Simplicidade
A arrogância é como um câncer que devora até te matar, mas o orgulho próprio te ergue da sarjeta e pode te salvar.
Com muito pouco
me locupleto:
um pouco de amor,
uns poucos filhos,
leve carinho,
humilde teto...
O pouco é tudo
no se e quando sincero,
real e completo!
Simplesmente rotina
Faço sempre o mesmo trajeto
Dia após dia na velha calçada
Ainda assim feliz por continuar
Uma história talvez abençoada
Pode ser rotina, mas é valiosa
Cortando a praça da infância
Encontrando gente do bairro
E tendo paz em abundância
Sou desprovido de ambição
Dispenso ganhos absurdos
O consumismo não me atrai
Só quero ter saúde, marujos
Seguir andando, com calma
Vestes simples e alma nobre
Em busca de alguma riqueza
Que não é trocada por cobre
Acredito que sou afortunado
Pois sinto que nada me falta
E eu volto para a minha casa
Como quem dedicou serenata.
Pra mim a vida sempre foi de várias paixões, cada qual com seu pacote de inspirações, músicas. Pacotes grandes, pacote pequenos. Grandes com embalagens belas e pouco conteúdo, pequenos com embalagens simples e grande conteúdo.
Muitas coisas eu tive tempo de escolher ser enquanto eu crescia...
Mas, escolhi a felicidade com toda a sua simplicidade.
Hoje, uma pessoa veio me contar que leu mais dez textos no meu blog retratando os mendigos do Catete, e me perguntou de onde vem essa "obsessão por gente miserável". Não respondi ainda, e acho que farei por aqui, pois já é motivo pra um novo texto. Bom, começou com meu avô, na Vital Brasil, em Niterói. A casa do meu avô fica no pé do escadão do Cavalão, na subida da José Vergueiro da Cruz. Ali, sempre quando eu estava brincando na varanda, me causava pavor e medo uma negra descabelada, bem miserável, que, de 30 em 30 minutos, sofria ataques de caretas e dava tapas na própria cabeça. E ela sempre ficava sentada ali, no meu foco de visão. Para completar o quadro desagradável (eu só tinha 10 anos) ela soltava pelos lábios ventosidades com estrépitos que muitos julgavam escapados pelo cú. Magra, alta, não me lembro muitos detalhes. Só o que me recordo é que era vista falando com as pessoas conhecidas que entravam ou desciam do escadão, sempre no intervalo entre dois ataques que aconteciam de meia em meia hora. Não era raro vê-la passar e se comunicar com meu avô pelo portão, enquanto ele limpava o chão da garagem com uma mangueira. Por duas vezes, presenciei dois ataques, dois surtos, enquanto falava com meu avô. Não me lembro de ter visto qualquer morador da rua rir daquela senhora. Pelo contrário, quando ela dava os ataques, todos sabiam como auxiliar. Eu, morria de medo. Todos a tratavam com respeito pela educação e atitudes que ela tinha, quando no seu estado normal. As outras crianças, que nem eu, bem mais inocentes do que as de hoje, morriam de medo. Certa vez, meu avô, a fim de que eu perdesse o medo, obrigou-me a falar com a tal senhora, quando de passagem num sábado a tarde pelo nosso portão. Não é preciso dizer que flutuei no medo, na expectativa de um dos seus ataques. Perguntou-me o nome, deu-me umas palmadas no rosto, alisou-me os cabelos e, depois, ela mesma, mandou que eu fosse brincar, obviamente para que eu não presenciasse o ataque habitual. Não esperei segunda ordem. Afastei-me e fiquei à distância aguardando o ataque que não tardou. Mas, o encontro, de fato, fez-me perder o medo. Já não corria mais do portão ao vê-la. Aprendi a gostar dela. Lembro, até hoje, quando passou por mim no portão pela primeira vez que eu não corri. Acenou, acenei de volta, e ela seguiu seu caminho; me senti o cara mais sinistro e corajoso da Vital Brasil. Pensei: quem manda nessa merda sou eu. Desde então, sempre quando via sua sombra subindo a ladeira pela janela, já corria pro portão para redobrar minha coragem e fazer, cada vez mais, um contato mais próximo com aquela senhora, o que me deixava cada vez mais "sinistro" dentro do meu fantástico mundo de alessandro como o segurança da rua. Até que um dia ela parou para, de fato, conversarmos. Após 35 segundos (mais ou menos), ela teve um ataque epilético e caiu no chão, na minha frente. Imediatamente, um homem prestou todo auxílio e, quando a situação havia acalmado, percebi que estávamos de mãos dadas ali na calçada, sem mesmo perceber, durante toda a crise, que durou uns dois minutos. Depois que meu nervosismo passou, percebi que o homem que havia prestado o auxílio era o meu avô. Naquele momento, com ela ainda no chão, nos olhamos e, sem precisar falar nada, entendi exatamente tudo o que meu avô queria me ensinar sobre a vida, naquela oportunidade. Enfim, as histórias e experiências que tive com meu avô neste sentido foram muito longas, mas essa lembrança é o início dessa minha "obsessão por gente miserável" rs. Ainda sobre ela, não sei como terminou, pois nunca mais voltei naquela casa depois que meu avô morreu. Mas, se não me deixou a saudade, pelo menos deixou uma grata lembrança, engastada nas imagens daqueles tempos em que as crianças, tanto as do morro, quanto as do asfalto, ao invés de matar e assaltar, tinham medo de velhinhas doentes e miseráveis...
Se tudo parecer complicado, fale com uma criança. Ela irá te ajudar a vê a vida com os olhos da simplicidade. Se tudo parecer ser injusto, ouça uma criança. O seu senso de justiça é original e imparcial. Se você acha que o amor não mais existe, sinta o amor de uma criança. Este é real e desinteressado. Se você acredita que não sabe mais sorrir, passe algumas horas ao lado de uma criança. Ela te dará motivos pra sorrir. E se você pensa que está ficando velho, aprenda com as crianças a observar a beleza da vida. Ela te ensinará que, independente da idade, ser criança sempre será uma arte.
Essas Coisas só acontecem com a gente Quando já somos Adultos...
Voltando do Futsal parei pra comprar um Algodão Doce.
O homem me deu quinze de Brinde!
Sim, QUINZE!
-Já passa de meia-noite. Não os venderei mesmo e se guardar para amanhã, estraga. Leve. Faça a Festa!
Depois que levei os Quinze, ou melhor, os dezesseis algodões doce (contando com o que paguei de fato) tanta coisa passou pela minha cabeça:
"Por que essa felicidade açucarada não aconteceu naquela época em que eu juntava um monte de moedas de 5 e 1 centavo-Sim, nesse tempo ainda tinha) enchia a mão e dizia: 'me veja TUDO isso em algodão' ''?
Talvez naquela época eu precisasse apenas de um por vez. Ser feliz era tão simples!
À medida que o azul, o meu predileto, dissolvia na minha boca, tantas ideias fluíram:
Pendurar os 15 restantes no teto e fingir que era um céu nublado. Não aquele nublado castanho que anuncia chuva. Aquele Nublado de final de tarde, Coloré Lingüé
ou
Plantá-los pra que desse várias árvores de algodões e adoçasse a vida de mais gente;
O fato é, o mix de emoções foi tão grande ao receber aquele brinde que nem quero mais saber como é que aqueles são cheios de ar as embalagens dos coloridinhos, se é antes ou depois do homem do algodão doce ter escovado os dentes-aliás, que dentes? Percebi apenas um sorriso ali.
ou
Quanto calórico é aquilo.
Deixa pra lá!
Isso é coisa de adulto Amargo e que não come algodão Doce.
Só consegue voar alto e longe...
Aquele que conhece de perto o caminho
da humildade ,da sabedoria e simplicidade .
A realidade exterior das coisas simples fomenta a beleza interior. E o olhar deslumbrado que a percebe, é, em longo espetro, semente eterna.
Mesmo que a vida
por vezes seja difícil
e tente nos amargar...
Que jamais se perca:
A simplicidade no olhar
A leveza no caminhar
A esperança em dias melhores
A fé em todo dia re(começar)
" Ao invés de agradecer pelo que tem, não raras vezes o ser humano se perde nos inúteis lamentos almejando o que não tem, sem se dar conta de aquilo que alcança, muitas vezes é infinitamente melhor do que deseja."
Serei sempre a miúda de pés descalços, adornada pelo tapete de folhas soltas dos campos, tocando notas de viola para as límpidas e grandiosas nuvens do céu.
As experiências do passado são somente aceites por mim como aprendizagens na aplicação que delas faço no presente e nunca como mágoas centrifugadoras da roleta emocional que muitos fazem questão de acionar no seu dia a dia. Saber lidar com as minhas próprias emoções torna-me surpreendentemente real e serena porque as desnudo e as deixo fluir, não fazendo qualquer esforço para lutar com elas. Assim me equilibro por saber olhar para dentro de mim, fomentando prazeres constantes e praticando todas as simplicidades que só me fazem bem.
Uma música, uma bela fotografia, um sorriso, um abraço apertado, um beijo, estar com quem eu gosto, rir até a barriga doer. São coisas simples, mas me fazem muito feliz.
Respeito mas não acarinho os estigmas que absorvem os outros.
Alimento-me de coisas simples e que realmente importam.
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