Solidão
É mais fácil pegar um atalho, do que respirar fundo e retomar o caminho trilhado de uma vida. Afinal o novo é sempre melhor opção.
Será?
O caminho antigo você o conhece nos mínimos detalhes, mas, o novo atalho, pode ser uma caxinha de surpresas.
Será que vale apena pagar o preço pelo desconhecido?
dias se passam no sofrimento
começa com gole de café...
muitas vezes não há o que fazer
o melhor não é continuar,
num refrão as vezes que tempo se foi
e nos dias que podem ser melhor
em teatro de vampiros
sejam as lagrimas que se passam
na poeira jogadas pelos cantos
tanto como se perdemos em dias cheios...
até parece ter sonhos,
esperando chover...
entre as linhas a dor que expressa se
num ar da perfeição.
ainda seria o momento mais queria
sem sombra de duvida.
QUEM NUNCA?
Quem nunca abriu mão?
Quem nunca soube dizer não?
Quem nunca tentou achar a luz do amor, uma fresta se quer, no quarto escuro do olhar de alguem que não te quer?
Há dias e dias me some a companheira poesia...
Vagueia como gaivota a fluir no frescor do céu marinho...
E cá fico à espera no vazio do ninho...
A vagar na névoa das sonoras horas...
Do tempo de outrora, a filha do agora!
E aqui fora apresenta um convite de nova promessa de vida, de sonhos e de alegria!
Falta-me a letra dessa canção!
Então, a minha fantasia!
resoluções,
mundo é tão barulhento...
minha mente esta em silêncio,
isso é bom,
está feliz,
em minutos tudo passou,
um pedaço e suas emoções...
tudo parece ser lindo,
até que a solidão se abateu,
e a evolução é marco no espírito.
Enquanto você se entristece pelos que lhe excluem, deixa de prestar atenção em quem Deus levanta para lhe acolher.
“Estava pensando em você...
Meu ontem, meu hoje, meu agora...
Companheira por esse mundo afora
Dádiva, lembrança,
Eterna canção...
Presença constante na minha saudade,
Um adeus no fim da tarde,
Solidão...”
“O silêncio é quebrado por suspiro, quando a tenho em meus braços...
Suspiros meus e teus, que se entranham e enlaçam assim como nossos corpos e dedos.
Mãos que percorrem teu corpo, como se amanhã não houvesse... e na verdade, não há.”
Hoje eu quero ficar sozinho. Vagando na solitude. Por vezes, me pego pensando e percebo que não estou só. Encontro-me com um turbilhão de pensamentos. Estes, por vezes, torturadores e, às vezes, libertadores. Começo a falar com alguns deles. Percebo que eles falam, mas são emudecidos, não consigo ouvir, mas sinto, sinto a vibração dos seus movimentos em mim.
Hoje eu quero ficar sozinho. Porém, quero a minha companhia. Quero brindar com ela. Quero comemorar o caos, aquilo ali que nomeamos de sentimentos, seja ele qual for. Nesta festa, consigo bailar com alguns. Outros correm. Outros morrem. E quase sempre sou perseguido, atropelado por algo que jamais pensei que fosse aparecer na minha direção, na minha estrada.
Hoje eu quero ficar sozinho. Sim. Mas quero a sua companhia. Quero te encarar de frente e dizer mil e uma palavras. Faltam-me as palavras. Falta-me a melodia para usá-las na tempestade. O vendaval intempestivo se aproxima. Quais as minhas armas? No momento, o silêncio fúnebre e a Maria Fumaça sentimental. Vejo muitos vagões. Cada um reserva uma surpresa diferente nesse turbilhão de pensamentos. A locomotiva está a todo vapor.
Hoje eu quero ficar sozinho. Não por uma escolha, mas por uma necessidade. Preciso encarar os monstros. Os fantasmas pairam diante do abismo. Acho lindo. Venero-o. Bato continência. Sou regido por ele. Abraço-o. Ao fim, um grande rio... Oh, mãe natureza, brinda comigo!
Hoje eu quero ficar sozinho. Quanto ao amanhã... aí eu já não sei se quererei ficar sozinho. Possa ser que sim e, indubitavelmente, possa ser que desejarei a tua companhia, a tua doce companhia.
Demoramos a perceber que o amor nada mais é que a ilha onde tentamos no aguaritar do continuo bradar das ondas do mar da solidão!
