Sinto a tua Dor
Empetreci
Empedreci
Não é falta de perdão
É apenas a dor no coração
De desacreditar...
De não sentir admiração mais...
Não acredito em uma palavra se quer...
Não acredito em ninguém...
Empreteci
Empedreci
Hess
Meu coração se parte um pouco mais, cada vez que me lembro de você
Minha dor continua aqui, não importa o tempo que passe
Está aqui, eu posso senti-la
Sempre aqui, me incomodando machucando
Me lembrando, o quanto você me quebrou
O quanto é difícil me reconstruir, colar todos os pedaços do meu coração
Começar de novo, desde as coisas simples, até as mais difíceis
Às vezes eu penso, chega a ser ridículo, apesar de continuar sofrendo pelo que me fez
Sinto pena, por você, porquê foi você que perdeu uma pessoa incrível, alguém que faria Tudo por você, Tudo mesmo, eu mataria por você, da mesma maneira que morreria por amor
Soa tão deprimente, mas infelizmente, me sinto assim
Sinto muito por você e principalmente por mim
Que pareço Viver em uma realidade alternativa
Eu tento acordar desse pesadelo em que me encontro, desde que você se foi
Mas eu nunca acordo, continuo aqui e isso nunca acaba
- 27 de Fevereiro de 2020
REALIDADE (soneto)
A dor foi longe demais, para voltar
Nos canteiros onde havia só flores
Hoje a erva daninha tomou o lugar
O que era voz prazerosa, há dores
Em nós, vazio ficou o falante olhar
Aos antigos sensos, outros amores
E na saudade do amor, um silenciar
Com os esboços com outras cores
Valores? Há um, a doce lembrança
Que ficou no outrora, ali a de estar
Uma vez já bailada, outra a seresta
Quebramos tudo, toda a esperança
O que era para ser, se perdeu no ar
E a poesia dedicada, não mais nesta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 12’07” – Cerrado goiano
Toda a dor magoa e rancor é um fruto espiritual. Entenda o sentido errado do seu coração, faça uma conversão.
Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa
Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano
TUDO DÓI!
Tudo dói
A dor que não passa
A ferida que não se sicatrisa
A lágrima que não enxuga
A saudade que eterniza
A flor que perde a pétala
O dia, que vira cinza
O coração que desaba
Que se quebra em pedaços
Uma metade tirada de mim
O desmancho de um laço
A agonia de um peito, que arde sem parar
A partida inesperada,
De alguém que tanto amou
A dor pior que de uma facada
Em meu coração cravou
Uma tristeza marcada
A voz que não sai
O choro constante, em mim faz morada...
A alegria que se vai, e o silêncio que fica
E a falta que você me faz...
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!
MUNDO 🌹
Um mundo sem homens
Sem deuses sem tempo
sem destino sem hipocrisia
Sem dor e sem fome
O vento corre como um cavalo
Por todos os lados o mar rodeia-me
Deixando recados escritos na praia
Filha da espuma do beijo do mar
Intolerante, inquieto, inconstante
Chove lá fora e o meu coração
Chora de amor e saudade que vem
De dentro, caiem lágrimas de alegria
Afinal esperar por ti não foi em vão
O vento corre e galopa como um cavalo
Rodeado de mar, onde as ondas escrevem
Na areia poesias de amor
Cavalos selvagens, tempestade de neve
Onde correm como o vento
Do seu desalento, pranto sentido choroso
Lágrimas que derretem o gelo da alma
Como fogo ardente selvagem de uma paixão
Corpo nu belo charmoso quente
Quando o nosso sonho perder a luz
Sorria sempre que voltará a luz ao seu sonho encantador
Analise suas palavras antes de fazer um comentário, pois elas podem machucar ou até piorar a dor do próximo, se análise.
Dor
Dor de cabeça que passa por causa de tudo
Nó
Nó garganta por causa de toda a discussão
Fraqueza
Corpo inerte, sem vontade, sem forças pra realizar
Covardia
Sente-se incapaz de fazer qualquer coisa
Insegura
Carente
....
"O HUMANO sente a dor do próximo na própria pele
O DESUMANO só sente dor no bolso e na própria pele"
