Sol
"O sol e a tempestade caminham juntos, não como opostos, mas como partes inseparáveis do mesmo tecido. Não é sobre esperar o alívio ou temer o caos, mas sobre aprender a existir entre eles, encontrando significado no intervalo."
Nasceu da terra quente e sofrida,
Onde o sol queima mas também abraça,
Da pobreza fez força, da dor fez vida,
E na luta constante não perde a graça.
Tem os pés firmes no chão que o criou,
A alma moldada por séculos de história,
Cada passo que dá é um grito que ecoou
Nas ruas da dor e na busca da glória.
Vive por outros, carrega o mundo,
Nos ombros marcados pelo suor diário,
É pai, é irmão, um amor profundo,
Que enfrenta o destino, severo e precário.
No campo ou na cidade, ergue as mãos,
Com esperança tecida em cada gesto,
Constrói para os filhos futuros sãos,
Mesmo que o presente seja modesto.
O homem africano é raiz que resiste,
É tronco que cresce onde poucos veem vida,
Na pobreza encontrou a razão que persiste:
Dar tudo por amor, sem medida.
É herói invisível, força maior,
Guardião do riso e das memórias,
Um guerreiro que enfrenta o pior,
Para pintar a sua família de vitórias.
Quando Eu Te Quis
Quando eu te quis, eras horizonte,
distante, intocável, como o pôr do sol.
Chamei-te em silêncio, e o eco das horas
respondeu com um não, seco e só.
Eu te olhava, desenhando futuros,
enquanto teus olhos vagavam além.
Te dei meu afeto, sem medo, sem muro,
e recebi o vazio que me cabia tão bem.
Agora, chamamos de amizade
o que restou do que nunca começou.
Somos risos breves e uma saudade
do que talvez, um dia, se formou.
Mas te confesso, sem mágoa ou lamento:
quando eu te quis, era puro e real.
Hoje, somos brisa num tempo cinzento,
amigos, talvez, mas nada igual.
E assim seguimos, distantes e perto,
trocando memórias sem aprofundar.
O que era desejo ficou deserto,
mas te guardo ainda, como o mar guarda o luar.
Na Simplicidade
É na simplicidade que a vida floresce,
onde o brilho do sol toca o amanhecer,
nos gestos pequenos que ninguém esquece,
e no silêncio que nos deixa entender.
Não é na grandeza que mora a verdade,
mas no instante breve que passa e fica:
o vento dançando na tarde,
o riso espontâneo que não se explica.
É na folha caída, no voo do pássaro,
no cheiro da chuva que toca o chão,
na criança que ri de um mundo raso,
e no calor sutil de um aperto de mão.
Essência não é ter, mas sentir,
é viver sem peso, é olhar com o coração.
Quem busca o simples aprende a existir,
e encontra o infinito na palma da mão.
Assim como a Terra se move em torno do sol, Deus move o coração daqueles que o Amam para junto da sua Eterna Graça.
As pessoas não envelhecem por causa do sol e do tempo; mas, por causa da prática de seus pecados que corrompem o corpo, a alma e o espírito.
Invejar a força de vontade do seu próximo é como invejar o sol: a luz está disponível para todos, basta você querer ser iluminado
Suspiro um vago grito mudo
mudo para tons de verde seco
seco ao sol est'água ardente
aguardente que bebo dum trago
Trago comigo um estômago farto
farto de sentir este cheiro
cheiro novamente o velho cravo
cravo as unhas no cimento
Cimento ideias dispersas em fumo
fumo um cigarro no silêncio
silencio vozes no caminho
caminho vazias as ruas do reino
Reino tudo num brinco
brinco às palavras neste espeto
espeto tudo bem fundo
fundo amarguras em desejo
Desejo alcançar o brilho
brilho entre períodos de sufoco
sufoco sentidos virados a Este
este é o meu ponto num conto
Conto lentamente as pedras do rio
rio às gargalhadas num suspiro
Suspiro um vago grito mudo
AS PIPIRAS E SEU CANTO DE ADEUS
Quando o sol se despede, no horizonte a brilhar,
As pipiras se reúnem, começam a cantar.
Com vozes suaves, em harmonia sutil,
Entoam um lamento, um canto de perfil.
Oh, pipiras dançantes, que voam pelo ar,
Teu canto é um eco, um sussurro a flutuar.
Nas tardes serenas, sob o céu em cores,
Teu canto de adeus é cheio de amores.
As folhas se agitam, em reverência ao som,
E a brisa se une, numa dança em tom.
É um hino à despedida, à vida em transição,
Um lembrete gentil de que tudo é canção.
Quando o dia se vai e a noite se aproxima,
As pipiras se elevam, como estrelas na rima.
Elas nos ensinam que o adeus não é fim,
É um ciclo que se fecha, um recomeço assim.
E ao ouvir seu canto, sinto a alma tocar,
Uma melodia antiga que vem me abraçar.
É como se o tempo parasse, em um instante,
E a beleza da vida se tornasse vibrante.
Oh, pipiras queridas, com seu canto tão puro,
Vocês trazem a esperança, um amor que é seguro.
Que ao soar do adeus, surjam novos começos,
E que o eco da vida ressoe em nossos versos.
Assim, celebro as pipiras e seu canto de adeus,
Pois na fragilidade, revela-se a força dos céus.
E mesmo na despedida, há sempre um renascer,
Um convite à jornada, um eterno florescer.
Eu e Você: Sol e Lua
Eu sou o Sol, que brilha ao dia,
E você, a Lua, em poesia.
Somos opostos, mas nos completamos,
Em um ciclo eterno nos encontramos.
Quando amanheço, ilumino o caminho,
Você, ao anoitecer, traz o carinho.
Na dança do tempo, somos certezas,
Unidos, pintamos a beleza.
Eu aqueço, você acalma,
Sou a força, você é a calma.
Mesmo distantes, somos conexão,
Dois astros ligados por emoção.
E quando, no horizonte, nos tocamos,
O céu veste cores que celebramos.
O crepúsculo é nosso doce instante,
Prova que amor é eterno e constante.
Eu e você, luz que nunca apaga,
Somos Sol e Lua, um só na jornada.
POETA: IVAN GUEDES BLACK JUNIOR
A Chegada do Solstício de Verão: Bem Vinda Litha
No alvorecer do Solstício de Verão, quando o sol brilha com toda a sua magnificência, celebramos a chegada de Litha, a dança eterna da luz e da vida. Os raios dourados beijam a terra, enchem os campos de vitalidade e os corações de esperança.
Neste momento de plenitude, somos lembrados da generosidade da natureza, que nos abraça com seu calor e nos convida a florescer junto a ela. É um tempo de gratidão pelas colheitas abundantes, pelos sonhos que germinam, e pelas conexões que nutrimos com amor e propósito.
Com o brilho do sol em seu zênite, acendemos fogueiras simbólicas, representando a chama eterna que habita dentro de nós. Dançamos e cantamos, celebrando a vida em toda a sua exuberância, em harmonia com os ciclos da terra.
Que Litha traga para cada um de nós a clareza do dia mais longo, a energia renovada e a promessa de novas possibilidades. Que nossos corações sejam guiados pela luz, e nossos espíritos iluminados pelo amor e pela alegria que este momento sagrado nos oferece.
No horizonte
O por do sol esta sendo engolido mais uma vez pela imensidão do oceano no se perder do horizonte. Sentado em uma pedra com os pés sobre a água vejo a beleza acontecer e me emociono ao recordar de momentos tão ricos vividos neste mesmo lugar tempos atrás.
A brisa chega trazendo nos seus encantos grandes lembranças do que foi bom naquele verão, consigo ouvir aqueles sorrisos, consigo imaginar aquele rosto perfeito de perfil olhando para o mar, são tantas emoções reunidas que em palavras é difícil caracterizar.
Uma música começa a tocar e a melodia é o retrato idêntico daquele dia, lágrimas descem, a saudade aperta, mais o que fica é guardado no por do sol aos braços do horizonte sem pressa de um novo amanhecer.
SONETO PRIVADO
A tarde no cerrado cai, aquosa
Silente, e o pôr do sol rubente
A chuva, em gota lustrosa...
lacrimeja melancolicamente
Nesta languidez, a sensação
Duma aflição, vou suspirando
Enternecido, cheio de ilusão
E, lá fora o pingar em bando
Sinto o coração palpitando
Na solidão, e no devaneio
Assim, o tempo passando
Em um suplicante floreio
Nostálgico sinto arrepio
Demanda o pensamento
E a saudade no seu feitio
Cata poesia pro momento.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG
MEU MARANHÃO, MEU CHÃO, MEU CORAÇÃO TE AMA
Meu Maranhão, meu chão, onde o sol desponta,
Em cada canto, uma história que se conta.
Das praias de Lençóis ao verde do sertão,
Em cada pedaço, sinto a força da paixão.
Teus rios serpenteiam, como veias a pulsar,
E a brisa que soprou é um canto a embalar.
As cores vibrantes das tuas festas são vida,
E em cada sorriso, a alegria é sentida.
Meu Maranhão, meu chão, com tuas tradições,
O tambor do bumba-meu-boi embala corações.
O cheiro da comida, o sabor do amor,
Em cada prato servido, há um mundo de sabor.
A cultura que floresce, a arte que resplandece,
Em cada verso e rima, meu orgulho se tece.
As lendas e os contos que o povo faz viver,
São raízes profundas que me fazem querer.
Meu coração te ama, por tudo que és,
Pelas lutas, os triunfos, e o que ainda virás.
Teus campos e florestas, tuas gentes tão belas,
Em cada esquina, uma história que revela.
E mesmo quando a saudade às vezes me aperta,
É teu calor que me abraça, é tua luz que me certa.
Meu Maranhão, meu chão, és parte do meu ser,
Em cada passo que dou, sempre vou te trazer.
Assim, celebro contigo, com amor e gratidão,
Meu Maranhão, meu chão, meu eterno coração.
E enquanto houver vida, enquanto eu respirar,
Teu nome em minha alma sempre vai ecoar.
Poeta: IVAN GUEDES BLACK JÚNIOR
Dai à obra de Marta um pouco de Maria,
Dai um beijo de sol ao descuidado arbusto;
Vereis neste florir o tronco erecto e adusto,
E mais gosto achareis naquela e mais valia.
A doce mãe não perde o seu papel augusto,
Nem o lar conjugal a perfeita harmonia.
Viverão dous aonde um até ‘qui vivia,
E o trabalho haverá menos difícil custo.
Urge a vida encarar sem a mole apatia,
Ó mulher! Urge pôr no gracioso busto,
Sob o tépido seio, um coração robusto.
Nem erma escuridão, nem mal-aceso dia.
Basta um jorro de sol ao descuidado arbusto,
Basta à obra de Marta um Pouco de Maria.
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