Silêncio de um Olhar
Um grande amor não se mede em palavras, mas no silêncio que conforta, no olhar que fala, no abraço que cura. É aquele que permanece mesmo quando o mundo desaba, que acende a alma só com um sorriso e faz o tempo parecer pequeno diante da eternidade que existe em um simples toque.
Hoje, no silêncio da Quarta-feira Santa, somos convidados a olhar para o coração humano com sinceridade. É o dia em que a liturgia nos recorda a figura de Judas Iscariotes, aquele que, mesmo caminhando com Jesus, escolheu traí-lo.
Essa lembrança nos toca profundamente. Quantas vezes também traímos Jesus em nossas atitudes, omissões e escolhas? Judas representa a tensão entre o amor de Deus e a liberdade humana. Mas diferente dele, somos sempre chamados à reconciliação, ao arrependimento e ao recomeço.
Que essa Quarta-feira Santa seja um convite à conversão. Que possamos silenciar o coração, reconhecer nossas fragilidades e, com humildade, voltar nosso olhar para o Cristo que caminha para a cruz por amor a nós.
“O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Ai daquele que o trair!” (Mt 26,24)
Que o amor vença a frieza, e que a fé nos conduza à luz da Ressurreição.
Aquele Olhar
(Por Aden Brito)
Tudo era belo, um encanto sutil,
E nasceu em silêncio, naquele olhar febril.
Um sorriso radiante, um brilho sem fim,
E o gosto de um beijo que ficou em mim.
Pele suave, tão doce ao tocar,
Boca macia, difícil de não desejar.
Entre lençóis e segredos a nos consumir,
Um amor proibido, impossível resistir.
Os corpos dançavam, se perdiam no instante,
Entrelaçados no desejo vibrante.
A música ao fundo, o peito em chama,
Dois mundos colidindo no fogo da cama.
Te olhar, te tocar, te amar sem medida,
Era o que bastava pra preencher minha vida.
Se era erro, nunca quis saber,
Apenas deixei aquele olhar me envolver.
Agora é memória, um eco no peito,
Um amor louco, intenso, imperfeito.
E mesmo que o tempo tente apagar,
Ainda vive em mim... aquele olhar.
Seu olhar é sereno, firme, mas esconde tempestades e poesia.
Há força no seu silêncio, e graça em cada gesto do dia.
Pele dourada pelo sol da alma, voz que ecoa mesmo em quietude.
Ela é arte que caminha, beleza em sua plenitude.
E mesmo nas tramas do espelho, há algo mais do que se vê. Ela é flor, é vento, é chama é o que faz o mundo crer.
Autenticidade
Quem é, não precisa anunciar,
carrega no olhar, no gesto, no silêncio.
A essência não grita...ela vibra.
É o vento leve que move as folhas,
sem precisar se mostrar.
Quem não é, fantasia o que falta,
costura máscaras com linhas de vaidade,
enche a boca de palavras grandes,
mas o eco é vazi...
porque onde não há raiz, o vento leva.
Ser é sutil.
Parecer é barulhento.
No fim, o tempo revela:
o que é, permanece.
o que finge, se desfaz.
O amor se esconde nos detalhes: no toque sutil, no olhar que diz tudo, no silêncio confortável. São as pequenas coisas que carregam os significados maisinfinitos.
Presença
Sou aquele silêncio que não pesa,
mas acolhe.
O olhar que não julga,
mas entende.
Chego sem pressa,
sentando ao teu lado com alma leve
e coração atento.
Não trago respostas prontas,
mas perguntas que despertam.
Meu toque é palavra mansa,
meu tempo é o teu tempo.
E mesmo quando calo,
estou inteira em ti.
Sou presença.
Sou porto.
Sou o agora que te vê —
sem máscaras,
sem pressa,
sem medo.
Amor em Silêncio
Foi o acaso que te trouxe,
num tempo que não era meu,
mas bastou um olhar apenas
pra acender o que adormeceu.
Teu sorriso veio tarde,
mas em mim fez primavera,
e mesmo sendo de outro alguém,
em ti encontrei a espera.
Teu nome ecoa em pensamento,
mesmo quando tento calar,
pois o coração não mente,
ele insiste em te amar.
E sigo amando em silêncio,
sem saber se vou te ter,
pois há amores que florescem,
mesmo sem poder viver.
Mas se o destino for bondoso,
e um dia nos libertar,
que seja o tempo o nosso cúmplice,
e o amor, o nosso lar.
Adotar é reconhecer no olhar de alguém o lar que a vida prometeu em silêncio — é reencontrar o amor em forma de destino.
Na infância, um olhar do pai era lei;
seu silêncio, um mar de instrução.
Sem palavras, o entendimento recai;
em cada gesto, uma lição.
Seus olhos, bússola de meu ser;
Na simplicidade, aprendi a crescer.
Livro: O Respiro da Inspiração
Cicatrizes em Verso
Na sombra do quarto, o silêncio gritou,
Teu beijo traía o que o olhar negou.
Mentiras dançavam na ponta da língua,
Enquanto meu peito, em pedaços, se extinguia.
Promessas lançadas ao vento, ao acaso,
Toque que feriu mais que o próprio descaso.
Fui chão partido, fui lágrima fria,
Fui noite sem lua, perdida em agonia.
Mas da dor se ergueu minha voz em sussurro,
Juntei cada caco, fugi do escuro.
Descobri na queda a força esquecida,
A luz escondida no fundo da vida.
Renasci da decepção mais profunda,
Feita de aço, de alma fecunda.
Me refiz sem pressa, com calma e razão,
Deixando o passado virar solidão.
E então, sem aviso, um novo calor,
Um toque sincero, um novo amor.
Sem promessas vazias, só verdade nua,
Um brilho nos olhos que a alma flutua.
Paixão que não fere, mas cura e acolhe,
Que beija as feridas, que afaga e recolhe.
Amor que não prende, mas faz florescer,
Que nasce do recomeço, do saber viver.
E hoje eu caminho, firme e serena,
Com o coração leve, sem mais algema.
Pois sei que a dor me ensinou a lição:
Só ama de verdade quem ama com o coração.
Recomeço a Dois
No silêncio após a última estação,
floresceu um olhar sem pressa,
um sopro novo no coração,
como quem planta e não se esqueça.
Não era pressa, era presença,
nem ilusão, mas intenção.
Um gesto simples, sem defesa,
mas cheio de conexão.
O amor veio como brisa leve,
sem prometer eternidade,
mas com vontade que se atreve
a ser verdade, não metade.
Te vi querer como se soubesse
que o querer precisa cuidar.
E eu, que já duvidei do sim,
quis ficar só pra te olhar.
Havia interesse, sim :nos dias,
nas histórias, no café,
no som da tua alegria,
no jeito que a alma é.
E no teu toque, encontrei resposta.
Reciprocidade: doce abrigo.
Não mais um “talvez” na porta,
mas um “eu fico, se for contigo”.
O Olhar da Fé
No silêncio onde o mundo duvida, ela semeia sonhos com mãos nuas, regando esperança na terra fria, de olhos voltados às luas.
Não vê caminhos, apenas sente que algo além já a espera, como se o invisível, paciente, trouxesse luz à primavera.
Seus passos, firmes na névoa espessa, trilham pontes de confiança e calor, porque a fé não precisa da promessa: ela já vive dentro do amor.
E então, um dia, o que era crença se veste em forma, cor e som; o invisível torna-se presença, e o impossível diz: "sim, sou dom."
“O Guardião da Lua”
Sob folhas de sangue e silêncio encantado,
Ergue-se o guerreiro de olhar velado.
A lâmina rubra dorme em sua mão,
Mas seu espírito vibra como um trovão.
Vestes escuras, sombras no chão,
Carrega no peito a sua missão.
Entre pétalas soltas ao vento lunar,
Ele aguarda o momento de se revelar.
O céu é um véu de nuvens e lua,
A noite é um campo onde a alma flutua.
Montanhas vermelhas, memórias em brasa,
Ecoam os passos de quem nunca atrasa.
Não há grito, nem glória, nem dor,
Somente o silêncio — seu fiel mentor.
Pois o caminho do sábio, ainda que frio,
É forjado em honra, é moldado no vazio.
O silêncio é uma palavra não dita. O silêncio é um olhar desencontrado. O silêncio corta minha pele. O silêncio é a explicação que nunca veio. O silêncio é uma resposta sem palavras. O silêncio diz. O silêncio cala. Cala fundo em minha alma. Excesso de silêncio se chama vazio. E o vazio é uma vida sem sentido. Por isso corta minha pele, minhas veias e meu entendimento. Quando a linguagem se cala, pode ser um fim, ou uma pausa. O silêncio também é musica. Sem o silêncio tudo seria ruído. Um ruído estridente como uma multidão alvoroçados. O silêncio é solidão. O silêncio é a falta que você me faz. É me lembrar é nada mais. O silêncio que não alcançará o seu som. Como o ponto de uma reta. Incompleta. O silêncio fala alto em minha vida. Como uma sina. Espero palavras sonoras, como uma confidência dita a meio tom. Entre mim e o que espero há uma distância. Silenciosa. Como os minutos que nos ignoram.
Saudade
Saudade é o nome
daquilo que mora em silêncio no peito,
e faz barulho no olhar.
É ausência que pesa,
lembrança que toca,
tempo que não sabe voltar.
É quando a memória abraça,
mas o corpo sente falta.
Quando o riso vem fácil,
mas o coração falta.
Tem cheiro que chama,
voz que ecoa,
detalhe bobo que emociona à toa.
É querer ver de novo,
mesmo sabendo que não dá.
É conversar com o pensamento,
é esperar sem esperar.
Saudade é o espaço entre dois tempos,
entre o que foi
e o que talvez nunca volte a ser.
Mas mesmo doendo,
ela mostra:
aquilo que existiu valeu viver.
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Conexão
Tem coisa que não se explica,
só se sente.
Um olhar que atravessa,
um silêncio que entende.
É pele que reconhece,
alma que se enrosca,
energia que dança
sem precisar de resposta.
Não é só corpo,
é encontro.
É quando o tempo desacelera
e o mundo vira nós dois — pronto.
Conexão é isso:
não força, não cobra,
só flui…
e vicia como se fosse obra de outra vida.
No silêncio de um olhar tímido, a pequenez é o essencial para entender que a grandeza depende da profundidade da gratidão.
Na solitude do olhar,
aos prantos do silêncio,
no sentimento de amar,
a cair no esquecimento.
Na alegria de expressar,
com a doçura do momento,
retorno a enxergar
a maravilha do tempo.
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