Sertão

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Caatinga espinhenta
Que arrebata o obstinado espírito
Do vaqueiro empinado de olhar empírito
Aboiando triste o magrelo barbatão

Caatinga malvada
Que açoita o espinhaço calejado
Do caboclo obstinado
Em morrer pelo seu mórbido sertão

Caatinga bravia
Que o tempo e a vida desafia
Impávida de decadente e ousada teimosia
Que não morre pela falta d'água fria
E nem se entrega ao sol ardente do meio dia

Caatinga sem noção
Que fura o olho do desavisado
E enlaça o valente de coração apaixonado
Com tamanho luar que atenua a valentia sem razão

Caatinga desalmada
Que abriga a alma perdida na desolação
E oculta o mistério do espectro fujão
Extinto da incrédula civilização

Caatinga estranha
De morredouro existir
Que ora parece deixar de viver
E de súbito volta a reluzir

RIQUEZA DO SERTÃO

Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro

GARANTIA DE VIDA!

Aqui é pouco o que tenho
neste sertão nordestino
na roça ou no engenho
lutando desde menino
o chão é seco e ferrenho
mas no trabalho o empenho
garante o nosso destino.

PORTO SECO!

No sertão a seca assola
arde a pele e fere o peito
vive a beira da degola
ainda sofre preconceito
sem saúde e sem escola
não precisa de esmola
mas carece de respeito.

Depois de lê algumas poesias no livro Sertão Japão, autoria de Xico Sá, Edições Casa de Irene.

Para: Xico Sá

O deserto do Saara no sertão
brasileiro - a luta do povo,
é como cacto a florir na sêca.

A Paraíba também é um local para amar

Seja no sertão ou no mar,

Contigo quero passear

De mãos dadas no Pavilhão do Chá.



Do alvorecer ao crepúsculo no Rio Sanhauá

Quero você agarrado na minha cintura,

Indo muito além do forrozar

Vamos juntos namorar...



Eis-me aqui, e você aí

Dá até para escrever uma letra de forró,

Quando você não está aqui

Porque foi na Paraíba que eu te conheci.



Não existe o 'cedo', e nunca é tarde

Para amar sempre existe tempo,

Aos poucos vamos nos aproximando

Por causa desse amor que está florescendo...

NO SERTÃO!

No sertão a vida é dura
mas é cheia de beleza
é fértil na agricultura
e de tudo tem na mesa
aqui é o berço da cultura
e no pote a água pura
tem sabor de natureza.

Quando volto pra voce, me sinto como se fosse a chuva voltando ao sertão,com o peito retumbando carregado de emoção.

Quando chove tem verde no sertão, tem lama no chão. A água enche o barreiro e os olhos do guerreiro que trabalha na plantação.

⁠A chuva no sertão

Faz tempo que não via,
a chuva cair sem parar,
vendo a terra encharcada
sem o sol avistar.

E no sertão se faz festa,
quando esverdeia a plantação,
e quando saía a dor cinza,
nós dava pulos de emoção.

Porquê não há nada mais lindo,
do que ver todos os meninos,
se molhando no terreirão,
até os véios virava menino,
naquela grande diversão.

Hoje é assim que me sinto,
então pra chuva partindo,
pulando, correndo e sorrindo,
Agradecendo e me divertindo.

Porquê fazia tempo que aqui
não chovia tanto para molhar o chão.

Bom mesmo é ter com quem jogar xadrez,com as⁠ estrelas do céu nas noites do sertão.

⁠O dizido das horas no Sertão por Jessier Quirino
Para o sertanejo antigo,
O ponteirar do relógio,
De hora em hora, a passar,
Da escurecença da noite,
À solnascença do dia,
É dizido, ao jeito deles,
No mais puro boquejar:
Se diz até que os bichos,
Galo, nambu, jumento,
Sabe as hora anunciar!
Uma hora da manhã,
Primeiro canto do galo.
Quando chega duas horas,
Segundo galo, a cantar.
Às três, se diz madrugada,
Às quatro, madrugadinha,
Ou o galo a miudar!
Às cinco, é o cagar dos pintos,
Ou, mesmo, o quebrar da barra.
Quando é chegada seis horas,
Se diz: o sol já de fora,
Cor de Crush, foi-se embora…
E tome o dia, a calorar!
Sete horas da manhã
É uma braça de sol.
O sol alto é oito em ponto,
O feijão tá quase pronto
E já borbulha o mungunzá!
Sendo verão, ou, se chove,
Ponteiro bateu as nove…
É hora de almoçar!
Às dez é almoço tarde,
Pra quem vem do labutar.
Se o burro dá onze horas,
Diz: quase mei dia em ponto!
Às doze é o sol a pino,
Ou o pino do meio dia.
O suor desce de pia,
Sertão quente, de torá!
Daí pa frente, o dizido,
Ao invés de treze horas,
Se diz: o pender do sol.
Viração da tarde é duas,
Quando é três, é tarde cedo,
Às quatro, é detardezinha,
Hora branda, sem calor.
O sol perde a cor de zinco
Quando vai chegando às cinco,
Roda do sol… a se por!
Às seis é o por do sol,
Ou hora da Ave Maria.
Dezenove, ou sete horas,
Se diz que é pelos cafús.
Às oito, boca da noite,
Lá pras nove, é noite tarde,
Às dez, é a hora velha,
Ou a hora da visage!
É quando o povo vê alma,
Nos escuros do lugar.
É horona pirigosa,
Fantasmenta e assustosa,
Pro cabra se estupefar!
Às onze, é o frião da noite,
É Sertão velho, a gelar,
Meia noite é meia noite
E acabou-se o versejar.
Mais um dia foi-se embora
E, assim, é dizida as horas
Neste velho linguajar!

⁠SERTÃO!

No meu sertão irrigado
de tudo brota no chão
tomate tem de bocado
coentro, alface e agrião
cebola tem no roçado
e tudo vai pro mercado
em troca Deus dá o pão.

⁠Seria eu o sertão? De solo árido batido quebradiço
Terra sofrida
E poucos pássaros por aqui hão de cantar
Mas a questão é, oque a fez se encantar
Por tamanha e devasta terra que chamo de lar
Não sei, mas o teu caminhar
Faz dos sulcos da terra água brotar
E o verde começa a espalhar
Logo aparecem os rouxinóis a cantar suas melodias pelo ar
Árvores a crescer, onde fará ninho o sabiá
Talvez tamanha mudança seja feita de amor?
Tenho certeza que sim!
E logo a terra devastada, se torna vasta e densa de vida
Que tu trouxe, e logo parto contigo
Rumo ao infinito
Duas ararinhas vermelhas a voar
Os céus a desbravar, e seguindo as estrelas a nos guiar
E lá vamos
Juntos
Eternos amantes a voar
Eternamente se amar
E ver aos poucos a vida brotar

⁠Boi com sede no sertão,
É de partir o coração,

Ver os quarto arriar,
Sem um pingo de água pra dar,

Ver o bicho chorar,
E não ter como consolar,

Ver tanto lugar com água a fartar,
E tanta gente a desperdiçar..

⁠Hoje é o seu dia,
Minha princesa do sertão,
Deusa da minha vida,
Filha do meu coração.

⁠Saga de Zé do Chapéu: Um Conto de Amor e Superação no Sertão

No sertão do Nordeste, onde o sol brilha forte,
Há um conto que se conta com amor e sorte.
Era uma vez um vaqueiro valente e audaz,
Chamado Zé do Chapéu, com seu jeito sagaz.
Zé do Chapéu montava seu cavalo alazão,
Percorrendo as caatingas, sem medo ou hesitação.
Com sua sanfona a tiracolo, soltava um cantar,
Enquanto os pássaros faziam coro a voar.
Ele era um verdadeiro matuto sertanejo,
Conhecia os segredos de cada riacho e brejo.
Seu coração era grande, cheio de compaixão,
Ajudava os mais pobres sem pedir contraprestação.
Certo dia, Zé do Chapéu ouviu um lamento,
Vindo de uma moça, com semblante sofrimento.
Era a bela Maria, a flor do sertão,
Com os olhos marejados e o coração em aflição.
Maria tinha um sonho de ver a chuva cair,
Para saciar a sede e o chão ressurgir.
Mas a seca castigava a terra impiedosamente,
E o desespero tomava conta de sua mente.
Zé do Chapéu, com sua bondade sem igual,
Decidiu ajudar Maria a realizar seu ideal.
Juntos, partiram em busca de um cangaceiro,
Conhecido como Lampião, o rei do cativeiro.
No caminho, enfrentaram perigos e desafios,
Cactos espinhosos e animais vadios.
Mas Zé do Chapéu, com seu jeito esperto,
Desviava dos perigos, sempre alerto.
Ao chegar ao esconderijo de Lampião,
Foram recebidos com desconfiança e indignação.
Mas Zé do Chapéu explicou sua missão,
Trazer a chuva para salvar a população.
Lampião, com seu olhar astuto e experiente,
Aceitou ajudar, movido pela causa urgente.
Reuniu seus cangaceiros, valentes e destemidos,
E juntos, partiram em uma missão de heróis intrépidos.
Com suas armas e coragem, enfrentaram o céu,
Atirando para o alto, buscando romper o véu.
E a chuva veio, como um milagre do sertão,
Lavando a terra seca e trazendo a renovação.
Maria sorriu, agradecida e emocionada,
A seca havia partido, a esperança estava restabelecida.
Zé do Chapéu, com sua valentia e compaixão,
Tornou-se o herói do sertão, amado por toda a nação.
Assim, o conto nordestino chega ao seu fim,
Com Zé do Chapéu e Maria, em um abraço enfim.
A força do sertanejo, a resiliência sem igual,
Marcando uma história de amor e superação no local.

Sou filho do sertão. O mato é minha raiz!

Vida, vida!

Casa simples no sertão
é gostoso de viver
ouvir o canto do azulão
ir na roça pra colher
ter a certeza da razão
e sentir no coração
um bom dia amanhecer.

C é princesa
É doce como uma chuva de caju em pleno sertão
Linda como o orvalho que cai delicadamente nas pétalas de rosas onde se encontrar os necta mais puro
C é sol e calor chuva e sertão
Seus lábios são lua que toca o mar em pleno esplendor,
É chuva de verão que não quer passar
É fogo é terra é água é mar
De todos os sonhos vc é o melhor de sonhar

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