Solidão
VOLTA
Minha andorinha,
Voando sozinha,
Fugindo assim;
E porque fugir,
Sair do teu sossego,
Do teu aconchego,
Segui outro rumo?
Voas sem pensar,
A qualquer direção,
Expõe-se ao perigo,
Sem saber se um dia,
Poderás voltar.
Minha menina ,
Dengosa, teimosa,
Tentas apagar,
Lembranças de mim,
E da sua agenda ,
Deleta meu nome,
À se distanciar,
Através do tempo,
E seguindo ao vento,
Sem ter a certeza,
Onde irá pousar,
Nessa insegurança,
Não encontra abrigo,
Menina teimosa...
Volta minha vida,
Minha pombinha,
Vem de regresso,
Ao teu lugar certo,
Que em nosso ninho,
É o teu lugar.
Eu vivo a chorar
Essa sua ausência
Que me joga ao léu
Sou o teu menino
Que chora teu Abraço
Que sem teu calor
Não me resta vida
É só você mesma
Que me dá sossego.
Meu bem meu amor
Volta minha vida
Minha andorinha
Voa pra meus braços
Não se exponha ao vento
Seja em movimento
Seja contra o vento
Estou te esperando
Pois aqui é teu lugar.
Ciclo que se completa
Se o tempo lhe apagasse do meu coração
Quão bom seria aliviar a dor solidão,
Mas a cada amanhecer de um novo dia
É um renascer mais intenso desse amor.
E se a distância só aumenta o meu sofrer
A saudade me faz mais e mais querer você.
E nessa luta aguerrida e enfurecida,
Em mim você se torna mais e mais querida.
Se te amo como amo
Está em ti o meu viver
Nesse ciclo que se completa pela vida
Quando eu posso amar você.
Edney Valentim Araújo
Teu olhar
Onde quer que eu olhe
Imagino o teu olhar,
Para ver o que tu pensas
Ansiando me ver lá.
Onde andas? Oh! minha amada...
Sinto o teu perfume no ar,
Nesse vento que te toca
Para ser meu respirar.
Vem trazer mais vida a minha vida
E faz meu dia mais feliz.
Estou vivendo no anseio
De a ti me entregar.
Edney Valentim Araújo
lagrima que cristaliza no coração...
no espaço o tempo se curva,
a soma dos teus sonhos
alma perdida na gravidade
de pensamentos perdidos...
a soma de uma elipse duvidosa
como teu amor...
que paira nas sombra da tua alma.
A historia marca a pele com cortes profundos
que coração sangra em memorias
mortas de tais sentimentos...
ninguém compreende essa minha vida...
com este espirito que vaga pelas ruas vazia da alma,
dilacerada pela noite que consome o coração em chamas...
A depressão...
meus sonhos domem num profundo sentimento.
A DOR É UM JOGO...
nada tem importância...
a realidade reflexo do meu coração angustiado...
ninguém preenche o vazio,
a decepção parece tão normal.
nem sinto a realidade.
monstros atrás de seus olhos...
tudo pode ser tristeza,
que come alma nas trevas,
quando a beijo, tudo morre
nos espaços vazios dessa terra.
não amor, o fim do mundo,
há onde está? quando tudo aconteceu,
tudo é um jogo! ainda nada tem data...
pedras rolaram e outras estrelas caíram
e os anjos ainda vem ver por do sol,
entretanto a horda do caos devasta a cidade...
se a morte deseja até maquinas que te fazem viver
descanse em paz,
na cidade de ilusões seja mais um terror
bebida que se destila nas profundezas da alma.
nos falta tantos sentimentos
sinto que tua alma se perdeu
nos dias que se passaram.
não respiramos mais
tantas evidencia de amor...
fantasmas...
sentimentos que devoram
ousadia,
que s passa pelo tempo...
lagrimas que dissolvem
nessa linhas que se expressam,
involuntariamente,
o custo de gostar,
reprime se num espaço vazio.
Porto, Coração
Que porto estranho é este?
Não aportam barcos ou navios.
Guindastes soltos, containers
vazios.
Ninguém passa, nada existe,almas
por aqui devem vagar.
Talvez seja o porto da própria
solidão.
Porto perdido entre neblina e fumaça.
Quem sabe aqui não ancore a saudade?
As brumas brancas não existem só a
escuridão o invade.
Assim fica o coração quando o amor
parte e não volta, não há vida tudo
morre.
Um coração sem amor,é um porto perdido
pelo espaço.
Vive sempre vazio abriga o fracasso.
Com o tempo só lhe resta entregar-se
às ilusões, e a corrosão das águas da
saudade.
Ah! pobre porto, pobre coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Às vezes é preciso matar o sonho pra que alguém possa viver seu próprio sonho,
E nem por isso deixa de ser uma prova de amor.
Edney Valentim Araújo
Conhecidos
Estranho! somos conhecidos.
Ah!.. estes olhares que se cruzam no repente
Pra se prenderem apaixonadamente...
Assim você ganhou o meu amor e o meu coração.
Mais estranho é saber que desse jeito eu já fui visto
E sou amado por alguém...
Que me ame esse alguém,
Se não você, não me seja outro alguém.
É frio o desencontro desses corpos
Que se vem a vagar distante d’alma gêmea,
Meu corpo, outro corpo, são só corpos vazios
Que se juntam para enganar a solidão do desamor.
Posso escolher não te querer,
Mas não há como enganar o coração.
Posso me acompanhar de um outro alguém,
Mas não posso sentir teu calor.
São muitas as paixões que movem a vida ou morrem com os sonhos,
Mas é único o sentimento que nos faz viver, o amor.
Às vezes é preciso matar o sonho pra que alguém possa viver seu próprio sonho,
E nem por isso deixa de ser uma prova de amor.
Edney Valentim Araújo
Há anjos de Deus cuidando de nós
Portanto, ainda que nos sentirmos sós,
nunca estamos verdadeiramente sozinhos.
Exílio do teu coração
Estou fugindo desse amor
Já partido de alma e coração.
Deixo para ti o meu calor
Caso chegue frio inverno da solidão.
Se lembrares de que eu te amei
Saiba que é mentira!...
Ainda hoje eu a amo apaixonadamente
Mesmo que não more em teu coração.
Para onde eu vou sabes tu,
Vou para o exílio do teu coração.
Não é a minha morada, é meu castigo,
Viver perto de você e tão distante desse amor.
Terá em mim um coração aberto,
Venha quando quiser...
Seja do teu jeito,
Se me amares, sempre será bem vinda.
Edney Valentim Araújo
