da minha sala.
Nada me prende,
a não ser uma
garrafa de Whisky.
Nada me prende,
a não ser um bom
livro de romance.
Nada me prende,
a não ser Bukowski e
Mozart.
Nada me prende,
a não ser o amor
de uma mulher.
Nada me prende,
a não ser a escrita
de um poema.
Nada me prende,
sou livre.
A pressa em que a sociedade caminha
é a mesma pressa em que o predador encontra a sua presa.
A velocidade em que a sociedade caminha
é veloz como a mordida do predador.
É forte, é voraz,
é mortal.
Ninguém enxerga,
ninguém quer ver
mas a morte está
vindo contra você.
Você será consumido por ela
da mesma forma em que a
presa é consumida pelo
predador.
Normal,
natural,
e ninguém vai perceber.
Indivíduos realizados, alegres e com vidas próprias, compõe casais mais interessantes, interagentes, interativos
Somos pequenas imensidões, nos isolamos, nos fechamos em nós mesmos e esquecemos como o outro é tão profundo quanto o nosso proprio ser.
Autor: Douglas Almeida Vergilio