Solidão
Exatidão ou solidão
No momento próprio, para alguma coisa, a permanência do tempo é uma estação. Às vezes dizem que pareço com as cores que absorvem a luz. Eu costumo gostar de azul, e no temporal de chuva e vento eu sempre perco o calor e um amor. Eu conservo a calma, e escrevo sobre a ausência que se situa no tempo. O assentimento é como um pedido de confirmação, a agitação violenta da atmosfera não balança mais meu coração. O verde ainda habita em seus olhos, penso que a incógnita é se ainda floresce em meu coração, ela costumava a ser como um jardim de inverno, que eu envidraçava e enchia de luz. Aos poucos ela foi perdendo o brilho, o movimento ou a ação, foi afrouxando e cessando de viver, finar-se, o temporal era um mar intenso, marítimo sofrimento profundo, desaparecendo de mim. Já não era quente, nem morna... Era o tempo com você. A pigmentação desaparecia em seu rosto. Eu queria cor, mas dava tempo ao tempo que a levou. Errei, acalmei, aceitei, esfrie, guardei, um pouco do que amei, e se amei. Ela desaparece em mim. Ah tempo que eu lembro, da impressão que a luz refletida em seus olhos dilatados, pelo seu corpo colorido, tom rosado de pele humana, era a expressividade de linguagem, realce e tom, feição coração profundo coral ornamental, vistosa flor era ela. E o vento, tempo ela levou com si. E eu aprendo a viver sem ti. Impassível de paixão, só um calor comunicativo. Foi à intermediação de uma grande paixão. A quem diga que foi uma grandeza de amor.
Vai navegar na solidão, afundar nas profundezas do teu ser... e mesmo assim, não deixará de existir.
A solidão não me mete medo .
Gosto do meu casulo !
Prefiro me ausentar
do mundo lá fora .
Prefiro estar longe mesmo
e navegar profundo em meus tantos ,
desenhando meus sonhos ...
Respirando meu silêncio
por entre luas e estrelas .
SOLIDÃO BORRALHEIRA (soneto)
Erma solitária solidão borralheira
Que atulha o cerrado de melancolia
No entardecer encarnado em romaria
Alongando o minuto em hora inteira
Assim só, os sonhos vão pra periferia
A espiar a sofrença além da fronteira
D'alma, caraminholando oca asneira
A crepitar agonia em atroada sombria
O vazio do imenso céu sem cabeira
Nos engole com chilreio e zombaria
Galopando apertura numa carreira
Tétrico encanto da solidão crua e fria
Que do silêncio é a sua mensageira
E que ao coração saudades anuncia!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Um dia quis te entender, mas seu silêncio me interrompia.
Um dia quis te amar, mas a sua solidão não me favorecia.
Então, um dia resolvi te esquecer, e você não fazia questão nas palavras que eu dizia.
Na solidão, me esqueço. E nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos, me olho no espelho e me acho dentro do isolamento...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim"
Na solidão, me esqueço. E nos silêncios com as noites sôfregas, que são povoadas de desejos ávidos, me olho no espelho e me acho dentro do isolamento...
Não percebo os estímulos, não acalanto a ternura, que mora em mim... Não aquieto os meus temores de ser só... Com a solidão, poderei sair por aí, caçando afetos, aceitando sobejos, confundindo não estar só... Trocarei, em sonhos, bilhetes tristes e acordarei vazia de mim mesma... Me perderei na fragilidade, que é o lugar onde encontro a mim mesma...
Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha...
Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura, me manterei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar, assim mesmo...
Marilina Baccarat no livro "É mais ou menos Assim"
Quando.....
Quando te vejo perco o chão
Quando não te vejo sinto imensa solidão
Quando te vejo me falta o ar
Quando não te vejo não sinto vontade de respirar
Quando te vejo meu coração dispara
Quando não te vejo me sinto só em meia a multidão
Quando te vejo você vira minha inspiração.
Solidão/PE
A Solidão que descrevo em verso
É o horizonte promissor do sertão
Um espaço bucólico no universo
Que encanta e comove em oração
Terra de gente singela
Que sonha à espera da sorte
Enquanto constrói com cautela
O caminho para manter-se forte
Do menino ao velho sábio
Histórias de fé não faltam por lá
Romeiros em visita incansável
Buscam conforto, entoam cantos como sabiá
Sob as bênçãos da Senhora de Lourdes
Toda Glória para a cidade e seus filhos
Uma grande família e união, suas virtudes
Querem, ó Pai, que lhes indique os trilhos
Na praça sob a sombra e frescor
A boa prosa dura o tempo esquecido
O ir e vir de um povo acolhedor
E o ficar sob o azul mais unido
Com o xaxado é festa, é magia
Com a sanfona é cantoria, é prazer
As carências não sufocam a alegria
Pudera todo filho neste berço permanecer
Não conheço a terra Solidão
Mas de longe cultivo carinho
Imaginando o viver na região
De certo ninguém lá é sozinho
Encerro estes versos com esperança
De um dia todo o povo abraçar
Até lá o meu desejo é bonança
E conquistas possam todos celebrar
A partir da solidão você começa a observar, e por fim entender as pessoas, ver o que ha no coração delas. Mas são poucos os que se erguem dela e usam isso para fazer o bem, mas sim o mal.
Trabalhe com a solidão de forma correta, ela será mais construtiva do que ter muitas pessoas a sua volta
Alguém que navega no oceano da solidão vê outras pessoas, outros sorrisos, outras almas, porém é cego para a própria existência.
Solidão é um sentimento intenso de falta dos outros. Sentimento tão forte que anestesia a falta que você faz para você mesmo(a).
Quando estamos na solidão, o futuro parece um paraíso distante. O passado, um paraíso do qual você foi expulso.
DESERTO DA SOLIDÃO
Entre dunas de areia que
São levadas pelos ventos
Sussurro dores e lamentos,
No deserto da solidão
A areia é tão quente e macia
Mas não vejo solução, no
Deserto que é minha vida só
Encontrei ingratidão.
Ainda que eu ande não encontro
Uma direção, perplexo e cansado
Me entrego a tão dolorosa depressão
As noites são tão frias e as lágrimas
Tão gélidas que congelado está meu
Coração, para onde se foi aquele
Sorriso que me mantinha vivo.
Os dias são tão quentes e mesmo assim não aquecem meu coração e continuo sozinho nesse deserto da solidão…
MEDL 2016/12/22
A solidão é um território bastante perigoso...muitos obstáculos; muitas descobertas, algumas vezes pode ser encarada como um presente, podemos ter à oportunidade para dar um mergulho em nós mesmos e realmente nos encontrar, mas também pode se transformar em uma maldição, se você não for capaz de reagir poderá se perder pra sempre.
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