Shakespeare sobre o Amor Soneto 7
MALDADE {SONETO}
Em minhas andanças por ai, topei com a maldade
Não era tão boa quanto tão ruim, era desfaçatez.
Bem... era dissimulada a cara meio boa, e talvez,
Inexpressiva, tinha cara de nada, pura bondade!
Exclamei: Quantas maldades não reveladas!
Nunca fui bom em maldade, antes ser bondoso,
Talvez eu quisesse dela ser amigo, era perigoso!
Neste mundo cruento, nefasto, de mãos dadas,
Exclamei: Quantas bondades não reveladas!
Quais bondades ficarão ressequidas no tempo?
Quais maldades serão percebidas a tempo?
Maldades, bondades... são somente palavras:
As maldades na sola dos pés sujos, todos verão.
As bondades no lado esquerdo do peito; coração.
poeta_sabedoro
Quis faróis, tens que visam Salvador,
Vai-se soneto branco chamuscado;
Falais aos caranguejos e saguis,
Imitantes atores às marés, areias,
Num traquear desolado Atlântico:
Vens lufada abrangente e Carioca;
Branda a lufar — se nós lufássemos
— que sejais samba, roda de pagode.
Baianos cativados contemplam
As areias, caranguejos na ciranda,
Até saguis em marés. A elite levanta
E sai do Monte Pascoal a ver samba:
— Que fazeis esses? Longe; aqui na Bahia?
—Esses, acampar-se-ão no Farol da Barra.
Soneto à Morte do Conde Orgaz -
Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!
(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)
Soneto, “fim de aventura”
— Repentinamente a alegria transformou em entristecimento
— O riso converteu em lamento,
— Surgiram lágrimas e abatimento
— Momentaneamente, o que era paz, se transformou em tormento
— Inesperadamente;
— Na expressão extinguiu a luminosidade
— O afeto converteu em incerteza, não havia mais tanta clareza
— Os encontros converteram em preocupações, já não faziam diferença!
— inusitadamente;
— A solidão se fez presente,
— habitou o coração
— A vida, perdeu o sentido, naquela aventura que estava vivendo.
— Aquela fantasia, perdeu a razão, senti estar sofrendo.
— Imprevistamente, o vento levou, terminou!
Rosely Meirelles
Soneto da laetitia
Em Veneza a laetitia em tudo reina
Mas com o tempo ela há de estiar
Assim como as lindas flores, com o tempo hão de secar.
Entre as papoulas italianas o inverno tem de chegar
O templo de laetitia é onde hão de descansar,
Até o inverno da tristeza por fim acabar
No tempo há dois caminhos, que levam a dois pergaminhos
Que por mais que parecidos são distintos
A amizade e amor são separados
Mas por uma linha tênue são ligados
Mas no fim ambos levam ao mesmo caminho
A laetitia os recebe com apreço
Os que ousaram cruzar a linha
E por fim chegar ao romantismo
Soneto ao Conde de Monsaraz -
E escuto à noite, na Voz do Universo,
cálido, certeiro, feito de Estrelas,
uma Voz que ecoa, deixando-me imerso,
num manto doce de tímidas procellas:
"... há uma Paz infinita na solidão das herdades,
ó Alma das coisas mortas,
eu sinto que me confortas,
nos campos, quando me invades ..." *
E há um silêncio sinistro e misterioso
que me escorre a Alma num pálido sentir,
ora doce ora amargo, ora alegre ou doloroso ...
E sinto em mim, às vezes, vacilante e audaz,
essa voz Eterna, doce, a sorrir,
do Conde de Monsaraz ...
Tens em minha Casa um lugar onde podes pernoitar sempre que venhas.
Tens em meus braços um ninho de amizade que te espera.
Tens em minha Alma outra Alma que sempre esperará a tua Alma ...
*Quadra de António de Macedo Papança, Conde de Monsaraz. IN Musa Alentjana - 1908
Soneto Nº 1
Fui conduzido por um longo caminho
O Senhor que me conduziu
Muito antigo de dias me pediu para escrever
E eu espero que você possa ler
Ele não me disse o que eu ia encontrar pelo caminho
Mas a sua voz suave como o vento
Era persuasiva e persistente
Escutei como se escutasse com a mente
Segui sozinho por um caminho muito estreito
Me cortei pelo caminho, me machuquei, quase que morri
Sorri, ao chegar no fim desse caminho
Tinha uma mansão com o meu nome e Mustang conversível
Do bom e do melhor havia Tudo
Guardei a minha espada e o meu escudo em um dos átrios
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Edson Felix
16/02/2021
Brazil
Soneto Nº 2
O sol
Pode brilhar muito intensamente
Como brilha intensamente
E pode deixar de aparecer de repente
As vezes, é assim
Os dias são ensolarados
E as luas também
Bem, mas tem dias que nem ele, nem a lua aparecem
Nossa esperança vai morrer por causa disso?
Nós sabemos que eles estão lá
Embora não possamos vê-los
Os dias nublados não são para sempre
Nem as noites sem lua
Independente da fé tua
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Edson Felix
18/02/2021
Brazil
Soneto Nº 3
Faraó
Acreditava que o mundo
Vivia em torno dele
Ele achava que era o equilíbrio do Cosmos
Ficava agitado por causa de um sonho
Prendia por qualquer erro ou matava
Se achava Deus
É assim que os loucos pensam
E como se eu tivesse
Sentado nesse trono, delirei
Delirei delírios místicos, de grandeza e fiquei agitado
Até um estresse do Faraó
Fazia se preocupar com o equilíbrio do universo
E eu tô aqui preocupado com o equilíbrio do verso
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Edson Felix
19/02/2021
Brazil
Soneto Estória Sagrada
Eu as vezes fico indo e voltando
Aos mesmos lugares
Mas tudo tem o seu tempo
E estas indas e vindas já tiveram o seu
Nem sempre é fácil
Se desprender das correntes
Ou das amarras que prenderam minha atenção
O lirismo de nosso outono
Mas eu vou me livrar
Enquanto eu vou escrevendo, entendendo e vendo
E deixando pra trás o lirismo profano
Quando eu acabar este soneto
Já estarei livre disso
Para escrever uma estória sagrada, inculpe, inviolada
Autoria: Edson Felix
Data: 9.3.21
Soneto de saudade
Um sentimento tão especial
Que percorre todo o meu ser
Imenso, profundo e natural
Toque sublime em nosso viver
Saudade do tempo que já passou
Ou de alguém que não vemos mais
Marcas eternas a vida deixou
Boas lembranças de fatos reais
Saudade que invade minha alma
Mexe comigo e tira minha calma
Desperta a verdade em meu coração
Não importa qual foi o motivo
É essa saudade que me mantém vivo
E preenche o vazio do meu coração
SONETO AO VALAPRAISO DE GOIÁS
Valparaíso de encanto peculiar
Que no Centro-Oeste brilha noite e dia
Bela cidade fácil de se amar
Com tamanho aconchego que se cria
Ela encantaria até certo sabiá
É berço de cultura com poesia
E o poeta é mais feliz vivendo cá
Tendo o céu enluarado em noite fria
Lugar acolhedor e bem conciso
E entre tantas Etapas se fez ninho
Da finda flor do lácio em Valparaíso
É cidade de realce entre os vizinhos
Pois no valparaisense há o sorriso
De brio por ser daqui, no qual me alinho
Soneto; decepção
Ainda lembro de você nos meus braços
Com sorriso no rosto de felicidade
Que o tempo transformou melancólicos
Pela dor que transcende a verdade
A tristeza está marcada no meu rosto
Quando olho no espelho não me vejo
E o grito trancado no meu peito
Com a alma deprimida lacrimejo
A decepção ao longo dos anos
Em conhecer a tua essência
Me faz perder noites de sonos
E que a vida preserve os sentimentos
Que autrora valeu a pena
As mágoas um dia sejam levadas pelos ventos
@zeni.poeta
Direitos autorais reservados
Lei 9610/98
Um soneto !
Não sei se é um soneto,
Está minha composição,
Só sei que um motivo,
Para minha inspiração.
Tú és querida, a razão do meu viver,
Pois longe dê ti, eu penso em escrever.
Com minha simples caneta,
Eu quero lhe dizer: Que és muito importante,
E que amo muito a você.
Não existem barreiras, nem tão pouco vendaval, pois Cristo no barco, venceremos todo mal.
Que inferno se levante, pra quer nos derrotar, com Cristo, ao nosso lado, nenhum mal nos alcançará.
Pequenos Gestos
(Soneto Wagneriano)
Saiba como é importante para mim;
Que tu faças um gesto, emita um som.
É o mesmo que dizer sim;
É mesmo muito bom.
Eu preciso...
De um pequeno suspiro,
De um simples olhar, de um simples sorriso;
Eu realmente admiro.
Suas palavras são iguais;
Sempre do mesmo tom;
Como símbolo da paz;
Sobressai do seu dom.
Por isso só posso sorrir.
Não posso dispensar.
Não posso zurzir.
Soneto
Numa pequena aldeia de um lugar qualquer
Um pequeno velho camponês me indagou
O sentido de uma boa vida , sabe qual é?
Respondi , não sei , não senhor
Uma boa vida não pode existir sem amor
Uma boa vida não pode existir sem lagrimas
Uma boa vida não foge das batalhas que travou
O amor te mantem em pé mesmo quando tiver traumas
Viver em todo tempo sem exageros
Encontrar as saídas no desespero
Encarar de frente todos seus medos
Comtemple suas fraquezas, e nela se reconstrua
Pessoas fracas não entendem o que é a boa vida
Os fortes são forjados numa vida dura
Soneto da ABCP
Das ruas, perdido e sem direção
Assim é o adicto que luta pela vida
Ansiando encontrar uma saída
Desesperado buscando recuperação
E mesmo diande de sua solidão
Quando as causas estavam perdidas
E as almas estavam partidas
A igreja se dobrava em oração
ABCP foi criada para o povo
E nos acolhe com carinho e amor
Quando o erro nos pega denovo
E quebra todo nosso interior
Para nós, que em silêncio sofremos
Posso dizer que juntos vencemos!
O melhor motivo - Soneto
Cores entrelaçam minha aquarela,
em traços vivos, dou vida ao meu imaginar,
vejo chuva batendo em alguma janela,
água, que o vento não pode secar,
e vivo, vivo de um inverno a outro inverno,
aquecendo-me na estação sonhar,
meu silêncio, não será eterno,
na garganta um nó carrego, para o tempo desatar,
e sigo, vivo minha infinita tempestade,
e em cada segundo que vivo,
sei que és o meu melhor e único motivo.
Contudo, ó insensibilidade,
somos partes de algo escondido.
Somos e vivemos à sombra, de um tempo perdido.
Encanto teus - Soneto
Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.
Soneto da Existência Dicotômica
No rastro da vida, um dilema se esconde,
Por ouro e por sombra, em dúvida me perco.
Nas curvas do ser, o destino que arremesso,
Vale a pena o viver, ou é fardo que responde?
Verdades se ocultam em fé não contida,
Na pressa da vida, a eterna busca insana,
Cada curva, um desafio, na estrada que emana,
Onde a mente batalha, na jornada sofrida.
Mas na sinfonia da vida, um regente persiste,
Talento e decência, em harmonia tão rara,
Na dualidade do ser, a escolha declara,
Na ética e na luta, o caráter insiste.
E ao final, na busca incessante do ser,
Nos versos da vida, a essência revela:
Na força do sonho, a alma anseia e apela,
Por um mundo que, em dualidades, devemos percorrer.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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