Sociedade Consumo
Os relacionamentos atuais se assemelham as relações de consumo. Consumimos e somos consumidos por pessoas, assim como consumimos algum objeto de desejo em oferta, que em pouco tempo, descartamos em busca de outro.
Sonho de consumo...
Você é o meu sonho de consumo,
A minha meta, o meu rumo,
Pois, à noite quando eu durmo
Eu sonho com você
E no dia em que eu hei de lhe ter.
Querida você é o amor da minha vida.
Não pense que é mentira, estou falando
Sério e sem nenhum mistério
O meu coração é todo seu.
Eu só penso em você
E isso me faz bem,
Querer-te assim me faz ir além...
Saio na rua e vejo várias mulheres,
Mas elas não têm o que você tem,
Algo que chama a minha atenção
E que me faz tão bem.
É inexplicável, mas é verdade
Você não é um sonho,
Você é a minha realidade!
(Autor: Edvan Pereira) "O Poeta"
Repense o consumo. Repense as relações. Ame as pessoas, não as tente possuir. Tenha as coisas, mas não deixe que as coisas de possuam.
Amor
Arde,queima,corrói
Aquece,consome,consumo
Belo,quente,sexo
Destrói,desgraça,possui
Fogo,foge,fornalha
Limpa,purifica e transformar
Vivemos atualmente numa cultura de vitrine, mais conhecida como consumo, na qual o olhar para fora impera. Olhamos para as redes sociais, sabemos o que se passa na política, na economia e mundo afora, onde há oportunidades e também crises. O bom e o mau, dicotomias sem fim nessa avalanche de informações, produtos e serviços que escolhemos o que parece que mais vai nos satisfazer – ou aos outros ao nosso redor.
Tudo desconexo. Dali há um mês não se sabe porque comprou a tal coisa, em 1 ano não se entende porque está com aquela pessoa, em 8 anos o trabalho simplesmente não faz mais sentido. Vazio. Onde fomos parar? Para onde a pessoa que você conhecia foi? O que aconteceu? O que mudou? Quem sabe virou uma história que você talvez contará aos amigos, a uma pessoa especial ou aos seus filhos; ou ainda você a colocará em um baú de memórias lacrado cuja chave daqui há algum tempo você nem se lembrará mais aonde colocou.
O que realmente importa nessa vida? “Difícil, não sei” – você pode me responder. Ou vai falar aquelas palavras bonitas que desejamos no aniversário e no réveillon. Sim, praxe total: paz, amor, sorte, dinheiro, alegria, saúde, sucesso, prosperidade… O que cada uma dessas coisas quer dizer para você?
Aí, sim, estamos indo para dentro. O amor que você quer hoje, talvez não seja o amor que você queria há 5 anos. O sucesso que você deseja, talvez não seja o mesmo que você quis 3 anos atrás. E por aí vai. Pode até ser o mesmo, mas um pouco diferente, mais maduro, talvez, ou pode ser simplesmente outra coisa, porque você tem o direito de mudar de opinião.
Só você sabe o que é melhor para você agora. Apenas você pode descobrir o seu objetivo e cada detalhe, cada particularidade do quadro do seu futuro que você compõe com a sua própria autenticidade em cada passo na direção das suas realizações. Mas os passos estão no presente, no aqui e agora, com você sendo o seu melhor a cada momento e buscando aquilo que você acredita que é o melhor para você, aprendendo em contato com os outros e vivendo as suas próprias experiências.
Estamos próximo a um colapso existencial, temos tudo que preenche o apetite do consumo desenfreado e nada que dê significado à vida.
Ontem, hoje e talvez amanhã.
Ontem o consumo nos carregava sei lá onde. Como marionetes do capital, comprávamos o dobro do que consumíamos. Sem tempo, afogávamos mágoas e ansiedade em remédios e smartphones, procurando refúgio em um consumismo desesperador.
Um vírus veio esfregar nas nossas caras como quem esfrega uma roupa manchada de vinho que afinal, não precisamos de tantas coisas. Que não devemos relativizar a vida ao capital e que precisamos cuidar uns dos outros e guardar quem é mais vulnerável. Que um vírus contamina muitas pessoas, mas os que morrem são os mais pobres e que quem menos tem, é quem mais doa.
Hoje temos tempo. Mas não podemos ir à praia, ao cinema... não podemos ver ou abraçar quem amamos. Mas também podemos pensar no quão as pessoas e a natureza são as únicas coisas que importam. E olha que louco, podemos ser heróis... basta apenas ficar em casa. Podemos olhar ao redor e pensar para onde estamos indo e que o Amanhã pode ser visto como um “renascer” onde as atitudes podem ser diferentes.
Camuflamos nossas faltas interiores com elementos de consumo cada vez mais nocivos à nossa própria alma, a felicidade está dentro de cada momento que não julgamos como relevantes a busca pelo status social cobrado a nós...
Era um sonho de consumo seu, que agora se realizava. Todos os barracos pareciam luzes de Natal lá do alto. Nada de pobreza, nada de violência.
O propósito final de uma economia é produzir mais bens de consumo.
Alguns se endividam porque não conseguem distinguir consumo desejável, prioritário, necessário e supérfluo. Depois, culpam alguém por seus infortúnios.
minha sobra me consome e eu a consumo, eu e minha sobra estamos desaparecendo em um mundo de mascaras que se escondem suas maldades
-william
Ilhas Maldivas.
A Ludmilla tem uma música intitulada Maldivas. O sonho de consumo de vários artistas e famosos é viajar para as Ilhas Maldivas, transmitindo com isso a ideia de que aquele lugar é o paraíso por causa das suas praias e lagoas de areias brancas e águas azuis e cristalinas. O que essas pessoas esquecem ou não sabem é que as Maldivas foi um dos cerca de 15 países atingidos pelo tsunami de 2004, o que ocasionou na morte confirmada de 82 pessoas, 108 mortes estimadas, 26 desaparecidos e entre 12 mil e 22 mil desabrigados, sendo que é frequente o problema dos terremotos e consequências destes naquela região. Além disso, o país está sendo engolido pelo mar, destinado a desaparecer do mapa. Aquele lugar definitivamente não é o paraíso e está longe de ser. Parece mais é amaldiçoado. Zona de perigo, a qualquer momento uma nova catástrofe pode acontecer por lá.
A natureza é auto renovável, mas mesmo assim tenha consciência do consumo exagerado, sempre que possível recicle.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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