Sinto o Vento na Janela
Saudades do tempo, dos velhos momentos
Dos anos passados que foram com o vento
Sorrisos, lembranças, belos sentimentos
De transformações e de renascimentos
Breve chuva fina,
vento outonal.
Folhas sopradas a sina,
raízes fincadas a moral.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Um ponto
Uma semente caiu,
A chuva veio regou,
O vento soprou e levou para outro jardim,
Incendiou meus sonhos,
Naqueles dias alegres e tristes,
Para variar,
Tive surpresas,
Povoquei um sensato pensamento e analisei,
Um lençol estendido e bem tratado não satisfaz quem ja dormiu o suficiente,
Não sou pioneiro em pensar assim,
Desprezo contradições,
A saudade é clara para aqueles que agem ansiosamente,
Se algo me tocar como objeto,
Decido eu como será,
Tocar não é ter,
E para ter tem que se apresentar....
Finaliso essa inspiração,
Com marcas manchadas da infância,
Aqui somos apenas um ponto,
Se o tempo for febril,
Em outro lugar estaremos assentados numa estação da vida qualquer....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Tudo é efêmero, então pra que perder tempo correndo atrás do vento se no final somos apenas fragmentos da história. O mundo é apenas um sonho, e de fato para muitos é um pesadelo, então não se conforme dormindo demais. Todo sonho acaba, e muitas vezes nem nos lembramos deles, e assim será com este pequeno mundo.
Tentamos segurar a corda para que não haja mares em nós.
Porém, o vento da vida sempre teve mais força.
O vento soprou carinho na flor, mas a fez cair no chão, só ficou espinho da dor pra ferir o coração.
Cadillac
Conduzido pelo vento,
Um certo dia cheguei em uma cidade,
Praças e quermesses,
Tudo era diferente,
E todas as pessoas eram gente decente,
De um bairro a outro fui percorrendo ruas e vielas,
Uma festa já datada estava ali para acontecer,
Eram rimadores de todos os Estados,
Que naquele palco iam se apresentar,
Como peão trovador não podia ficar de fora,
O prêmio era um Cadillac e uma mochila cheia de dinheiro,
Se bem me lembro,
Eram mais de cem vintens,
Pois o alto valor era para não tão cedo acabar,
Como companhia,
Chegou o Zé furação e o famoso Tião,
O rei dos trovadores,
Outros nomes da época,
Eram mais de trinta entre eles,
E como sanfoneiro chegou o Valentino belarmino,
E no fole não tinha pra ninguém,
Chegou um moço no tablado e começou a falar,
Hoje,
Hoje estão aqui presentes os grandes repentistas,
São humanos e são artistas,
E quero ver quem vai esse automóvel de luxo levar,
E como recordação,
Vai também essa sacola,
Nela contém uma herança,
E o seu diferencial,
É que não mais precisarão trabalhar,
Na hora da chamada veio um estranho,
Cabelo castanho e ele era do Sul,
Chegava gente de todos os lados,
E o arraial ja estava começando,
Uns se apresentaram,
E muitos deles foram vaiados,
De repente,
Esse moço alto desconhecido,
Bota boiadeira de salto,
E a espora batia na madeira e começava a relampiar,
Chapéu quebrado na testa,
Leventou a cabeça e começou a recitar uma trova em tom alto.
Nesse momento o silêncio foi geral,
Pois o trovador era um
Cabra da voz bem afinada,
E com duas rimadas,
Botou todos com a cara no chão.
Sua educação era notória e admirável,
Pois o artista não era uma pessoa comum.
Com toda elegância falou a plateia:
-Sou trovador de grandes ideias,
Falo aqui e falo acolá e não me apavoro,
Bato no pinho e piso no solo,
Esse quatro rodas com essa sacola , sou eu quem vou levar....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Moça; Te achegues com teus passos lentos, cabelos soltos ao vento, entrega-te a nosso momento, você é vida, mas em você faço-te outra vida fruto do encanto deste momento selado, selado por beijos que incendeiam nossos desejos.
Moça de vestes brancas que sempre me encanta.
Abro a visão para o infinito
Estás em mim.
Transformo-me
Num ser iluminado.
O cabelo solto ao vento, sedoso ao toque
Olhos brilham como estrelas na noite escura.
A lágrima que escorre suavemente na face é feliz, corre e rola até meus lábios umedecidos.
A boca sacia-se com beijos, sedentas e faminta.
Os ouvidos sentem uma sinfonia mágica, onde as notas dançam com o toque no instrumento, e fazem cócegas no corpo.
O pescoço se altiva como uma girafa a procura de folhas nas copas mais altas da mata.
O Coração acelera, pula fora do peito
O sangue corre nas veias, como uma represa que arrependa com as cheias.
Os braços se enlaçam em volta de mim sentindo o calor de uma noite de verão.
As mãos se perdem na busca, dos outros sentidos
As pernas correm aflitas ao encontro do sonho,
Este vive o imaginável cada segundo do pensamento, do sentimento, como se fosse o último da vida.
E a realidade se faz com todas as nuances e formas do sonho
Imaginar que é,
Sentir o que não é,
Viver o que nunca foi
Todo esse mundo de fantasias
Vive em mim
Na busca de verdades
Que não sei se as encontro,
Se existem.
A única certeza é que respiro.
Isso também é vida?
Jaci Parvati
Solidão
Saio pela rua
Passos seguindo
Sem rumo
Caminhos que não
Levam a nada
O vento trás o gritar das folhas.
Os pensamentos vão
De carona,
juntos ao nada...
a nenhum lugar.
O corpo desequilibra-se.
A força dos sentimentos
Fazendo pressão
Nessa casca
a querer partir
Se quebrar, para
Aliviar a dor...
Aos poucos
As pernas falham
Os braços esvaziam-se
Só peso da cabeça
Segura as formas do homem.
Caem-se no chão
Sente-se a terra, a areia, a água.
Toda força do cair
Acorda a alma perdida.
Respira, expira, respira...
As rédeas está se compondo
A vida reluz a céu aberto
Mesmo com o coração
Sangrando.
Com lágrimas
a molhar os olhos.
Lavando as névoas
Que se instalaram.
Os espaços negros
São preenchidos
Por fios de esperanças.
A solidão se faz presente
No seu mundo.
Mas os rios continuam
A fluir para o mar
Os pássaros em revoadas
Voam
com suas ricas sinfonias
A beleza do ver, ouvir e sentir.
Sentir tudo isso.
Ao seu redor
Vale a pena
Estar viva.
O vento vem cantando
Embalando as lembranças
E trás para perto de mim
Bate na face desesperadamente
Acordam os sentimentos
Envolvem a alma
O coração já apertado
Transborda de tanta
Tanta tristeza
E rios de águas
Nascem no meu peito
Escorrem como uma
Cachoeira pelas
Janelas do meu corpo
A força de um vendaval
Perdendo-se energia
Que abastecem esta represa.
Esvazio-me, amoleço.
E respiro, expiro.
Vens a superfície
Das lembranças e
A destreza de tuas mãos
Enrijecer meus músculos
A maciez dos teus beijos
Trás um sorriso aos
meus lábios
Sinto o calor do teu abraço
Encho-me de força
Abro a janela,
Vejo o sol surgir
Outro dia a nascer esplendoroso
Mas você não está aqui
Mais um dia
sem a tua presença
Só nós meus sonhos.
A noite na sacada onde o vento nos embala, e em minha direção vejo o início de uma grande imensidão.
Quando penso parar no tempo,
O vento sacode meus pensamentos,
Vem a razão.
Vem os sentimentos,
Pulsa o coração,
Que é maior,
Mais pleno.
Volta às recordações
Do tempo
Em que as sensações
Eram intensas,
Sentidas cada segundo
Ao toque das mãos.
A luz do olhar
Ao som da voz
Ao calor do corpo
Tudo era só nós
E o resto era paisagem.
amor não
o que é o amor
um vento que sopra
a flor que desabrocha
a chegada e a partida
o querer sem poder
o ir sem voltar
o amor talvez seja o pensamento desconhecido
o sofrimento não percebido.
Talvez o amor seja
o instante vivido
o hoje o agora
o que podemos fazer nesse momento
doar sem medida
ajudar sem querer nada em trocar
um sorriso uma boa palavra
isso é amor
amar o próximo como a si mesmo
o amor é Deus e ele esta dentro de nós
então se temos Deus temos o amor.
DECLARAÇÃO (soneto) ...
Se eu fosse fogo, arderia o teu amor
E se eu fosse o vento, incendiá-lo-ia
Já, se eu fosse a água, eu matá-lo-ia
Sufocado nos beijos, o desejo maior...
Se eu fosse uma flor, assim, sedutor
O teu cheiro no meu ser hospedaria
Se fosse só seu, manso e feliz estaria
E você meu, não mais seria sonhador
Se eu fosse vida, muito mais te dava
Se felicidade fosse, ela eu lhe traria
E na fortuna teus caminhos forjava
Se fosse versos, a poética comporia
E por apaixonadas rimas eu passava
Pra dizer-te do meu amor em poesia! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/04/2021, 15’51” – Araguari, MG
O que esperar do futuro
Quando ele é incerto
Seguir meus sentimentos
E jogar tudo ao vento
Ou fazer o certo
E aprisiona os sentimentos
Pequenas duvidas
Que enlouquece o ser
Razão ou emoção
Cérebro ou coração
Nada disso importa
Pois no fundo você é a resposta
Do que adianta escolher razão ou emoção, pois elas ainda pode prejudicar, pense primeiro em si, quem sabe ache a resposta do que é melhor aí...
ULTIMA-MENTE
Ultimamente, ando mais sozinha do que junto,
pelo vento ou pelas raras chuvas, em busca de alívio
Ultimamente, me ocorreu que já tive o suficiente daquilo tudo
Ultimamente, sinto-me feliz com coisas que parecem, à primeira vista, simples, como inspirar e expirar
Ultimamente, o céu me convida com maior frequência a admirá-lo, e eu atendo ao convite
Ultimamente, o universo me abraça e eu me entrego
Ultima-mente...venha, vida!
·
A vida quando amamos nos devolve a cor, a cor nos abraça e até o vento olha só que graça ! Faz graças.
O vento soprou, e fez o menino lembrar de seu passado, um que ele já tinha colocado dentro da caixa, e escondido no quarto mais longe de sua casa, em um local que foi trancado a 7 cadeados, ele sabia que se eu olhasse pelo furo da fechadura ele passaria por dentro dela medo para abraçar a sua caixa, e não demorou muito para ele olhar.
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